Poemas de Caio Fernando Abreu

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Carrego lágrimas, sorrisos, histórias, abraços, momentos felizes e momentos de decepção. Não sou um livro aberto, mas também não tão fechado que você não consiga abrir.

E da janela do quarto, vendo uma vida de estrelas passarem por seus olhos, algo lhe dizia:
- Tá vendo aquele mundo lá fora? É seu, vai pegar.

Tudo aquilo que eu esquecia ou negava, soube vagamente em plena queda, era o que eu mais era.

Eu pensara até então que, de certa forma, toda minha evolução conduzira lentamente a uma espécie de não-precisar-de-ninguém.

‎Tenho tanto medo de perder o que fica na memória - sei que parece descomunal esquecer lembranças, mas elas vão embora com o tempo, ou a gente mesmo faz questão de dar a elas somente a passagem de ida.

A gente tá se perdendo todos os dias, pedindo pras pessoas erradas. Mas o negócio é procurar. A gente não se recusar a se entregar a qualquer tipo de amor ou de entrega. Eu nunca vi por que evitar a fossa. Se a fossa veio é porque ela tinha que vir. O negócio é viver ela e tentar esgotar ela.

Porque pra viver de verdade a gente tem que quebrar a cara. Tem que tentar e não conseguir. Achar que vai dar certo e ver que não deu. Querer muito e não alcançar. Ter e perder.

Prometo a mim mesmo nunca mais ouvir, nunca mais ter a ti tão mentirosamente próximo, e escapo brusco para que percebas que mal suporto a tua presença.

"...Temo que seja outra vez aquela coisa piedosa, faminta, as pequenas-esperanças, mas quando desvio meu olho do teu, dentro de mim guardo sempre teu rosto e sei que por escolha impossível recuar para não ir até o fim e o fundo disso que nunca vivi antes e talvez tenha inventado apenas para me distrair nesses dias..."

Na janela do 21.º andar, ela parecia dizer: "Sim, você pode conquistar seu destino".

Depois de pedir muito para Deus ‘alguém’, agora eu peço ao contrário. Porque não vale à pena, não compensa. Porque tem pessoas que não valem à pena. E insisto, dai-me forças Senhor, dai-me fé. Que seja doce agora, que seja!

Uma coisa só começa a existir quando você também começa a prestar atenção na existência dela. Quando a gente começa a gostar duma pessoa, é bem assim.

Não tenha medo de apostar em coisas novas. As piores vontades são as que a gente deixa passar.

Tenho muito medo, mas confio em Deus. E apesar do meu medo há em mim uma paz enorme que eu chamo de felicidade.

(…) Como no fundo do abismo, a água escorre, você deve escorrer sem parar, para a frente. Mantenha a sinceridade no fundo de seu coração. Mantive. Tenho mantido.

Se alguma vez, por descuido ou coisa assim, ouvir It’s impossible, pense em mim. Ou não. E se a saudade bater, escreva uma carta que pode ser cheia de queixas, ou cheia de sol. Será bem-vinda.

Porque a gente, alguma coisa dentro da gente, sempre sabe exatamente quando termina – ela repetiu olhando-se bem nos olhos, em frente ao espelho. Ou quando começa: certo susto na boca do estômago. Como o carrinho da montanha-russa, naquele momento lá no alto, justo antes de despencar em direção. Em direção a quê? Depois de subidas e descidas, em direção àquele ponto seco de agora. Restava acender outro cigarro, e foi o que fez.

Só que as coisas têm a hora certa de chegar. Aprendi a gostar de viver e ser feliz. O importante, o irreversível, o definitivo, o claro nessa história toda é que eu gosto muito de ti.

Tratava-se realmente de um anjo. Não sei se arcanjo ou querubim, não entendo de hierarquias, mas indubitavelmente, inconfundivelmente um anjo.

Preciso tomar ar, fingir que sou normal e tenho um profundo interesse pelas pessoas e acontecimentos culturais e todas essas estonteantes possibilidades urbanas.

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