Poema sobre agradecimentos
Filhos da Morte
"Tristes pés negros,
descalços e sujos,
pisam solitários
caminhos sem fim.
Chão machucado
pela dor das feridas abertas
em tanta pedra pisada.
Não há chegada
sem destino.
Ninguém espera seu regresso.
Nem horizonte...
Crianças tristes,
negras e descalças
em caminhos mortos
da vida.
Olhos cegos,
à procura de um oceano perdido,
Mar que divide fome,
sede e sonhos...
Órfãs de piedade.
Sem bagagem.
Mãos vazias.
Agasalhados nos trapos
do abandono...
Esperanças guardadas
no bolso rasgado
vão caindo pelo chão...
Um rastro de tristeza
que fica.
Nada deixam para trás!
Tristes pés descalços
de crianças negras,
sujas, famintas,
chorosas e mortas,
Vagando nos caminhos da vida..."
Meu coração é uma Rosa Negra
Muitos se assustam quando vê pela 1° vez
Preta, Assustadora, vingativa, espinhos q machucam
Ao mesmo tempo é uma rosa suave
Todos se encantam quando a conhecem melhor
Suave, doce, romântica, bela
Pra mim é a rosa mais bela
è negra para proteger das coisas ruins
Espinhos para esconder suas cicatrizes
Pétalas delicadas e aroma sedutor
Era branca, inocente...
A vida tornou negra...
Esse sou eu..
Ano novo é tudo novo
no sentimento da gente,
porém, preserve do antigo
o que lhe empurrou pra frente
junte tudo que prestou
misture com muito amor
e faça um mundo diferente.
Preserve os beijos, os cheiros,
os chamegos de amor,
as gargalhadas mais altas,
as piadas que contou,
e, se a tristeza apertar,
basta você se lembrar
dos sorrisos que arrancou.
O meu ou o seu caminho
não são muito diferentes,
tem espinho, pedra, buraco
pra mode atrasar a gente.
não desanime por nada,
pois até uma topada
empurra você pra frente!
Continue sendo forte
tenha fé no Criador,
fé também em você mesmo,
não tenha medo da dor
siga em frente a caminhada
saiba que a cruz mais pesada
o fí de Deus carregou.
Sei que Deus mora em mim
Como sua melhor casa.
Sou sua paisagem,
Sua retorta alquímica
E para sua alegria
Seus dois olhos.
Mas esta letra é minha."
_
(PRADO, Adélia. "Direitos Humanos" In Poesia Reunida, pg. 345 (Ed. Record - 2015)
Nunca compreendi a luta senão como um meio de acabar com ela.
Nunca aceitei o rigor senão como meio para deixar de existir o rigor.
Tomei um caminho porque creio que esse caminho nos leva, a todos, a essa amabilidade duradoura.
Luto pela bondade ubíqua, extensa, inexaurível.
A ESTRELA AZUL
Era uma vez uma estrelinha muito prosa,
toda orgulhosa,
no céu instalada;
até que um dia,
talvez por castigo,
um astro,
fingindo-se amigo,
roubou-lhe uma ponta dourada.
Cheia de revolta,
batendo as mãozinhas,
‘’pelo desaforo! (dizia a chorar)
uma estrela que perde uma ponta
não é mais estrela,
não vou mais brilhar.’’
E a pobre estrelinha,
assim mutilada,
tornou-se problema na constelação;
antipática,
só pensando em si,
como se o mundo
desabasse ali
ao peso de sua humilhação.
‘’Ninguém gosta de mim (gemia a pobre),
só porque perdi minha ponta dourada.’’
E, enxugando uma lágrima comprida,
a estrelinha,
infeliz da vida,
tornou-se resmungona e mal-educada.
Oh! Era uma catástrofe no universo,
uma tristeza na constelação!
Tudo foi tentado,
nenhum resultado,
até chegar a estrela da Conformação.
Esta velha estrela
era mui sensata
e à estrelinha
ela aconselhou:
– Ainda és estrela,
pois tens quatro pontas,
torna bem brilhantes
as que Deus te deixou.
E a estrelinha
pôs-se a trabalhar
ingentemente,
em busca de luz;
só pensando
em ser útil e bela
(que este é o destino de uma estrela).
Ela esqueceu a sua própria cruz.
E nem notou
que sua cor mudara
para um azul brilhante e sem igual:
uma cor linda,
cheia de esperança,
alegre como um riso de criança,
bela como uma estrela de Natal.
