Poema Quase de Pablo Neruda
Poema
O poema é um segredo
de irrestrito acesso...
Mas,
só o poeta sabe
quem lhe inspirou
os versos.
No encontro com o alvorecer,
vestido de lua e sol,
um poema brotou da terra
em forma de rosa amarela...
Paulicéia Paulista
Paulicéia Desvairada Paulista
Nossa Avenida
Nosso poema
Nosso andar
Nosso pomar
Nosso quintal
Nosso varal
Quantas pegadas já foram pisadas?
Quantas rodas já foram rodadas?
Quantas luzes já foram apagadas?
A Avenida que corta o Brasil
Que corta corações
Que corta emoções
Que inspira canções
Já me disse outrora uma vez
Um velho sábio japonês
A Paulista é uma grande pista
Uma pista de dança
Pista de música
Pista de arte
Pista de protesto
Pista de chegada
Pista de partida
Nesta pista que muito pisei
Eu vejo uma luz que beira o infinito
Que leva além
Que preenche a cidade
Que brilha aquém
Ela é Bela Cintra, Augusta,
Frei Caneca, João Manuel, Rocha Azevedo
Ela é Pamplona, Alameda Campinas,
Eugênio de Lima, Brigadeiro Luís,
Maria Figueiredo, Leôncio de Carvalho.
Com a Treze de Maio, ela se despede com Rosas, para se tornar maior
Se tornar Bernardinho e Paraíso
Paraíso que é
Paraíso que é para a rota que vai
Me tornar Paulicéia Paulista
A São Paulo do Paulista
A Paulista de São Paulo.
Há um vazio na minha alma,
um poema que não existe,
uma dor que não se acalma,
um amor que não resiste.
Sinto-me perdido nessa espera,
nessa tarde de sábado sem fim,
aguardando o ser que me completa,
aquele que me faz sentir assim.
As horas passam lentamente,
o sol se põe no horizonte,
a brisa suave sopra docemente,
e eu ainda espero por esse encontro.
Meus pensamentos vagueiam sem rumo,
e sinto cada vez mais a solidão,
mas então, um sorriso ilumina meu mundo,
e finalmente, o meu amor chegou.
A tarde de sábado nunca mais será a mesma,
pois agora ao lado do meu bem querer,
o sol brilha com mais intensidade,
e meu coração volta a florescer.
Esse poema que antes não existia,
agora se transformou em uma bela canção,
que ecoa em nossa união,
e o amor nos guia em cada direção.
Requiem for Adílio Lopes
Adília e Adílio, ambos Lopes
oferecer-te um poema
em forma de livro
de receitas
cozer-te pão
para o coração
há tanta falta de pão
para o coração.
(Pedro Rodrigues de Menezes, Adílio Lopes XV)
Adília
e
Adílio
comem
pão
de ló
pelos pés
Lopes.
(Pedro Rodrigues de Menezes, Adílio Lopes, XVI)
imagino-te
como vieste
ao mundo
de pano do pó
na mão
e sem mais nada
por cima
por baixo
mas cheia
de coração.
(Pedro Rodrigues de Menezes, Adílio Lopes, XVII)
Herberto Helder
convida
Adília Lopes
para jantar
duas solidões
uma doméstica
não domesticada
outro uma artéria
sem pressão arterial
ponto de interrupção.
(Pedro Rodrigues de Menezes, Adílio Lopes, XVIII)
o teu cabelo
Adília
o teu cabelo
Adília
é uma rosa
de ventos
ventania
poesia.
(Pedro Rodrigues de Menezes, Adílio Lopes XIX)
os capítulos
capitulam
esta história
no fim triste
cumpriu o destino
de Adílio Lopes
morreu nos braços
de Adília Lopes
no dia em que se conheceram
consta que morreram
Adílio Lopes
os gatos
e só sobreviveu
Adília Lopes
e as suas baratas
mas sobre os gatos
assassinos
que esgatanharam
(não confundir com esgadanhar)
o corpo de Adílio Lopes
ninguém escreveu.
