Poemas de Crianca de Charles Peguy
SANTA HISTÓRIA - II
Se tu pudesse olhar na palma da Minha mão iria se maravilhar. Se vendo nela como um bebê,engatinhando... Fazendo leitura das coisas com os olhos. Quero que saiba que cuidei e cuido de ti, de verdade.
Todos os dias o contemplo e não o perco de vista, nessa relação de Pai amoroso. Você poderá não entender, nem agradecer Meus cuidados. Eu entendo, isso é comum acontecer. Mas siga os seus passos, na liberdade que o dei!, Eu, continuarei insistindo em não desistir de ti. Torcendo pelo teu sucesso em Me querer. Pois aquilo que o mundo oferece não é o mais importante. Não permita a miopia espiritual atrapalhar tua visão de Mim. Nem a névoa do pecado, escurecer o caminho do Meu amor... Nada forçado, mas se desejar retornar e,em gratidão, Me servir em adoração e santidade... Faça isso com ternura e fervor; e aceitarei sua santa oferta em cheiro suave...
Creia que uma sementede gente, em Minhas mãos, ainda que caia nascerá de novo; frutifica,alinda a terra...
Se fraquejou, tenha fé e esperança; se esforce um pouco mais, em conhecer-Me!...
No deserto nasce flores;
em desvaneios,pesares;
Nos corações,temores.
Aos arrependidos,
Meus altares.
Ande na "Verdade" e o sol da justiça nascerá para ti, em "Santa história”.
(17.08.18)
FORMIGAS, “POVO INTELIGENTE”
Por Nemilson Vieira
“Vai ter com as formigas…”
É uma orientação bíblica, com uma razão de ser; como outros ensinamentos.
Indo às formigas, aprenderemos com elas, algumas coisas…
Dentre os exemplos que às formigas nos deixa, os mais difundidos e repassados estão o trabalho, a organização, a resignação, a inteligência.
“As formigas são um povo inteligente”, Bíblia.
É verdade que a formiga sabe a folha que corta; nem precisava mais sabedoria que esta.
Hoje à tarde, no meu percurso das compras, já retornando para casa, as observei à beira do caminho; nos seus trabalhos em filas indianas num ir e vir constante.
Umas vazias e outras que voltavam com as suas cargas presas nas garras dianteiras: parte de uma folha verde, duma textura lisa.
Num ritmo mais acelerado do que o normal delas.
Talvez pelo fato de estarmos em período muito frio e seco. Precisam de um aquecimento mais acentuado em seu recôndito lar e, a temporada de chuva não demora tanto; onde não podem trabalhar ao ar livre com desenvoltura.
Estas formigas do meu observatório estava a cortar as suas folhas muito longe do formigueiro. Então, sabem as folhas que devem cortar; e onde fazer isso.
Como a vida não é somente trabalho…
As formigas também precisam de um entretenimento.
Nos seus momentos de folgas preferem brincar, como as crianças do meu tempo.
Um (dia) mamãe chamou-me numa das dependências da nossa casa: — Vem cá meu filho ver as formigas na brincadeira de roda.
Fui ver e constatei muitas delas, em (círculo) agarrada na mão uma da outra. A se divertir como nós os humanos.
DOCE COMUNHÃO
Os cultos devem ser realizados para Deus — unicamente. “A Minha honra a outro nãodarei.”
Neles (nos cultos) engrandecemos o Seu nome, buscamos a Sua face adorável e O louvamos.
Sentimos a Sua doce presença… De uma maneira coletiva.
Nessas reuniões sagradas os cristãos aprendem mais e mais a cada dia, sobre a Santa Palavra; — uns com os outros.
Pela exposição litúrgica das Escrituras por vasos de honra da Casa de Deus. Nos testemunhos sinceros dos fiéis, somos edificados, fortalecidos em fé.
Nesse compartilhar da doce comunhão com o Pai-Supremo e com os nossos irmãos de fé e crença, nos fortalecemos na graça de Deus.
Desde o início do cristianismo, os que criam nos ensinos bíblicos “estavam juntos na comunhão, no partir do pão, nas orações” nas obrigações cristãs de modo geral.
