Poemas de Antonio Mota

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A RÉGUA

Lá vem a morte...
Em seu trem forte, não atrasa
com sopapo, com seu choque
vem moendo, vem morrendo
foiçando de sul ao norte,
não tem asas, mas arrasa.

Lá vem a morte...
Pelos campos pelas casas
arranca caretas, arranca lagrimas
espalha dor entre amores
seca espinhos , seca flores
espalha ausência e arrasa.

Mesmo sem asa ela voa
voa até a pessoa má
voa até a pessoa boa.
A morte é incerta
a na certa infecta
até mesmo a mais leve garoa.

Eu sou forte, vou lutar
mas tenho medo da morte, me levar.

Antonio Montes

Inserida por Amontesfnunes

COM POEMA

Assim com poema, vou por ai
desenfreado sem lado
as vezes em sopros mirrados
em outras... Em ventos largos.

Te digo, não ligo...
Se eu vir, escorregar,
e por acaso, cair no lago,
quem sabe, sob frio, molhado
farei um poema de tremer
ou até mesmo um poema
encolhido, coitado.

Mas uma coisa, te digo
mesmo que eu acenda a centelha
Entre banhos de palavras e larvas
não irei queimar minhas favas...
saborearei o mel das frases
sobre as telhas da minha casa.

Antonio Montes

Inserida por Amontesfnunes

ESTRIMILIQUE

Com a cangalha
sobra a galha...
Com fuxico e sem fuxico
o burrico do seu Dico
ploc, ploc
nunca deu ouvido a grito.

Leva milho
leva palha...
Na estrada com zagaia
relinchos não atrapalha
seu reboque, seu enfoque
subindo descendo
babando, tremendo
a galope, de sul ao norte.

O seu Dico, vai aos gritos...
Acreditando no feito
e os ticks fiquitiço
nem esta ai para isso
muitos menos com os grilos
de burrice do burrico.

Antonio Montes

Inserida por Amontesfnunes

PASSADO FUTURO

O amanhã eu passarei
todos vocês irá passar
e os que irão, passarão
passarão para ficar.

Quem não passa fica...
Na vontade de passar
quem passa, se agarra
com vontade de chegar.

Como passageiro do mundo
com meus passos, eu passo
passo devidamente apressado
para o futuro que será passado.

Ficará guardado, o presente
no passado bem ausente
o qual baterá no momento
no presente, consciente.

Antonio Montes

Inserida por Amontesfnunes

PASSOS MARCADOS

Se eu passo com meus passos
com seus passos, pode passar...
Se seu passado, não passa
e suas passadas embaraçam...
Os passos segue carreira,
para no passado, passear.

Eu passei pelo passeio
com passos e passadas largas
meus passos foram escanteio
com minhas passeadas rasas.

José passou a galope
entre poços e passos seguros
suas passadas foram forte
com bote para o futuro.

Marcou passos no passado
no tempo foi passageiro
pelos passos do pai honrado
passou para o mundo inteiro.

Antonio Montes

Inserida por Amontesfnunes

A CAIXA

Caixa legal!...
D'água de som
de açúcar de sal...
balas e bombons.

Caixa de brita grita!
Com picareta no ar
e a careta até irrita
para a dita se quebrar.

Caixa de show, estressada
com seu eco pelos ouvidos
em grito alto por nada
pelo ar todo estendido.

Caixa d'água fria, boa
sempre à cima, gelo chuva
serenos, nuvens, garoas
caixa de encaixar pessoas.

Remexendo seus segredo
a caixa que guarda magoa
tanta draga que faz medo
fazendo furdunso n'água.

Na caixa d'água o peixe
com seus deixe e queixes
vivendo com enfeite
em mundo, com seus feites.

Caixa de macha que encaixa
na carreira do seu tempo
pela engrenagem da caixa
vai encaixando o momento.

Antonio Montes

Inserida por Amontesfnunes

EU VI A LUA

Quando pequeno,
uma noite no meu terreiro
sob o vento, meu inteiro!
Eu olhava a lua...
Tão alta, tão, alva
tão minha...
Tão sua.

Lá nas alturas, muito longe
lua, cavalo, dragão e conde
o mundo ali... Pra onde?
A lua, as vezes se esconde
e vaga por cima do bonde.
Os dois 'mundo e lua'
... Encontram-se nas velhas ruas
e nas fofocas da língua sua.

