Poema sem Amor Madre Teresa
No casamento, amizade,
Ou amor
O acordo deve ser
Unilateral,
Se assim não o for,
Não haverá solidez.
Amor?
Sentimento que não se explica.
Se bem ou mal;
Se volúvel ou se fraternal;
Se eunuco ou garanhão.
O amor não tem grão...
Tanto chão como quão,
É canção ou refrão!
Não se mede ou se pede,
É inverno ou verão.
Sol de primavera
Arco-íris ou sabão.
AMOR PRÓPRIO:
(Nicola Vital)
O amor? Ah, esse amor!...
Assim como o brado do vento
Que imensuravelmente veloz
Passa.
Se funde quão folha seca ao horizonte
Solitário...
Solidão? Ah, essa solidão!...
Mera integração
Entre poesia e poeta.
Da primavera ao verão.
E se acaso alguém bater
À tua porta...
E ao abrires ser eu...
Bate-me a porta!
Porque meu amor
Deveras é só meu (...).
29Ago2015.
O AMOR É UMA SOMBRA:
Preciso ser amado! ...
Egoísta. Sentimento presunçoso!
Suplica-se o amor... Se não se sabe amar.
É sentimento impessoal, incógnito e sublimar.
O amor deveras é uma sombra,
Encontra-o quem a outrem
O faz mostrar.
O sol que aquece o dia,
A lua que alenta o sol,
O vento que sopra ao teu ouvido,
Te fala de amor! ...
As estrelas a emoldurar os céus,
Voluntariamente, nos agracia
Com um inconteste espetáculo desta sombra
Eu não necessito ser amado!
Eu apenas preciso amar. Quando
Um amar ao outro, todos seremos
Amados.
O QUE É O AMOR?
O amor é um estado de coisas
Espirito ou espectro!
Argumento mensurável...
Subjetivamente coerente ou não
Um Mix de ventos volúveis
Que mexe com nossos parcos sentimentos.
Que vem e passa como passa
O tempo, o pensamento!
É uma nau à deriva numa ilha
À milhas e milhas daqui.
E sob este emaranhado
De coisas e cordas
Meu coração faz trilha
À milhas e milhas daqui
Ora (direi), amigo meu
Que o amor
É uma coisa mais ingênua
Que as virtudes cardeais
Série minicontos:
CRIME HEDIONDO
Parecia amor, às vezes carinho outras compaixão. Entre amor e ódio. Obsessão...
AMOR MATERNAL:
O amor que assoberbaste
Sei, não era o que querias.
Nem de longe encontraste
Um amor em sintonia
Amar como anseias
É feérico e bem sutil
Só o êxtase delineia
Um amor tão juvenil
O amor com sutileza
Diz o coração febril
É de tamanha grandeza
Que torna o universo vil
O amor a quem almejas
É amor de mãe pra filho
Não possui outro perfil.
Série: Minicontos
PAI NOSSO
Casou. Construiu uma bela família, e viveu o amor. Enviuvou e tornou-se padre. Hoje, reencontra Hosana nas alturas...
CRÔNICA, PAIXÃO PELA ESCRITA.
Escrever é um exercício de amor ou quase santidade. E, como os apaixonados nossas criações faz despertar o egocentrismo intrínseco ao ser.
Todos os textos que escrevo, sempre imagino que as pessoas assim como eu, também vão gostar e admirar. E no intuito de mensurar essa ideia, eu quase sempre peço a opinião dos meus próximos que na maioria das vezes, minimiza com a deprimente frase.
- Eh! Mais ou menos. [Com uma discreta torcida no nariz]. Claro, ninguém é obrigado a gosta do que eu gosto ou faço.
Mas não é de se negar que diante de tamanha afirmativa, não role certo desanimo. ai a gente coloca aquele textinho de molho em um “balde de água fria” Mas como toda mãe e todo pai nunca vai aceitar que seu filho seja feio ou imprestável. Logo o abraçamos oferecendo-lhe o calor do sentimento.
- E ai, fazemos novas leituras, colocamos a quarar no anil.
- E outras e outras leituras, para podermos expô-lo Como diria Graciliano Ramos.
- E só após, postamos para o veredito social.
- Transbordando-nos de curiosidade para saber qual vai ser a aceitação daquela obra.
- Nos tornando uma capsula de ansiedade e esperança.
E ante uma diversidade de opiniões, eis que surge uma alma que se reconhece ali naquele texto, e se declara admirador do autor, mesmo sem nunca tê-lo visto. Talvez fosse um gesto saudosista ou um instante de ínfima lucidez.
- Mas no cotidiano do autor é inexoravelmente o êxtase.
- O condimento para seguir sua caminhada com esmero e carinho.
E então se conclui que o ato da escrita é quase um sentimento de santidade. É como fazer Hamlet lá 1956, com câmeras pesadíssimas sem VT, sem cores, sem nada. Só paixão e raça.
E somente por amor verdadeiro nos propomos a escrever em uma nação em que não se prima pela leitura crítica e pensante.
