Poemas de Casa
Quintal de quatro bicos:
meu segredo habita as pedras
cada uma com sua voz
no bater as coisas.
Posso dividir em quadrados
os barulhos do mundo.
Sentado na soleira de casa
(sombras suicidas sob os pés)
os dedos pensam em nada:
desenho fresco na terra.
Na viagem, saudade aperta o coração,
Lembranças do lar, doce recordação.
Em cada cidade, um mundo a explorar,
Mas é no meu canto que quero voltar.
Caminhos distintos, paisagens a desbravar,
Culturas e sabores a se experimentar.
Mas é nos amigos, nos risos e calor,
Que encontro abrigo, onde está meu amor.
Entre estradas e aventuras, sigo a sonhar,
Mas é na memória que volto a repousar.
Viajar é aprender, crescer e sentir,
Mas sempre é bom para casa, enfim, regressar.
Não tem dieta do mundo
Que não seja repentina
Quando chega numa casa
De uma avó Nordestina.
Gélson Pessoa
Santo Antônio do Salto da Onça RN
28 Março 2025
"O amor é como um
pássaro, por suas asas.
As vezes voa pra la, voa
pra cá, e depois volta
pra casa."
Quando a Noite Cai
Quando a noite cai
e o frio desce devagar,
vem com ele a angústia —
silenciosa,
sutil,
letal.
Quando o frio me visita,
sinto falta do teu calor,
aquele que apagava
toda dor,
todo medo,
toda solidão.
Quando percebo tua ausência
no eco da casa vazia,
bebo tuas palavras guardadas,
e nelas,
me cura a poesia.
Quando olho ao redor
e não te encontro,
as lembranças surgem —
nítidas, quentes,
com o gosto do nosso
último beijo.
E quando tudo silencia,
até o tempo se recolhe…
Fecho os olhos —
e, inevitavelmente,
é em ti
que meu pensamento dorme.
Eu vivo cercada de pessoas estranhas que não me conhecem, mas me julgam muito bem!
Estou cansada, desanimada com tantas mentiras, minha barriga faz uns sons estranhos e a vassoura insistente esfregando lá fora chama a atenção dos meus pensamentos, consigo ouvir o piado de um pássaro e algumas vozes sussurrando, onde será que ela está, ou será que ela está, minha vontade de olhar para a sociedade é zero, tipo a intolerância, eu não estou perdida, porém me sinto num grande vazio e a vergonha de ter voltado para a situação onde Deus já havia me libertado é maior do que a frustração de ter
perdido tempo, tentando ser uma pessoa boa, eu me tornei meu próprio monstro, que vaga nos próprios pensamentos,
Não sinto vontade de explicar nada para ninguém, nem sei se estou bem ou ruim, continuo digerindo a situação, talvez o melhor que eu tenha a fazer seja esperar e ver se consigo sorrir, nem que seja de lado para as circunstâncias.
Dar um olá para hipocrisia e seguir meu caminho sem me abalar, porque certas rotinas não se mudam e não é atoa que para se chegar a algum lugar você tem vários caminhos, só precisa ter sabedoria para não escolher o pior, mas viver é avançar, caminhar e sobretudo sobreviver as traições e hipocrisias no caminho.
Estou abatida e não ABATIDA, se é que me entendes!
Você poderá me ver cansada, mas jamais me verá desistir do que é certo!
Que Deus me proteja das falsas boas intenções, guie meu caminho e ilumine meus passos!
Tenho plantado árvores
Tenho plantado árvores
sem saber o nome das mudas.
Algumas nascem tortas,
outras largam o caule no meio da tarde,
como quem desiste do dia
antes que a manhã termine.
Não escrevo placas,
não celebro datas.
Apenas volto, às vezes,
com um copo d’água e um silêncio,
como se ambos fossem sementes.
Plantar me parece um jeito
de conversar com o que virá depois de mim:
alimentar com frutos e sombra,
como quem deixa recados
em folhas verdes,
numa língua que ainda será inventada.