E a estrelinha que fora problema,
drama,
tragédia na constelação,
passou a ser motivo
de alegria,
uma bênção de Deus
em cada coração.
Vivemos,
Sem ter certezas,
Sabemos,
Da natureza,
E destruímos,
Suas belezas,
Assim caímos,
Na tristeza,
De viver no ego,
Prisioneiros,
Todos cegos,
Companheiros,
Do egoísmo,
De viver para nós,
Nesse heroísmo,
Nos encontramos a sós.
AMOR, AMOR...
“porque Deus amou de tal maneira...”
Eu queria cantar aquele Amor sublime,
como nem no céu existem dois iguais:
amor Primeiro, sem reciprocidade,
sem princípio, sem fim – Eternidade.
Amor, Próprio Amor – amor demais.
Amor que venceu o tempo e o espaço
para chegar até meu coração.
Amor escrevendo um poema de glória,
traço de luz atravessando a História:
Deus se humanizando – minha salvação.
Amor que usou milhares de caminhos,
homens, mulheres, povos e impérios,
até tornar-se Única Esperança,
prisioneiro num corpo de criança:
maior quando desce – Mistério dos mistérios.
Amor que transcende, supremo, absoluto,
que a Si mesmo chama “de maneira tal”
além de toda compreensão humana,
que nos eleva, a Deus nos irmana
na noite linda a santa de Natal.
Como cantar este maior milagre,
se a terra silencia para ouvir o céu?
Diante do Grande feito Pequenino
a própria alma se transforma em hino:
– Tudo é amor, sublime amor, Jesus nasceu!
Esquecer-te?
Esquecer-te? Se sonhar à noite e contemplar-te durante o dia;
Se toda a louca e profunda devoção que o coração do poeta dedicaria;
Se as preces ditas em teu favor ao poder que o Céu tem de proteger;
Se pensamentos alados a mil por hora que a ti vão ver;
Se devaneios te misturam ao que está por vir na minha vida...
Se isto chamas de esquecimento, tu, de fato, serás esquecida!
Esquecer-te? Que os pássaros da floresta esqueçam sua doce melodia;
Esquecer-te? Que o mar, sob a lua, esqueça das ondas a sincronia;
Que as flores sedentas se esqueçam de beber o orvalho refrescante;
Tu mesmo te esqueças de tua terra adorada, e seus montes deslumbrantes.
Esqueces cada rosto, velho conhecido, cada ocasião tão querida...
Quando estas coisas forem por ti abandonadas, tu serás esquecidas!
Guardas, se quiseres, tua paz virgem, sempre calma e despreocupada,
Não permita Deus que tua alma feliz por minha causa se veja desolada;
No entanto, enquanto essa alma é livre, ah! que a minha não saia a vagar.
E, sim, que alimente a fé humilde e a capacidade tolerante de amar;
Se estas, por anos resguardadas, no fim não me tiverem valia...
Então me esqueças; mas não acrediteis jamais que tu podes ser esquecida!
Menina meiga, obrigado por existir!
Menina linda!
Hoje é um dia especial,
É seu aniversário
Hoje é seu dia.
Você é uma estrela
Que resplandece
No céu da minha vida.
Menina meiga,
És incomparável
Insubstituível,
Quero me tornar
Teu melhor amigo,
Amigo fiel e confidente.
Que isso dure eternamente!
Menina maravilhosa,
Conhecer-te é uma
Sensação gloriosa.
O carinho que por você
Sinto é grande e infinito
Como o mundo em que vivemos.
Querida menina,
Parabéns por tudo que és,
Parabéns por ser paz e luz
Em minha vida.
Teu coração me alucina
Obrigado por existir!
Coloquei meu sonho em um navio
E o navio em cima do mar
E abri o mar com as mãos
Para meu sonho naufragar
quatro
escolheria você ainda que
não soubesse da sua existência:
daria conta de te inventar só pra me sentir
mais seguro no mundo.
Sou mais o amor
O amor é insubstituível
Ele é calmo e impulsivo
Mas sempre indestrutível
O amor tem o poder de nos fazer acordar sorrindo e dormir chorando.
Ele é pranto e alegria, mesmice e magia.
Ele tem cor e sabor
Dor e alívio
Seja o que for: Sou mais o amor!
