Poema Retrato

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[Estou parado vendo o seu retrato, e não vou mais te ver E vou tentando aceitar, Se a saudade aperta e eu não tenho nada a fazer Se não apenas chorar ~* ( Biquini Cavadão - Sonhando )

Eu amo o seu sorriso escondido, e os seus olhos... todos num retrato que eu tenho guardado. Seu cheiro as vezes o vento me trás, e nesse momento sinto você perto de mim, e é tão bom. Sua voz eu tenho gravada na memória, ouço quantas vezes eu quiser. Eu tenho você aqui comigo o tempo todo, e você nem sabe.

Retrato a minha vida como Paris, o símbolo do eterno amor. Já dizia Woody Allen: "Meia-noite em Paris, tudo é possível."

A fotografia pode ser um retrato da realidade ou uma linda ilusão.
Ambas tem suas funções sociais necessárias. E me encanta, diferentemente, cada uma delas.

Qualquer coisa que você tenha experimentado na vida é, na realidade, apenas o retrato exterior dos seus próprios pensamentos e crenças.

Me dá um sorriso seu, pra eu colocar num porta retrato, e quando eu precisar sorrir, me lembrar de vc?!

Longe do outro é possível amá-lo. Na distância ele não perturba sua bela imagem. Ela está no retrato, como sempre esteve, congelada eternamente.

Roubo tuas fotografias, alguns dos teus momentos...em silêncio converso com o teu retrato, te falo dos meus sentimentos. de como vivo, de quanto sonho ter você em mim, para mim...me desespero ao perceber que não esta só...do outro lado, alguém que é tua, que te tem por inteiro...em carne, pele...eu, só em fotos roubadas !

(...) se conectava com o retrato de Greta Garbo quando moça. Para minha surpresa, pois eu não imaginava Macabéa capaz de sentir o que diz um rosto como esse. Greta Garbo, pensava ela sem se explicar, essa mulher deve ser a mulher mais importante do mundo. Mas o que ela queria mesmo ser não era a altiva Greta Garbo cuja trágica sensualidade estava em pedestal solitário. O que ela queria, como eu já disse, era parecer com Marylin.

Clarice Lispector
A hora da estrela. Rio de Janeiro: Rocco, 1998.

Penso no que faço, no que fiz, e no que vou fazer... hoje teu retrato só me mostra o que quero esquecer.

Era uma auto-indagação para saber quem realmente estava ali: Esse sou eu no retrato, mas onde eu estava quando o tiraram? Era a minha vontade louca de o abraçar de repente e dizer: Mostra o sorriso da sua alma menino tímido, não esconda suas cores. Você já é grande, mas ainda é uma criança para mim. Te ver crescer me faz ver que também estou crescendo. Vá com calma, eu posso me assustar.

Um retrato com palavras

Olhar nos olhos pode render mais verdades do que um discurso.
E isso pode parecer difícil para quem tenta esconder alguma coisa.
Em contrapartida, olhares sinceros fazem brotar palavras verdadeiras, e o resultado é sempre o melhor possível.
As mais duras palavras e o olhar mais crítico, soam sempre como ajuda e não como recriminação.
Escrever com palavras sinceras é fazer um retrato fiel daquilo que a gente sente.

Como é que vamos fazer
Pra eu morar aí no seu quarto
Sem essa de me colocar no seu porta-retrato
Quero contato, sem contrato, a gente faz um trato
Se você me der a chave, eu mudo até o meu status

Auto-Retrato Falado

Venho de um Cuiabá de garimpos e de ruelas entortadas.
Meu pai teve uma venda no Beco da Marinha, onde nasci.
Me criei no Pantanal de Corumbá entre bichos do chão,
aves, pessoas humildes, árvores e rios.
Aprecio viver em lugares decadentes por gosto de estar
entre pedras e lagartos.
Já publiquei 10 livros de poesia: ao publicá-los me sinto
meio desonrado e fujo para o Pantanal onde sou
abençoado a garças.
Me procurei a vida inteira e não me achei — pelo que fui salvo.
Não estou na sarjeta porque herdei uma fazenda de gado.
Os bois me recriam.
Agora eu sou tão ocaso!
Estou na categoria de sofrer do moral porque só faço
coisas inúteis.
No meu morrer tem uma dor de árvore.

