Poema Prima para Prima
Sejamos livres das palavras que fere
Da angústia que chega
Da maldade que assombra
Da ilusão que engana
Do cansaço que esgota
Da mentira que confunde
Da desafeto que afasta
Do orgulho que separa
Da mágoa que adoece.
Hoje sinto nos meus ombros o peso de todas as minhas escolhas.
É difícil ser sozinha
É difícil resolver tudo sozinha.
Sinto que minha força já não é a mesma de antes,
Sinto que meu corpo já não tem tanto vigor como eu gostaria.
A vontade que sinto as vezes é de deitar e esperar a exaustão passar.
A POESIA
Dentre todas as artes
Ciências e tecnologia
Aprecio a Matemática
Gosto muito da Filosofia
Valorizo a Medicina
E a beleza da Biologia
Mas elevo a Literatura
E dentro dela a Poesia.
Poesias sobre o amor
Paixões, ódio e avareza
Não importa o tema
A rima traz a beleza
Amo muito as que falam
Da felicidade e tristeza.
E dessa linda ciência
Surgiram grandes cientistas
Poetas do mundo inteiro
Verdadeiros artistas
Doutores do verso e da rima
Célebres repentistas.
E foi na Literatura
Que Deus nos presenteou
Com o grande Quintana
Que a poesia amou
Escreveu muitas coisas lindas
Que o tempo nunca levou
E encheu de alegria
A terra que ele morou.
E teve muitos e muitos outros
Poetas e escritores
Que merecem destaque
Por falar dos amores
Mestres da Literatura
Na rima foram doutores.
Mas para encerrar os versos
Eis que surge a verdade
Se querem entender o amor
A tristeza e a felicidade
Façam como eu
Lhes conto com humildade
Recorro a poesia
Aprendo com a saudade.
Com licença poética
Quando nasci um anjo barroco,
desses rechonchudos, disse:
- ide e seja devaneador e louco
trovador, saia da mesmice.
Aceito está sorte, tampouco,
serei neste fado só sandice,
terei, também, a imaginação.
Não sou tão eu de maluquice
que venha sem a razão.
Acho o cerrado uma beleza
ora sim, ora não, darei adeus ao sertão.
Mas o que sinto, e que seja pureza
ponho a inundar o meu coração.
Dor tenho não. Só leveza!
Se choro ou lamento é de emoção.
Cumpro a sina!
Já a inspiração a levo aonde vou.
Se é maldição, eu, ave de rapina.
Poeta é fingidor. Eu sou.
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Setembro, 29, 2018
Cerrado goiano
Paráfrase.
UM NINHO
Em um velho tronco seco
Encontrei um ninho abandonado com apenas um ovo
Tão pequenino
Tão solitário
Um ovo que não se quebrou de dentro para fora
Guardou em si um passarinho que nunca voou
Pensei aonde estariam todos os outros
Talvez por aí visitando telhados
Construindo novos ninhos
Fazendo música em nossas manhãs
E ovo solitário do ninho abandonado?
Ah! Esse teve sua missão
Bem diferente dos seus irmãos
Me ensinou que para ter vida
Que para voar
É preciso se quebrar
De dentro para fora.
Você já teve aquela sensação?
De borboletas no estômago, calafrios e confusões oportunas a todo momento.
O sentimento da vontade,
do prazer,
da ânsia.
Quando me vêm a cabeça o único pensamento que ecoa
é a dúvida,
que arranha as paredes de minha mente com medo e incerteza.
Sei que conheço os dois sentimentos,
porém minha mente não me permite cair nas calúnias do coração.
O que a mente me pede é vazio e consciente.
O que o coração me pede é repleto de fantasias e paixão.
Qual aceitar?
Qual aspecto enxergar?
Seu rosto tímido e juvenil,
floresce ao meu toque.
Menino da pele rosada,
e de beijos cálidos que requentam meu coração de dores passadas.
Febre ,
miopia quanto a razão,
do mundo estamos distantes.
Isolamento total.
Afinal,
pego-me preso as correntes do tabuleiro do seu coração.
Deitado Numa Nuvem
Edson Cerqueira Felix
08/02/2019 13:03
Para a Amiga Lídia
Voei com os ventos do céu
O seu desprezo foi sim, algo tão cruel
Eu só queria um pouco
Não, na verdade não
Eu queria era todo teu mel
E foi você que me levou ao céu
Estou no lago da consciência que me assola
No compasso de um barquinho de papel
Na ansiedade de criança apaixonada
Na bagunça de um quarto sem ninguém...
Transforma;
Tuga...
Outrora grande, outrora guerreiro
acatas o hoje dentro deste vespeiro
ja nao forjas lanças, nem sabes usá-las
Tuga...
