Poemas de Desejo Sexual
Desejo em Negação
Escrevo sobre os sentimentos que desvendam o que arde em ti,
mas tu, com os olhos em silêncio, me negas.
O desejo é ser devorada, mas temes a entrega.
Dizes ser incapaz de despir-te, de te deixar conduzir.
Mas, no jogo dos sentimentos, tua pele grita.
A carne exige o que a mente recusa.
O tempo é o tempo, mas o desejo é sempre o agora.
Tu me lês, me sentes, mas não confessas os teus desejos.
Há medo nos teus gestos,
mas o abismo do teu querer me chama.
E eu, sem pudor, me perco nele,
em busca do que te faz tremer em orgasmos.
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Augusto Silva
Desejo no Reflexo
O espelho já não basta, é cruel,
testemunha muda do meu céu e inferno.
Ela gira, sorri, morde os lábios
e cada gesto é um grito interno.
O vestido preto sobe sutil,
como se soubesse o que me faz febril.
Pele à mostra, pecado à vista,
e meu juízo já não resista.
Os olhos dela queimam nos meus,
como se soubessem o que há nos teus.
Minhas mãos imaginam o toque,
meu corpo clama, minha alma evoca.
Ela dança e comanda o ar,
me domina sem sequer tocar.
O desejo vira tempestade,
e o querer, pura necessidade.
Quero invadir o espelho agora,
sentir sua pele, provar essa aurora.
Porque ela com um simples olhar —
me faz implodir sem nem se esforçar.
Quem me dera que o tempo não ousasse me tocar,
que a juventude fosse eterna, como o desejo de te amar.
Quem me dera viver sem tua presença a me faltar,
mas talvez seja graça do tempo me ensinar a esperar.
E se a eternidade fosse só saudade a caminhar?
Imagina viver para sempre…
só para, em silêncio, te esperar.
Desejo em Pele e Alma
Interessante...
como teus olhos prenderam os meus,
num silêncio que gritava promessas.
Minha boca, atrevida, buscou a tua,
num toque quente
onde o prazer dançava na pele
e o desejo se derramava em suspiros.
Incrível...
como os corpos falaram sem palavras,
numa língua só deles,
arrebatando sentidos,
levando-nos ao êxtase da paixão —
um clímax sagrado e selvagem.
E o tempo?
O tempo se curvou diante de nós,
feito cúmplice de um instante eterno,
gravando em cada detalhe
o mapa secreto de nossos suores,
nossos gemidos,
nossos pecados.
Inacreditável imaginar
que foi apenas um momento...
Tão breve, tão intenso, tão inevitável.
Um acaso que incendiou a alma,
desencadeando um feitiço
que até hoje arde em mim...
Um desejo feroz,
nu, sublime
tatuado na memória do meu corpo,
no suspiro da tua ausência,
na eternidade de um toque.
Onde nasce o amor
O amor nasce de uma troca de olhares, de um sorriso disfarçando um desejo
O amor vem como o desejo de quem não passa, fica na pele como calor, passa o dia inteiro no pensamento. Vem à noite em um sonho fantasiando.
O desejo onde a vida ganha cores especiais e todas as estações se fundem como se a primavera florida abraçasse o verão no mesmo dia em que os olhos se encontram e os lábios de ambos se umedecem.
Eles saboreiam um beijo, o amor nasce sem dia nem hora certa, só precisa que os dois amados se encontrem...
A Trapezista que Voou
Havia em ti um ímpeto raro,
um desejo insaciável de subir mais alto,
de lançar o corpo e a alma aos ares,
como quem nasceu para cruzar o mundo
sem pedir licença ao chão.
Foste trapezista da própria vida:
voaste, saltaste,
atravessaste oceanos,
colecionaste cidades, diplomas, histórias —
cada passo teu foi um risco,
cada vitória, um voo certeiro.
Enquanto eu te olhava,
meus pés cravados na terra,
tu dançavas lá no alto,
livre, bela, intrépida,
desenhando no ar caminhos que nunca ousei seguir.
E um dia…
sim, um dia,
quando percebi,
tinhas ido tão longe,
tão além do meu alcance,
que só me restou a lembrança desse espetáculo teu,
desse número perfeito e irrepetível.
