Poema por que o Macaco Nao Olha seu Rabo

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⁠Garota dos Cabelos de Avelã

Gosto de te admirar. Passaria horas a fio contemplando cada detalhe do teu corpo, mesmo que estejas de costas para mim. Cada fio do teu cabelo longo e ondulado prende meu olhar, hipnotizando-me com sua dança silenciosa ao menor sopro de vento. Os tons se misturam em uma harmonia fascinante: do castanho claro reluzente ao castanho escuro profundo, cor de café, até alcançar as pontas, onde se transmutam em um dourado brilhante, como raios de sol ao entardecer.

Gosto de te ver sorrir—teu sorriso tem o poder de apaziguar até a mais feroz batalha. E teus olhos… ah, teus olhos castanhos! São doces como chocolate e intensos como o sol abrasador do verão. Há algo neles que me prende, que me envolve, que me faz perder a noção do tempo.

Gosto de te olhar assim, sem pressa, sem justificativas. Apenas porque é impossível desviar os olhos de ti.

Inserida por marcoantonio04

⁠" PENAR "

Pois é! Colhemos nós da decisão
os frutos, muitas vezes, prematuro,
do que devia ser outro futuro
se déssemos, por voz, o coração!

Mas não! Teimamos nós seguir no escuro,
palpar o que parece-nos paixão
pra descobrir, depois, que era ilusão
e que só nos sobrou temor e apuro.

Porquê fazemos isso como amor
tornando-o sofrer, penar e dor,
se o que se quer é tão somente amar?

Colhemos, pois, da decisão errada,
o fruto de uma vida condenada
aos mais dorido e insano, em nós, penar!

⁠" FICAR "

Será que estamos, nós, na estrada certa
dispostos a seguir a caminhada
que deu-nos, o destino, por jornada
ao nos deixar, do amor, a porta aberta?

Às vezes vejo que ela está tomada
por uma sina sem destino, incerta,
por outras, que ela fez-se por deserta
sem ter uma, sequer, alma penada.

Erramos nós alguma das saídas
pra termos, hoje, chagas e feridas
no que devia ser felicidade?

Será que a estrada é essa, de verdade?
Me diga, por favor… Por caridade…
Não tenho, em cá ficar, sequer vontade!

⁠" DEVO? "

Eu sei que essa proposta de paixão
tem lado bom, mas tem malícia, enfim!
Me ponho sem saber se eu digo sim
ou se é melhor, de cara, dizer não!...

O papo é meio brega, ruim, chinfrim,
e aponta um ego enorme, confusão,
que indica uma armadilha à ilusão
e pode dar dor-de-cabeça ao fim.

Porém, quem me propõe tem lá beleza,
um pé no luxo incauto da nobreza
e há grana na jogada a meu favor…

Sei lá se digo não, se sim… Que foda!
O romantismo, eu sei, caiu de moda
mas devo dar-me a tal sem ter amor?

⁠" ARTEIRA "

Sapeca, brincalhona, bruxa, arteira,
foi sempre uma mistura inesperada
que a faz ser acolhida, aceita, amada
sem que se ponha, a tal, qualquer barreira!

É dama na alegria acostumada!
Com ela, o sério é pura brincadeira
e o riso é a sua forma costumeira
de se ir levando a vida nessa estrada.

É facil apaixonar-se por seu jeito
maroto, leve, dócil, de respeito,
e com seu toque mágico e festeiro…

Tá afim? Entre na fila, dada a chance,
mas acho não estar ao teu alcance
já visto que, eu aqui, sou o primeiro!

⁠" ACABOU "

Foi lá nos tempos postos na elegância
que fez-se forte a mágica do amor
e colocou o mundo ao seu dispor
ao exalar sutil a sua fragrância!

Mudou tudo o que havia a se compor
em nova e inexorável substância
e o cosmo lhe acolheu sem relutância
qual se o feitiço desse-lhe vigor.

Tudo era romantismo, efervescência,
paixão voraz coberta de inocência
num sonho de perfeita sociedade…

A mágica acabou! Perdeu o efeito
e tudo se esvaiu qual se desfeito
o amor um dia exposto à sua vontade!

⁠" ACEITO "

Talvez, num outro tempo desta vida,
num paralelo cósmico formado
ou num lugar qualquer imaginado
eu seja uma alma pura, sã, despida!...

E pode ser que, então, elaborado,
o meu caminho, sem qualquer subida,
sem morros, sem ladeira a ser vencida,
se cruze outra vez mais, ao teu, centrado.

