Poemas com Rimas de minha Rua

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'A RUA'

Rua,
pintada em grafos.
Afasto-me,
irascível.
Rua imperceptível,
serás sempre imortal?

Tu,
que tanto acolhe.
Coração de mãe,
elo sem fim.
E os botequins,
funeral?

Verdade,
flameja condolência.
Asilo, refúgio,
há vida, valor.
Cheiras rancor,
Porque não bestial?

Quebradiça,
a rua espera lá fora.
E aqui dentro,
ausência.
Dor violenta,
explosão de cristais.

Inserida por risomarsilva

Depois que tudo se vai
A noite continua sendo escura
O dia claro
A rua também continua
Sendo recoberta pela pedra fria
Parece até que nada muda
E de vez em quando a chuva cai
Mas se a gente olha direito
Percebe
Que não chove mais do mesmo jeito
E mesmo as estrelas
Parecem não mais brilhar
Com a mesma intensidade
Pois
Pra falar a verdade
Depois
Um mais um
Não se pode dizer que são dois
Não mais agora
Depois que tudo se foi.

Edson Ricardo Paiva

Inserida por edsonricardopaiva

Eu passo todo dia
pela mesma rua
e na frente de cada casa
Há sempre um jardim disposto
de maneira diferente
no tempo e no espaço
Eu faço a vida inteira esse trajeto
e faço do mesmo jeito
do lado oposto
Mas é a mesma rua
Que não é mais a mesma
Quando termina
Existe outra calçada
Quando a gente
Está perto da praça
Mas a graça de tudo isso
É o colibri que bate as asas
e sempre se aproxima
Mas não é todo dia que ele sorri.
Ali tem um Sol sempre brilha
E tem sido assim a vida inteira
Pois o fato de as nuvens o encobrirem
Impedindo que a gente o veja
Não significa necessariamente
Que esteja apagado
Nem sempre a cerejeira dá cereja
E os jardins são sempre jardins
Todas as ruas do mundo tem dois lados
Sempre sobra uma sombra
Mesmo que a gente não veja
O sorriso do colibri
Por detrás dos escombros
Eu acho assombroso
Tantos seres alimentando essa dúvida
de que o beija-flor realmente sorria
Pois não acredita no que não pode ver
Mas crê nos poderes da dor
E a gente sempre chega a outra rua
No final de cada dia
Brilhando ou não havendo Sol
Outra noite
E nunca é igual
E aquela rua também não é mesmo
A mesma que termina numa praça
E esta é a bela graça de toda vida
Aprendida na ausência de pressa
E que a gente não vê
Mas ...
Invariavelmente termina
Na esquina onde tudo começa
E que fica naquela rua
A mesma
Onde todo mundo passa.

Edson Ricardo Paiva

Inserida por edsonricardopaiva

Quando chega o tempo
da Lua da colheita
Quanta gente satisfeita
A olhar a rua
É momento de festa
Dia de alegria
Porque
Desde que inventaram a vida
Toda alegria tem hora certa
Beleza prazo
Amizade vez
Quando chega a noite de Lua
Gente a olhar a Lua
Mente
Pra ser olhada
Olhando a Lua
Depois
Que a Lua se foi
Simplesmente.

Edson Ricardo Paiva.

Inserida por edsonricardopaiva

Quando é noite
O Sol do outro lado da rua
Escreve um recado na Lua
E me diz que pode haver
Outros Sóis mais brilhantes
Mas que o Sol menos distante
Brilha mais
Tem noites em que a voz do vento
Diz tanto
Quanto todas as vozes juntas
Mas, se alguém quiser entendê-la
É preciso um coração calado
Pois o silêncio já sabe as perguntas
E as melhores respostas
Serão sempre insatisfatórias
Quando a mente brilhante
Se encontrar brilhantemente
Abastecida dos melhores ventos
A noite mais escura
É sempre aquela
Que permite conhecer
A paz que emite
Simples, singelamente
A voz da vela
É preciso um pouco mais
Pra tentar ouvir o que ela fala
Perceba que em noites assim
Mesmo a luz da maior estrela.
Humildemente se cala.

Edson Ricardo Paiva.

