Poemas Bonitos
Ao mesmo tempo que fora de nós há um infinito não há outro dentro de nós? Esses dois infinitos (que horroroso plural!) não se sobrepõem um ao outro? Não é o segundo, por assim dizer, subjacente ao primeiro? Não é o seu espelho, o seu reflexo, o seu eco, um abismo concêntrico a outro abismo?
Só deus nesse momento, via o triste espetáculo. E sem dúvida a mãe! Há coisas que fazem abrir os olhos dos mortos nos seus túmulos!
A natureza humana é assim. As outras emoções ternas da juventude, se as houvera, haviam caído num abismo.
Era um daqueles homens que se tornam curiosos unicamente em razão da sua longevidade, e que são estranhos porque noutro tempo se pareceram com toda a gente e agora não se parecem com ninguém.
Era esboço também, nem por isso deixava de ser uma obra prima. Todo embrião de ciência tem esse duplo aspecto: monstro, como feto, maravilha, como germe.
De tudo o que a catedral possuía, o que mais o tornava feliz eram os sinos. Acariciava-os, amava-os, falava-lhes e compreendia-os. Tinha ternura por todos eles, embora tivessem tirado sua audição.
O orgulho dizia sim, mas a velha cabeça, que abanava silenciosamente, respondia tristemente não. Tinha horas de abatimento. Faltava-lhe Marius. Os velhos têm tanta necessidade de afeição como de sol. A afeição aquece.
Quando a ouviam falar, diziam: "É um policial"; Quando a viam beber, comentavam: "É um carroceiro"; Quando a viam dar ordens a Cosette, garantiam: "É um carrasco".
Myriel teve que resignar-se à sorte de todas as pessoas que chegam a uma cidade pequena, onde é maior o número de bocas que falam do que cabeças que pensam.
A catedral era tão familiar ao corcunda que este se encontrava em todas as partes. Em tudo se via o homem que amava. Ele era a alma do monumento.
Existia entre os personagens grotescos esculpidos na parede um de quem Quasímodo gostava mais e com quem às vezes conversava. Uma ocasião a cigana ouviu-o a dizer: - Oh! Porque não sou de pedra como você!
Ter um sorriso que - ninguém sabe a razão - diminui o peso da cadeia enorme arrastada em comum por todos os viventes, que queres que te diga? É divino.
Um raio de sol horizontal iluminava o rosto de Cosette, que dormia com a boca ligeiramente aberta, tendo o aspecto de um anjo a beber luz.
Tudo o que o rodeava, aquele jardim pacífico, aquelas flores odoríferas, aquelas crianças ruidosamente alegres, aquelas mulheres graves, e simples, aquele claustro silencioso, penetrava-o lentamente, e a pouco e pouco a sua alma compunha-se de silêncio como o claustro, de perfume como as flores, de alegria como as crianças.
As cidades, assim como as florestas, têm seus antros nos quais se esconde tudo o que elas encerram de mais temeroso e perverso. Com a diferença de que, nas cidades, o que assim se esconde é feroz, imundo e pequeno, isto é, feio: nas florestas o que se esconde é feroz, selvagem e grande, quer dizer, belo. Covil por covil, o dos animais é preferível ao dos homens. As cavernas são melhores do que as espeluncas.
Há aqueles que não podem imaginar o mundo sem pássaros,
há aqueles que não podem imaginar o mundo sem água;
ao que me refere, sou incapaz de imaginar um mundo sem livros.
Os meus livros
Os meus livros (que não sabem que existo)
São uma parte de mim, como este rosto
De têmporas e olhos já cinzentos
Que em vão vou procurando nos espelhos
E que percorro com a minha mão côncava.
Não sem alguma lógica amargura
Entendo que as palavras essenciais,
As que me exprimem, estarão nessas folhas
Que não sabem quem sou, não nas que escrevo.
Mais vale assim. As vozes desses mortos
Dir-me-ão para sempre.
Quando uma criatura humana desperta para um grande sonho e sobre ele lança toda a força de sua alma, todo o universo conspira a seu favor.
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