Poemas de estrelas
Me sinto perdido nas estrelas.
Em meio às estrelas, me sinto perdido,
Em meio a galáxias e universo, me encontro no seu sorriso.
Poderia me sentir vivo, buscando aventuras sem sentido,
Mas ainda assim, me sentiria perdido em meio às estrelas.
Seus olhos, um par de constelações,
Guiando meu olhar em meio à escuridão.
Seu sorriso, a luz que rompe as solidões,
E me devolve a esperança e a direção.
A vastidão do espaço me assusta e me fascina,
Mas a proximidade do seu amor me acalma.
Em seus braços, encontro a minha sina,
E a paz que minha alma tanto clama.
As estrelas podem brilhar intensamente,
Mas nenhuma delas se compara ao seu fulgor.
Em você, encontro meu lar eternamente,
E o sentido que a vida me negou.
Sob o manto das estrelas no céu a brilhar,
Ela pergunta, com doçura no olhar,
"Se desejos fossem reais, o que pedirias?"
E ele, com amor que nunca se desvia,
Responde suave, de coração pleno,
"Meu desejo, querida, é simples e sereno:
Viver ao teu lado, por toda a eternidade,
Porque em teus braços encontrei a felicidade."
SUFOCANDO MATIZES
Na escuridão do Universo,
em meio a tantas Estrelas
Lá vem mais uma sinuela,
apontando no mundo,
Peleando com a vida,
batizada de Luz,
Num horizonte surrado,
mal sabia sua Cruz,
Mas que sina vivente,
a escuridão precedente
Das águas puras do ventre,
logo ali de repente
Mal saído do ninho da choca,
Tal sina lhe toca
com seus matizes sombrios
Não se fala do frio
desse pago gelado
Há falta de amor
de quem está do seu lado
Que considera normal
um irmão mal tratado
Brutal defensor
das causas do agrado
Desde que seu lombo
não fique lanhado
Prisão sem grades,
precisa ser libertado
A justiça profana
não tem demonstrado
Sinais de mudança,
dou de mão no meu trago
Embriagado que fico,
sigo anestesiado,
Testemunho covarde
do Negro esgoelado,
Clamando à vida,
num humilhado socorro
Que retornem os bravos,
a libertar os escravos,
Pois é dentro de si
o maior dos estragos,
E que o aperto dos joelhos
seja pra reza,
Enveredando a tropa
a todo aquele que preza
Sair do discurso
e reconhecer com fervor
Um irmão verdadeiro,
independente da cor.
ORELHA EM PÉ
Hoje em pé está a orelha
Fiquei mais perto das estrelas
Não sei voar como as abelhas
Estou nas asas da Centelha
Incinerando "nóias" velhas
Deixando a vida mais parelha
E embarcando as coisas belas.
APENADO
Lá onde finda o horizonte
O sol parece ir dormir
Estrelas roubam a cena
Anseios vão em reponte
Rotina a se repetir
A noite não vem serena
Na inquietude há uma ponte
Clamando novo porvir
Não repousando nas penas.
Nunca parei de contar as estrelas,
mesmo quando o céu escureceu.
Algumas perderam o brilho,
ou talvez fui eu que deixei de ver.
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Esta noite
o céu perdeu a luz
porque nada mais luz, quando
todas as estrelas brilham nos teus olhos.
Oceanar
Quero oceanar-me contigo
até o Sol adormecer e as estrelas despertarem.
Quando amanhecermos
os nossos corações pulsam infinitos.
Sentinela...
"Era noite sem estrelas
Revezando o fuzil em vigia
Os infantes aguerridos
Atentos estavam
A guardar a fronteira
Para impedir
Que a "boa guerra"
Aniquilasse a má paz
Que lá havia...
Intimidades
Fulgência que anima as estrelas
Amor que se faz na penumbra
O universo declina ao vê-las
A lua amiga encantada se deslumbra
Espelho d'água... imensidão de mar
reflete o céu, e a Lua nele vem se banhar...
As estrelas cintilantes... tão distantes
piscam deslumbrantemente deslumbradas ao te ver chegar.
E o mar se acalma
toda vez que nele vens te banhar
sua água aquece pra te envolver, pra te abraçar...
E eu, na praia, atrás das dunas (testemunhas)
fico a te espiar, a te admirar...
E tu, dentre todas, a mais bela,
não sabes que eu só sei te amar.
E lá fico eu... a repetir, mil vezes a repetir: pra sempre vou te amar!
E em mim a esperança mais louca - um dia dos teus lábios ouvir:
E eu nasci só pra te amar...
...
E o meu amor é do tamanho do mar.
Minha vida sem você...
é todo instante sem começo nem fim,
é o céu sem estrelas - escuridão do começo ao fim,
é o nascer do sol sem nascente nem poente
é um coração eternamente doente.
Minha vida sem você...
é a história de amor sem começo,
é a vida sem adereços,
é a alegria disfarçada,
na lágrima não derramada.
Minha vida sem você...
é o sol atrás das nuvens,
a janela fechada,
a mala nunca arrumada,
é uma viagem rumo ao nada...
Minha vida sem você.