Ainda guardo o momento,
aquele instante silencioso em que percebi teu destino:
não eras feita para ficar,
eras feita para ir.
E assim, teu nome ficou suspenso,
oculto, mas vivo,
gravado na memória como num truque secreto:
Jamais esquecerei teu riso ao partir,
Unindo coragem e sonho numa mesma bagagem,
Cruzando fronteiras como quem cruza a linha tênue do trapézio,
Elevando-se, sempre mais,
Lançando-se ao mundo,
Intensa e invencível.
E eu, que te amei e ainda amo,
fiquei no picadeiro vazio,
aplaudindo tua liberdade,
mesmo que ela tenha me levado para longe de ti.
Que bom que soubeste voar,
que bom que soubeste viver —
mesmo que, nesse voo,
eu tenha ficado para trás.
Te celebro, trapezista,
com alegria e com saudade,
sabendo que amores como o nosso
não acabam:
eles apenas aprendem a aplaudir,
em silêncio,
o espetáculo da vida que segue.
Que hoje não lhe falte…
Saúde, amor, fé, paciência.
Desejo que você brilhe por onde for.
Porque o sol está em você.
Pouca iluminação, noite calorosa por causa do calor do desejo, percebo perfeitamente a tua sedução, a arte das tuas curvas, o brilho dos teus cabelos de fios numerosos, noto os teus lábios propícios para beijos intensos.
No charme emocionante que reluz fortemente do teu jeito de olhar, vejo um fragmento do teu universo que merece certas palavras que possam esquentar o teu coração, profundidades que alegrem demasiadamente a tua alma.
Naturalmente, uma sensualidade peculiar hipnotizante com uma desenvoltura liberta, desprovida intencionalmente de vulgaridade, venustidade de emoções intensas, diante dos meus olhos, um belo destaque de um vislumbre poético.
Sempre apta para toques e sentimentos fervorosos, verdadeiros, aqueles capazes de causar arrepios na delicadeza do teu corpo, um fogo certeiro, alimentado pela reciprocidade tão atraente e marcante quanto o tom vermelho.
Talvez as luzes da cidade não escondam apenas as estrelas, mas também o nosso desejo de olhar além. E se essa névoa luminosa fosse um espelho do mundo tentando nos distrair do infinito?
Mas a sabedoria nos lembra: 'O coração do homem traça o seu caminho, mas o Senhor lhe dirige os passos.' (Provérbios 16:9).
Mesmo quando o céu parece apagado, há um chamado maior brilhando dentro de nós.
Do Amor e do Desejo
O desejo quer distância.
Quer a curva não vista,
a pele ainda segredo,
o nome que não se diz.
Ele vive no intervalo,
no quase toque,
no escuro.
O amor quer permanência.
Quer a verdade dos olhos,
a rotina dos gestos,
a alma em voz baixa.
Ele vive na entrega,
no cotidiano do corpo,
na nudez que não é mais pele.
E então,
quanto mais se ama,
mais se sabe.
Quanto mais se sabe,
menos se deseja.
Porque o desejo ama o desconhecido.
E o amor desvenda.
Mas —
há um lugar onde os dois se tocam:
um ponto de sombra,
onde mesmo o íntimo é estrangeiro,
onde o outro, por mais amado,
ainda escapa.
É nesse abismo
que o amor renasce como desejo,
e o desejo se curva diante do amor.
Não para possuir,
mas para perder-se,
outra vez,
no mistério de quem se ama.
Tamara T Guglielmi
Desejo.
Queria muito ter você comigo,
Mas sei que isso no momento é impossível, mas fico feliz só
De ver seu sorriso.
Porque é tudo que eu tenho nesse momento.
C.N
NA SOLIDÃO DO MEU AMOR
É vazio o desejo, o amor, e a alma.
Mas não há mágoas por estes sentimentos...
Em ti, o riso me faz paixão e acalma
O coração, sem quer me ver tormentos...
Vagueando tristezas por ter na palma
Das minhas mãos cansadas, os lamentos,
São por vezes dispersos aos intentos
Das mentiras que carrego dentro d'alma.
Perdido nas ilusões posso vir a morrer...