Isso nos torna mais íntimos do nosso Amado Pai e Ele de nós.
Nesse ambiente de convivência saudável, alegre, de reverência, respeito, adoração santa os propósitos de Deus são lembrados, ensinados, propagados; a Sua Glória manifesta…
A vontade Dele em nós, cumprida.
(27:04:18)
ÁGUA BOA, É O QUE IMPORTA
Por Nemilson(*)
A terra, os seus microorganismos, nós humanos e viventes de modo geral, precisam de bastante água boa para o bom funcionamento do mundo celular.
A água, iniciando a sua função no nosso corpo — presente no sangue —, percorre as artérias, veias e capilares, oxigena e nutre as células com os mais variados nutrientes.
Fazendo o caminho inverso carreia as impurezas metabólicas (dióxido de carbono e outras toxinas).
Como se fosse pouco a sua função de gerar e manter a vida na Terra, o homem a despreza com as suas atitudes insanas.
Ao descartar nas águas superficiais, em campo aberto, os seus resíduos e rejeitos. Em vez de dar a estes uma devida destinação.
Não dá para entender como esse descaso ainda acontece nos dias atuais. Quase todos os rios estão poluídos por quem mais poderia cuidar: o homem.
Devemos a ela (a água) um tratamento mais humanizado possível; respeitoso e digno.
Agradecemos ao Pai Supremo em primeiro lugar por estar vivo; em segundo, a nossa água de cada dia.
Eu já disse uma vez que a água, pela sua importância deveria ser mais amada, reverenciada ou adorada até; mas claro que foi um desajeiro, não chega a tanto.
Nascentes estão a secar em todo o país e mundo afora; exclusivamente por nossas irresponsabilidades…
Só sabemos da real importância da água quando ela acaba ou não cumpra as suas funções naturais. Infelizmente!
Façamos alguma coisa no sentido da geração, preservação e uso racional desse recurso natural; enquanto há tempo, não somente nos lamentemos.
* Nemilson Vieira, Gestor Ambiental, Acadêmico Literário
(07:10:2014)
Flip e Lang
HÁ UM FOGO…
Há um fogo lá fora!
Na Serra das Almas;
Fumega, queima a fauna.
Lambe à terra, a flora...
Há um fogo lá fora!
No Morro da Cruz,
Que a tudo devora;
Tenha dó Jesus!
Há um fogo lá fora!
No Monte da sedução.
É o que mais queima:
Abrasa o tição...
No Lago da Angústia
Há um fogo abrasador…
Do lado de cá, o fogo
Acalma a dor…
… Só vive em rogos
Convence, do pecado
O mais vil pecador;
Fogo brando que muda
A história:
Apura o ouro do ourives:
Lança fora a escória.
Do lado de cá
A brisa inflama a chama
Do fogo. — Que não lesiona;
Queima e não causa dor.
RIO MOSQUITO, O NOSSO BEM MAIOR
Por Nemilson Vieira (*)
Percebo a preocupação dos moradores conscientes, do Pouso Alto, distrito de Campos Belos (GO), com o Rio Mosquito; sobre os impactos ambientais que se intensificam com o tempo; devido ao aumento populacional do povoado e pelo acesso das pessoas oriundas dos mais variados lugares que convergem a ele atraídas pelo refrigério das suas águas e pelas belezas paisagísticas do lugar.
Às imagens do rio divulgadas favorecem a confluência humana a esse paraíso natural.
Fico a torcer com aqueles que desejam ver essa relação, mais harmônica possível.
Seus cidadãos consideram esse rio como a galinha dos ovos de ouro: a mais expressiva e relevante fonte de abastecimento de água doce à população local e grande potencial turístico da cidade e região.
Temos sofrido na própria carne os reflexos das nossas atitudes impensadas, de não gerirmos sabiamente os nossos recursos naturais.
Como a escassez hídrica é uma realidade constatada em várias regiões do país e do mundo temos motivos de sobra para colocarmos as nossas barbas de molho e cuidarmos melhor desse recurso vital de Campos Belos, terra abençoada por Deus também com essa premissa Divina batizado por Rio Mosquito.
Não nos esqueçamos: a natureza se encarregará de nos ensinar a lição que carecemos, quanto a ela, às duras penas.