Às vezes, passo semanas sem voltar.
E, quando volto, há silêncio também nas raízes.
Outras vezes, encontro uma folha nova
que não me esperou para nascer.
As crio em pequenos vasos,
pensando protegê-las do mundo.
Mas elas anseiam pelo chão —
há raízes que não suportam cerâmica,
há vontades que só entendem o barro.
Tenho aprendido que a terra escuta melhor
quando não a interrompemos.
E que há gestos que não florescem
para nós.
Tenho plantado árvores
como quem aceita não entender tudo,
mas ainda assim insiste.
Como quem planta uma pergunta
e colhe, com sorte,
a sombra de uma resposta.
Você diz que vai embora.
Eu digo “vai”, mas minha voz treme.
Você diz que me odeia.
E eu rio. Porque sei que no fundo você só não sabe mais amar.
Nem eu.
A gente se estraga melhor do que se ama.
Mas tem alguma coisa nesse caos que parece casa.
Alguma coisa doente, instável, mas familiar.
A sua voz...
Eu quero enxugar as suas lágrimas.
Pelo menos, uma vez...
Só uma vez.
Eu quero abraça-la sem fazê-la chorar...
Desejo beijá-la sem fazê-la sofrer.
Tentando defendê-la de seus pesadelos...
Dessa vez,
Eu tentei ser melhor que o “ex”, e feriu-me.
Hoje,
Eu sei de todos os seus pecados.
Por isso, que mereço enxugar as suas lágrimas...
E em noites assim,
Eu guardo o seu coração aqui.
Quando amanhecer,
E não vou deixar que você se vá...
A paz reinará sobre os nossos pés,
Eu vou ficar aqui,
Com um livro na cabeceira da cama,
Uma TV desligada na sala,
E o seu quadro na parede do quarto.
Eu ouço a sua voz,
Dizendo-me que me amas...
E que logo iriamos viver juntos.
Eu a espero em casa,
Com as cores escolhidas por você.
E eu sei que tomemos a decisão certa.
Eu a ouço e peço para descansar...
Que naturalmente, tudo dará certo, na hora certa!
Titânico Mello
A casa
Vivia num mundo estranho
Mundo que não era seu lar
Mas vivia naquele abstraído absurdo
Dos que não se aceitam se calar
Sua casa tinha paredes telhado
Portas fechadas
O cardume sempre encontra redes
Violentas puxam e deixam sem ar
A casa não é o lugar
Onde esta sua casa
Casa é qualquer lugar
Onde possamos estar
Ale, louca varrida
Todos olhavam incrédulo
Até ale não havia digerido
Um olho na órbita outro em pêndulo
Ale consertou e saiu
Vendo outro mundo diferente.
Sua casa sua audácia
Sua casa era de carne e osso
Sua casa eram seus amigos
Sua casa era sua esperança
Sua Fortaleza fortuna.
Som emocionante de uma melodia intensa, doce e melancólica,
cuja personalidade é autêntica, encantadora,
que remete ao forte sentimento de saudades, trazendo uma parte importante do passado ao agora,
que começa discretamente e vai ficando cada vez mais à vontade numa soma crescente de notas
como uma visita agradável, familiar, que se aproxima aos poucos, passo a passo, um pouco insegura,
até perceber que na verdade está de volta a sua casa, uma forma de reencontro
consigo,
um recanto bastante aprazível para a sua alma, o seu próprio paraíso.
"Ali, naquela rua, tem uma casa,
cujo quintal mais parece
um Jardim do Éden.
E o jardim, ha ha o Jardim,
esse é um Bosque em Flor.
E tudo regado com carinho,
amor, devoção."
(© J. M. Jardim - Direitos reservados - Lei Federal 9610/98)
Boa parte de mim é você, e por um bom tempo tentei apagar essa parte de mim, para não mais te lembrar, contudo, essa parte que é você sou eu, e eu gosto de mim assim.