Inserida por edsonricardopaiva

A Rua da Saudade existe em Muitas Cidades
Lá, como em qualquer outra rua
Vão morar pessoas de todas as idades
Pessoas ruins, medianas e boas
Gente honesta, meio-termo e gente à toa
Tem o cara que Guardava as Chaves
E os caras que ficaram atrás das Grades
O velho e o menino, o senhorio e o inquilino
O fervoroso, o ateu e aquele, cujo coração
Foi uma semente que caiu na areia
Mulher bonita, remediada e mulher feia
Lá nessa rua eles tem toda a eternidade
E também não há mais tempo pra nada
Ela tem esse nome para honrar
Algumas pessoas que moram lá
Outras não deixaram nenhuma saudade
Um dia todos nós seremos vizinhos
Mas ninguém virá bater à sua porta
Pra pedir açúcar ou café
Portanto
Se você tem algo a dividir
divida agora
Aquele que por último, melhor vai rir
É aquele que sabe o que há no porvir
E muitas vezes, hoje chora

Inserida por edsonricardopaiva

Não sei dizer o porquê
Simplesmente acontece
Você caminhando na rua
e te bate no rosto
Aquela brisa morna
Aquele vento brando
E você se recorda
de alguma esperança que tinha
e que se foi
Sem que você percebesse
Mas agora você sabe
Que ela não mais existe
Foi-se embora com o tempo
Mais um sonho se dissipou
E hoje
Não representa mais
Nenhum vazio
Tanto faz
Aquele arrepio que causava
E tirava a tua paz
acalmou
depois de tanto tempo
de frio e estio
Foi-se no vento
Afogou-se no rio
E hoje
Recordando
Você riu
Riu-se de si mesmo
Ao perceber
Que aquele abismo
Já nem é mais assim
Tão fundo
Como te parecia
Quando
Naquele tempo você carecia
de algo que hoje
Tornou-se uma coisa inútil
Você fortaleceu-se
E a brisa no rosto
Lembrou-te
De como muitas vezes
derramaste lágrimas
perdeste teu tempo
com algo tão fútil
Que mesmo sem perceber
Esqueceste.

Inserida por edsonricardopaiva

Meu endereço
é na rua do esquecimento
Porém, no momento
Eu sai à passeio
Viajei para o passado
estou de fieira na mão
No chão, meu pião vai rodando
ao meu lado estão diversos
dos melhores amigos
que me deu a vida
Estamos na hora do recreio
Estamos numa outra dimensão
Estamos
Sem nenhum centavo em nossos bolsos
e estamos felizes
Como nunca mais seremos
Temos um futuro ainda
No qual, eu garanto
Se a gente imaginasse
Como seria
Teríamos brincado
Um pouquinho mais
Naquele dia
Teríamos agradecido
com um brilho a mais nos olhares
a tia da merenda
a professora
e o Sol que brilhou tão forte
naquela tarde, tão linda
Que passou, que ficou no passado
Porém, em algum lugar
Ela ainda existe
Então eu volto pra casa
Num lugar chamado saudade
Porém, quando volto
Não me sinto mais assim
tão triste
A vida é pra frente
nisso ela consiste
Mas eu juro
Que sinto muita pena
daqueles que cresceram,
chegaram no futuro
e lá ficaram
Sem jamais se dar ao direito
de voltar a visitar
o seu eu-menino
Que se encontra sempre lá
brincando e rindo
naquele lugar onde as coisas
nunca eram e jamais foram
todo dia do mesmo jeito
da maneira que são agora

Edson Ricardo Paiva

Inserida por edsonricardopaiva

"...O Sol do outro lado da rua
Escreve um recado na Lua
E me diz que pode haver
Outros Sóis mais brilhantes
Mas que o Sol menos distante
Brilha mais"

Edson Ricardo Paiva.

