Poemas de Antonio Mota
GOMAS DA PAIXÃO
Aroma de corpo
corpo sob toalha
toalhas em gotas d'água
água em fina camada.
Camadas de desejos
desejos trepidos de volúpias
volúpias movidas a beijos
beijos em marcha a galopar.
Galopar na paixão
paixão de brasas e labaredas
labaredas atiçando fogo
fogo que a ti segreda.
Segreda em seu casulo
casulo que lhe dão gomas
gomas de vontades pesponta
pesponta e aponta o aroma.
Antonio Montes
Bom dia!
A beleza reflete,
está no brilho de quem emite, no calor de quem recebe.
Tão apaixonante como encantadora, fascinante como mágica.
Desperta sonhos,eleva sentimentos.
Está acima de padrões estabelecidos e ao alcance de todos que se despem de vaidade para trajar humildade.
MEDO
O medo existe...
Que medo?!
... Medo do tarde, do triste
medo do cedo, do segredo
da tarde da noite
medo do degredo.
Medo do existir, ou não existir.
Da ida, da volta
do ir, e vir
de passar por aquela porta
o medo porta, torta, entorta,
o medo, importa.
O medo existe, alegre triste
... Entre choros e agouros
medo da aglomeração, do estouro
... Medo da cor do ouro...
Medo da fome...
Do homem, lobisomem
daquilo que nos consome...
Medo... Do imposto torto
da alegria do loco
dos olhos d'aquele morto.
Medo do medo
medo do terrível segredo...
Antonio Montes
ESSA ANGUSTIA
Essa angustia, esse stress
... Uma prisão sem porta
porta sem janela
língua sem tramela
dias sem dobradiças
duvidas não ouvida.
Essa angustia esse stress
... Correntes com cadeados
aleijado sem muleta
banguela sem dentes
aglomeração de enguiço
encruzilhada com feitiço,
maleta preta.
Esse stress, essa angustia
... Escuridão sob gruta
choro sem lagrimas
nó que não desata
domino e as cascatas
fim do verde,
fim das matas, sede
... Chibata que bata.
Antonio Montes
QUINTAL DO MUNDO
Descidas, escadas empurram
empurram pés, pelos degraus
degraus da vida arfa o fôlego
fôlego, cheira, no quintal.
Quintal... Inicio do mundo
mundo fundo, sempre enterra
enterra o corpo sob terra
terra que devora a treva.
Treva, leva o peito seu
seu leito de água e mar
mar de bruma que empurra
empurra eu seu velejar.
Velejar pela verde vida
vida ventos, panos finos
finos trato de um futuro
futuro passos de menino.
Antonio Montes
VOZES ESQUECIDAS
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Com patuá e caneta
canetas p'a rascunhar
rascunhar coisas da vida
vida poeta e poetar.
Poetar o olhar nos olhos
olhos misera, falta de pão
pão negado ao inocente
inocente exposto ao cão.
Cão fome e moscas
moscas a voar os restos
resto de uma vida louca
louca pobre sociedade.
Sociedade de clamores
clamores, voz esquecida
esquecida os seus amores
amores de simples vida.
Antonio Montes
CAMINHOS DE UM POETA
Pelos caos e os escombros
pelas restas, pelas frestas
vai o poeta e seu ombro
movendo poesia reta.
Diz da ganância e fome
recita a falta de pão
mazelas dos homens grandes
e a incoerência do coração.
Das lagrimas dos inocentes
os sonhos dos aprisionados
grilhões de toda essa gente
pela expansão do condado.
As vezes, pétalas de flor
com orvalho da manhã
das tristezas e do amor
e os espinhos do divã.
Antonio Montes
ACALANTO DA NOITE
Chover sem horas
adormecer aos sonhos...
Notas dedilham um violão
uma canção, de abandono.
Braços sobre a lua
suspiro a voar na rua
as luzes se fecham ao sol
a felicidade continua.
Orvalho ao alvorecer
as flores no jardim
o choro calou a noite
o silencio surgiu no fim.
Antonio Montes
BONECA DE SONHOS
Boneca de pano
com todos esses anos
perdeu-se nas linhas
dos planos que fiz.
Você embreou-se
na maquina do mundo
se desfez em engano
como risco de giz.
Boneca de pano
em maquina de mão
cutucada com dedal
e pesponta coração.