Quando pequeno, eu olhava a lua...
passeando pelo inverno
rodeada pelas estrelas
as crianças queriam velas
e no meu terreiro, fogueira
fazíamos rodas de verso
ali, segredo e confesso
aos olhos da lua faceira.

'Lua, luar
eu quero viver e crescer
passear pela paixão
ver a flor branca florescer
e o povo abrir as mãos.

Quero ver o mundo em paz
acalentando os inocentes
felicidade estampadas
e risos no rosto da gente.

Quando pequeno, eu olhava a lua...
e sob o vento frio na margem do rio
a lua nas águas, demonstrava seu brilho.

Eu vi a lua e sua clamura
vi seu encanto com pranto
vi no espelho oceânico
chorando as suas lagrimas
e enxugando com seu manto.

Quando pequeno eu vi a lua
toda nova, toda cheia
minguante de pois crescia
espantando as candeias.

Antonio Montes

Inserida por Amontesfnunes

FEITO DE CARNAVAL

Menina, aonde você vai,
com essa chuva, fantasia e favas?
_ Eu vou chorar as minhas lágrimas
e mistura - lá a essas águas
para aliviar o sol desse vendaval...
O meu amor cedo, foi embora
eu só passei com ele, horas
da noite do carnaval.

Inserida por Amontesfnunes

NO FUNDO

No fundo do meu fundo
não consigo me afogar
se no meu, eu afundo
no seu... Não sei nadar.

No fundo queria ir fundo
pela terra, pelo mar
o mundo, do meu mundo
um dia vai se afundar.

Fundo não tem, mais fundo
o que resta e transbordar
se não, com fundo, do fundo
será, na superfície do ar.

Se ta no fundo, afunda
afunda pra não voltar
o tempo não terá cacunda
para que possa se agarrar.

Antonio Montes

Inserida por Amontesfnunes

NA GAVETA

A minha gaveta velha,
além de rígido para abrir e fechar...
ainda guarda cacos e cacarecos
e grilos que vivem a rondar.

... Peças velhas, recibo de frete
bilhetes de escrito amassado
cartas manchadas, confetes
de um eterno carnaval passado.

Grampos e bob's para cabelos
um broxe estorvando um canto
guarda também um lenço branco
que um dia, enxugou seu pranto.

Pregos, canetas, tachinhas
ate uma meia velha, vi ali,
ali só tem coisas minhas
mas tantas, que nunca vi!

Um enredo de um segredo
segredo que quis preservar
... Preservar, todavia é sedo
para um dia, em segredo chorar.

Antonio Montes

Inserida por Amontesfnunes

Bom dia....
Hei, desperte e levante logo, o bloco já está na rua te aguardando, é carnaval.
Carnaval só tem uma vez por ano, mas o brasileiro vive sambando o ano todo.
Deixe o povo sorrir, sambar, divertir e até se iludir... afinal já tiveram para trás um ano todinho de choros e lamentações por carências e falta de recursos para uma vida estável e tranquila.
Que os choros do passado se convertam em lágrimas de felicidade por um futuro mais promissor,
É isso, a esperança é a mola que nos impulsiona a continuar lutando com unhas e dentes para vencer e conquistar nossas realizações e ideais.
Bora lá, que o bloco já virou a esquina e a nossa fantasia ainda não está de acordo, mas deixe assim mesmo afinal.... é carnaval!!!

Inserida por Annnttonious13

A LÍNGUA

Minha língua,
minha dita, me edita,
as vezes medita informal.

Minha língua sem sal
em saliva com sal... palpita,
Por bem, ou por mal.

Essa língua maldita
com sua dita edita...
Um caótico carnaval.

Antonio Montes

Inserida por Amontesfnunes

TINTA A PINTA

Toma a tinta, pintor e pinta
... As pintas da minha janela
colorindo-as com essa tinta
do tinteiro sempre d'ela.

Eu já perdi minha cromática
estou sem degrade e sem cor
meu amar, foi uma chibata
que cutelou o meu amor.

Agora perdi o horizonte
e sem o ramalhete do rei sol
não colorearei os montes.