Ficam as minhas considerações!
*Nemilson Vieira de Morais
Gestor Ambiental, Acadêmico Literário
(10:03:15)
QUERO A PAZ
Por Nemilson Vieira(*)
Quero a paz do cisne no lago. No meio à tempestade: afagos.
Paz no campo e na cidade; sobre as ondas bravias, nas noites obscuras, tenebosas.
Paz ao partir e ao retornar, no dormir, no acordar. — Do colibri a proteger a sua prole; da natureza harmoniosa.
Quero a paz do agricultor depois da boa colheita; paz nos campos, nos montes, nos vales, por todos os lados.
Quero a paz dos pássaros nos voos recreativos; dos pirilampos na escuridão da noite, por ermos caminhos. — Do paciente depois do tratamento.
Quero a paz do pecador que alcançou o perdão; de quem ama e é correspondido, moças e rapazes eternos enamorados.
Quero a alegria dos inimigos ao fazerem as pazes; a doce sintonia de um poeta ao fazer a sua poesia; os seus versos, as suas rimas...
A paz dos fiéis na inquisição:
Jogados às feras a entoar canções.
— Das crianças a brincar; de um salvo a louvar, jogado aos leões. Quero a paz dos agentes polinizadores, ao fecundarem as flores na primavera.
Torço pela paz na Terra, entre os homens de boa vontade...
*Nemilson Vieira
Acadêmico Literário
Fli e Lang
(07:08:15).
VOCÊ…
Por Nemilson Vieira (*)
É a minha música mais preferida que aprendi a gostar de ouvi-la;
É a melodia perfeita que me acalma em momentos de preocupações;
Canção de ninar que me faz dormir na esperança de dias melhores;
A minha musa inspiradora que embala o meu mundo de ideias, de poesia…
Possui uma candura toda especial, uma beleza natural, um olhar penetrante que me deixa fascinado.
Ao se expressar verbalmente
ou na escrita é tão diferente das outras…
No tecer, na coesão, na coerência, em tudo que faz.
*Nemilson Vieira,
Acadêmico Literário
(03:05:15).
Fli e Lang
APAIXONANTE EUGENIA
Por Nemilson Vieira (*)
Hoje foi um daqueles dias especiais para mim: conheci a EUGENIA.
O meu olhar achou o seu e rolou de imediato, a química do amor. Fato que se deu de uma maneira muito espontânea, natural.
Não creio desse relacionamento ter acontecido por uma coincidência, mas por uma providência.
Com tanta intimidade à primeira vista que tivemos alguém deve ter imaginado sermos velhos amantes.
Combinamos tanto… Continuamos firmes e fortes nesse propósito de querer-nos sempre.
Depois daquele sim inicial e do entrelaço sentimentimental só sabemos andar, a nos amar como dois eternos apaixonados.
Assim vamos a tocar os nossos dias e a nossa comum união. Cada vez mais presentes, um, na vida do outro, a alicerçar os nossos vínculos.
Continuamos nessa livre relação, à distância, a todo vapor.
Eugenia no seu canteiro público, no São João Batista, eu no meu espaço de sempre, no Luar.
Posso ter novos amores e ela também. Com pouco de ciúmes, mas sem contendas.
Podemos amar outros(as), que nos afeiçoarmos.
Aos que torcem contra o nosso apego afetivo, quase anormal, que desistam. — Ele veio para ficar; até que o destino ou a morte nos separe.
Fica aqui um pouco dessa nossa história sentimental.
Se o caro leitor desejar saber melhor sobre nós e mais especificamente sobre EUGENIA pergunte ao Dr. Google, ele lhe informará detalhadamente.
*Nemilson Vieira
Gestor Ambiental, Acadêmico Literário
(12:07:20).
Fli e Lang
Em meu ofício de colher palavras,
realizei proezas...
Como o garçom que serve às mesas,
servi palatáveis desejos...
Ao ser amigo das letras e dos versos,
achei-me livre e solto, no universo da leitura;
e amadureci bastante em ideais de completude.
21.09.16.
Quando o coração irmana à obra o resultado surpreende, e a beleza salta aos olhos de quem a enxerga com a alma.
