Poemas de Dança
Na dança sutil entre sombras e luz,
A fuga se ergue como um véu fugaz,
Mas seu encanto é efêmero, ilusório,
Pois ao fugir, a alma se dispersa.
Quem parte carrega mais que seu fardo,
Leva consigo um eco de despedida,
Um eco que ressoa nos corações deixados,
Marcando-os com a tinta da ausência.
A fuga é uma coreografia de solidão,
Uma dança onde o vazio é o par,
E quem foge dança ao som do silêncio,
Deixando para trás um palco vazio.
No fim, as fugas são como poemas tristes,
Que desumanizam os versos da vida,
E quem parte, por mais que busque se esconder,
Deixa um rastro indelével de suas pegadas.
Então fique até ter coragem para permanecer e dividir as levezas, preencher os espaços para que o eco não dissipe ímpar as coisas não compreendidas. Deixe a tinta daquelas ausências insistentes escorrem sob os pés enquanto bailamos.
MONÓTONO
Viajava a lembrança
naquela dança leve
o espaço abraçava a dama
e a dama saía alla breve;
O resto é irrelevante
Nada no todo que sinto
A luz da dança da dama
no opaco labirinto do instinto;
Aqui há tudo que lembro
No fundo é menos que digo
Habita no tolo um poema
das cinzas de um sonho antigo.
A vida é um ciclo eterno de finais e recomeços, como uma dança harmoniosa em que tudo está interligado. Cada fase que se encerra nos proporciona aprendizados e crescimento, e cada recomeço nos oferece a chance de nos reinventarmos e evoluirmos.
Quando o sol se põe, não devemos temer a escuridão que se segue, mas sim acolher a chegada da lua com a esperança de um novo amanhecer. Acreditemos que cada porta que se fecha apresenta oportunidades de crescimento e que cada pessoa que vai embora abre espaço para novos encontros.
A vida é feita de ciclos, e o segredo está em saber apreciar e aproveitar cada um deles, entendendo que, mesmo num fim aparente, está a semente de um recomeço...
- Edna Andrade
Viver é um verdadeiro espetáculo! É como estar em um palco, onde a vida nos envolve em uma dança vibrante e cheia de emoções. É admirar as belezas ao nosso redor, as pessoas que cruzam nosso caminho e os sorrisos que nos acolhem.
Cada dia que vivemos é uma oportunidade preciosa para sermos a melhor versão de nós mesmos. É um convite para superar desafios, encontrar soluções e buscar novos horizontes. É uma chance de estender nossa mão ao próximo, compartilhar amor e acolhimento.
Que neste dia, possamos valorizar cada minuto de vida que nos foi dado. Que possamos celebrar o espetáculo que é viver, com gratidão no coração e entusiasmo na alma. Que possamos aproveitar cada oportunidade para sermos mais felizes e fazer o bem ao nosso redor.
- Edna Andrade
🌌 Mas o mundo das raízes
(aquele que pulsa no poema) sussurrará:
"Dança!
Cada passo teu ecoa no eixo das galáxias.
O que chamam de 'loucura' é a única sanidade:
honrar o ritmo que te habita,
mesmo quando os relógios do mundo param.
Os que riem ainda não ouviram
o compasso das folhas caindo,
o gemido do átomo enamorado,
o silêncio que canta por trás de tudo.
Sussurros da Alma: Poesia de Encanto e Desgosto"
No mar profundo,
Dança do mundo.
Ondas em rodopio,
Mistério vazio.
O desgosto é amargo,
Fosco, estreito ou largo.
Sombras me machucam,
Olhares sem cor, sonham.
A doce brisa sopra,
Vejo a singela copa.
Os segredos ao vento,
O misterioso tormento.
No compasso, o destino,
Menino, tino, desatino.
A alma chora em silêncio,
Crença, censura, incêndio.
Nas trilhas do coração,
Paixão, ilusão, aflição.
Um sonho desfaz,
Paz, eterno se refaz.
O sorriso já não brilha,
A ilha, trilha, maravilha.
Amor que se tornou dor,
Flor, torpor, sem valor.
No amanhecer do dia,
Sorria, guia, alegria.
Nas asas da fantasia,
Harmonia, a poesia.
O amor é um canto,
No canto, encanto.
O coração, o pranto,
Santo, o meu manto.
A vida é um caminho,
Sozinho, o meu carinho.
Nos passos, o destino,
Animo, divino, ensino.
A esperança é um laço,
Na incerteza, um abraço,
Que enlaço, me enlaço.
Espaço, cansaço, traço.