Quem sabe, sim, me vejas com paixão,
com outro olhar me dado, ali, que não
me exclua do viver te oferecido?!…

Num outro tempo, em paralelo feito,
eu seja, finalmente, então, aceito
no amor que foi tão bom termos vivido!

⁠" APÓS "

Estamos nós, aqui, só de passagem?
Seria, a vida, curta e passageira
que simplesmente corre a mil, ligeira,
pra se findar, após, a sua mensagem?

Teria algum sentido esta besteira
de que se acabará toda a viagem
e nós nos findaremos nesta aragem
sem ter levado nada ao fim da feira?

Seríamos tão breves pensamentos
que um dia passariam, como os ventos,
sem que algo mais nos fosse destinado?

Olhai pra cruz! Nos parecia o fim…
Mas algo mais havia após, enfim,
e o Filho ao Pai voltou, ressuscitado!

⁠" SER PAR "

Melhor ser par, com todo o burburinho
das críticas vorazes, sem noção,
dos erros detestáveis de opinião,
do que seguir a estrada, aqui, sozinho!

Se há preconceitos vindo em contramão,
eis que o problema posto em desalinho
é só de quem provar, quer, deste vinho
que só provoca o caos no coração.

O amor quebra barreiras, isto é certo,
e encara o mundo inteiro, a peito aberto,
sem medo do que digam ou que pensam…

Com todo burburinho, bom ser par,
fazer, de uma paixão, seu terno lar
e desfrutar, do amor, tudo o que é benção!

⁠" BONECA "

Vendeste a imagem tua de boneca
disposta a, assim, brincar, sem ter maldade
e quis quem te levassem, na cidade,
a festas, baile, boate e discoteca!

Tratada foi, portanto, é bem verdade,
qual fosse esse brinquedo, por sapeca!
Mas viram-te qual se fosses peteca
a ser lançada, a tapas, sem bondade.

Boneca, ora de louça, ora de pano,
não ponderaste qual seria o dano
de expor-te desse jeito em tua paixão…

Brincaram, pois, contigo, esse teu lance
sem darem, para o amor, sequer a chance
de te fazer feliz o coração!...

⁠" PERCA TOTAL "

Sei que avancei, sem ver, o teu sinal
e quase colidimos na avenida
sem que nos fosse a sina pretendida
mais algo que se fez, lá, por casual.

Não houve dano algum nessa investida;
só me marcaste, um pouco, a lateral
e me encantastes com teu bom astral
de moça bela e, enfim, de bem co'a vida.

Foi pouco o dano ao carro. Já a paixão
que se instalou, sem dó, no coração
me deu perca total e, eu, sem seguro…

Da próxima, acelero e vou com tudo
beijar o lábio teu, doce, carnudo,
e te tomar pra mim de vez. Te juro!

⁠FOME ANCESTRAL

Minha filha
Quer comer a vida.
Leva à boca o biscoito,
E o dedo do pai,
Em seguida.

Inserida por JCassais

⁠" CALÇADA "

Meu canto predileto era a calçada!
A prosa era espontânea e verdadeira
e a gente se sentava ali, na beira,
nos divertindo até de madrugada!

O riso, a gargalhada, a brincadeira,
algum romance em forma inesperada
surgindo na calçada iluminada
já era-nos história costumeira.

A vida era mais calma na sarjeta
e, o sonho, era-nos paga (e com gorjeta)
a nos abençoar a juventude…

Era, a calçada, o meu lugar de amor
por entre amigos, mocidade em flor
desabrochando a vida em plenitude!

⁠Às vezes, tudo o que eu quero
é a calma simples da natureza,
longe do tempo que corre severo,
perto da vida em sua pureza.

Um entardecer de luz dourada,
o vento a dançar sobre a palha,
ao lado, uma mãe recém-chegada,
seus olhos de amor, sua cria que falha.

Existe no mundo algo mais belo
do que o milagre de um nascimento?
Longe do ruído, do aço e do flagelo,
somente a terra e seu firmamento.

Ali repouso, alma serena,
no abraço quente da imensidão,
onde a vida, singela e plena,
bate suave no meu coração.

Inserida por marcoantonio04

⁠Chegou abril, então vamos lá,
nos abrir, falar.
Abrir os olhos,
brilhar o olhar.
Os ouvidos,
escutar.
Abrir espaço,
Respeitar.
Abrir os braços,
lacear.
Abrir um vinho,
conversar.
Abrir as mãos
Acarinhar.
Abrir a boca,
Beijar
E a cabeça
Pra pensar
E todos ninhos, luzes, passarinhos
Abrindo todos os caminhos!