24.09.15
PARABÉNS CELESTE!
Celeste tem um céu aos seus pés, e outro sobre sua cabeça; o primeiro como residência o segundo como limite.
E, em momento algum destoa dessa magnitude beleza terrestre e sideral que a encanta.
Na branca nuvem poética que se envolve, e com a candura do seu trato com a inspiração...
As palavras tomam formas,se agregam, viajam, e materializam-se em versos metrificados ou não.
E em verdadeira essência se conserva.
Seu sentimento transportado para o branco do papel transparece em bela poesia;
que somente sua sensibilidade lhe dá, para encher nossos olhos de brilho,e a nossa alma de júbilo!
Parabéns pelo dom que Deus te confiou!...
De brincar com as palavras, e pôr nos ofertar tão lindo 'tecido' de coisas boas; de variadas cores e sabores... Vindas do teu coração para o nosso!
28.09.15
"VEM PARA O MEIO..."
Há uma orientação sagrada no sentido da inserção: "Vem para o meio...".
Esse chamamento divino, a meu ver, pode ser extensivo também a qualquer atividade ou área da vida humana; e não somente a religiosa.
Quem se eximir desse conselho supremo terá como conseqüência o não crescimento pessoal.
O 'ter' ou o 'ser', não acontece sem a interação e a busca constante daquilo que desejarmos no meio adequado e justo.
O isolamento trunca a ajuda mútua da troca de experiências e de saberes, e o progredir constante das pessoas.
Quando Elias o profeta, após vencer um grande desafio, ficou deprimido e foi para a retaguarda: adentrando-se e permanecendo no interior de uma caverna, por algum tempo; mas logo recebeu a ordem de Deus que saísse de lá.
Pois ainda teria muito a aprender, a ensinar e a fazer; por si mesmo e pelo próximo.
Somente indo para o ‘meio' alguma coisa interessante pode acontecer...
O progresso e as vitórias em nossas vidas é o resultado do esforço de muitas idas e vindas ao meio que escolhemos para estarmos inseridos.
"Somos frutos do meio". Pude ler isso em algum lugar. Somos seres gregários por natureza e por necessidade; por isso, não é bom para vivermos isolados de tudo e de todos. Em um meio desconforme. Enclausurados em nós mesmos.
Sabemos que há 'meios' duvidosos e desaconselháveis a nós, que só existem, para tirarmos deles, lições para o nosso caminhar. Nesse ambiente não é aconselhável perder o nosso tempo.
Quem não vem para o meio edificante ou benéfico está sozinho. E torna-se presa vulnerável ao desvario. “Uma andorinha só não faz verão”.
Melhor dar ouvido ao bom conselheiro divino: "Vem para o meio!..."
No meio há comunhão, partir do pão, aprendizado, força... Há alegria. E, pessoas com os mesmos ideais que o nosso.
01.10.15
MOMENTO DE JÚBILO
Ainda bem que meu coração esperançoso aguardou por melhor sorte...
E a minh’alma ancorou à dela de repente.
Quando o véu em traços se moveu...
Surgiu do nada, à minha frente!
Sua imagem, seu sorriso, e aquele rosto afável, encantador. Enlouqueceu-me de vez!...
E tudo que guardei com tanto ardor não se perdeu!
Meu desejo sob o sol ardente de verão...
Ditava meu norte, quando ela desfilava
na minha passarela; em passos ritmados de princesa.
Sim, aquela 'beldade' toda despertava outros olhares... Mas nem liguei: eu estava confiante!
No poço de solidão que eu vivia, e diante daquele mundo de lindeza insinuante; dentro daquele micro vestido rosa não pude resistir a tanto encanto.
E, com a liberdade que me dera, o abracei e a beijei calientemente!
O seu jeito carente e festivo absorveu por inteiro p meu amor!
E me prendeu em seu abraço.
Naquele momento de júbilo encostado ao meu 'porsche' azul, repousei no infinito!...
02.10.16
APENAS UM SUSTO
Hoje chutei a beleza que na penumbra da noite veio voando para me ver; mas claro, não foi de propósito tal intento.
Eu explico: ao fazer-me a visita-surpresa, eu não havia percebido que ela estava no piso amarelado da sala de estar.
