Poemas de Casa
"se não vier para ficar, então por favor não mexa com aquilo que demorei tanto para arrumar.
Deixe minhas coisas em seu devido lugar.
Aqui agora só faz bagunça quem vem para morar."
-M.OS
Um pedaço do silêncio que dorme no chão da cozinha
Que a garganta arranhe pela manhã
e os azulejos brancos da cozinha sangrem todos os dias,
que os beijos explodam na boca incontáveis,
inconfundíveis, incalculáveis...
E que a dor não seja maior do que as gargalhadas
que ironizam tamanho sofrimento.
Que os beijos explodam da boca, incontroláveis
e feito os vulcões pirem o cabeção!
E que depois murchem sem dó nem piedade,
feito a imagem esmaecendo às três da madrugada,
após o clique no controle da TV que te controlava
e que agora te liberta de tamanha prisão.
Que o refrão infame...
- pedaço do silêncio que dorme no chão da cozinha -
inflame em chamas de lava ardente
e dissolva feito um passe de mágica,
as rochas marrons e duras,
que são pedras em nosso caminho.
Que quem escreveu (ou leu) essa asneira não morra só!
Nem viva só, nem só lamente por toda a sua miserável vida.
E que possa ser também resiliente,
tenha força pra seguir em frente
e mesmo sem prognóstico positivo possa encontrar uma saída,
que possa ver (entender) que toda essa gente só, não é obra do acaso.
Mãe - Meu primeiro Lar
Sua força inspira, seu exemplo motiva e seu amor é capaz de curar as coisas mais incuráveis.
Você me cura todos os dias com o seu amor.
Muito obrigado por ser o meu primeiro lar.
Lar
Se a casa é onde nos sentimos bem,
Faço ao seu lado minha morada.
Jamais passarei fome ou frio, além
De estar no coração de minha amada.
E pelo seu feitiço deveria ser queimada,
Tal qual as bruxas há anos atrás.
Fez-me um servo em sua jornada
Sou um escravo, mas vivo em paz.
Quando quiser me assassinar, se despeça
Não consigo viver sem teu carinho.
Mas me mate, e que não seja depressa,
Prefiro ser torturado, que estar sozinho.
Na oração da madrugada
O Criador ouviu meu clamor,
E chegou na minha casa
Com seu grande esplendor
Tudo por amor, seu grande amor
VITÓRIA-RÉGIA
As vitórias-régias e a praça arborizada
O cair-da-tarde no bairro de Casa Forte
Os jovens e adultos praticando esporte
São encantos de Recife, cidade amada
Camarote na Aldeia:
Eu morei algumas vezes de frente para o mar e também para jardins e áreas verdes. Por último, agora mudei para um apartamento no terceiro andar e vejo um mar de tetos de casas residenciais, copas de algumas árvores em ruas ainda não verticalizadas, que colorem a cortina de vidro da minha nova sala. Ao fundo, o que seria mar ou montanha, vejo arranha-céus.
Todas as manhãs ouço galos e o som das maritacas, que invadem o meu quarto e se vou até a janela, posso ver também os gatos, espreguiçando-se sobre os telhados.
Eu não sei como cheguei até aqui, mas posso dizer que a vida me deu um camarote na Aldeia, ou melhor, na aldeota.
Sim! Eu sou desses que transforma qualquer coisa à sua frente em algo belo só com o olhar. Por isso já fui tão desafiado pela vida. Ela confia no meu "taco".
Fico olhando o teto das casas e imaginando o que tá rolando ali embaixo, a chuva de emoções, sonhos, fantasias, tesões palpitantes sobre as camas ou pias da cozinha e até mesmo pessoas lavando pratos.
Quando as folhas das árvores balançam com o vento eu fico procurando pássaros: deve ser incomodo estar no galho na hora do vento. Tem que ter equilíbrio para não cair, já que os pés dos pássaros são tão pequenos, não é mesmo?
Ah! Tinha esquecido: Tem uma igreja bem ao fundo, já próximo da barreira dos prédios, um pouco longe, mas todos os dias da para ouvir na hora do "Ângelus" vespertino um fundo musical sacro, às vezes, Ave Maria! Mas sempre instrumental...
Quando chove eu vejo a água escorrer pelas ruas ou pelos tetos das casas, os galhos molhados das árvores, aves mudando de galho...
E antes, eu que achava poético o curto cenário das varandas da praia, limitado a pessoas no vai e vem do calçadão, o mar batendo na areia e em linha reta ao fundo, mas agora, agora eu vejo e sinto essa riqueza de vida pulsante longe do mar.
Provocações
Se uma pessoa gosta verdadeiramente de outra.
Não precisa muda-la. Porque não ira caber na
Sua teia idealizada. Apesar de toda, sua boa intenção.
O ser humano, carrega dentro de si. Sua própria angustia
E natureza. Tudo o que foi necessário para sobreviver
Até aqui. Inclusive as imperfeiçoes.