Pedro Veraszto
Sim, Por Ela
Sim, eu gosto de um carinho inocente criança,
De uma canção suave cantada ao ouvido,
De estar sempre juntinho, juntinho,
Daquela que entende um carinho no umbigo,
Daquela que escuta o que escrevo e descrevo,
Daquela que curte meus anseios sonhados e ainda não realizados,
Daquela que ouve meus discos cantados e não maquiados,
Daquela que foleia os meus livros ilustrados,
Daquela que analisa minhas fotografias e as criticam,
Daquela que se alegra com meu som instrumental,
Daquela que navega em meu olhar solitário distante,
Daquela que sabe ser mulher, sempre a encantar,
Daquela que entende minhas noites de insônias sem café,
Daquela que me abraça em meus dias de chuvas sem sol,
Sim, eu amo aquela menina, que sabe ser mulher.
O açúcar
O branco açúcar que adoçará meu café
nesta manhã de Ipanema
não foi produzido por mim
nem surgiu dentro do açucareiro por milagre.
Vejo-o puro
e afável ao paladar
como beijo de moça, água
na pele, flor
que se dissolve na boca. Mas este açúcar
não foi feito por mim.
Este açúcar veio
da mercearia da esquina e tampouco o fez o Oliveira, dono da mercearia.
Este açúcar veio
de uma usina de açúcar em Pernambuco
ou no Estado do Rio
e tampouco o fez o dono da usina.
Este açúcar era cana
e veio dos canaviais extensos
que não nascem por acaso
no regaço do vale.
Em lugares distantes, onde não há hospital
nem escola,
homens que não sabem ler e morrem de fome
aos 27 anos
plantaram e colheram a cana
que viraria açúcar.
Em usinas escuras,
homens de vida amarga
e dura
produziram este açúcar
branco e puro
com que adoço meu café esta manhã em Ipanema.
Você tem me descrito em poemas
Me transformado em metáfora
Pra que eu seja mas sutil aos teus ouvidos
Mas você precisa se libertar
Da ideia de que pode me ter em poema
Eu sou o livro de 600 páginas que você nunca conseguiu ler
Por preguiça ou falta de concentração
eu sou mais que 8 versos, do que você costuma escrever
Eu sou um livro com literatura complexa
Sou uma saga
E não me resumo á metáforasi
MULHER
Vivo buscando
dos gestos, o equilíbrio.
Mas nem sempre sou fada,
as vezes sou fera.
Sou o bicho da seda,
e sou da seda, o bicho.
Eu sou mulher.
TBT
Dizem que na quinta-feira
é dia de TBT:
hora de lembrança ter,
saudade pra ser certeira!
Mas eu acho isso besteira,
sempre penso no passado,
um lugar já visitado,
um alguém além do tempo,
um dia, um bom momento
no meu peito registrado.
►Peter Pan
Eu sou como Peter Pan
Não quero crescer, admito dele ser fã
Abrir os braços e voar no céu do amanhã
De tantas alegrias ser ímã
A Tinker Bell com o seu pó mágico
Se não fosse pelo pó, Pan teria um fim trágico
Veja, voar é fácil, tudo é básico
Me dê a mão, não te deixarei cair no chão
Prepare-se, vamos voar
Até o final do alto mar
Nos jardins das nuvens navegar
No céu iremos nos deitar
Seremos como crianças a brincar
Aproveitar as lindas estrelas que a Lua nos dá
Você também não quer crescer? Pois vem pra cá.
Quero resgatar os sorrisos da criançada
Venha, Tinker Bell, a magia será lançada
Espere e verá, a felicidade será alcançada
Logo poderei voar e ver a Lua realçada
Minha liberdade vejo na alvorada
A Lua já não mais irar me iluminar
E os raios do sol iram me acalmar
Sim, os sorrisos iremos tomar
E assim, iremos retornar
Ao nosso doce e aconchegante lar.
Sou apenas um garoto esperto
Porém, estou me sentindo incerto
Será que eu realmente devesse crescer
Da torre do relógio vejo esse céu aberto
Essa brisa que sinto, irá me rejuvenescer
Estranho, as horas do relógio não passam
Os ponteiros se expressam
Não querem envelhecer também
Caro relógio, faça o que te convém
Pense em seu próprio bem.
Eu sou como Peter Pan
Porém acordo e vejo que já é de manhã
Pois tudo foi um sonho, não creio
Devo acreditar que aquilo fora um devaneio
Gostaria de sair pela janela e voar
E minha alegria ressoar
Queria ser como Peter Pan e flutuar
E na Terra do Nunca, morar!
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