Inserida por Adrianacarvalhoadam

⁠Liberdade de Amar

Hoje, venci a batalha contra mim mesmo,
rompi as correntes do medo e do silêncio.
Cansei de fingir, de esconder, de sufocar
o grito que ecoa em meu peito há tanto tempo.

Eu te amo, Yanet, sem medidas, sem prisões,
te amei no ontem, te amo no agora,
e seguirei te amando, como o vento ama o mar,
como a lua abraça a noite sem demora.

Mas hoje, mais que a ti, amei a mim,
fiz as pazes com meu próprio coração.
Deixei-o livre, sem medo, sem fim,
para amar-te perto, longe, em qualquer estação.

Hoje, quebrei os muros que me cercavam,
soltei as amarras, deixei-me voar.
Não sou refém do que me aprisionava,
sou dono do amor que escolho ofertar.

Inserida por marcoantonio04

⁠" INFINITO "

Já podes, tu, sem medo, olhar pra trás
e constatar que, enfim, venceste a estrada
após os anos teus de caminhada
perseverados com vigor audaz!

Vitória te recebe, enfim! Mais nada!
Não se fará, do evento, show, cartaz,
nem coisa alguma a mais que isto te traz
pois que ela é, tão só, tua na jornada.

Receba-a com orgulho! É teu laurel!
Não te dará direito a inferno ou céu
pois isso é com a fé, como predito…

Vencestes o caminho! E isto é só.
Não te terão inveja ou mesmo dó!
Agora só te aguarda o que infinito!

⁠" ENREDO "

Contaram minha história: dor, paixão,
acertos, desacertos, a alegria
expressa num sorriso, todo dia,
os ganhos, minhas perdas de montão!

Disseram que a lembrança me feria,
que as coisas do passado meu, então,
marcaram por demais meu coração
se não, penar igual, não sofreria.

Que a morte dos amores meus partidos
levaram, sim, também, os meus sentidos
e nunca mais fui terno como outrora…

Mas, quem ousou viver meus passos dados
e ter, ao fim, melhores resultados?
Só eu conheço o enredo que, em mim, mora!

⁠" ENCRUZILHADA "

Me trouxe, o sonho, para a encruzilhada
que está diante de mim sem compaixão
já visto não mostrar-me a direção,
perigos, prêmios, sorte… Não diz nada!

Que rumo dar às coisas da paixão
se tudo foi ficando pela estrada
e a decisão que agora for tomada
dará consolo (ou não) pro coração?!

Seguir pra onde, pois? Qual o caminho
há de me garantir amor, carinho,
e me dará repouso à alma perdida?...

Aos pés da encruzilhada estou agora
sem ter a direção pra ir-me embora
de encontro ao grande amor da minha vida!

⁠⁠POLIMENTO DO SER
Na jornada da vida, um ser a nascer, como pedra bruta, sem brilho a se ver.
Mas o tempo e a vida com seu cinzel, vai esculpindo a alma, fiel.
As dores e alegrias a lapidar, com cada experiência, um novo lugar.
Os desafios são como o fogo a arder, forjam a essência a crescer.
E assim, a pedra bruta se transforma, em diamante lapidado, que encanta e ilumina.
A alma polida pela vida em ação, reflete a luz da transformação.
Cada faceta, um aprendizado a brilhar, cada cicatriz, uma história a contar.
O ser humano é uma obra em constante evolução, que busca beleza e perfeição.
Que a vida nos guie, com sabedoria e amor, para sermos um dia, diamantes reluzentes a cintilar, beleza do ser a irradiar.
E mesmo quando a noite esconde o céu, a esperança acende um novo anel, pois dentro de nós, a força se esconde, e em cada amanhecer, um novo elo se expande.
Assim seguimos, com passos firmes e serenos, aprendendo com os erros, colhendo os acenos.
A vida é um palco, onde somos atores, e cada ato, uma lição, um mar de sabores.
No "polimento do ser", a alma se revela, em cada detalhe, a vida se modela, com paciência e fé, a gente se encontra, e no espelho da alma, a beleza se apronta.
Que a jornada seja leve e a alma fique em paz, que a luz do amor nos conduza e jamais se desfaça, pois somos diamantes, em constante lapidação, buscando a beleza, a eterna canção.

Inserida por FabianaBarbosafb