Mas de ilusão, mesmo morto, eu possa ter
Além-mundo o teu querer à minha verdade.
Moras ainda no vazio dos meus desejos,
De alma morta à minha boca são teus beijos...
Na solidão, meu amor, tu és saudade.
Arquitetura de Eternidade
Não nasceu de um sopro impaciente,
nem de um desejo que o tempo desfaz.
Foi amor plantado docemente,
em terra onde o silêncio é paz.
Não foi relâmpago em noite escura,
mas brasa quieta que acende o chão.
Não prometeu juras de altura,
mas construiu com devoção.
Cada palavra, medida exata,
cada silêncio, um lugar sagrado.
Na planta da alma, linha reta,
traço firme de um cuidado.
Não foi paixão que devora e cansa,
mas presença que repousa e acalma.
É afeto que veste a esperança
e faz do outro um lar na alma.
Forjado em pedras de confiança,
cavado fundo onde o medo cessa,
é amor que em si mesmo se lança
sem precisar vestir promessa.
Ergue-se alto, com alicerce,
na leveza de um gesto nu.
Onde um tropeça, o outro oferece
a mão, o colo e a fé em cruz.
Não teme o inverno, nem se abala
com vendavais ou dias sem cor.
Pois quem se ama com alma embala
até o silêncio com calor.
Na rotina, acha poesia.
Na demora, cultiva o bem.
Ama até a melancolia
que todo coração também tem.
É templo e é estrada, é porto e é vela,
é vinho vertido, é pão repartido.
É sol quando o céu se revela,
é chão onde o passo é ouvido.
No rosto do outro, espelho e abrigo,
no peito, pulsa a mesma canção.
É estar inteiro, mesmo em conflito,
e escolher amar... em comunhão.
Porque amar não é ter só festa e flor,
é regar a raiz nos temporais.
É saber que um grande amor
não vive de instantes… mas de cais.
Cais onde se espera sem cobrança,
onde se chega e se é bem-vindo.
Onde o tempo vira esperança
e cada gesto é sempre lindo.
Assim se constrói — pedra por pedra —
um amor que nunca se desfaz.
Não é castelo de areia que quebra,
é arquitetura de eterna paz.
O Luar
Em uma noite fria, o luar aceso, tua pele a minha, um desejo.
Em um abraço que aperta, o tempo que para, em cada beijo que incendeia a alma rara.
Sobre o brilho prateado que nos cerca, nossa paixão se entrega.
Um amor que arde intenso e sem fim, presente eterno não só pra mim.
No abraço que nos funde, sem freio e sem pudor, sinto a brasa acesa do nosso amor.
Nossos lábios se entregam em beijos vorazes, desvendando desejos, em chamas e em fases.
Que o mundo se esqueça, que o tempo se perca.
Nessa dança que seduz, somos fogo e desejo sobre a Luz
Doce Devaneio
Delírio doce,
Desejo desmedido,
Dança de dedos,
Do destino decidido.
Dom de delírio,
Dócil delícia,
Durmo desnorteado
De tua divindade fictícia.
Dama dos dias,
Donzela de dourado,
Desperto dizendo:
“De ti, estou dominado.”
Deitei dentro
Do drama do desejo,
Denso, dramático,
Dado ao teu beijo.
Dissolvo dores,
Deixo dúvidas,
Dou direção
Das delícias mútuas.
Dizer, decerto,
Demais:
Desde dezembro,
Dependo de ti, demais.
Tem verde na plantação
motivo do meu festejo
a gota que molha o chão
irriga o nosso desejo
e a chuva no meu sertão
garante na mesa o pão
de todo bom sertanejo.
O futuro é incerto, mas o meu desejo de vencer é certo.
Não sei tudo o que está por vir… e nem preciso saber.
O que me move é a fé em cada passo, o foco em cada escolha e a certeza de que desistir nunca foi opção.
Enquanto houver força, esperança e um propósito maior no coração, seguirei.
Porque sonhos se constroem com atitude, e vitórias se plantam com constância.
Bom dia!
No coração, desejo que este dia seja leve e que as forças sejam suficientes para dar conta dos desafios...
Feliz semana!
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