Poema seu Rosto Lindo
Rosto
Rosto marcado
com traços bem definidos
de dores cravadas na carne
pele aspera e descamada
golpeada pela vida
defronte do espelho
vejo este retrado
e flash de memórias
invade meu âmago
existência desnuda
exposta de frente
defrontar abismos
fantasmas tatuados
de sobrevivências
humanas
de uma alma
que chora
@zeni.poeta
Sentidos
Teus olhos,
dois pontos que observam
tudo.
Tua boca,
livro falado que de tudo
conta.
Teu nariz lindo,
que a tudo sente,principalmente
quando me ausento.
Teus ouvidos,
arquivo das juras que eu faço.
Teu rosto lindo,
expressão de amor que eu vejo a
toda hora, rosto que me acompanha
aonde vivo, ou passo.
Roldão Aires
Membro Honorário da Academia Cabista de Letras Artes e Ciências
Membro Honorário da Academia de Letras do Brasil
Membro da U.B.E
Não é como se o céu estivesse voando...
E entre os vagalumes, sinto o vento soprar meus cabelos exatamente como faz com o gramado diante de meus pés, enquanto os grilos cantam a canção em que minha alma escuta mais que meus ouvidos. Consigo sentir as gotas de água que escorre de meu apático rosto, são lágrimas que não vem das nuvens, mas de mim.
É como correr da luz de uma luminária com os olhos fechados... E ao abrir os olhos, espiar a lua pelo canto da janela e ainda assim, não ver seu brilho.
Andando
No curso da vida.
Caminhando,topei e
vim a cair.
Tombei no colo de
alguém.
Dei por conta já com
uma pessoa, a acariciar
o meu rosto.
Olhando para o meus olhos
ela dizia, senti que ias te
machucar, e te guardei em mim.
Roldão Aires
Membro Honorário da Academia Cabista de Letras. RJ
Membro Honorário da Academia de Letras do Brasil
Membro da U.B.E
Acadêmico Acilbras - Roldão Aires
Cadeira 681 -
Patrono- Armando Caaraüra- Presidente
PENÚRIA
Marcas definidas pelo cansaço
É a penúria transpirando a cada dia
Não deixando faltar o sustento à família
Olhos lagrimejam pelo sofrimento do descaso de ser humilde
Desde o amanhecer ao anoitecer suas mãos calejadas suplicam um pouco de paz
Há sossego em suas noites com o corpo fadigado pelo sol escaldante
Na rede estendida
Batalhando para sobreviver, reza com fé.
Agradece com o coração em lamúrias
Sabendo que lá do alto tem um por que
São vidas que se arrastam na humildade e expiação
Aceitando a realidade dura
Na pele dorida, mãos em feridas, rosto enrugado de agonia.
Expressão de angústia nos olhos
Retratando um semblante cansado da própria vida...
Teu rosto sugere a poesia
e a fuga de um sorriso,
que contagia.
O teu olhar sedutor
preto no branco,
parece dominador.
Quando olho pro meu rosto,
Vejo um fundo de espelho.
Como se tivesse exposto,
As longas orelhas de coelho.
Essa imagem é um pressuposto,
De quem segue o bom conselho.
Avanço sem orgulho e bem disposto,
Mas se cansar, eu dobro o meu joelho!
Caminhei na chuva
e senti o leve toque
das gotas que molhavam
o meu rosto...
foi uma sensação gostosa
de liberdade
e lembrança da vida
que passa correndo.
Do que vivi na casa antiga
restou distância
e o tempo escondido
em momentos infantis
Daqueles amigos
dormem no peito
saudades e peraltices
Outros sonhos,
embarques sem fronteiras
tomados de esperanças
e desejos a realizar
A vida é um caminho
Alguns decolam fácil,
criando futuros novos,
oportunidades a mais
Foi ontem que nos despedimos
Em cada rosto vi saudade,
angústias de afastamentos,
certezas de esquecimentos
Cada um levou uma alma minha
A vida vai me dando outras
Mas as almas daquela época
foram-se todas (as que eu tinha).