Assim segue a canção,
Com a paz do coração,
União, emoção, perdão.
Paixão, canção, reflexão.
No céu azul e vasto,
Brilha, apaga o nefasto.
Um sabre de luz, o manto,
Um sol radiante, o santo.
Na noite escura, o desgosto,
O amor é um bom encosto.
Abraço terno, um doce canto,
Fosco véu que cobre o santo.
No desenho o meu olhar,
Segredos vêm se revelar.
Um sorriso, um suspirar,
Amor, clamor, ar respirar.
Sigo o meu caminhar,
Sem medo de arriscar.
Nesta arte, verso a verso,
Construo o meu universo.
Na poesia se entrelaça,
Superação se abraça.
O desgosto vira raça,
Na raiz, eu e a praça.
O desgosto, o gosto,
Fosco, oposto, o posto,
Na poesia, o encanto,
E no verso, o pranto.
A tristeza é a cruel fera,
Que espera, desespera.
Mas a alma se recupera,
Espera, hoje, primavera.
Em cada canto da noite, te busco,
Teu cheiro ainda dança no ar,
A lembrança de nós dois é um fuso,
Entre a saudade e o desejo a pulsar.
Teus lábios, um doce que eu anseio,
Um toque que arde em minha pele,
A tentação sussurra em meu seio,
E a saudade me envolve como uma rede.
São memórias que queimam como fogo,
Cada risada, cada olhar trocado,
A distância é um eco que imploro,
Mas o amor é um caminho sagrado.
Te vejo em cada sombra da lua,
Nos sonhos que me levam a ti,
E mesmo longe, minha alma flutua,
Entre a saudade e o desejo de sentir.
Ah, como é difícil essa espera!
O tempo se arrasta em seu compasso.
Mas ao te encontrar, toda dor se altera,
E transformo a saudade em abraço.
Pois amor é isso: um jogo de querer,
Entre o coração que clama e a razão.
Saudade e tentação sempre a tecer,
Um laço eterno na imensidão.
Na dança do tempo, a saudade vem,
Em cada instante longe, meu coração também.
Os dias se arrastam, mas a esperança brilha,
Pois sei que tua presença é o que mais me aninha.
A distância é um teste, uma prova de amor,
Mas em cada batida, sinto teu calor.
A paciência é a chave que abre o coração,
E em cada lembrança, encontro a razão.
Teus sorrisos guardados em meu pensamento,
São como estrelas que iluminam o vento.
A alegria de te ter é um doce abrigo,
E mesmo longe, sinto você comigo.
Os momentos de espera são sementes de carinho,
Cada dia que passa, fortalece nosso caminho.
E quando finalmente nossos olhos se encontrarem,
Serão mil alegrias que juntos celebraremos.
Saudade é amor em sua forma mais pura,
É a certeza de que a nossa história é segura.
Com paciência e fé, vamos juntos dançar,
E na alegria do reencontro, iremos nos amar.
Dança dos Segredos
No balanço travesso e hipnótico dos seus quadris, um verso impuro, libidinoso, sussurra-me desejos secretos à flor da pele.
Noite escura, e há um profundo silêncio na floresta, somente a dança dos vagalumes sobre a macega verde, o cântico silencioso dos grilos entrelaçados nas grameiras, e as corujas fazem os seus sons para anunciar o respeito pela noite, o o urutau com seu cântico assombroso desperta medo e pressentimentos.
Otávio Mariano.
Duelo de Olhares
Ela me encara, um brilho frio no olhar,
um jogo que dança entre dominar e ceder,
o sorriso moldado, a estratégia no ar,
como quem sabe ganhar antes de perder.
Seus olhos, espelhos de um reino altivo,
me convidam, mas sem jamais implorar.
Ela pensa que controla, tão persuasiva,
mas esquece: eu também sei manipular.
Seu passo é calculado, a fala é melodia,
ela cria labirintos onde quer me prender.
Mas no jogo da mente, a minha ousadia
é saber que às vezes é preciso se render.
E quando nossos olhares duelam no vazio,
o poder se dissolve, como areia no mar.
Ela percebe: o mistério não é ser sombrio,
é saber até onde você quer arriscar.
Não sou presa, nem ela a caçadora,
somos lobos dançando sob o luar.
No fim, quem vence não importa agora,
pois o jogo só existe pra nos desafiar.
Por campos de sonhos, onde a mente se entrega.
E na dança das estrelas, o coração incendeia,
Em labirintos de ideias, a alma se apega.
Histórias de amores, de lutas e de dor.
