Poemas Anjos de Pijama Matilde Rosa Araujo

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“Vivo de forma intensa. A minha sensibilidade me torna uma pessoa profundamente empática e emotiva. Mas, em certos dias, sentir tudo tão profundamente parece um fardo difícil de carregar.”

– Priscila de Araújo

“Não me assusta a morte. O que me inquieta é a possibilidade de passar por essa vida sem deixar um legado.”

– Priscila de Araújo

Transbordo amor, como quem nasceu para sentir demais.

Sou ternura no gesto, doçura no olhar, sou paixão em cada detalhe.

Meu afeto não conhece meio termo, amo por inteiro ou sigo em silêncio.

Me encantas não pelo que mostras, mas pelo que tua essência revela.

— Priscila de Araújo

“Como encontrar sentido em uma geração que despreza o que é verdadeiramente valioso, enquanto exalta o efêmero e o superficial?”

- Priscila de Araújo

“O vazio é inevitável, mas o conteúdo com que o preenchemos é uma escolha.

Alguns colocam dor, outros escondem tristeza sob vícios, e há quem só consiga viver no caos.

Uns buscam anestesias passageiras, outros se afundam em sentimentos corrosivos.

Mas há quem transforme o vazio em espaço para crescer, amar e recomeçar.

Que se preenchem de luz, amor e coisas boas.

O que colocamos dentro de nós molda o que somos por fora.

O rumo da vida depende do que permitimos habitar em nós.”

- Priscila de Ara

Não mergulhe fundo em quem só sabe molhar os pés.

Intensidade não cabe em corações rasos, e quem vive na superfície jamais entenderá tua profundidade.

Joaninha

Decidi que devo parar.
Em meio a tanto pó,
Não há porquê.
Não há com que sonhar.
Mas, em tão pouco que me resta,
Por uma fresta na janela,
De um quartozinho de dormir,
Um jardim
Com folhagens orvalhadas,
Ua roseirinha, um jasmim,
E um jarrete de lilases.
À parte, ervas curativas.
E o mais, ua joaninha.
Ah, minha doce joaninha,
Estava pronto p’ra partir.
Pousa cá na minha face
E me conta se és feliz
Pois agora sou feliz.

Eu posso te perder,
mas jamais te esquecerei,
o teu sorriso,
as suas risadas,
o teu olhar brilhando como estrelas.

Filha do meu Coração!

Olha minha magrinha,
filha do meu coração,
quero que tu saiba, que
te amo de paixão.

Dorme minha filha linda,
aproveite a madrugada,
cuidado com pesadelo,
para não acordar molhada.

Sou pedra bruta e busco o vento para erodir.
Com suavidade e paciência
Minhas arestas esculpir.
Para toda eternidade, assim
seus feitos em mim perpetuar.

Na cesta de lixo,
ideias não recicladas.
Na cabeça de quem detém o poder,
lixo orgânico.

Cada dia vivido é moeda guardada no bolso da alma. Cada riso, cada olhar, cada respiração é soma que cresce, lucro que ninguém toma, um infinito resumido em soma."


✍️ @opoetatardio — Pedro Trajano
opoetatardio.blogspot.com

Fecho um ciclo, contemplo as lições. Entre risos e lágrimas, recrio paixões.




✍️ @opoetatardio — Pedro Trajano
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Somando instantes, multiplicando sentidos — porque viver é mais sobre sentir do que contar.




✍️ @opoetatardio — Pedro Trajano


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Não faz muito tempo,

senti saudades de alguma coisa.

Pensei em escrever a respeito.

Mas,não escrevi.

Mudaram os dias, e me esqueci da saudade.

E nunca mais lembrei.

Esse poema não é a respeito

da saudade (que esqueci)

mas sobre o poema que nunca

existiu (apesar da saudade).

Em não me desperdiçar narrando,

perdi uma memória.

Uma lembrança que chegou

a doer por um momento,

e inspirou um verso que nunca rimou.

Me perdi em não me desperdiçar.

Um dia a janela pisca;

Um sol nublado,

farol fazendo a curva.

Uma mensagem descuidada.

Um dia alguém lembra;

da risada desvelada,

do abraço que encaixa

no vazio umbilical.

Um dia ainda vale a pena.

Olhar o outro,

ao invés do espelho,

e ver.

Vagando em uma quarta-feira qualquer,
separada pelo abismo de outros dias de feira, que, desprezíveis, prefiro nem citar, vejo aquele ônibus que, aos domingos, me transporta por entre realidades,
onde embarcam sonhos e saudades que amadurecem durante a viagem e desembarcam como vontades.
Esse ânimo que me dá de largar tudo e pegar esse ônibus pra te amar. Seja nas quartas, ou em todos os outros dias que houver, serei sempre meio, partido, inteiro apenas quando nós.

Outrora você foi um sonho que,
com o passar do tempo, fez-se concreto. Vislumbrei-te como um pretexto para que eu pudesse ser feliz. Tornaste-te platônico, tornaste-te plausível. Tornaste-te real.
Outrora você foi um sonho do qual eu preferia não ter despertado,
para continuar idealizando um ser perfeito. Amei-te enquanto sonho e pretexto, mas, quando real, percebi que a minha felicidade estava bem longe dali.

E dá-se a partida, o motor ligado vibra.
E meu corpo, junto, se alegra:
parto agora dessa odiosa rotina e deixo pra trás esse lugar onde não há você.
Parto-me pra junto de ti, onde volto a me montar, dessa vez, feliz.

Devo dizer que não me sinto capaz de um dia me acostumar à maneira como você vai,
sem nunca olhar pra trás.
Te observo até perder-te de vista, e,
quando não mais te vejo,
a vista embaça, pinga.