#ÚLTIMA #VEZ
Deixei meu coração cair...
Estava escuro...
E na escuridão me perdi...
Minhas mãos eram fortes...
Mas não conseguiram sustentar o peso sobre mim...
Meus joelhos fracos se dobraram...
E chorei...
Por tudo que senti...
Em muito fechei meus olhos e não quis ver...
Sempre ao meu lado...
Ah...
Como sonhei assim com você...
Mas a vida não teceu nossos destinos desse jeito...
Hoje compreendo...
E por mais que sofri...
Aceito...
Mas há um lado meu que você não conheceu...
De ser perseverante e lutar mesmo quando tudo já perdido...
Chorei...
Não me entreguei...
E do chão me levantei...
No jogo que comigo fizeste...
Antes um perdedor , venci...
Hoje toco seu rosto com um leve beijo...
E sorrio...
Contigo aprendi...
Sei que é a última vez...
Foi a última vez...
Sou feliz , sou livre...
Algo morreu...
E não foi em mim...
Sandro Paschoal Nogueira
facebok.com/conservatoria.poemas
Ser
Este vago, vazio ser
É meu único companheiro.
Vejo agora no espelho
Deste meu lado de ver.
Vejo um rosto inaceitável
Que nunca queria ter.
Do seu lado de imagem
Deve me ver sem coragem,
Que deste meu lado, miragem,
Julgo ter.
Receba
Teu rosto revela raro ser
Resistente, reluzente, radiante
Como o baixo ruído de um rádio distante
Sem regra ou receio, deixei-me render.
Teu riso me rouba toda atenção
Rápido, remédio, irracional
Como sons ritmados de forma irreal
Sem relutar, deleito-me em seu refrão.
Teu corpo tem jeito de abrigo
Reflexivo, refúgio, resiliente
Como plantar e regar a semente
Sem rodeio ou recado, floresça comigo.
Eu não era assim,parece até, que hoje sou outra pessoa.
Me recordo do meu rosto no tempo passado,hoje ele é cansado e enrugado,com tristeza marcada.
Meu sorriso brilhava como diamante,nas tarde quente de sol ardente.
Até minha alma era alegre,os olhos que me via,não é o mesmo,hoje é triste caído,sem brilho e sem cílios.
Onde fiquei? No passado?
Ainda me surpreendo quando me vejo no espelho, não me reconheço,tudo foi devagar se modificando,quem nem dou conta se falo mesmo de mim.
As rugas do nosso rosto
São mensagens insistentes,
São relatórios da vida
Que o tempo escreveu na gente,
Para alguns, elas são males,
Para outros, são presentes. [...]
Não tem ser humano no mundo
Que possa suportar a dor que agora eu tô sentindo
Em tudo que faço, só lembro seu rosto
Olhando pra mim com esse lindo sorriso
Era cedo...
Lavei e perfumei meu corpo...
O vento frio bateu no meu rosto trazendo-me a vontade de um café bem quentinho...
Existe um tempo certo para tudo...
Os amores são como os grãos de café na máquina de moer...
Primeiro um...
Depois outro...
E depois mais outro...
E todos vão para o mesmo destino...
Próximo?
Sandro Paschoal Nogueira
O perfume exala,
inspirando o rimador.
Quente é a poesia.
Seu rosto é retrato
de vapor abstrato,
desenhado no espelho.
O verso cafeinado
ascende os sonhos
dá asas aos pensamentos
enobrece a criação
e
a
ternura
poética
voa.
A palavra bateu no rosto
e desmanchou o branco.
Emudeci.
Corei no silêncio,
ante o abismo.
O oxigênio distante
ignorou o meu sufoco.
Inventei vidas
minhas.
Adivinhei pensamentos,
em ares abstratos:
- Sobrevivi.
Em cada gota de orvalho,
Vejo teu rosto, tão distante,
E em cada brisa que me toca,
Sinto teu cheiro, tão ausente.
Esse rosto teu
quero-o eterno na minha jornada
em telas manchadas
traços borrados
em rochas esculpidas
em filmes sem censura
ou nas linhas sujas dos meus contos mais obscenos.