Poemas de Antonio Mota

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Tudo na vida tem um ponto.
Ponto incerto.
Ponto sem nó.
Ponto de interrogação.
E aquele três pontinhos atravessando.
Dizendo que nada acabou.
Muito a se dizer.
E o prazer de uma flor florir.
Uma incerteza dentro da outra.
Sou um ponto de exclamação no universo de uma reticência.
A vida é assim, cheia de reticências, exclamações.
Menos um ponto final...

Inserida por Antonioespindola

VAQUEJADA

Quanto boia por amor,
boiando, causando, dor
boias nas águas dos oceanos
aboiando sonhos e planos.

Ao povo boiá, quando mente
inocentemente coração de inocente
política demente boiá arduamente...
Ao mentir para muita gente.

Aboia tropeiro vaquejador...
A vacada com poeira na estrada
pela caatinga do sertão, pelo senhor
aboia o gado, aboiado, por nada.

Aboia o mundo todo... Todo tempo
pelos trilhos e caminhos da vida
aboia a dor paixão, ventos sentimentos
aboia a morte na hora da partida.

Antonio Montes

Inserida por Amontesfnunes

ENCRUZILHADA

Qual... Linha, corda, passos
... Separa santos ou demônio...
A linha que amarrou o saco das moedas?
a corda que amarrou os braços da cruz?
... A que enforcou o pescoço na forca?
ou aquela que asfixiou a voz da luz...

Qual cordas, linhas ou passos...
Que queimou as almas na fogueira
... Passos de novenas da igreja?
os da mordia da fruta no Éden
do jantar a luz de vela e o beijo
de um olhar torto a vida inteira...
Ou de um ganancioso e fúnebre desejo.

Passos das ovelhas para grelhas
de um pastor cheio de pecado
ou de um lobo caçador e sua dor?
Qual linha, corda ou passos,
que separa santos e demônios...

Linha da verdade e a mentira?
Do jogo do perdão, ou do rogo?
Dos palcos dos fingimentos das promessas
dos botões de sua camisa...
Ou a gravata do seu engomado terno?
Seu terno, seu céu, seu inferno seu berro?

Que linha, corda ou passos eu passo...
para me tornar, santo ou demônio
Para chegar aos céus
ou ficar no inferno?

Antonio Montes

Inserida por Amontesfnunes

AIROSO

Aposto ao posto
em posto gosto
apos agosto
gosto insosso
d'esse tal imposto.

Se tem mal gosto...
No gosto posto
e admira o poço
no posto do rosto
p'ra que tanto gosto
com pouco gosto.

Se deixa o posto
do rosto sem rosto
paladar de encosto
cobrança de desgosto
sob nó no pescoço.

Antonio Montes

Inserida por Amontesfnunes

PEDIDO AO MAGICO

Seu magico...
Eu não quero pombos
nem coelhos da cartola,
Eu quero magica sim!
Magica de compreensão...
O mundo todo dando as mãos
sem pobreza, sem esmola.

Seu magico...
em vez de sumir cartas e espadas
Suma as horas
sim, sim... Desapareça com as horas
para que ninguém mais se escravize
em nada, muito menos ao tempo,
quem sabe se assim...
pensamos no momento de nosso existir
e deixamos de nos envelhecer.

Suma também com rostos simples
banhado em lagrimas
pela dor, pelo sofrer
Que tal sumir com essa velha ganancia!
Que nos impregna até na hora de morrer.

E essa tal moldada mentira
você podia fazer desaparecer!
Faça viver a verdade
um sol sem divisão
coração sem fechaduras
e me dê o meu quinhão

Antonio Montes

Inserida por Amontesfnunes

PERDEU-SE

A justiça...
À muito anda de saia justa
perdeu-se na bagunça
e injusta...
Cambaleia sobre o caminho
da lealdade desse mundo
e com seus atos tortos e profanos...
toma decisões de enganos.

A justiça às vezes...
Sem ter certeza, determina o final.

Outras vezes, por indiferença...
Fecha os olhos
camufla-se em sua janela
e não caminha
até e fundo do quintal.

A justiça injusta
e com sua preguiça...
Tem andado pelo caminhos
das injustiças.

Antonio Montes

Inserida por Amontesfnunes

PLACAS NA CIDADE

As cidades e suas placas
que emplaca e desempaca
nas placas de tabuas
e placas de latas.

Siga em frente
atenção! Retenção!
Não pise na grama!
Não jogue lixo no chão.

