Poemas da Juventude de Paulo Coelho
Sou um pouco louco
com relação à minha sanidade,
mas muito lúcido
quando se trata de meus devaneios.
O humor bateu à porta e não fui ver quem era.
Mais tarde mandei recado:
- Pode voltar?
- Lamento, mas, quem dera...
Ok, eu sou um ninguém, um ninguém
Que ajudou mais que os caras que desejaram
Você. Ok, Replay again
Ontem bebi demais e nem fez efeito,
Mas, tanto faz como tenho feito
Tudo estava indo tão bem...
Parece que fui derrubado, como
Algo estagnado, não tenho medo do escuro
Sou amigo desde os 8 anos de idade,
Com pouca idade
Só queria dormir mais um pouco,
Mas que droga, isso não me
Acalma nem um pouco
Já tô sumindo também, quer saber?
Foda-se você também
Me deixou aqui esperando por ninguém
Sem dar adeus me ferrou também
Tô me sentindo meio frio, sei que também
Sentiu, o olhar de quem aguenta tudo isso
Sem expressar nenhum fio
POETAR
Ser poeta é, por sua vez,
questionar os inúmeros “porquês”;
é roubar do tempo a rapidez
e querer o que a vida desfez.
É expressar os gritos da mudez
e fazer ouvir ruídos na surdez;
é ver no translúcido a nitidez
e saborear o doce da acridez.
É tatear o morno da tepidez
e transformar a frieza em calidez;
é despir de pudor toda nudez
e despertar a libido da frigidez.
É desembaraçar-se diante da timidez
e agigantar-se em pequenez;
é fartar-se em plena escassez
e permitir inquietação à placidez.
É tratar com suavidade a rispidez
e converter indelicadeza em polidez;
é fazer da aspereza maciez
e revelar humildade à altivez.
É propor prudência à insensatez
e buscar a cura para a morbidez;
é estar sóbrio de embriaguez
e mostrar-se demente de lucidez.
É dotar a estagnação de fluidez,
e extrair as cores da palidez;
é dar às vontades humanas solidez
e aos corações empedernidos flacidez.
E nas linhas que no papel se fez,
rascunhar, com leveza e avidez,
os desalinhos da alma, de vez,
com todas as certezas de um talvez.
(Selecionada no “5 º Concurso Nacional de Poesia”, da cidade de Descalvado-SP, e publicado na coletânea “Marcas do Tempo VIII”, no ano de 2006)
Enquanto nuvens rabiscavam o azul,
um avião riscou o céu sobre o monte.
Então, o entardecer entrou em cena
e foi tingindo de outono o horizonte.
Sonhos...
O poder de um sonho
Sonhar...
O poder de mudar
Sonhar pode ser uma forma de fugir da realidade
E também de mudar, a força de realizar
E o meu sonho, é apenas que todos sonhem
E entendam o quanto bom é
Sonhar e Acreditar.
Você é meu ponto forte,
Você é meu ponto fraco,
Quando está por perto sou forte,
Quando está de longe sou fraco,
Sinto que amo você,
É inexplicável o porque!
Sei que quando está perto o coração dispara,
Sei que quando está longe só quer você.
Vibrações
E Se dentro de nós, pudermos encontrar toda a verdade? E se a cada passo evolutivo chegarmos mais perto do sentido, da razão? E se já tivermos as respostas, mas ainda não somos capazes de decifrá-las. Está tudo à volta, tudo se conecta na mais perfeita harmonia. E é claro, que as respostas estão em cada parte, só não conseguimos ainda ligá-las as perguntas certas. O caminho talvez não seja tão extenso, não apenas bidimensional, ou pós mortal. Ele talvez seja apenas sentido em outra frequência, e assim estarmos todos juntos, todos no mesmo lugar, no mesmo caminho, e apenas em vibrações diferentes. Em um paralelismo que só pode ser enxergado com a mente completamente aberta e sensível ou naqueles maiores arrependimentos de não ter vivido o tanto que gostaria, ao último olhar a vida. Como se a vida e a morte estivessem ligadas apenas por essa vibração, essa energia que só se transforma, mas nunca se esgota.
Aquilo que somos
Somos corrompidos pelos meios mais metódicos, vulneráveis à corrupção.
Somos sim corruptíveis, somos a alma do meio sujo ou limpo em disfarce.
Somos a opinião do mais próximo e a verdade do que nos faz bem.
Somos filhos ingratos e pais incompreensíveis de visão distorcida.