No horizonte incerto, o futuro se sente,
Como um novo amanhecer, carregado de fervor.
Com passos firmes, sigo o caminho traçado.
Na busca incessante, a esperança me consola,
Pois é na fé que encontro o destino desejado.
Doce Devaneio
Delírio doce,
Desejo desmedido,
Dança de dedos,
Do destino decidido.
Dom de delírio,
Dócil delícia,
Durmo desnorteado
De tua divindade fictícia.
Dama dos dias,
Donzela de dourado,
Desperto dizendo:
“De ti, estou dominado.”
Deitei dentro
Do drama do desejo,
Denso, dramático,
Dado ao teu beijo.
Dissolvo dores,
Deixo dúvidas,
Dou direção
Das delícias mútuas.
Dizer, decerto,
Demais:
Desde dezembro,
Dependo de ti, demais.
RAPUNZEL
Demétrio Sena, Magé - RJ.
Não me tire pra dança das quimeras
em um baile de afetos mascarados,
tenho muitos passados que me avisam
dos perigos de amar sem pé no chão...
Mostre o rosto, revele a natureza
da resposta que habita os seus sentidos;
tenho a mesa, disponha logo as cartas
pra que o jogo defina suas regras...
Quero amor ou farelos afetivos,
mas não quero saber de não saber;
meus motivos escorrem das feridas...
Ame, jogue ou retire as esperanças,
lance as tranças ou saia da janela
e recolha o castelo que vislumbro...
Fugimos do nada
fazemos parte de tudo,
nessa dança cósmica
cada átomo tocado no tempo
é uma memória fatídica desse encontro,
nessa grande teia da vida
no universo e suas Leis
resumidas nos confrontos
da luz e escuridão
calor e frio
num ciclo perpétuo
sempre com novas leis.
Break Dance
Considerada dança de rua
Mais um elemento da cultura
Break Dance faz parte do Hip-Hop
Criado nos anos 70, em Nova York
É sucesso no mundo inteiro
Com várias competições e torneios
Altos movimentos incríveis
Os Power Moves Giratório um dos mais difíceis
Movimento Suicide que é doloroso para quem olha
Mas não para quem colabora
Tem outros movimentos interessantes
Que são impressionantes
Freezes, Drops, Footwork
Ainda tem Toprock e Floor Rocks.
Ela o ama, e cada gesto é brilho,
O perfume dele dança no ar leve,
No cristal de seus olhos há um rio,
Que reflete um coração que o ama até breve.
Mas ele se afasta, em sombras se enrola,
A voz dela, às vezes, não o alcança.
E ela se pergunta: amor ou ternura só que consola?
Há piedade no olhar ou só esperança?
Ele mal retribui esse fogo ardente,
Será que acolhe? Ou apenas comove?
Ela se vê iludida, mas ainda vivente,
Quer crer que entre os dois o amor se move.
Amor não floresce quando é só um lado —
Sem reciprocidade, é jardim murado.
O canto das cordas
No silêncio além da matéria,
onde o espaço é dobra e dança,
vibra uma corda invisível,
tecendo o mundo em esperança.
Ela canta sem voz, sem tempo,
no palco de onze dimensões,
como harpa em vácuo absoluto
ressonando antigas canções.
Seus fios não são de aço ou vento,
mas de pura equação,
laços que sonham ser tudo:
luz, gravidade e criação.
Numa dobra de Calabi-Yau,
o universo se esconde em flor,
cada pétala uma partícula,
cada simetria, um rumor.
E nós — poeira que pensa —
tentamos decifrar seu segredo,
mas talvez só escutemos o eco
do mistério que teme o enredo.
Pois a corda, em sua elegância,
não jura ser real ou verdade,
é talvez só uma hipótese bela,
nascida da nossa saudade.
Saudade de unir o que é tudo,
de fazer da física um poema,
onde cada partícula é verso
e o universo, um dilema.
Então seguimos — sonhadores —
entre buracos e brilhos quânticos,
escrevendo, com lápis de fóton,
as partituras dos campos românticos.
E se um dia ela se quebrar,
não será fim, será abertura:
a física, como a poesia,
vive da sua mais bela ruptura.
o amor é uma seara dócil que treme sob o vento tépido, e dança ao som do coração, deixando uma ternura transbordante, enquanto dura a ventura...
natalia nuno
✨ Às vezes, tudo que precisamos é de uma frase certa, no momento certo.
Receba no seu WhatsApp mensagens diárias para nutrir sua mente e fortalecer sua jornada de transformação.
Entrar no canal do Whatsapp