Poema sem Amor Madre Teresa
Mas ainda assim, sou um poeta de silêncios
De inquietudes flácidas
Um coração que respira letras
E pulso, que pulsa palavras ainda não escritas.
Durante noites em claro, criei monólogos
Para que minha loucura se esquivasse
Dos paradigmas e prepotências ainda vivas em mim
E fizessem um acordo com as letras sem nexo,
De algumas folhas em branco.
Aquela era a trilha sonora
De uma vida, sobreposta
Aos pequenos erros seus.
E o piano que tocava
Era o coração que já amava
Sem o pianista, que era eu
Andei mais de mil léguas
Lugares foi mais de cem
Conheci muitas pessoas
No Brasil e mais além
Gente de toda idade
Só não sei se deixei saudade
No coração de alguém
Longe dos teus olhos
vivo no teu coração
como a tua Lua lírica
em meio a escuridão.
As estrelas instruíram
que as noites seriam
longas como todos
estão testemunhando.
Rocha em silêncio
inabalável no peito,
ciente que a paixão
nasceu anunciada.
Lua junto a Mercúrio
Júpiter e Saturno,
a tua espera no porvir
do Equinócio de Outono.
Do sequestro das meninas
da Nigéria o mundo cala
o nó na garganta sufoca,
e sem nada saber: tudo desespera.
Amanheceu,
Sai dia, entra dia
As mesmas coisas se repetem
Isso tudo é tão ridículo
Pessoas com muita coisa
Outras com tão poucas
Pessoas correndo
Pessoas se divertindo
Outros sorrindo
E em algum lugar
Algumas estavam chorando
A mesma chuva que molha também inunda
O mesmo sol que aquece também queima
Algumas pessoas ainda buscam ver e compreender o mundo exterior
Eu não quero morrer com essas correntes
Que me escondem e prendem nessa triste realidade
Mesmo em momentos de profundo desespero
A paz jamais será conquistada com violência
Acho que ainda podemos encontrar esperança
As pessoas são loucas por acreditar que eles nos protegerão para sempre
Embora estejam presentes desde o século XV
Não existe garantia que esse sistema não será derrubado.
Mas do que adianta se aqueles que tem poder não lutam
RECIFE DA JANELA
O Recife lá de cima
Cabe na palma da mão
Lágrima vai escorrendo
Ofuscando minha visão
Ao partir a gente chora
Acho até que vai embora
Um pouco do coração
beijo é
mistério, é desejo, é fogo,
centenas, milhares, diferentes,
todos com a promessa de serem únicos...
mas nunca são,
e sempre são..
beijo é
volúpia, fogo devorador em alguns,
chama que consome,
mera paixao...
outros é suavidade, sublimidade,
porcelanas que se tocam,
e também em alguns
mera carência, desejos da solitude..
beijo é mistério, é desejo, é fogo...
é sonhos, é nutrir esperanças
para toda uma vida,
sonhando com o deleite de saborear,
os doces e almejados lábios,
sim é..
beijo também é medo,
medo de possuir,
medo de ser possuído,
e depois não mais existir,
há não ser enquanto desfruta
dos lábios amados..
beijo é medo de querer,
pois, não saberá mais viver sem,
medo de perder-se nos lábios desejados,
e nunca mais se encontrar,
se não for por esses mesmos lábios..
beijo é
medo de se despir da própria vida,
e como uma roupa vestir-se com a vida do outro,
medo de se esvair do seu existir,
e renascer na existência do outro,
é medo de se ver sumindo do seu aconchego
e se deslocar para um novo lar,
lábios..
beijo é
medo de não mais estar,
porque o estar vai ser transitório,
o estar será onde os lábios dela então levarem..
beijo
é medo...
medo da entrega...
mas o desejo é maior que o medo,
o que queremos sempre está além,
e depois que os lábios se tocam...
o que são os sentimentos como o medo?
[...]
beijo é quando
nada mais resta há não ser o momento,
o néctar dos lábios tão desejados,
e enfim alcançados,
não é só sabor, é cor, é aroma...
é calor e frio ao mesmo tempo...
é vento que sopra, são gotas de chuva...
e tempestades que não cessam nunca,
é nascente de águas jorrando...
é cachoeira escondida onde virgens se banham,
é tentar trazer para si a alma do outro pela boca..
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