Disso é composto os humanos.
Inclusive alvo de provocações narcisistas,
Projetadas no objeto. Para satisfazer
pulsão perversa. Que tem;
Na Origem. O defeito natural daquele,
Que procura fugir de sua própria
angustia existencial , que ainda
e ainda não encontrou a forma de
entender e mudar esse gênio.
que escraviza a própria mente.
Que; pelo próprio desconhecimento.
É apenas um vício para distrair-se de si próprio.
E o mundo gira e a graneiro roda.
Marcos fereS
#Fique em casa
Aproveite essa quarentena
e seja um vasculhador
para tirar as sujeiras de seu teto.
Fácil demais, não?
Você tem um telhado a seu alcance,
por isso você tem cabeça.
Não podem fazer o mesmo,
os vasculhadores de cabo longo
que moram no bairro Ar Livre na Rua Padeça
Fácil demais, não?
Chamá-los de loucos,
“— Deus lhe favoreça”
Difícil demais, não?
Sem ter um telhado ao alcance,
como ficar em casa e ter cabeça?
A Casa dos Poetas.
Um Paladar adocicado pela vida...
Decidi eu...
Fazer uma casa...
A casa dos Poetas...
Onde nossas inspirações...
Pudessem se misturar....
E juntos...
Construirmos...
Uma torre de Poesias...
E na arte literária...
Usar as planetárias da vida...
Para que possamos...
Induzir nossas escritas...
Em modo de arranha céus...
Por isso...
Os olhos por vezes marejaram...
E navegando por mares adentro...
Eu sabia que um dia...
Nessa casa...
Iríamos nos encontrar....
E foi assim...
Nesse encontro...
Cada um de nós...
Opiniões seriam trocadas aqui...
E outa ali...
E como escritor...
Deixar o melhor de mim...
Aos antigos e atuais Poetas e Poetisas...,
E por pensar assim..
A cima do nosso imaginário...
Os bela Flores...
Faziam parte do espetáculo...
E nessa reunião...
Entreguei meus poemas a todos que eu vi....
Todas as poesias ali entregue....
Se formaram uma única torre....
Onde todos nós....
Ficamos por horas trazendo mais inspirações....
E nos tranformamos..
De mãos dadas..
Uma mais linda e singela canção....
Na casa dos Poetas....
E na casa dos Amores....
Autor:Ricardo Melo
O Poeta que Voa.
A casa de outrora,
Era mais que mágica,
Imobiliada de fragrância de vida e canções desprendidas,
Sem ponto, poucas vírgulas,
Mais eteceteras e reticências de toda sorte,
De inolvidáveis momentos,
Era lar dentro de uma casinhola,
A casa inesperadamente,
Muito depressa mudou,
Sem alaridos,
Com dissimulada e tacanha obscuridade,
Súbito perecimento inexplicável,
Que estamos fadados,
Execrados, amaldiçoados,
Quando acordei estava com uma afável sensação,
Como de quem dormiu com a graça,
Como de quem sonhou com a perfeição,
Era o rouxinol que na noite passada me presenteava na janela de casa,
Pensei eu,
Não ser doido,
Como vocês,
Logo, bem logo,
Fiquei mais doido,
Que todos os doidos,
Salve-me,
Dr Simão Bacamarte,
Recolhe-me
À casa verde,
CINEMA EM CASA
Nunca passei tanto tempo,
horas na televisão.
Mas até que um filminho
traz cultura e diversão.
Se na rua tem problema,
faço em casa meu cinema,
com pipoca e telão.
A CASINHA
Bem no meio da floresta
A casinha isolada
A luz é do vagalume
O som é da bicharada
Da terra vem a sustância
Do rio água para a estância
Natureza abençoada
Orar. Confiar. Esperar. Receber. Festejar!!!
Tudo tem a hora certa. (Ec 3:1). Mas, enquanto aguarda a chegada da bênção, permanecer contemplando-a nas visões da mente.
🌧Já ouço o barulho de abundante chuva🌧 (1 Rs 18:41)
Amém 🙏🏼
Esvazio copos, venço a madrugada
Deixo meu corpo às vezes, sou uma casa alugada
Aquilo tudo parecia uma vitrine
A cada pedalada essa avenida parece mais íngreme.
Gasto minha sanidade a esmo
Cada garrafa simboliza um erro, tenho errado bastante nos últimos meses
Penso no que tenho feito, mais uma pessoa magoada
Deixo meu corpo às vezes, sou uma casa alugada.
As luzes dos postes mostram onde preciso ir
Os copos me respondem o que preciso ouvir
Desgraçados hábitos noturnos guiam-me por lugares os quais jamais imaginei existir.
Aceito a instabilidade presente em mim, mais uma janela quebrada
Rostos sem expressão, falta tinta na fachada
Olho minhas mãos para não esquecer da caminhada
Deixo meu corpo às vezes, sou uma casa alugada.