Poemas de Amor Abandonado
há no silêncio que o mar enjeita
um segredo que constante abriga.
há um amor, que por mudo amar
enxuga o olhar, que tão alto grita
" PROFUNDA PERDA"
A rosa murchou desde a tua partida;
O amor ficou adormecido desde o teu triste adeus;
A alegria escondeu-se na profundidade da tristeza;
O sorriso fechou-se na mais séria e profunda solidão;
A fala calou-se dentro do coração;
Os poemas ficaram sem poesia;
Profunda perda causaste ao meu coração, tanto que perdi a inspiração.
Inspiração que fazia a rosa se manter viva, o amor ser vivido, a alegria se mostrar, e o sorriso ter sentido.
A fala e os poemas nunca mais tiveram voz e enredo dentro da minha canção.
Hoje a profunda perda esqueceu-se de procurar o meu coração.
Quando penso em nosso amor...
sou poetisa, escritora,
Sou romântica e sonhadora...
sou amante,
caprichosa o bastante
mulher, menina manhosa,
atrevida, porém, carinhosa!
Li Maranhão
Milhares de pedacinhos de areia fina caem sem parar contando a história do nosso amor na ampulheta da vida.
Uma eternidade não será suficiente para vivermos intensamente o que ainda nos resta. Corremos inutilmente contra um tempo que não espera, que não adia, que não perdoa.
No meu passado, a sua ausência.
No seu presente, a minha existência.
Juntos, no nosso futuro, perpetuaremos a nossa essência.
Ontem éramos dois.
Hoje somos um.
Amanhã seremos infinito.
O tempo foi a única testemunha de tudo que vivemos. Quando lhe perguntarem sobre o nosso amor ele dirá que em segundos me envolvi, que em minutos te seduzi, que em horas nos encantamos, que em dias te conquistei, que em meses me apaixonei, e que pela eternidade nos amamos.
Moça do Convento
Canções de amor
Cantadas ao vento
Na espera sem dor
À mercê do tempo
Que deixou a moça
Trancafiada no convento
Na procura de um passatempo
Deu seu coração no evento.
Na cidade pequena do interior
Àquele moço sedutor
De alma transparente
De bons modos, aparente.
E o fim foi fatal
Para aquela moça
Que não mais era normal
Com o coração quase poça
Que cantava ao vento
Canções de amor
Perdidas no tempo.
NA TUA COBIÇA
Ah, o imenso amor que você tem
Se ele fosse por mim também
Quão perfeito seria...
Não existiria a dor, e o desamor
Em nós, seria apenas poesia.
Eu andei por tantos caminhos
Busquei novos rumos, outros sabores...
Mas em desalinhos
Me fiz apenas se perder.
Se em você eu pudesse acender
A chama que queima os amores
Eu não mais seria um alguém
A procurar por um destino
Que a vida, oh, meu bem, não me reservou.
O meu amor errou a estrada
Que eu tinha pra seguir...
Agora, eu só procuro uma alvorada
Pra me luzir outra jornada
Onde a minha alma possa ir.
Ah, se nela eu pudesse te encontrar
E se você também nesta hora
Estivesse a jogar tudo fora
Procurando outro alguém pra amar...
Queria tanto ter alguém pra chamar de AMOR
Você não sabe a falta que você me faz
Mesmo que talvez eu ainda não te conheça, saiba que não paro de pensar em você
Promessas de um Amor Eterno
Eu prometi estar sempre ao teu lado
prometi jamais lhe abandonar
Nas horas de dor estar por perto.
Eu prometi ser seu pra sempre
Mesmo se a vida me afastasse
Prometi lhe dar força pra continuar.
Eu prometi segurar tua mão
todas as vezes que sentisse medo
Eu prometei eu sei...
Eu prometi ser eternamente seu
Te apoiar, cantar todas as noites pra você dormir
Mas as vezes a vida nos venceu...
Eu prometi lhe carregar no colo
tê-la sempre em meus braços
Lhe confortar em momentos difíceis...
Eu prometi estar sempre, esperando você chegar
mas o destino quis levar você pra longe
Separou nossos corpos...
Mas eu acredito, lhe encontrarei de novo
Eu lhe prometi. Seja nesta vida ou em outra
Para sempre vou buscar por você...
Foi minha promessa que um dia lhe fiz
Sempre lhe amei, desde de o inicio, antes de lhe conhecer...
Promessas de amor não se quebram com um simples fim.
Eu escolhi amar você, decidi não esquecer
prometi amar você, mesmo se morrer
E sempre lembrar de você.
Procurei a saudade...
O meu amor procurou a saudade que se escondeu...
Busquei passagens,
trilhas abandonadas... Encontrei
No fundo do baú desta paixão que já morreu...
fui lá...não achei quase nada só destroços..
Um coração despedaçado... Ilusões arrancadas...
Verdades que não foram ditas...
Lágrimas... E muitas mágoas ... desenganos
Segredos de sonhos passados...
Deixei plantados ali meus versos ...e pedi aos céus
Uma estrela cadente para pedir que a saudade volte pra
mim... para sempre!
SEDUÇÃO...
Pura sedução... Amor que me tira o fôlego...
Tenho partes de ti em mim como uma profecia
Entre tu e eu há arroubos nos momentos de paixão...
Hoje perdi a quietação da vida no instante em que
Teus braços me circundam... Apertam...
Atraem-me para teu corpo... Enlouquecem-me...
