Poema Velhice
A velhice saudável é o espelho de uma vida feliz, resultado de uma juventude vivida longe da beleza forçada, em que percebemos verdadeiras mutilações da pele.
Aproveite bastante a sua juventude para quebar a cara, pois na velhice não se tem volta em algumas coisas.
Não existe injustiça maior que a velhice... Somos desejados no ventre... paparicados no nascimento... lapidados na formação pra maior idade, e quando menos percebemos já estamos velhos, sem serventia pra vida... Pois ela, a velhice é a primeira a nos rejeitar com suas marcas, fazendo ficarem visíveis a todos na nossa carne e na nossa alma. Ela não nos dá a oportunidade de se quer escolhermos que rumo queremos dar pro nosso corpo cansado de viver intensamente cada segundo da vida. Ao menos quando cansamos da velhice partimos levando ela conosco! Bem diferente da saudade e do amor que vivem para sempre!
A doença, a velhice, a morte, as agruras da vida - esses sentimentos da vida não são impostos a nós de fora. Só somos vítimas deles porque consentimos com eles e tomamos atitudes condizentes a eles.
Se me perguntam do que tenho medo, respondo: Do tempo.
Porque ter medo da velhice, se ela é conseqüência do tempo? Porque temer a morte, se ela nasce no tempo? A concretização dessa constatação tão inconcreta é o que mais me amedronta. As marcas deixadas por esse cruel e impiedoso ser são de longe a pior dor que um ser pode sentir. No momento o qual, um individuo pode se deleitar diante da sua imagem que é refletida pelo espelho, é muito cruel observar a magnitude e força do tempo, sentir a fraqueza nos ossos, e não poder fazer absolutamente nada, somente viver e esperar que a dama de preto, venha buscá-lo. Ao nos preocuparmos com esse deus silencioso, parece que ele nos dilacera com uma impiedade bestial. É de fato controverso, que mesmo sendo tão agressor do nosso corpo, é ele o protetor da nossa alma, da nossa mente. O tempo deixa marcas físicas, mas apaga as marcas mentais, as piores marcas possíveis. Se esse rei nos ilumina com a vossa gloria, ao mesmo tempo em que nos queima com sua magnitude, não cabe a nós nos revoltarmos. A inteligência que a nos foi concedida, não é tão onipotente para paralisar o tempo. Podemos retardar sua crueldade mais nem de longe, podemos vencê-lo.
Quem assiste a uma velhice em desamparo, não sabe quais foram as sementes lançadas por sua juventude!
Se a beleza e o dinheiro oferecem a ilusão da superioridade, a velhice e a morte vêm para demonstrar que debaixo do sol, todos somos iguais!
Ter medo de ser esquecida é o pior dos medos. É como tentar fugir da velhice, não adianta, ela sempre chega. E as vezes, você já é velha e nem sabe. As vezes, você já foi esquecida, até por você mesma. A ignorância nunca pareceu ser tão atraente não é? Ela te chama, ela quer te agarrar, e você deixa. Você deixa. Você deixa se levar. Não há como resistir a uma boa dose de ilusão fantasiada de felicidade. Mas como toda ilusão acaba, o produto é negativo, o resultado é negativo. E tudo se torna escuro. Você se sente esquecida. Você está se perdendo. E a gente sabe, na vida, na vida, ninguém está disposto a te encontrar.
Quando a menina dos meus olhos voltar a chorar, então estará a caminho da velhice e precisará de uma bengala e um óculo...
A juventude é um sopro que logo se esvai, transformando-se em outono e inverno que traz a velhice e a sofreguidão, restando apenas as despedidas e as lembranças distantes.
Enquanto que para uns a velhice chega aos vinte e poucos anos, para outros, a juventude os acompanhará por toda a vida.
Mentem os velhos que a cada momento invocara a morte, queixando-se da velhice, e da longa duração da vida; pois se a morte se aproxima ninguém quer morrer, e a velhice deixa de ser um doloroso fardo.
“Toda a alegria e a ilusão pungente da juventude tornam-se durante a velhice, um belo livro de memórias”
A velhice
Encurvando o corpo, adoecendo a alma, os anos levam o ser ao esquecimento, ao abandono, desgastando a vontade de viver. Alguns sentem a tristeza de não ter ninguém que os anime que os assista, que os ame. Isso faz da velhice algo que deprime e enruga também o coração. Passos na estrada, passos de tristeza e solidão.
Você pode correr de todas suas maldades feitas, mas a velhice nunca esquecerá de apresenta-las novamente.
Na infância são jogadas na terra e espalhadas no ar as sementes que vão nascer na velhice; de gratidão ou de insatisfação com o sabor amargo das lamúrias.
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