Inserida por edsonricardopaiva

⁠Eu paro numa esquina
Olhando pros dois lados
Se penso em atravessar a rua
Eu olho pras pessoas
Elas vem de todos os sentidos
Olhares ressentidos
Caras boas maldormidas
Procurando
Tempo dentro dos seus próprios tempos
Buscando sós, só um jeito de cuidar
Das próprias vidas
Buscando suas esquinas pra parar também
Todos se vão, se vem, se vão...se vão...se vem
Mas não fica ninguém
Tão sozinho, olho pro chão
E ainda me molho quando a chuva cai
Todos eles tem dentro de si, ainda
Um pouco dessa coisa linda
Cujo nome ninguém sabe
Talvez seja pureza, beleza, ingenuidade
Pode ser que seja oxigênio numa bolha de sabão
Gáz hélio dentro de um balão
Coisa gostosa de se ter, mas que não vem; só vai
A cada um lhes cabe alguns desses balões
Que vão se furar lá no espinho da rosa
Parado numa esquina...a rosa vem devagarinho...e fim
De espinho em espinho a vida vai modificando a gente
A vida, antes tão quente, hoje fria...vazia
Toda aquela gente, que vem de todos os sentidos
Perdendo às rosas
Um pouquinho dessa coisa boa
Que deixamos se ficar pelas esquinas
Sempre sem querer
Sempre que buscando apenas
Um jeito de cuidar das próprias vidas
Perco a pressa e penso
Que é essa a beleza da vida
E a natureza de todas as coisas.


Edson Ricardo Paiva.

Inserida por edsonricardopaiva

⁠Belas horas.

Água de chuva
Parede, pintura nova
Uma ida à janela
Um olhar à rua
As mágoas da vida
Quão belas
eram aquelas manhãs de outros dias
O mundo existia
Aqui, dentro da gente
A julgar pelo olhar a rua
Nada ficou diferente
Por mais que a beleza iluda
Nada ilude eternamente
O que muda é uma coisa que existe
O badalar mais triste
de um ponteiro que acelera
Belas eram aquelas
Horas que passavam todas inteiras
iguais
A parede, a pintura
Alguma coisa pura que existia
e que era mais
Traduzia aquilo que a visão
da água da chuva que caia
Enquanto passava o avião
Um gosto, um sorriso
O linho da mesa posta
A comida do almoço
A vida
Belas eram aquelas
Risadas que compartilhamos
Das horas que não passam mais
Sem que haja um badalar que insiste
em dizer alguma coisa que eu não compreendo
Sim, isso acontece
A chuva às vezes cai ainda
e continua linda
Mas me traz uma mensagem diferente
Quando ela desce
E as imagens que vão surgindo
Não são mais tão belas
Não quanto foram aquelas
Uma ida à janela, outro olhar à rua
E cerrar as cortinas
Outro dia termina pra mim.

Edson Ricardo Paiva

Inserida por edsonricardopaiva

Água
Água se acentua
Água corre pela rua
molhando meus pés cansados
e meus pés caminham à toa
e é isso que me magoa
Água
em minha casa não tem água
e a falta que eu sinto é a sua
Água
pode faltar-me o oxigênio
mas não te esqueço nem num milênio
Água
Água são as lágrimas
que de meus olhos às vezes transbordam
sempre que de você se recordam
Água
Por que você não me afoga?
Vê se entende quem te roga:
Sem ela a vida é deserto
e a sua imagem...apenas miragem
Eu te lancei na garrafa a mensagem
Que a dor semeia
nas dunas de areia
Morta.

Inserida por edsonricardopaiva

Água
Água se acentua
Água corre pela rua
molhando meus pés cansados
e meus pés caminham à toa
e é isso que me magoa
em minha casa não tem água
e a falta que eu sinto é a sua
pode faltar-me o oxigênio
mas não te esqueço nem num milênio
Água são as lágrimas
que de meus olhos às vezes transbordam
sempre que de você se recordam
Por que você não me afoga?
Vê se entende quem te roga:
Sem ela a vida é deserto
e a sua imagem...apenas miragem
Eu te lancei na garrafa a mensagem
Que a dor semeia
nas dunas de areia
Morta.

