Poema sobre Ler

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Será que a reforma ortográfica da língua portuguesa fez tantas mudanças assim?
Ou é moda escrever errado nos dias atuais?

Já fui mais amigos dos livros. Com o passar do tempo venho deles me afastando. Isso é lamentável.

Duas pessoas nunca liam a mesma história, porque cada uma trazia sua própria visão de mundo.

Não. Ultimamente não leio nem mesmo os rótulos das garrafas de rum. Talvez seja porque acho mais fácil beber a ler linha por linha.

Mesmo sem asas podemos voar, fechar as cortinas do óbvio, e alçar as alturas, viajar por terras longínquas, desfrutar das surpresas de mundos desconhecidos, desbravando os mistérios das inúmeras letras, do preto no branco, nos abastecendo de novidades.
Ler é uma aventura fascinante.

Leia, mas sempre considere a época e o local em que foi escrito; o 'zeitgeist'; o conhecimento que tinha e as possíveis intenções de quem escreveu. Interesses podem criar pseudo-fatos. Não aceite tudo e não subestime nada.

Mas é que eu tenho aquela mania idiota de me agarrar a beiradinha da lembrança e não esquecer de nada, absolutamente nada. Tenho aquela mania de imaginar mundos e fazer deles minha realidade, viver sempre em uma fantasia. Tenho aquela mania de chorar quietinha e sorrir com os olhos, escrever coisas que ninguém vai ler, escutar música de madrugada, esperar uma ligação que nunca se completará, acredito em anjos, leio livro deitada na rede. Tenho mania de desarrumar o guarda-roupa só para achar algo que eu tenho certeza que não está ali, mania de escolher palavras erradas para me expressar, e querer ir embora sem ter nenhum destino planejado.

Tem coisas que eu leio, que dá vontade de abraçar quem escreveu, de tocar o coração do outro, e sentir ele vibrando, na mesma pulsação que o meu.

Para muitas pessoas, os livros são um refúgio. Se você tira isso delas, elas podem afundar. A escrita e a leitura são minha salvação.

Tocar a alma de uma flor, que tem a profundidade a beleza e a simplicidade de uma poesia, exige sensibilidade, graciosidade e extrema delicadeza...

A leitura é o alicerce da escrita. É o tijolo e a argamassa de um texto bem construído. Quem muito lê, geralmente escreve com muita facilidade.

Escrevia com propósito. Escrever era o seu modo de dizer ao mundo: “Eu estive aqui. Não é perfeito. Não é nenhuma obra de arte. Mas é algo meu. Nosso”. A história compartilhada com os leitores deixava de ser dele, abria suas pequenas e frágeis asas e deixava se levar pelo ar

Pronto, agora seguir o caminho ficou fácil.
Você? Ficou lá atrás, junto com toda sua pretenção infundada. Sabe aquele livro que você começa a ler, está tudo indo bem mas ele simplesmente fica desinteressante? Pois bem, te considero esse livro. Eu perdi a vontade de me esforçar e tentar decifrar suas entrelinhas, tanta coisa sem sentido. Agora comecei a me dedicar à outro livro, e a primeira página já trata de um assunto muito forte e totalmente necessário: amar a si próprio antes de qualquer coisa. E olha, essa primeira página já me convenceu a não voltar ao livro anterior. Agora peço-lhe licença pois o fato de retornar minha memória ao "livro passado" já me deixou com um mal estar danado. Vou ali, sem pressa, viver o que há de melhor.

Não leio por recreio, por entretenimento. Leio para que meu demônio encontre um par para dançar.

O ser humano é como um romance: até a última página você não sabe como acabará. Se não fosse assim, nem valia a pena ler...

Foi assim que pessoas como você e eu conhecemos tanto do mundo: lendo sobre isso de pessoas que nos desprezavam.

Abdulrazak Gurnah
Gravel Heart. Londres: Bloomsbury Publishing, 2017.

⁠Se lêssemos livros na mesma frequência que nos deixamos levar pelas primeiras impressões, já teríamos dominado a lição de não julgar as pessoas pela capa.

⁠Lemos não para escapar da vida, mas para aprender como vivê-la de forma mais profunda e rica, para vivenciar o mundo pelos olhos do outro.

Barbara Davis
O eco dos livros antigos. São Paulo: Excelsior, 2024.

⁠A *palavra escrita* é desejo reverberante. Abandono e acolhimento. Densidade e vulnerabilidade. Perigo e fulguração.

Mas se a vida é tão curta como dizes
por que é que me estás lendo até agora?

Mario Quintana
A vida. In: A vaca e o hipogrifo. Rio de Janeiro: Objetiva, 2012.

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