Trago no fundo de minha taça de vinho o mistério do teu
Enigmático sorriso... Vejo-te... Deslumbrada...
Extasiada... Fascinada... Seduzida...
Lábios que me beijam deflorando-os... Sangrando-os
Olhos profundos que penetram no meu corpo desnudo quais
Lâminas de algozes a perfurarem minha essência...
[Corpo inteiro ]
E me arrepiam... Levando-me ao céu infinito...
Levarei sempre esta minha inspiração no segredo
Deste amor em chamas... Neste secreto lugar...
Aonde todos os dias vivo este fantasioso delírio contigo!
Eu queria poder dizer tudo sinto
Desse amor que me prende em labirinto
Nem palavras saberia expressar
Pois a língua do amor não aprendi.
O amor é um terreno perigoso
Em que o homem nunca sabe caminhar.
É melhor deixar isso para os deuses
Já que foram eles que inventaram a mulher
Esta musa que arrasta os poetas
Para o fundo do abismo do querer.
As pessoas as vezes me perguntam quem eu amo,
eu tive varias paixões pela vida, mas amor, bem, amor eu só tive um,
fui apaixonado por sorrisos, mas amei apenas um,
senti desejos ardentes por muitas bocas, mas amei apenas uma,
muitos olhares me conquistaram, mas só um me deixou cego,
muitos abraços me confortaram, mas foi apenas nos braços de uma pessoa
que eu me senti seguro, me senti quente.
Já disse muitos "eu te amo" mas para ela eu nunca disse, por que amor assim
eu guardo pra mim, pra toda a vida.
Já despertei sorrisos em muitas pessoas, mas foi só o dela que me fez sorrir de volta,
E eu nem sei onde ela esta, talvez nunca apareça, ou talvez nunca tenha aparecido,
tenha sido apenas ilusão criada pela minha cabeça, pra me deixar feliz,
mas se ela existe, à desejo felicidade, e muito cuidado,
pois carrega consigo o meu dom e a minha sorte.
UM SOFREDOR
Lembra, meu amor,
Quando me pediu para partir?
Busquei novos sonhos,
Outros sentimentos, outro existir...
E nesses novos prazeres,
Nada igual a você eu encontrei,
Nada igual a você eu amei!
E agora? Agora acalento dor
Neste meu coração miserável,
Que tinha o alimento mais quente,
O mais leal, o mais presente,
Que tinha no teu amor a vida.
Antes fosse a despedida,
Antes fosse para sempre...
Neste mundo, meu amor, ama!
Quem no peito não engana,
Quem nas ânsias sabe encontrar
Sem ter que procurar, o perfeito.
Porque o perfeito, já está em você,
Está no coração que sabe sentir,
No coração que sabe amar!
Sim, me pediu para partir...
Porque a tua alma era sofrer,
Porque a tua alma, meu amor,
Não mais sabia viver
A chorar, a todo tempo, a rogar,
Por um amor perdido
Nas orgias vãs em que buscava
Se alimentar de ilusões,
De desejos escondidos e de paixões
Que ao coração não sente!
Olha agora, o que sou?
Um sofredor que não encontrou
A vida que queria viver,
Porque a vida que eu queria viver
Estava em mim, dentro de mim,
Aos olhos de mim, você!
DE UM AMOR PROMETIDO
Afago-me deste teu amor,
Que na mente te veste,
Que te ampara e te domina.
Deste amor que é puro
Por desejos e por paixão!
Não sabeis do que tu és
Apenas tudo que me deste.
O que me deixaste cravina
No meu peito tão seguro
A prender-te o coração!
Foi assim o prometido...
Ao olhar-te nos olhos, senti
Quanta ternura há em ti
Quanto amor, quanto amor!
Na tua candura, que é pura,
Dentro dos teus sorrisos,
Nos teus olhares a face eleita
Sinta-te em mim segura,
Tão perfeita, tão perfeita!
Por um tanto irei te amar
Como nunca no coração.
Farei de ti o meu luar,
Da tua luz, minha paixão!
JUBILA CANÇÃO (soneto)
Bendito sejas o amor, ao coração meu
Que desnudou o breu da minha solidão
Em luz, das andas minhas na escuridão
Quando a sombra, me era o apogeu
Bendito amor, que me estendeu a mão
Como quem no amor oferta o amor teu
Sem distinção, pois, dele dor já sofreu
E então sabe aonde os vis passos dão
Bendito sejas, que no prazer plebeu
Trouxe amor à vida e, boa comunhão
Ao pobre pecante, dum âmago ateu
E então, neste renascer com gratidão
Que no peito uivou e angústias moeu
Do solitário pranto, fez jubila canção.
Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
Janeiro, 2017
Cerrado goiano
Amor de navegantes
Duro namorar
Quem namora o mar
Faço do peito o porto
Para que possa voltar
Já houve desembarque
Neste velho peito
Mas não teve jeito
O lugar já era seu
Por destino ou direito
Agora vivo a esperar
Cada dia é um baque
A vaga é sua, ocupe-a
Não navegue mais
Volte, marinheira,
Volte para o cais
Febre
Se fosse uma doença
(Supondo que não seja)
O principal sintoma do amor
Seria a febre:
Aquece por fora
Esfria por dentro
Causa dor
No corpo e de cabeça
Dor que eu aguento
Até me contento
Mas há quem se queime
E quem nem se aqueça