Inserida por edsonricardopaiva

Você vai caminhando pela rua
Olhando a própria sombra na calçada
Percebe o Sol
Que brilha acima de você
Olha para as casas
E vê as janelas abertas
Mas percebe, de repente
Que talvez
tenha perdido a humanidade
E não existe mais certeza
De que você
é mesmo gente de verdade
Você não pretendia
desistir dos sonhos
Mas neles todos
Estava incluso este mundo
Que desistiu de você
Percebe que acreditou
Em quem desconfiava
Olha novamente
as janelas das casas
Lá não há mais ninguém
Elas estão todas fechadas
Você vê que tudo
Que aprendeu na vida
Trouxe-lhe somente dúvida
E as certezas
Não conferem-lhe razão
Melhor voltar pra casa, então
Na esquina há uma placa
Na placa há uma seta
A seta indica a direção
Seu coração cansou-se
de seguir na direção contrária
Mas cursou-a tanto tempo
Que já não sabe mais
O que é correto
Acorda no meio da rua e vê
Que já não sabe de mais nada
Nem ao menos a calçada
que te trouxe
Poderá te conduzir
Novamente pro lugar
de onde partiste
Pois esqueceu-se de onde veio
Sua vida, num segundo
dividiu-se ao meio
E percebes
que não vale mais à pena
Saber; ignorar
Nada mais importa
Aqueles em quem confiaste
Agora cortam-te em partes
Dividem-te, devoram-te
Escondidos atrás
das portas que se fecharam
Pra que você não entrasse
E que você não saísse

Inserida por edsonricardopaiva

Volta amor
Letra de 1961


🎶🎵 Hoje a noite está calma
Saio na rua procurando você 🎵
Olho para os lados não consigo encontrar você
🎵
Volta amor fica comigo mais uma vez
Quero viver junto a você volta, meu amor.

Hoje eu quero paz🎶
Quero ternura em nossas vidas
Quero viver por toda vida
Pensando em ti🎵🎶🎼

Inserida por Jmrm

⁠Volta amor
Letra de 1961


🎶🎵 Hoje a noite está calma
Saio na rua procurando você 🎵
Olho para os lados não consigo encontrar você
🎵
Volta amor fica comigo mais uma vez
Quero viver junto a você volta, meu amor.
Prefiro um tempo ao seu lado do que uma vida inteira sem você 🎵
Volta amor eu preciso de você

Nada neste mundo me faz mais feliz do que estar com você
Volta amor

Palavras são incapazes de expressar todo sentimento que tenho por você
Hoje eu quero paz🎶
Quero ternura , eu e você
Quero ,viver toda vida
Amando você 🎵🎶🎼

Volta amor, fica comigo mais.a vez

Inserida por Jmrm

⁠O encanto da noite de lua...
Dispensa meteoros,
Estrelas cadentes,
Brincadeiras de meninos na rua.

Inserida por LeoniceSantos

⁠Na cidade da garoa salpiscos...
Vento voa, rua afora se alastra chuviscos.
•Nem se chora só
•Nem se anda leve.
•Nem cabelos soltos.
Como peixes em tarrafa, meio tristes, encharcados, gorros envoltos.

Inserida por LeoniceSantos

⁠Tempo de chuva
Aqui o tempo está de chuva...
Não tem estrelas...
Não tem ninguém na rua...
Aqui o tempo está de chuva...
Não tenho o que fazer...
Então só o que eu faço é pensar em você...
Aqui... Amanhã... Hoje...
O tempo sempre estará de chuva.

Inserida por Ruptura

⁠Na mesa, a esposa não expõe sua íntima nudez, os filhos não brincam como se estivessem na rua, e os mordomos não se vestem nem agem como se estivessem em suas próprias casas. Na mesa, o relacionamento caminha lado a lado com a reverência do serviço.
A mesa representa o serviço no altar. Existem momentos em que chegamos à casa do Senhor, especialmente quando pecamos e necessitamos do Seu perdão, como filhos que se dirigem ao Pai, confiantes de que Ele nos conhece e pode nos ajudar. Mas também há ocasiões em que entramos na igreja para prestar o serviço, como mordomos que trabalham na casa de seu Senhor.
Prestar serviço na casa de Deus exige reverência, assim como o mordomo age com respeito na casa de seu senhor, ou como um súdito demonstra honra dentro do palácio de um rei. No serviço, a reverência não é opcional, mas parte essencial da adoração.
Contudo, a intimidade com Deus vai além do serviço. Ela nos chama a buscar que o Senhor revele e revele-se a nós, assim como um rei se apresenta dentro de sua recâmara. Não há conversas mais profundas e íntimas do que as de um marido e uma esposa. Quem pode estar mais próximo de um rei do que a sua esposa?
Esse é o convite que o Senhor nos faz: irmos além do serviço reverente e buscarmos a comunhão íntima com Ele, onde Ele se revela e nos transforma, como um Rei que confia os segredos de Seu coração àquele que está ao Seu lado em amor.

Inserida por JuniorLacerda