Proibido buzinar
entre as direita
vá para esquerda
você esta sendo filmado
se dirigir, não beba.

Proibido fumar
não tome álcool
não use o celular
cuidado para não engordar!

Não há vagas
vende um cão
nessa rua tem ladrão
cuide do seu coração.

Jogue lixo no lixo
entrada proibida
comida por quilo
empréstimo da sua vida.

Não estacione
devagar! Eu posso parar
Faça seu jogo
proibido fogo.

Velocidade controlada
cuidado! Pedestre
norte sul
tanto tudo, tudo nada!

Antonio Montes

Inserida por Amontesfnunes

PRESENTE

Lhe-dei o meu coração...
E o que fizeste foi pisar,
então pisa, mas pisa devagar!
Para que assim...
No dia em que eu vier ficar livre
eu venha sorrir e com felicidade
a toda prova...
Eu também possa amar.

Antonio Montes

Inserida por Amontesfnunes

PONTO DE ENCONTRO

Perdi o bilhetinho
que versei para você
n’ele pedido de carinho...
Meu amor eu quero te ver.

Venho ao nosso encontro
traga-me abraços e beijos
que estou ansioso e tonto
todo cheio de desejos.

Chegue ao cair da noite
com prata da lua no céu
vontades será nosso açoite
e o amar, nosso tendeu.

Te esperarei com toda anciã
e a volúpia do corpo meu
venha amor, na confiança
que o meu amor é só teu.

Antonio Montes

Inserida por Amontesfnunes

EMOLUMENTO

Essas luvas que me enluva...
Me cala do frio
me salva da chuva.
Essas luvas, leva-me na lembrança
de quando criança
os ventos as tranças
as parreiras das uvas.

Essas luvas que me enluva
aquece meu medo
da gata que esturra
no cume da serra
aonde os ventas urram...

Essas luvas me empurram
na espuma da praia
pelas roupas de cambraias
e pelos ferrões de saúvas.

Essas luvas me alugam
corações sempre em duvidas
essas luvas, me usam.

Antonio Montes

Inserida por Amontesfnunes

UTOPIA

Ainda pequena, quantas e quantas
vezes aquela crianças, brincava de ser adulta
nesse sonho de brincadeira, se colocava
como dono de império
se vestia de rancor, dava ordens
dava chibatadas, prendia
xingava os ventos
as vezes maldiçoava o momento.

Em meio a essas brincadeira de adulto
... Se colocava como se fosse um tirano,
se maldizia em sentimentos,
e maldiçoava-se por ainda ser pequeno,
mas como pequeno...
Tinha lá suas brincadeira de época
... Bola de gude, amarelinho
sentados em roda com sua pedrinhas
... Cinco marias,
cavalo de cabo de vassoura, peteca.

Como criança... Chorava abertamente
se escangalhava em sorrisos
resmungava por levantar-se sedo
estava sempre aberta,
fazia artes inocente...
Não guardava segredos.

Cresceu... Deixou de brincar
e como adulto, adquiriu vergonha
só chora as escondidas,
deixou de se expressar aos ventos
os risos são minguado, curtos
quase nada carrega em sentimentos
sempre tem segredos em pensamentos
... Um deles é sentir saudade de ser criança
mas com vergonha, deixou de brincar
adquiriu carrancas de verdade,
e com pelos na cara...
Todo tempo, tenta se limpar.

Não é mais criança e tudo em sua volta
é moldado por planos e comando de voz
não leva mais seus passos aos ventos
ao contemplar as margens de sua estrada
tem medo do andar do seu caminho
seus passos, com os anos estão curtos
enquanto seu olhar limita-se ao espelho, ou
através de grades de suas quadradas janelas
suas rugas, te esperam na curva do tempo.

Antonio Montes

Inserida por Amontesfnunes

QUE BOM TE VER

Primavera, primavera...
quantas cores coloridas!
O mundo sempre te espera
com seu aplaudir de vida.

Suas flores sua época
com aromas e farfalhar
amores alados em festas
propagando vida no ar.

Sempre expande esperança
em sopro Mundo de dor
aos olhos de uma criança
é a rainha do amor.

Primavera, que saudade!
Que faz o teu existir
símbolo da felicidade
te agradeço, por vim

Antonio Montes

Inserida por Amontesfnunes

QUE CONTA

O cantar de galos das noites escuras
foi substituídos por:
Ladrar de cão
estalos de balas
e silvo de ladrão que:
Pula o muro
corre pela rua...
Ninguém se incomoda!
Ninguém segura!
Não é comigo!
Não é da minha conta!
E nem da conta sua.