No meio de tantas diferenças, existe uma igualdade penetrante, aquele músico, aquele escritor, aquela frase, aquele filme, aquela melodia, coisas que você me mostrou e eu amei, e que e hoje fazem parte de mim tanto quanto de você, talvez seja até mais pulsante em mim do que em você, porque seu encanto é passageiro e o meu é motorista.
Vou sempre te encontrar no meio de um livro, de uma canção, de fotos velhas, seu nome vou ouvir e mesmo que não seja você vou te lembrar, seu perfume sempre vai encontrar meu olfato mais distraído, e seus olhos brilhantes vou encontrar toda vez que fechar os olhos.
Dias virão, meses passarão, anos enterrarão e eu guardarei seu sorriso distraído numa das minhas gavetas, inda que a memória te leve daqui, vou sempre saber que um dia caminhei tua estrada.
A tarde em que sai de casa
A tarde em que sai de casa
Eu esqueci
Esqueci que não havia comido
Esqueci que poderia chover
Esqueci que faria frio
Esqueci que ficaria escuro e eu não teria um lugar pra voltar
E esqueci que tinha medo do escuro
E também esqueci que ninguém estaria ao me lado
Para dizer "Oi, esta tudo bem, eu estou aqui"
E esqueci aonde deixei aquela liberdade
Aquela que tanto procurava
Até que se passou a primeira noite
E eu sobrevivi
Então pensei "se sobrevivi a está noite, posso ir adiante"
Até que um dia esqueci daquela tarde
Na minha casa...
(Nilo Ribeiro)
Na minha casa tem uma sala,
para ouvir música e namorar,
hoje a vitrola se cala
sem ter você para cantar
na minha casa tem uma cozinha,
para refeição e namorar,
já não faço mais a comidinha
sem ter você para temperar
na minha casa tem uma lareira,
para aquecer e namorar,
não uso mais a sua fogueira
sem ter você pra me esquentar
na minha casa tem uma varanda,
para descansar e namorar,
da minha casa faço propaganda,
vislumbrando um dia você voltar
no meu lar tem de tudo,
meu coração não tem nada,
prefiro viver em um outro mundo
a não ter você em minha casa...
SEGUNDA CASA
A primeira era grande, a segunda será maior.
Aquele templo tinha outra dimensão medida,
Os dois foram construídos para os adoradores,
Fundados em rochas; este, é em Pedra Polida.
Pedra de Esquina, com visões para dois lados,
Coluna firme; ligando o céu à Terra habitada.
Nesta casa; Jesus passeia por todos os lados,
O espirito do Senhor nos visita e faz morada.
A primeira e a segunda fazem parte desta história,
A qual nos primórdios das revelações nasceu,
Não podemos esquecer o resumo de sua gloria,
Desde o inicial, até nossos dias pelo povo hebreu.
Minha casa, é uma casa de orações e louvores,
Não faço daqui moradia; moro convosco todos os dias,
Aqui sou visitante temporário, médico para suas dores;
Transformo choros, desalentos tristezas em alegrias.
Nosso lar nunca estará vazio, ele é meu, fiz pra você,
Para o meu povo que se chama pelo meu nome.
É a pátria dos escolhidos, dos meus filhos, a mercê.
Sou pedra angular, o Senhor, o Messias; meu prenome.
Este poema foi inspirado em todos os templo dedicados ao Senhor.
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CASA VELHA
Casa velha,
sem trinco porta ou janelas,
vazia de moveis e vozes,
soleira suja esperando outros pés.
Casa velha,
que já abrigou felicidade,
silêncio de muitos segredos,
vive hoje nos teus medos,
encostada na beira do mar.
Casa velha,
que julga sem piedade,
o ultimo morador do teu chão.
Casa velha,
teu alicerce é forte e seguro,
as cicatrizes nas tuas paredes,
não passam de arranhões na pintura.
A garota rock’n’roll,
em pouco tempo,
faz a próprio gosto,
um belo
de um acabamento!
Nem truque, ou custa
de memória, ela vai para
o Guinness Book,
entro para história!
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