Poemas Anjos de Pijama Matilde Rosa Araujo

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Significa que posso não ter muito conhecimento e/ou experiência, porém desconfio de como as coisas sucedem já que possuo imaginação. (Riobaldo - Grande Sertão: Veredas)

No que vagueia os olhos, contudo, surpreende-se-lhe o imanecer da bem-aventura, transordinária benignidade, o bom fantástico.

Isso de entregar-se por inteiro às misérias de cada dia que passa é coisa inconcebível e intolerável para mim...precisamente um lutador é quem mais tem que esforçar-se para ver as coisas de cima, caso não queira encarar a cada passo todas as mesquinharias e misérias..., sempre e quando, naturalmente, se trate de um lutador de verdade...

Mas; também, cair não prejudica demais – a gente levanta, a gente sobe, a gente volta! (...) O correr da vida embrulha tudo, a vida é assim: esquenta e esfria, aperta e daí afrouxa, sossega e depois desinquieta. O que ela quer da gente é coragem.

Guimarães Rosa
Grande Sertão: Veredas. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1994.

Nota: Os trechos costumam vir unidos, mas, no livro, eles são separados por algumas páginas.

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A vida é ingrata no macio de si; mas transtraz a esperança mesmo do meio do fel do desespero.

O que leva o homem para as más ações estranhas, é estar diante do que é seu, por direito, e não sabe...Não sabe...Não sabe...

Sorriram-se, viram-se. Era infinitamente maio e Jó Joaquim pegou o amor. Enfim, entenderam-se.

A história de um burrinho, como a história de um homem grande, é bem dada no resumo de um só dia de sua vida.

Talvez não devesse, não fosse direito ter por causa dele aquele doer, que põe e punge, de dó, desgosto e desengano.

Chega. Porque guardar roupa velha dentro da gaveta é como ocupar o coração com alguém que não lhe serve. Perda de espaço, tempo, paciência e sentimento. Tem tanta gente interessante por aí querendo entrar. Deixa. Deixa entrar: na vida, no coração, na cabeça.

Karine Rosa

Nota: Trecho da crônica "Sapato velho", publicada em 12 de julho de 2009. A autoria do texto tem vindo a ser erroneamente atribuída a Caio Fernando Abreu e Tati Bernardi.

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Sempre vem imprevisível o abominoso? Ou: os tempos se seguem e parafraseiam-se. Deu-se a entrada dos demônios.

Narrei ao senhor. No que narrei, o senhor talvez até ache mais do que eu, a minha verdade. Fim que foi. Aqui, a estória se acabou. Aqui, a estória acabada. Aqui, a estória acaba.

Malagourado de ódio: que sempre surge mais cedo e às vezes dá certo, igual palpite de amor.

Choro!

Sem ninguém perceber
Pois é choro da alma
Que ninguém pode ver

Choro!

Por não estar com você
Por sofro por ti
Sem ninguém perceber

Choro!

Não por você
Mas por aquilo que sinto
Sem você perceber

Choro!

Não por causa de dor
Mas choro por algo
Que alguns chamam de amor...

"Minhas mãos em seu corpo
Caminham descaradamente
Com desejo, com fervor
Com carinho, com amor
Sinto sua respiração ofegante
E o seu desejo delirante
Sinto desejo, sinto amor
Sinto a alegria de um instante
O que se passa
Muitos tentam explicar
É a transcendente
Inexplicável forma de amar"

Sozinha sou brisa leve
Sou calmaria
Sou nostalgia

Me leve
Me despe
Me faz tremer

Nos teus braços
Sou tempestade
Sou mar revolto
Sou fúria

Agora é tarde
Juntos somos terremoto
Maremoto
Somos vulcão em erupção

Um amor simples, feito café da manhã, sem a obrigação de ser perfeito. Confortável feito pijama e com a humanidade de quem acabou de levantar e que tenha fome de amar antes da rotina começar.

[violet]Cante, dance, pule, grite, brigue, faça as pazes, chore,
sorria, estude, fique para recuperação, sinta saudades,
apaixone-se, deseje, ame, dedique-se, beije, abrace, erre,
aprenda, desculpe, faça amizades, tenha objetivos, ande,
emagreça, engorde, fale palavrão, brinque, ganhe, perca,
prometa, cumpra, corra, pare... Enfim... VIVA! Sonhe com o
que você quiser. Vá para onde você queira ir! Seja o que
você quer ser, porque você possui apenas uma vida, e
nela só temos uma chance de fazer aquilo que queremos.
Tenha felicidade bastante para fazê-la doce; dificuldades e
determinação para fazê-la forte. Tristeza para fazê-la
humana. E esperança suficiente para fazê-la FELIZ!

Mãe!
Que verdade linda
O nascer encerra:
Eu nasci de ti,
Como a flor da terra

Inserida por aalmeidah

A obsessão do sangue

Acordou, vendo sangue... Horrível! O osso
Frontal em fogo... Ia talvez morrer,
Disse. Olhou-se no espelho. Era tão moço,
Ah! Certamente não podia ser!

Levantou-se. E, eis que viu, antes do almoço,
Na mão dos açougueiros, a escorrer
Fita rubra de sangue muito grosso,
A carne que ele havia de comer!

No inferno da visão alucinada,
Viu montanhas de sangue enchendo a estrada,
Viu vísceras vermelhas pelo chão...

E amou, com um berro bárbaro de gozo,
O monocromatismo monstruoso
Daquela universal vermelhidão!

Augusto dos Anjos
ANJOS, A. Eu e Outras Poesias. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1998.

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