Sempre fui fascinado por esses belos seres alados.
Já meio escuro, achei que era um resíduo qualquer e a toquei com o pé; mas, olhando com mais atenção vi algo a se mexer, era uma linda borboleta. Meio tonta, só podia movimentar-se com as pernas e, estava tombada para um dos lados devido ao choque.
Mas por sorte, não o havia machucado com tanta gravidade assim; como achava a princípio.
Ufa!... Ainda vivia!
Apenas um incidente sem maiores danos!
Pedi desculpas a ela, pelo ocorrido. E a peguei com muito jeito e carinho para que, não se desintegrasse em minha mão.
Compadecido a levei para o quintal de casa e a coloquei num galho verde de uma palmeira nova, para recobrar os sentidos.
Foi um sucesso esse meu gesto! Depois verifiquei que ela já abria e fechava suas asas normalmente!
E só pensava em seguir sua trajetória de embelezar a vida!
Então, conjecturei: talvez, não a verei jamais... Mas, com certeza alçará voos de liberdade novamente, e encantará outras almas sensíveis mundo afora.
05.10.15-
PERDI O CÉU
Eu vim com a "volúpia do infinito".
E como estrangeiro desta nau terrestre, extravasei para além de mim...
Sou o que restou da estação primaveril. Emissário das sinistras vinculações angélicas, vivi entre as pedras afogueadas.
Ser antiético e cético era o que mais queria...
Finquei raízes em ilhas dos amores; e com o credo dos ateus, perdi o céu.
10.10.16-
OLHOS: JANELAS DA ALMA
Os olhos não podem parar de ver.
O coração precisa pulsar, sentir... manter a vida. Como zabumba, ele soa no peito, ritmado:
Tum... tum... tum...
Se os sentimentos forem poucos,
Quase nada enxergaremos;
Nem mesmo o óbvio.
E a alegria do amor se perderá em nosso devaneio.
Se as imagens, como bolhas de sabão, se desfizerem
E nossa visão não mais vê-las,
A alma sem janelas só fraqueja.
E sem estímulos ópticos, dos elementos paisagísticos;
O sentir seria monótono,
E tedioso.
EXILADO DE MIM MESMO
Na atração da acrópole
Gastei exorbitâncias;
O vazio e a solidão apavora...
Há de faltar-me a morte,
E estarei eternamente tentando me encontrar.
Contando com a sorte,
Viverei nos confins da minha infância:
Exilado de mim mesmo,
Em jardins suspensos,
Sobre geografia inconstante.
Só as fantasias megalômanas,
aborrecem-me.
Mas anjos bacanas me confortam.
Ouvi o som de muitas águas,
No relâmpago do trovão.
Em meio à roda de luz,
Beijei medalhas;
E transpus
O exílio de mim mesmo.
04.11.16
FOLHA SECA
Folha Seca desprendida do galho,
Caída no chão, tocada pelo vento,
Molhada pelo orvalho;
Ao relento.
Pisada, desprezível...
Foco de nenhum olhar.
Sem a seiva,
Sem a vida,
Sem direção...
É sem graça o seu mover.
Pobre folha!...
Sem forças de locomoção,
Sem atração,
Sem qualidade nutritiva...
Segue, enriquecida com os minerais que possui; Essenciais à vida de seres, macros e micros.
Pela terra, viaja no seu curso natural, acompanhada de outros materiais, no ciclo dos nutrientes...
E em cada estágio da sua trajetória metamorfósica,carrega consigo, particularidades única; de importância múltiplas.
Sim!...
E, quanto aos sentimentos e a beleza; pode haver, em uma folha seca e morta?
Pode!...
Depende da sensibilidade de quem a ver.
Vi recentemente numa folha seca, caída, o encanto de uma formatação que me lembrou a exuberância de carnudos lábios de uma aparência sedutora.
Tremia emocionada sobre o piso do asfalto...
Ofegante e com arritimia cardíaca, suava frio;
Respirava a delícia de um perfume, exalado de algum ser alado...
Até sentir na sua textura o toque das patas acetinadas; o afago, e o beijo caliente de uma linda e solitária borboleta.
09.10.2014
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