Com linhas dobradas
e pontos do passado
a vida dourada
perdeu-se no fado.
Boneca de pano
sem planos de sonhos
deixou-me sem sono
com seu abandono.
Antonio Montes
A REDE
Que rede é aquela...
toda cheia de nó
fica quieta na dela
colhendo seu pó.
Bate o pé, bola rola
vai na dela, olhe a mão
a rede então desenrola
aos aplausos da nação.
Que rede é aquela...
que faz feliz e infeliz
com grito, lá vai ela!
e o silvo apito do juiz.
Uni o mundo e fundo
pra ver o desenrola
no mundo, todo mundo
já gritou... Olhe a bola.
Antonio Montes
FILHO E PAI.
Ainda bem que eu tenho parte da família
do grande homem.
Eu fui criado depois do filho que mais
defendeu o seu nome.
Sim falo por todos nós que somos filhos teu...
Pois falo as claras, por esta falando com Deus.
Eu sei que tem sim, um em especial um
Senhor um filho seu.
Esse quando menino, sempre obediente, mas
brincava de bolita.
Sim! Lá em cima no universo, eu sei que
contando ninguém acredita.
Pois bem... O seu pai que sempre amou o seu
filho com carinho.
Resolveu fazer o universo para ampliar o seu
amar.
Decidiu com amor transformar as bolitas do
seu filho.
Jogou-as no universo e transformou nesses
planetas... Todinhos. Feito, logo
se interessou por um planeta de uma
esfera especial...
Pelo nosso, planeta terra... Povoou com
muitos seres, até com nós, seres humanos.
Humanos, sim!.. Essas criaturas que com
deslealdade tentou trair o magnífico plano.
Bem o seu filho entediado e sem bolita para
brincar... O seu pai mandou descer para o amor
da nossa humanidade, concertar.
Antonio Montes
EU IMAGINO
Imagino se existisse de fato...
A coerência política,
o amor da humanidade
o aperto de mãos das nações
e a verdade das verdades.
Imagino se não existisse...
Gambelações religiosas
Gente perseguindo gente
abuso de autoridades aos inocentes.
Imagino se...
O poder não fosse povoado por,
calhordas que surrupia a nação
e inventam leis, em benefícios
próprios
e estão sempre de chibata nas mãos.
Antonio Montes
Maria, Maria
Lá vai Maria...
Já soltou pandorga
saltou amarelinho
hoje, em sua correria
bate peca e pula corda
esconde as lagrimas do seu choro
almejando calmaria.
Pela tensa noite...
Chorou em silencio,
pelo propenso filho,
pela paz enganosa
e pela falsa alforria...
Maria, Maria.
Maria, Maria...
De todas as lagrimas
de todos os rios
de todas as penas
de todas as flores
Maria da noite
Maria do dia
Maria da cruz
Maria mãe de Jesus.
Varre o terreiro, lava casa
passa roupa, faz comida
passo, a passo na calçada
Maria pra baixo e pra riba.
Sentiu dor e agonia
orou pela magia
cobraram-te a verdade
velou o olhar do vigia
Maria, Maria.
Maria da cidade
Maria do pilão
Maria de todos os dias
Maria do coração.
Eu quero o cheiro do café
bacia com bolinhos fritos
quero o que Deus quiser
Maria, Maria, eu sei...
O mundo esta cheio de proscritos
mas os inocentes...
Ainda ouve os seus gritos.
Antonio montes
ARBÍTRIO
As ruas que são minhas
que são suas...
É das meninas inocentes,
dos presentes transeuntes
e dos Meninos de rua.
São ruas de calçadas
de muros altos, cercas elétricas
são ruas de muitas placas
semáforos, e câmaras para multar
ruas de gente que presta
e mentes que não presta.
Elas tem verdes nas paredes
engarrafamentos, tem sede
estrela em cada poste
espelhos pra todos os lados,
refletindo o seu embuste.
Essas ruas que são minhas
que são suas...
Nunca foram, as minhas ruas.
muito menos, as suas ruas.
Antonio Montes
MUDANÇA DE TEMPO
O tempo, mudou
... Levou o vento,
arrastou, chuva acampamento
e o sorriso do amor.
Deixou estio
pregou a seca
e acendeu a cerca
com seu pavio.
