Poemas de Crianca de Charles Peguy
Por mais água que se tire do poço...
Sempre brota mais e mais, porém em alguma hora,
é preciso dar um descanso para que se renove.
Quando a formiga cria asas, ela não se perde apenas de casa,
muda a cena e ela se encontra perdida no céu, eu pergunto...
Cadê o mel?
Aprendi com Shakespeare a superar alguns dilemas...
Não espere poemas d'onde só te inspira problemas
Não pense que a vida está perdida
Não se surpreenda por tanto que já foi surpreendida
Amizade nada tem a ver com palavras
De fato amor e amizade é o ato de amar.
Topo ir ao abismo para aprender o topo
Pela virtude a atitude que me faz ser melhor
Chegar lá mesmo que só espinhos inspirem
Ver o oco que nos olha de volta e nos profana
Mostra cara a cara o que de nós é pior
A dor de amar quem se ama
Pois a alma é de nós soberana
Ao contemplar o lago das profundezas
A lindeza está na suprema fidúcia
Na escrita do poema a astúcia
Na verdade a filosofia mais bonita
Brilha feito a constelação Ursa
Entender o mistério e do tudo fugaz
Que para sempre os hemisférios
Inspirem o coração que pulsa
Acordado no peito.
Ás vezes as pessoas dizem:
Não gosto de fofocas
Fulano é invejoso...
É muito metido
Então começam a te contar algo
que traduz pra ti
Quem é quem!?
Sonho desfeito
Sonhei ter feito o melhor
E tudo era tão perfeito que deu defeito
Me concertei sem dó maior
Fiz de mim mesma canção
Lágrimas para fuso sem hora
N'aurora em ascensão
Meu coração acordou confuso
E mais uma vez se fez sereno.
Inquieta, eu, poeta, paro e penso.
Às vezes, preciso beber um gole
denso de silêncio.
Tomar um porre fluido de nevoeiro,
Um cálice poético evidente.
Poder inspirar pela tangente,
Preciso me embrenhar,
Gritar, silêncio...
Silêncio...
Entre meus medos, destaco outros
não temo os loucos do pinel,
mas os dos lábios de fogo,
etílicos líricos com mel.
Tenho muita retração confesso!
Por gente enigmática, de olhar obscuro,
Ar intransigente, olhar adiáfano que despe a gente.
Tenho páura da obsessão, do embonecamento,
Do poder exagerado de quem vive de passado.
Tenho é muita repulsa por quem usa desculpas,
O tempo todo como um jogo de tabuleiro,
Se esconde atrás dos frondes e têm cartas na manga.
Não me merece e nem faz por onde,
Tenho receio de quem usa, ardio e outros meios,
Pra sedução, usa sunga, ousa tanga,
Troca muambas, bugigangas e mais
Pousa sobre as pedras feitos lagartos de fogo,
Ou escorpião, com agulhão ventoso, venenoso.
Entro em retraimento, ante tudo isso,
Entrego para o vento os feitiços,
Agrego o pavor do amor falso e todo tipo de vícios.
Não se pode ter acesso a tudo é verdade...
Mas ter excesso de nada , faz tudo volátil,
prático seria a dança, dois pra lá, dois pra cá,
a balança pede equilíbrio.
(...) deixo cravado minhas escritas,
direto do alto de todas as montanhas mineiras, os meus mandamentos em
forma de poesia.
Faça as pazes consigo
Consigo fazer contigo
Se não fizeres comigo
Não concedo minha paz para contigo
Se há consenso há abrigo
Se há abrigo assedo é alívio.
NOTURNOS
Suavizei teu nome em tempos de jardins
Enquanto teus tempos queriam me esvair
E incluir em sonhos do que tentava ser
Em repousos noturnos
Que escapavam de seres infelizes
E nas terças de terços intensos
De vinhos baratos, de copos pequenos
A gente se abraçava
E sorria da tristeza
Transformando conhaques em fluídos ardentes...
(eduardo pinter - 24 mai 1998)
Olhos e coração
Renato nova – 2006
Entre brumas de sofrimento
brilham olhos de tristeza
Incertos perante a beleza
oculta na solidão.
Perdido no firmamento
olhos repletos de sentimentos
Sufocando o coração...
Coração que transborda lamentos
Busca na névoa a certeza
Que o amor que tanto almeja
traga luz à escuridão.
Perdidos no sofrimento
Buscando a luz a cada momento
Seguem juntos e solitários
Olhos e coração.
Renato Nova
NAS SOMBRAS DA SOLIDÃO
Solidão não tem explicação
Talvez seja um vazio dentro de nós
Diferente seja à noite
E a gente só
Ouço então um sino ao longe
A chuva cai e banha meus olhos
Busco então me conter
E não sofrer
Entre a chuva e um sorriso
Procuro ver além dos espaços
Uma fuga, uma razão,
Para viver
Vago em sombras de meus pesadelos
Confundo então meus sentimentos
E me condeno, sem querer,
A solidão.........
escrita por Eduardo Pinter, Hilton Custodio Alves Junior e Renato Nova. não recordo a data.
PRECIPÍCIO
(Eduardo Pinter)
Estou a beira do universo aspirando a poeira do sentimento
Extremo cuidado no penhasco do suspiro que ainda cativo
Minha visão não alcança a ponta da lança que há horas joguei
Talvez seja tão profundo quanto onde paira meus pensamentos
E me cega ao encanto do cinza que deságua envolto desta dor
09 abril 2013
Eduardo Pìnter
O Café II
Café não se bebe:
Se saboreia.
Digo isto,
porque assim o faço.
Puro, adoçado,
não vem ao caso.
O importante mesmo,
é que seja saboreado,
assim,
bem devagarinho,
molhando a boca
como uma suave melodia...
Pois o café foi feito
para ser apreciado,
solene
até o último ato;
Quando a xícara já estiver vazia,
e a gente, alí,
viajando...
Totalmente inebriado...
(Dinho Kamers)
Improvisando....
Tentei versificar teu olhar, mas como posso resumir o que é belo com simples palavras?
Como posso regozijar a alegria estampada em teu sorriso?
Procuro palavras desvendando sonhos... Perpetuo dizeres ao fechar os olhos... Poetizo lágrimas que rubricam meu rosto ao te sentir. Mas como expressar tal sentimento?
Palavras, Almagres do desejo que afloram repentinamente, singultos de um coração que chora... Retrato da alma gêmea que esta ao meu lado, Resquício do te querer que em mim é predominante!!!
Dom. 28.04.2013 as 13:39hs
JRicardo de Matos Pereira
ALÉM DO INFINITO AO AMANHECER
de: Eduardo Pinter
Ande aos passos largos
Em busca do cálice entorpecente que alivia a razão
Busque a oração do sagrado
Envolto as sobras do ontem cristalizando os sonhos das manhãs
Conte as sementes dos maus
Fertilizando o bem que as noites navegam antes do precipício
Diga o que ninguém deseja ouvir
Desde que não fira a ferida alheia
E não desgrace a desgraça dos outros
Sonhe o seu sonhar
E não acorde o pesadelo que devaneia por luzes obscuras
26 Abril 2013
Eduardo Pinter
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