Somos aquilo que mais apontamos e achamos que somos o que mais estamos longe de sermos.
Somos um estudo de alguém, e vice-versa.
Um retrato manchado em nossa mente, retratando o que fomos, mas o que não somos mais.
Somos o medo de encarar os velhos preceitos, a reclamação de falhas alheias deitados no sofá.
A covardia de manter-se imparcial diante a injustiça imoral.
Somos o arrepio elegante quando nos convém ser decente.
Olhe a Deus
Olha bem para esse mar, ele vai te ajudar
Sonhar também pode fazer bem, é só você acreditar
e nunca esqueça do seu senhor, ele é seu guia
o responsável do seu amor.
Não guarde para ti, o rancor e a dor
Não esqueça que ele perdoa o pecador
Sabe aquele pão que está na sua mão?
Também pode ser do teu irmão.
Lembre-se do pai, não esqueça da palavra
É ela quem faz, você progredir
Fé
A fé mantém o homem de pé
De pé, o homem perde a fé
Sem fé, ele perde o mundo
Sem mundo, ele busca fé.
Sem trilhas a jornada não termina
A dificuldade busca explicação
Para uma solução ter em mãos
E o caminho completar o coração.
Música
Sons de toda a parte
Pedaços de música espalhados
Ruínas milenares que cantam
O som fraco do passado
Tudo cerca em canção
Eu controlo minha emoção
O ruído que me desintegra em
Carne cantante e exuberância
Salto dançante rumo ao salão
Passo largo junto à dama
Tudo em sintonia formando a armação
Aos olhos dela que me chama
Um fim pretensioso
Num momento milagroso
Nossos corações se unindo
Diante a mesma música surgindo.
Estrofe sem remetente
Tão calmo e apaixonado, me tornei tão solitário
Enquanto sentimentos transbordam em mim
O que me rodeia, são apenas cartas sem remetentes
E aquele amor, na verdade não existe enfim.
O Meu Chorar
E quando choro tudo se entristece
Tudo se conecta aos meus sentimentos
A música canta, o choro completa o coração
A linguagem da tristeza e da emoção
E nas noites caladas, meu sussurro ecoa
Minha dor se acalma na descida das lágrimas
Meu olhar se revela, se anuncia, se entoa
E por fim, entendo a dramaturgia do meu coração
O chorar me leva a outra dimensão
Um sentido capaz de me entorpecer
Um grito interno de alívio e renovação
A esperança de um novo começo
Prazer e dor
venha, possua-me a carne,
infecte-me a alma...
sangra-me...
destrua-me,morda-me...
lamba-me,delicie-se...
sangue na minha boca...
desejo na minha carne...
eu só quero você...
faça-me gritar...
faça-me gemer...
sangue na minha boca...
desejo na minha carne...
grite comigo...
bata-me...
e me dê prazer e dor...
durma com os anjos
durma você com os anjos pois
sei que eles vão me evitar...
pois eu sou aquele cujo nome
é falso demais para os anjos pronunciarem...
eu sou aquele cuja a vida viveu a pecar...
eu sou aquele que cujo o ódio chegava a matar...
então durma você com os anjos...
por que eu sei, que hoje e sempre...
eles não se lembrarão de mim...
lua de sangue
olhando a lua sangrenta
que neste céu rebenta...
eu desejo te matar...
desejo este que eu já não
consigo mais controlar...
olhando esta lua sangrenta
que neste céu rebenta...
eu desejo te odiar...
me desculpe mais foi você
que me fez te detestar...
olhando a lua sangrenta
que neste céu rebenta...
eu desejo te afogar...
sinto muito, mais a culpa é sua que não quis mais me amar...
Canção de amor
Se nada der certo
Não houve emoções
Não vejo sinais,
só ouço razões
Eu perco meu chão,
Escrevo canções
Levanto meus pés
recupero o padrão,
sem sentir a dor,
que me prende a você
e sem perguntar
o que houve ou porque
existem motivos,
você pode chorar,
mas saiba que eu
também preciso me curar
não vejo sinais,
não ouço razões,
se nada der certo,
eu crio canções….de amor
canções de amor
Conforto
As vezes fechamos os olhos por conforto
E não abrimos por um bom tempo
Porque não queremos sentir medo
Não queremos nos arriscar
Ignoramos o que se passa com uma venda nos olhos
Para não nos sentirmos covardes
e posicionarmos em uma situação confortável
Mas ao nos enganarmos percebemos
o quanto frágil nossos sentidos ficam.
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