(Pedro Rodrigues de Menezes, Adílio Lopes, XX)
Nota: termina a história de Adília e Adílio, ambos Lopes.
Poema para Valesca
Para vir homenagear
Esses versos encomendei
E deixar como legado
A linda mulher que encontrei
Desde filha dedicada
E mãe sempre presente
Profissional bem respeitada
Amiga de tanta gente
Estes versos vão falar
De alguém de competência
Que vive no movimento
Respeitando a própria essência
Em toques e alinhamentos
Despertando sentimentos
Estando sempre a remar
No balanço das águas
Ou no ritmo de esticar
Alongando músculos, treinando corpos
Aliviando dores, salvando vidas
Valesca nos envolve
Afaga almas, nos dá calma
Porto seguro, nessa ilha veio aportar
E a natureza contemplar
Muitos vivas para você
Nesta data e sempre mais
Poema:
Transeunte na estrada.
"Transcorrida a estrada
Que te deixara sem chão,
Sobram lembranças sublimes
Da lograda transposição.
Quando as dores de outrora,
Demasiadas vívidas,
Tornam-se meras histórias
De estações sofridas.
Quando o inquirir absorto,
De angústias vertigem,
Ventem-se no sonido incalto
De adobas que infringem.
Transpassado a tormenta
Do arquejar sombrio,
Sobram somente esperança
Do ulterior brio." A resposta tristeza,
O calar relutante;
Cambia a nota lúgubre
Em fervor radiante.
O Chorar é lutar;
O Errar é crescer;
O tombar vacilante, sem esmorecer,
É canção retumbante de quem sabe viver.
"A abóbada celeste contém todo o destino da humanidade. Basta poder ler esse poema maravilhoso.
Há algum ensinamento mais belo que o do zodíaco, o único livro que o homem não conseguiu destruir?"
Um Poema em movimento
Os dois apaixonados, naquele jeitinho manso.
Bem grudados, grudadinhos, naquele balanço.
Abraço Vai...
...Abraço Vem
Naquele abraço apertado
Os dois com jeitinho maroto.
Pois não é que o balanço começou a ficar T
O
R
T
O.
E de tão apaixonados
Casaram-se em fim.
Mas o namoro no balanço
parecia nunca ter fimmmmmmmmmmmmmmmmmmmmm....
POEMA DA SOLIDÃO
Serei tão secreta
como o tecido da água
e tão leve
e tão através de mim deixando passar
toda a paisagem
e todo o alheio pecado
do gesto, da presença ou da palavra
que logo que a tua mão me prenda
me não acharás:
serei de água
PLEONASMO DO POEMA-POESIA
O Poema é uma centelha
Concomitantemente
Conclamada e errática.
O Poema é a equação
Que habita o cérebro
Da nossa dualidade:
Pavimenta a alameda da emoção e da racionalidade.
O Poema é uma enigmática areia movediça:
Rebenta prenhe ou órfão de um intento
E trilha vias do alcácer das viroses dos abstratos, concretos tormentos
(sejam os frívolos dissabores, seja a dantesca
luminescência da bruma do quase aniquilamento),
Antes de se transmudar em monumento
Á Lógica, ao tornado dos vulcânicos sentimentos
Ou ao maremoto dos libertários devaneios.
O Poema é a aquarela
De um premeditado
Ou inesperado Estalo:
Nasce no córtex,
Navegando pelo
Oceano de teias e correntes da mente
Para, em seguida, desaguar sobre
O espaço vazio como palavra:
Quer Verso insalubre, amarelo, hospitalar, alegria flagelada;
Quer jucunda ventania, Poesia em estado de Graça!
JESSÉ BARBOSA DE OLIVEIRA
FAÇO-TE UM POEMA
Sá de Freitas
Sandra Mello eis aí o meu poema,
É um soneto à mais linda flor dourada,
Que me torna essa página encantada,
Com perfumes de rosa e de alfazema.