E o sol continuou a brilhar e a se apagar...
o vento continuou sua lide de soprar...
as estrelas a bruxulear...
as ondas do mar a vir e a voltar... pro mar.
O mar a nos separar...
o tempo as lembranças a apagar
a distância...
não foi o suficiente tudo na rotina continuar...
Você se foi pra nunca mais voltar...
era o combinado, lembra?
do outro lado sua vida levar...
e você voltou porque era pra voltar...
Por que era pra voltar?
Delírio
Madrugada fria, vazia...
Deliro.
Conto as estrelas do céu.
Elas bruxuleiam de leve, levemente.
Insistentemente.
Qual delas consegue sequestrar tua atenção? Qual delas atrai fortemente o teu doce olhar?
Que me troques por ela eu deixarei...
Sim, consentirei que ela te envolva...
Que te leve... levemente.
Doce fantasia... doce ilusão...
Se não for meu teu coração
Que ele vagueie pelo infinito
Que seja o teu o caminho mais bonito...
eu deixarei...
e
jamais te deixarei...
deliro... é madrugada que nunca acaba.
Solitário
Como um lobo solitário
vago pelas ruas da cidade.
As estrelas, à noite, são meu guia.
O vento, durante o dia.
Becos sem saídas.
Esquinas apontam nenhum lado.
Caminhos errados.
Um cão abandonado.
Memórias de memórias.
Sentimentos no passado afogados.
Falta-me identidade.
(A)mar
Lá no alto o luar tudo a clarear.
O brilho brilhante das estrelas a ofuscar.
E cá embaixo estou eu a te esperar.
Enquanto não vens o vem e vai das ondas do mar estou a acompanhar.
Vem... e a areia da praia a água salgada a encharcar...
Vai... a onda de volta pro mar o abraçar.
Assim tu longes de mim...
Quem vou eu amar?
Amor de praia...
Falta de ar...
Eu eternamente a te esperar...
Sentimento a me atormentar.
(A)mar... mar... quem vou amar?
Bailarina
É frio.
Quanta dor já suportei.
A noite brilha foscamente com o brilho das estrelas e da lua, que volta e meia desaparece por detrás das nuvens.
Quanta dor já suportei: errei, caí, me levantei, caí outra vez... errei.
Meu corpo se aconchega ao teu.
Tuas mãos a me acariciar.
Tu forte a me tornar.
Quanta dor já suportei: caí, levantei, retornei, insisti, ensaiei, acertei.
Uma sinfonia nossa sintonia…
o melhor som no ar a espalhar.
Tua companhia tudo encanta...
Um suave sussurro a me encantar.
Bailarina: sauté, panchée... grand jetés, pas-de-deux... sou eu nos teus braços alegremente a bailar.
Estrelas do mar
Não acredito mais.
Cansei de chorar... implorar.
Fecho os olhos pra não sentir mais nenhuma emoção.
Consigo assim anestesiar meu coração.
Cansei dos que dizem que preciso me redimir.
Redimir do quê?
Tentei andar na linha...
Tentei me esforçar a caminhar na luz.
Tentei me fazer perfeito o tempo todo.
Mas... o que ouço é: ‘pare de ser quem é!”
Sim, cometo erros.
Mas não são de propósito.
Tento acertar... juro que tento.
Mas... já percebi: a todos não consigo agradar.
Minhas emoções estão à flor da pele.
Algo, que nem sei explicar o que é, me fere por dentro... me aperta no peito...
Sou mesmo um marginal?
Sigo realmente caminhos opostos ao de todos?
O que eu tenho de tão errado?
Meu sonho: entrar em um barco de estrelas do mar...
E deixar o mar pra onde bem quiser me levar.
Livre... de tudo e de todos... só quero me livrar!
Rotina
Põe-se o sol ao cair da tarde.
Surgem as estrelas no céu...
Vem a chuva depois da chegada de grossas nuvens...
Caem as folhas dos plátanos...
O dia segue a noite.
A noite se encerra com o amanhecer.
Sempre tudo igual...
Vem a primavera depois do intenso inverno.
Antes de montar algo se lê o Manual.
Flores se abrem.
Frutos amadurecem.
Sol que tudo aquece.
Coisas de rotina.
E, às vezes, você nem atina.
Pesadelos não mais
Afogo-me no azul deste sonho calmo.
Um céu coberto de estrelas…
A chuva foi chover bem longe daqui
Só há mais pesadelos vindos por não estares aqui.
Ansiedade calada, permeada de esperança.
Esperança que encarcera a dor passada.
Esperança que tem uma estrada florida preparada.
Deixaste-me na inércia do tempo
Não pensaste em me privar de dor por nenhum momento…
Não procuraste driblar o mal que sabias iria me causar…
Deixaste a vida com lutas meus dias temperar.
Descortino o futuro…
Desembrulho versos.
Minhas mãos não se entregam:
Plantam flores.
Entreabrem novos horizontes...
Neles, pintam risos de todas as cores.
Ânsia requintada, em qualquer momento se harmoniza a caminhada.
Você já teve aquela sensação de “era isso que eu precisava ouvir hoje”?
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