Antonio Montes

Inserida por Amontesfnunes

REGADOR DE VIDAS

Regue de beijo o nosso amor
enquanto a régua do tempo...
Nos régua.

Regue a cor da nossa flor
depois semeie flores e pétalas
pelos jardins dessa nossa terra.

Siga regando a nossa dor
e faça colchão d’água
para os sonhos que nos afaga.

E na calçada da esperança
ande de braços dados com a fé
olhe para o céu?!
E encare essa vida brava de pé.

Antonio Montes

Inserida por Amontesfnunes

COESÃO

Depois de um certo tempo
entre, capas e cantos...
Reluziram a ti, os encantos...
Foi-se as luvas as capas
ficasse, sob forte chuva de matraca.

Protegido por seus próprio tre, le, le
... Sob seus dedos de segredo
guarda os desafios do degredo...
Porque não surrupio?!
Porque não desvio?!
Se por outros oceanos...
Em sua caixa de planos...
tens guardado os anéis e ouros
da sua falta de respeito e coerência.

Terá seus dias de proteção confinado
e com os braços rodeados de devotos
voltarás para desviar a nação
os efeito de Ali Baba, lhes pertence
as lagrimas de novo, são do povo...
O que , que há!

Antonio Montes

Inserida por Amontesfnunes

ROENDO UNHAS

Em noite escura...
Urro de lobo
olhos de coruja
vulto nas sombras
figuras sujas.

Em mundo surreal
o medo urra.

Revoar de morcego
cochicho nos ouvidos
na bochecha um segredo
que contasse sem duvido
roendo as unhas dos dedos.

Antonio Montes

Inserida por Amontesfnunes

ROSA DE LATA

Sem cheiro sem suavidade
a rosa de lata...Empaca
e em sua cor opaca não emplaca...

Uma placa com sentimento
um nascimento mecânico
rosa triste sem planto
farfalhar de guizos
e agregação de desencanto.

A menina segue com seus olhos
ao mesmo tempo em que...
Desaba no chão frio o seu terror
e suas pétalas ao chilrear
farfalham mecanicamente seu tilintar.

Rosa de lata, oh rosa de lata!
Visualizam-te com desdém
a sua tímida rigidez
pétalas organizadamente contadas...
Uma, duas, três, e outra vez
todas moldadas a pancadas.

Muitos olhos olham e não vê nada
rosa de lata sem polens
sem fruto sem fada.

Seus orvalhos, sãos óleos
nem vida contem!
Desprovida de alegria...
Não tem ventos, nem partida
nem saudade na despedida.

Antonio Montes

Inserida por Amontesfnunes

APÓGRAFO

Cavalos, cavalos...
Quadrúpede de embalos e seus badalos
transportes primitivos, bichos raros.

Cavalos, e suas carreiras...
Diligencias, cartas malas, cocheiras
bordou, tempos e ventos, vidas inteiras.

Meu cavalo, ploc, ploc... Passos caros
viagens de sul ao norte com seus badalos.

Antonio Montes

Inserida por Amontesfnunes

SE TIVESSE

Se tivesse bicicleta, carro ou avião
Cristo teria fugido...
Mas n’aquela época,
Parapente ou asa delta,
não tinha não.

Não precisa ter fugido, só porque
foi beijado, mas mesmo assim a pé
ele deu no pé e sumiu.

Se perdeu no deserto, por dias e,
dias... Só o crápula o ‘viu.

É,fugir ele tentou... Mas voltou
com fome chupou uvas das oliveiras
e sobre a pedra chorou.

Bateu boca com Pedro
e logo após a meia noite
para os homens do Rei se entregou.

Cristo, Cristo!
Porque fez do amor um sofrer
hoje todos que amam choram
e mesmo assim...
Um dia o amor se dispersa...
E de uma forma ou de outra...
O amor vai embora.

Antonio Montes

Inserida por Amontesfnunes

SEM JASMIM

Lá vai Maria
de todos os dias
com moringa d’água
e sua alegria.

Ainda menina
com sua ródia
fazendo sua rima
vai à cacimba.

Maria sob o vento
atirou a esperança
hoje sem sentimento
não é mais criança.

Vejam seu jardim
flores pra ti
adulta, assim
não será jasmim.

Antonio Montes

Inserida por Amontesfnunes

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