E todos os peixes
com sede de rio
ficou sem navio
e os seus queixes.
Antonio Montes
Bom dia
Hoje um novo dia começa a ser delineado
Olhando para os compromissos do dia a mente traça o caminho e planeja estratégias para alcançar objetivos. O coração fica só olhando e quando a mente divaga procurando melhores soluções para os conflitos internos, ele sorrateiramente vai lá e inverte as idas e vindas, sabe como é... não dá para entender.
Na verdade ele não inverteu nada, só colocou pitadas de carinho e amor tornando os momentos mais suaves e os desafios mais salutares.
Fala sério... dá para viver sem a inteligência aliada ao amor:?
De mim para você.
Ser voluntário é ser solidário
Em tempo de crise, é quando mais precisamos uns dos outros, para ultrapassarmos as dificuldades que enfrentamos.
Neste ano do Voluntariado, escrevi este poema, que é uma homenagem a todos aqueles, que generosamente, oferecem de si, o seu tempo e a sua atenção a ajudar os que mais precisam. Bem hajam.
O voluntário dá-se aos outros
E em troca, só espera gratidão
A dádiva vale sempre a pena
Porque é dada pelo coração
Ser voluntário é dar de nós
Bons exemplos e boa vontade
Para minorar os males alheios
E repartir com eles, felicidade
Os voluntários são mensageiros
De justiça e bem-aventurança
Eles semeiam por todo o mundo
As sementes boas da esperança
A solidão não dá felicidade
Só há felicidade partilhada
Não se pode ignorar o outro
Sozinhos, não somos nada
Não é rico, quem têm muito
Rico não é quem tem mais
A riqueza sem solidariedade
É pobre de valores espirituais
Não são santos milagreiros
Mas fazem milagres de verdade
Acreditam num mundo melhor
Pela partilha da solidariedade
O egoísmo não é virtude
De que nos possamos orgulhar
É a pobreza dos que têm muito
Mas tem tão pouco, para dar
Tudo aquilo que se desperdiça
Tudo o que não faz falta a você
Faz falta, aquele que nada tem
Não desperdice o que tem, dê
O voluntário é amigo do amigo
Ele é um amigo desinteressado
Que acredita num mundo melhor
Num mundo, por todos partilhado
RASCUNHO DA CANÇÃO
Rascunhei as curvas do nosso amor
sobre paginas de papel canção e nos desenhos...
Fiz rabiscos de ciúmes,
borrões das desconfianças...
Então esfreguei a borracha sobre as;
encrencas, os ímpetos das descrenças.
Descobri que nosso amor ficaria perfeito
se existisse coerência, adesão e paixão
e troca mutua em nossos corações.
Eu estava compenetrado em nosso rascunho
quando percebi que o nosso amor
não teria dissipado na ausência d'essas
coisas ... Foi quando uma lagrima dos
meus olhos, movida pela saudade, se
transformou em água, despencou e,
encharcou o rascunho da canção.
N'aquele momento, tudo que sobrou
foi a ótica de um grande amor.
Antonio Montes
NOSSA TELEPATIA
Perdido na praia, da minha solidão,
ali, em meio as melodias das sereias
eu escrevia seu nome nas areias.
A lua estava cheia, São Jorge com dragão
enquanto, os peixes debatiam-se sobre as
ondas do mar... Eu sentia a flecha do amor
trespassar o meu frágil coração.
Vi as espumas, apagar seu nome...
Debruçado sobre a prata lunar, eu chorava,
enquanto eu chorava...
Minhas lagrimas molhava a saudade e a
paixão soluçava a telepatia do nosso amar.
Antonio Montes
ESSA AQUELA VIDA
Aquela historia da vida vivida
nascida no sereno, serena pequena
hoje a vida é velha, comprida ferida
as vezes tem gosto amargo de veneno.
Aquela vida todavia esta por vias
vias de fatos de atos... Baco-baco
entre tacos suspiros de tabacos
a vida passa com espirro e hiatos.
Aquela historia de vida vivida
estão lendo, tanta leitura perdida!
Aprendendo a cada dia uma vida
essa vida todavia só quer, viver a vida.
Uma vida de poema poesia
um viver um momento a cada dia...
Um sopro com muleta em primazia
as vezes um vento, em desalento leve
... Leva a farinha.
Antonio Montes
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