Vencias nos mares, agora só falas
largas-te a conquista,hoje és pequeno
que é feito de ti nobre europeu.....
descobris-te o mundo pra nada ser teu
Impõe-te aos crápulas, luta por mais
que é feito do orgulho que herdas-te dos pais?
Tuga...
Moras à sombra, engoles o ódio...
mas sonhas que és grande, que vives no pódio
Levantai de novo, assim o dizia
era cego de um olho mas ele já via....
pena que afinal agora só sofres
naçao tao valente ficou pelas estrofes
Muda as cores que ofuscam o génio
reclama o direito de teres o prémio
levanta-te e anda, mantem o carisma
escolhe uma côr que nao esteja no prisma
Tuga...
Mostra a raça derruba o sistema
de Taliao, se quer essa pena
retoma ás armas e com o teu jeito.....
reclama a medalha e usa-a ao peito!
Carlos Esteves
Minha comida preferida
Tem o sabor de saudade
Minha rosa mais bonita
Tem o cheiro de saudade
Saudade e mais saudade
Saudades de um beija-flor
A quem chamei de MÃE
MINHA BELA, MEU AMOR!
O microfone amanheceu vazio
O taxista não ligou o rádio aquele dia
O caminhoneiro, o motorista que levava
O patrão no trabalho...
O rapaz com o fone de ouvido
dentro do metrô...
Ninguém, absolutamente, ninguém
ligou o rádio aquele dia...
O Brasil perdeu a voz...
A notícia tinha caído do ar...
Leandro Flores
11 de fevereiro de 2019
(em homenagem ao grande jornalista Ricardo Boechat)
Hoje eu volto, em meio ao caos
Cada vez mais louco e perdido
Tentando mas, sem saber do que é preciso
Escrevendo pra espantar tudo isso
Sem vontade e com muito medo do abismo
Medo de tudo, pavor do futuro
Talvez eu precise, precise...de algo?
Talvez não tenha tempo pra ti
Talvez não te queria pra mim
Talvez não lembre
Talvez nem quero
Mas mesmo assim
Te quebro e te lembro
Faço pra mim, faço por mim
Você é meu, pro meu próprio bem!
Fale com todo mundo
Não se importe comigo
Me deixe aqui sozinho
Curta seus amigos
Porque eu sou só mais um
Nosso tempo é finito
Quem realmente vale
Você mostra
Quem sou eu
Na sua novela?
Porque um figurante
Não tem nem fala!
É divertido zuar assim
Os de verdade
Estão aí
Contigo agora
Em todo lugar
E o figurante, não vai nem falar!
Já marinhei
Já marinhei minha inocência, sonhos e metáforas.
Já marinhei amores, abandonos e desamores.Já marinhei escolhas, estudos e trabalho.Já marinhei ideologia, filosofia e religiões.
Já marinhei o meu destino de gado, escravo e de legado. Já marinhei indo e cá e vindo de lá, por muitos mares eu já marinhei. Já marinhei até as partidas dos vivos e as chegadas dos mortos. Já marinhei minha dor e a da dor meus sentimentos, marinhei.
Já marinhei a pedra que esculpe a água e as ondas que esculpem o mar. Já marinhei a saudade que nasce aqui e a que vem de lá. Já marinhei da terra meu mar. Já marinhei sem saber marinhar.
Hoje é o mar quem me navega. É ele quem me ensina a marinhar. E nessa prece, marinheiro na morte reza olhando o mar.
Deixa-me aqui. Nasci para ser assim: sozinho no mar que habita em mim. Pois quando não sou eu quem me navega, é Capitão Pedro. E neste marejo, o Caboclo Tupinambá, que na terra em uma aldeia, me trouxe o mar.
Escuta
Edson Cerqueira Felix
16/02/2019 15:27
Queria eu que tudo fosse diferente
Que o amor não estivesse ausente
Que ausente não ficasse
Que só a voz do coração falasse
E que os gestos das pessoas
Os demonstrasse
E com voz alta, falasse
Aware
Não sei como explicar,
E talvez nem preciso,
Todos podem ver isso.
Meus olhos brilham ao te encontrar.
E nem de longe consigo disfarçar.
Que toda tarde te espero
Que em cada abraço eu te quero
Mais e mais e sinto o tempo parar.
Me atraso pra te esperar
Crio mil pretextos: café, pastel, gatos...
Só pra te ver chegar.
E para estar sempre contigo,
Te transformei em poema
E pra aonde eu for te levarei comigo.
✨ Às vezes, tudo que precisamos é de uma frase certa, no momento certo.
Receba no seu WhatsApp mensagens diárias para nutrir sua mente e fortalecer sua jornada de transformação.
Entrar no canal do Whatsapp