Poemas de Amizade de Jorge Amado

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É mais fácil amar que ser amado. Aceite o amor: ele não vai ficar esperando para sempre.

Paulo Coelho

Nota: Partilhado no Twitter oficial do autor em 16/6/2013.

A maior parte das pessoas vê no problema do amor, em primeiro lugar, o problema de ser amado, e não o problema da própria capacidade de amar.

Não há ninguém que não se envergonhe de ter amado outro, quando o amor já acabou entre eles.

A ausência do ser amado deixa atrás de si um lento veneno que se chama esquecimento.

Serás amado apenas quando puderes mostrar a tua fraqueza, sem provocar nenhuma força.

Até agora, nunca tinha amado as suas amantes; havia algo nele que o levava a tomá-las demasiado depressa para ter tempo de criar a aura, a zona necessária de mistério e desejo que lhe permitisse organizar mentalmente aquilo que poderia um dia chamar-se amor.

O amor é um sentimento tão delicioso porque o interesse de quem ama confunde-se com o do amado.

As mulheres detestam um ciumento que não é amado, mas ficam furiosas se o homem que amam não for ciumento.

Quando o amante está distante, mais quente se faz o desejo; / o hábito deixa o amado fastidioso.

Jamais as tardes seriam doces e jamais as madrugadas seriam de esperança. Jamais os livros diriam coisas belas, nunca mais seria escrito um verso de amor. Sobre toda a beleza do mundo, sobre a farinha e o pão, sobre a pura água da fonte e sobre o mar, sobre teus olhos também, se debruçaria a desonra que é o nazifascismo, se eles tivessem conseguido dominar o mundo. Não restaria nenhuma parcela de beleza, a mais mínima. Amanhã saberei de novo palavras doces e frases cariciosas. Hoje só sei palavras de ódio, palavras de morte. Não encontrarás um cravo ou uma rosa, uma flor na minha literatura. Mas encontrarás um punhal ou um fuzil, encontrarás uma arma contra os inimigos da beleza, contra aqueles que amam as trevas e a desgraça, a lama e os esgotos, contra esses restos de podridão que sonharam esmagar a poesia, o amor e a liberdade!

Nem a rosa, nem o cravo..., Folha da Manhã, 1945

Jorge Amado
Figuras do Brasil: 80 autores em 80 anos de Folha

Parece-me fácil viver sem ódio, coisa que nunca senti, mas viver sem amor acho impossível.

Não odeies o teu inimigo, porque, se o fazes, és de algum modo o seu escravo. O teu ódio nunca será melhor do que a tua paz.

A democracia é um erro estatístico, porque na democracia decide a maioria e a maioria é formada de imbecis.

Fazer o bem ao teu inimigo pode ser obra de justiça e não é árduo; amá-lo, tarefa de anjos e não de homens.

As ditaduras fomentam a opressão, as ditaduras fomentam o servilismo, as ditaduras fomentam a crueldade; mas o mais abominável é que elas fomentam a idiotia.

A memória é o essencial, visto que a literatura está feita de sonhos e os sonhos fazem-se combinando recordações.

Sou um homem de letras, nada mais. Não estou certo de ter pensado nada de original em minha vida. Sou um fazedor de sonhos.

Publicamos para não passar a vida a corrigir rascunhos. Quer dizer, a gente publica um livro para livrar-se dele.

A velhice poderia ser a suprema solidão, não fosse a morte uma solidão ainda maior.

O que eu odeio é que algum dia tudo se reduzirá a nada, os amores, os poemas. Acabaremos recheados de terra como um taco barato. Que coisa mais triste, tudo é tão triste - a gente passa a vida inteira feito bobo pra depois morrer que nem besta.