CRÔNICA AMOR ANIMAL
Ontem, às primeiras horas da manhã, o sujeito viajava de moto vindo do trabalho após três longos dias de plantões ininterruptos aonde trabalhava e, ainda na BR 104, na altura do quilometro 87, um cachorro magro e rabugento totalmente distraído ou quem sabe, de proposito atravessava a pista de rolamento e o motoqueiro não muito perito no que fazia e sem muitas alternativas Bummm.
Quase parado por ter tentado uma brusca frenagem, colidiu com o vagabundo que escapou ileso. Apenas alguns berros Ai ai ai ai...
Entretanto o nosso protagonista não teve a mesma sorte e foi de encontro ao rígido solo asfáltico.
- Ao chegar em casa todo rasgado.
Roupas e joelhos bem ralados e machucados, logo sua mulher lhe indagou.
- O que foi isso homem?
- Nada, apenas ati em um cachorro e quase morri!
Com a cara de assustada ela torna a perguntar.
- Nossa, não acredito, matasse o bichinho?
E o sujeito meio sem jeito resmungou.
- pasmem, que amor animal o seu?!
E, ela, agora com cara meio de tacho abre um pálido sorrido de desculpas.
- Por fim, dias após, os protagonistas se encontram por coincidência no mesmo lugar.
O motoqueiro até hoje vive a usar unguento em seu joelho ralado e seu malfadado coração.
-O cão vagabundo?
Feliz à beira da pista a latir sem casa e sem marca.
Série Minicontos
IDÍLIO
Casaram-se logo aos 15 anos em meio a juras de amor eterno. Vincos ao rosto, outro sonho era posto...
AMOR PELO NÃO
O amor?
Ah, o amor!
Amar sob o gesto de dizer
Não.
O amor sem o não é fugaz e mortal
Quando sim, contrapõe-se à razão.
Logo, é pragmático dizer sim.
Gesticula suposta indulgência
O sim é elementar e mascara
A incoerência, insensatez...
O amor é volúvel quando se atem
Ao sim.
Na sensatez do ser
Não é simplório dizer não
Entretanto, quem ama com razão
Diz não.
O sim remete à compaixão
E segrega as nuances do coração.
Série Minicontos
O NOIVO
Sob juras de amor eterno saíram em lua de mel.
Na curva dos noivos, consuma-se a separação.
Zicoiolo
Se não fosse tão ridículo falar de amor.
Eu iria dizer que te amo em voz alta.
É porque você não presta bem a atenção
Às vezes, eu até expresso.
Só que é tão sutil que você tropeçou.
Ora, eu sou tão intenso, tão plausível que me parece outro.
Meu exterior é norte, alegria e paixão.
Dentro de mim incauto, solidão.
CINESTESIA
Os amantes pensam toda forma de amor.
Os apaixonados encontram onde não estar.
Os inocentes afagam o abstrato...
Os brutos aportam à linha tênue entre a razão e a paixão.
Os racionais?
Ah, os racionais! Usurpam e maculam o belo
Meu coração, pobre sênio abrigado nas rusgas do tempo nauragou
CARTA DE AMOR
Virá o dia
Em que meu sonho estará repouso sobre a escrivaninha
Em que não te pedirei para o julgar
Em que não te convidarei para o jantar
Em que não te direi para brincar na areia
Em que não elevarei sobre teu corpo o cobertor
Porque a noite se arvora fria
Então
Só nos meus versos encontrarás minhas juras de amor eterno
Não chores!
Nem muito alarde!
Apenas me entorpeci de luz e mistérios.
Eu sinto dificuldade para falar de amor
Porque meu espírito crítico é pagão
Minha natureza é a própria natureza
Se as cartas de amor são ridículas
Pessoa..
Falar de amor tem provocado risos
A natureza ama.
Série Minicontos
Amor maternal
Em um dia de muita chuva e trovoada, sinhá coruja procurava atônita comida para os seus dois filhotes indefesos e expostos aos perigos da floresta
De repente encontra o gavião faminto que também caçava seu próximo jantar.
Mamãe coruja implora
- Compadre, se encontrares meus filhinhos poupe-os!
- Mas como vou identifica-los em meu a tantos bichos? - perguntou o gavião
- quando encontrares as mais belas criaturas da floresta serão os meus filhinhos.
E nunca mais sinhá coruja os encontrou.
Amor
Sinto que não amei.
O amor é sinônimo de:
Perdão, compaixão,
Resiliência, empatia
Cumplicidade e ...
Seja por isso que esteja tão
Démodée e ridículo.
AMOR DE INFÂNCIA
No dia em que eu partir
Quero deixar de lembrança
Uma simples recordacao
Do nosso amor de infância
Nosso amor de pequeno
Nosso amor de estudante
Tudo foi como um sonho
E passou-se num instante
Eu sei que para você
Isso pertence ao passado
Mas sempre no meu futuro
Esse amor será lembrado
Edvaldo José / Mensagens & Poesias
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