Estou opaco nos rascunhos...
Rabiscos, com altos relevos
sem tato sem ar nem punho.

Antonio montes

Inserida por Amontesfnunes

SER POETA

Ser poeta é:
Simplificar as fazes e as estações,
amiudar os amores e as saudades,
medir o tempo e as tempestade
ouvir o medo e achar a verdade.

ser poeta é:
Pespontar as pontas e demonstrar
as verdades,
ser feliz mesmo quando as flechas
apontam para a sagacidade.

Ser poeta é:
Ter sonhos e sonhar
ser sonhador acreditar no amor
adaptar-se a vida e amar.

Antonio Montes

Inserida por Amontesfnunes

Carnaval... que seja bom enquanto dure.
O que realmente preocupa, quando não há controle e passa a imperar o "vale tudo", em
que o evento funciona como uma espécie de catarse coletiva com embriagues: física, mental e espiritual. E não há quarta-feira de cinzas que consiga lavar e purificar os exageros cometidos.Acho que nem um ano inteiro de penitência seria suficiente para equilibrar e voltar à florescer.
Que entre mortos e feridos todos cheguem ilesos e salvos!
Amém....amém....amém, Namastê...Arigatô...

Inserida por Annnttonious13

ATERRO-ME

Nos meus inúmeros erros...
Ou em meu escuso terno
eu me aterro.

Me aterro em silêncio
encapuzado no meu tédio.

Me aterro em meu segredo
ou em meio, dos meus berros.

Quando me aterro em meu aterro
... Eu tenho medo.

Antonio Montes

Inserida por Amontesfnunes

NA LUA

Ih!!! Tem muito lugar p'ra ir
e eu vou... Vou sair daqui
vou por ai...
Quem sabe se lá p'ra onde,
se, a pé, ou se, de bonde.
Aonde a gente se esconde?
Sozinho , ou com o conde?

Eu não sei se vocês, mas...
Tudo que sei de mim,
É que estou, próximo do inicio
e muito mais do fim,
e que, qualquer dia
... Desse mês...
Chegará a minha vês
E eu... Há, eu vou sair por ai,
com aquele velhos giz...
Colocando pingos nos is.

Antonio montes

Inserida por Amontesfnunes

PASSAGENS

O que dizer a vocês...
Direi que vida é isso, vida é assim
... Um tempo mais,
outro tempo menos,
um dia somos embalados,
outro dia freados...
Se hoje rirmos muito...
Amanhã choramos.

A vida é isso, isso é vida!
E diante da vida, teremos que esta,
preparados para viver.

Particularmente, eu não culpo...
A mim, a ninguém,
muito menos a você...
Estamos vivos e viver é errar e acertar,
isso é vida!
E diante da vida, não podemos ser iguais,
nem os dedos das mãos podem!
Que feios seriam se fossem.

Avante gente, avante!
Saúde, vamos a luta...
Vamos está, vamos marcar ,
estamos passando, por aqui
vamos deixar as nossas marcas fluir...

Uma vês saindo daqui,
nunca mais voltaremos a existir
nem por segundo...
Momento, minutos hora ou mês
Não se esqueça que...
Só se vive uma vês.

Antonio Montes

Inserida por Amontesfnunes

FAMÍLIA, FAMÍLIA

Meu pai,
minha mãe... Família!
Família, mostrou, a minha trilha.
Nesse mundo,
N'essa strelitzia vazia
Esse mar de maresia
essa pia, quanta azia!

Família, minha alegria,
Meu caminho, minha guia
preenchimento d'essa vasilha
vasilha torta, toda esguia...
Família, minha família.

Antonio Montes

Inserida por Amontesfnunes

ESCORREGO NO CHAMEGO

Me escorrego no chamego,
escapulo do meu ego,
Vesgo no meu apego, não négo.

Me apego, como prego
se me levo nesse leve escorrego
fico sonso, fico grego.

As vezes, insisto no perigo
eu existo, eu persisto...
Também, sou filho de cristo.

Se escorrego no meu apego
nesse apego eu me aprégo
no meu prego, me escorrégo.

Nesse eco igual ferro
do meu breque, eu desbeiço
pelo této, pelo beiço e pelo berro.

Antonio Montes

Inserida por Amontesfnunes

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