Manoel de Barros
BARROS, M. Poesia Completa. São Paulo: Leya, 2011.

Saudade tem retrato
tem cheiro
tem sabor

Tem lembrança
do abraço
do beijo
do papo
de tudo que tem valor

Saudade também
aperta
dói

É vontade
de voltar no tempo
e resolver logo
esse sentimento
Chamado Amor.

Vejo no corredor mais um retrato distorcido "Então éisso o que você vê?"
As famílias são destruídas por deuses de olhos negros que tomam o seu corpo como o ar frio que passa para os seus pulmões e retorna quente.
Me perdoe! "PERDOAR?"
O que eu fiz pra sujar minhas mãos de vermelho?
Não.
Eu não...Pequei.

Desenhada pelo Criador

Eu fecho os meus olhos
E vejo o teu retrato,
Gravado no meu coração.

Contemplo a beleza de tua face
Adornada em meio aos teus cabelos,
Lindos e sedosos fios dourados,
Reluzem como o mais fino ouro apurado,
E suavemente discorrem em teu lindo rosto.

Olho para tua pele clara,
Tão meiga... suave e macia,
Que mais parece um tapete de rosas brancas.

Admiro teus olhos... como são lindos...
Altivo, belos e reluzentes,
De olhar profundo e envolvente.

Vejo o encanto de teus lábios
Grandes e formosos.
De uma ponta a outra
É uma simetria perfeita,
Mui desejável e sedutor.

Encanta-me esse teu queixinho lindo
Que dá o majestoso contorno da tua beleza.

Por fim...
Quando fecho os meus olhos,
Vejo a perfeição e o carinho
Com que foste desenhada pelo Criador,
Eu vejo meu amor por você.

Edney Valentim Araújo

RETRATO ANTIGO

Quem é esta, amarelada
com este olhar distante
que me olha camarada
pra minha saudade dante?

© Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
Setembro de 2017
Cerrado goiano
Paráfrase Helena Kolody

o tempo

ah... o tempo, insensível e ingrato, ao passar
ao ver na parede um retrato, e recordar,
alguns anos atrás,
ver você junto aos seus pais,
felizes de graça,
com abraços e sorrisos em uma praça,
lembranças boas em fim,
mostra-nos que o tempo, nem sempre e ruim,
com o tempo, um namoro de momento,
se transforma em casamento,
e duas famílias viram uma, simplesmente,
com o tempo, se cura até um doente,
ou chega ao fim um grande flagelo,
com o tempo, pode até se fazer um castelo,
com o tempo, também se faz bons amigos,
com o tempo virá as tristezas, más também muitos sorrisos,
com o tempo, aprendemos que e caindo que se levanta,
que até mesmo uma sementinha, com o tempo vira planta,
percebi então que o tempo, nos assusta e nos ensina,
que o próprio passar do tempo, talvez seja nossa sina.

Obsessão


Impertinente pensamento sua figura
Em vão procuro esquecê-la. E seu retrato
Há muito tempo o queimei com amargura
Pensando livrar-me desse *desiderato

A alucinada visão de sua silhueta
Em minha mente é constante, interminável
Parece ter o poder monstruoso do capeta
Sua figura a todo instante é infindável

Ah! Certamente devo estar a delirar
Ou talvez no limite das *assimetrias
Que na verdade, não sei onde albergar

E nada no mundo preenche este vazio
Que gravou na mente sua fisionomia
Cuja obsessão, mais parecer um desvario !

• Aquilo que se deseja; que se aspira
** fig. Desarmonias de certas funções

São Paulo, 18/02/2013
Armando A. C. Garcia

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