És a jóia Sandrinha, rara e pura,
Que brilha entre as estrelas, na poesia,
Pois teu sorriso é uma fonte de alegria,
Que enche a nossa alma de ternura.
És bela, és simpática e atraente,
És amiga leal que docemente,
Fazes do coração o nosso abrigo.
Rogo a Deus que o tempo não consiga,
Fazer deixar-te de ser minha amiga,
Pois quero ser o teu eterno amigo.
21/10/13
Poema: Criança
Infantilidade a minha, em querer-te toda hora
E mesmo distante, buscar estar o mais próximo possível
Pois feliz fico ao ver a imensidão da aurora
Que quase sempre, muito embora clareia o meu dia intransponível (insuperável)
Infantilidade a minha, em deixar-me tão exposto
ocioso, impotente, dependente de você
em sentir-me incompleto
Quando fico inquieto, se não toco os lábios nos teus
Infantilidade a minha em imaginar-te ao meu lado
Pois me sinto acarinhado, quando ouço a sua voz
Infantilidade a minha em pensar tanto assim
Em você, em mim.
Enfim... Em nós.
POEMA TRISTE. (Autor: Henrique R. de Oliveira).
Ondas em rochedos.
Canção do mar.
Brisa no rosto a acariciar.
Por que de todo peso.
A leveza ao avistar.
O mar, o céu, um beijo.
E o horizonte o encontrar.
Expirar, botar pra fora.
Deixar o ar sustentar.
Repentino vento sopra.
E os problemas a dissipar.
Num vai e vem incessante.
Uma onda grande a formar.
Forte, bate no rochedo.
Formando gotas no ar.
Só pra me banhar.
Pra me lavar.
E a natureza me curando.
Sabendo o meu necessitar.
As pedras sem arestas que avisto.
Polidas pelo oceano num confrontar.
Eram pontiagudas, com cantos vivos.
Mas se sucumbiram e vivem a se moldar.
Pela persistência do mar, a força do mar
No meu observar.
Eu na pedra sozinho.
E os sinais da paisagem a me ensinar.
UM POEMA SEM QUERER
As mãos inertes,
a folha em branco é o retrato da mente e nada.
O papel nu, sem vestes
num pudor sem palavras.
A mente quieta, no escuro vagam,
frases repentinas e embaralhadas.
Breve, indecifrável a utopia me cala,
sem inspiração das poesia apagadas.
Na epiderme fria, outrora cálida.
Um poema sem querer
ameniza a tentativa árdua
de resgatar estrofes naufragadas.
Este poema, seu poema
Este poema
Na verdade foste tu a autora
Eu sei,
Não te lembras do dia nem da hora
Mas foste tu
Quem escreveu este poema
O que fiz
Se é que algo fiz
Foi desenhar em palavras
Cada gesto seu
Adicionei beijos e juras
E este poema nasceu
Este poema é todo seu.
Poema para Mondlane
Na terra onde nasci há um só arquitecto
E esse poema é prova da sua existência
Quando escrevo, é com liberdade
Com que ele me libertou
Quando amo
É com amor que ao povo amou
Esse arquitecto és tu, ponte da unidade
Nacional
Tu, imortal Mondlane
Fundador da Frente de Libertação de Moçambique
Orgulho de Mocuba, Nagande e filho de Moçambique
Tu, gigante a sonhar, rua da liberdade
Onde os Moçambicanos fazem ninho.
Este poema
Este poema é meu
De tão simples que é
Só podia ser meu
Adicionei o La e o Guna
É por isso que este poema
De ninguém mais pode ser
Senão de Laguna
Sim! Laguna sou eu
Sou eu laguna
Tão virgem na poesia
Que este poema de ninguém mais seria
Senão da minha própria autoria
Se não o julgo melhor
Também não o tomo por pior
Pois, apesar de serem versos simples
O fiz por amor.
✨ Às vezes, tudo que precisamos é de uma frase certa, no momento certo.
Receba no seu WhatsApp mensagens diárias para nutrir sua mente e fortalecer sua jornada de transformação.
Entrar no canal do Whatsapp