Poema por que o Macaco Nao Olha seu Rabo
" PORTEIRA "
Espero, na porteira desta vida,
o meu destino de antemão traçado
que logo há de chegar-me, abençoado,
conforme a escrita já me prometida!
Vou me alegrando dele no traçado
pois que o avisto vindo na medida
me despontando aurora em paz, florida,
a perfumar de amor o meu roçado.
Assim, de mim, mais perto a cada instante
me traz felicidade em seu semblante
e novos horizontes na bagagem…
Da vida, na porteira, espero vindo
o meu destino de um prazer infindo
chegando a me ofertar nova paisagem!
" DEIXO "
Quando um olhar me corta, assim, ao meio
e me reduz ao pó, sem compaixão,
eu deixo-me levar pela ilusão
de que é o amor que, cortejar-me, veio!
Permito que me dispa ali, então,
que me descubra, livre, sem receio,
e que se manifeste num floreio
me arrebatando, ao fim, o coração.
Talvez o olhar me engane, sorrateiro,
e se disfarce num tiro certeiro
apenas pra me ver sofrer o drama…
Me deixo, pois, levar pela magia
e faço-o se intrigar na fantasia
de como que será me ter na cama!!
" COMIGO "
Eu sei que é bem difícil conviver
comigo, no trajeto desta estrada,
e que te sentes, pois, desamparada,
sem rumos pra poder me compreender!
Já fostes, muito mais, melhor amada
por outros companheiros do viver
e não mais queres nem sequer saber
se irás comigo nesta caminhada.
Só não descreias de que, nesse andor,
eu te acolhi no meu mais puro amor
querendo ser-te amigo e companheiro…
Difícil conviver com quem eu sou,
então, a tua paixão, enfim, cansou…
Jogado fui na val de algum boeiro!...
" IMAGINÁRIO "
Eu busco, no prazer do imaginário,
o encontro de nós dois, a qualquer dia,
e vivo, ali, tão doce fantasia
mantendo o amor presente por cenário!
Vivemos, do desejo, essa magia
irreverente, de um querer diário,
sem restrições quaisquer! Pelo contrário:
em liberdade plena, audaz, bravia!
Te entregas como entrego-me: sem medo!
Deixamos que o prazer nos dite o enredo
e cumpra o seu destino nos traçado…
No imaginário, eu busco-te à vontade
porquanto esse querer me toma, invade,
e, ali, gozamos todo o amor arfado!
" A PRESA "
De sonhos, cá se vive… De ilusão,
de medos, de esperanças, de saudade,
te afetos, de querer, fraternidade,
do que se nutre e quer o coração!
Se vive de desejos, da maldade,
de arroubos, infundados, da paixão…
De gana, de vontades, de ambição
ou tudo o mais que der felicidade.
Assim, em vez de sermos, nós, pensantes
tornamo-nos foi seres, sim, amantes
que vivem do que amam nesta vida…
Se busca o que nos nutre todo anseio,
por birra, por loucura ou qualquer meio
até se ter a presa pretendida!
" ASSIM "
Por certo foi amor expresso, escrito,
notório em teu sorriso, ali, discreto…
Te despertou, para outro alguém, o afeto
e um sentimento nobre, enfim, bonito!
Não haveria, eu, posto em secreto,
de abençoar-te o amor, raro, infinito,
que liberou, de outra paixão, o grito
e pôs-te o pé em tão feliz trajeto?
Contente fico aqui de ver-te bem
quer mesmo que nos braços de outro alguém…
Completa-se, portanto, a nossa história…
É sempre assim, o amor! Tem seu momento
e aquece-nos em puro sentimento
pra que nos permaneça na memória!
" MELHOR IDADE "
Melhor idade? A que tu tens agora…
A que se vive com intensidade,
sem medos, sem receios, com vontade
sabendo que o prazer nos revigora!
Qualquer momento é de preciosidade
e, o instante, é que essa carne comemora
por todo esse querer que, dele, aflora
e que constrói, em nós, a eternidade.
Agora, é o tempo! Viva-o intensamente,
sem grilos, preconceitos, teus, da mente,
sem restrições vazias, sem pudor…
A tua melhor idade, em toda a vida,
a ser intensamente bem vivida,
é aquela em que viveres teu amor!
" SEM "
Foi longo o tempo sem de um terno abraço,
sem beijos, sem carinhos, sem paixão,
sem de outro corpo a fim de uma união
que, do viver, tirasse esse cansaço.
Sem compromisso… Alguém… Só solidão…
Sem parceria alguma pra um amasso,
nem coxas se buscando num enlaço
nem toques, nem carícias de outro, então…
Foi toda a eternidade sem amor,
sem vínculo qualquer, seja o que for,
nem sonhos, nem encontros… Sem razões…
Um tempo longo, eterno e infinito,
sem preces para o coração contrito,
sem, de qualquer promessa, as ilusões!
" LÁ VAI "
Lá vai o amor que sonho, livre, leve,
num caminhar seguro, em alegria,
e leva o meu olhar que lhe cobria
mas que, contar-lhe o fato, não se atreve!
Carrega sua paixão cruel, vadia,
que nunca acaba, morre e nem prescreve
fingindo que virá me ver, em breve,
como o querer em mim lhe fantasia.
Que mal pode fazer-me, então, sonhar
que um dia, assim, virá me visitar
pra, enfim, ficar de vez aqui comigo?...
Vai livre, leve, o amor que sonho, enfim,
passando lá distante, pois, de mim
sequer pensando em dar-me o seu abrigo!
" ESCOLTA "
Permites que viaje o pensamento
(vai se saber por onde), sem receio,
sem restrições quaisquer, assim, sem freio,
sem dar-lhe prazo ou leis para o momento!
Disfarças, pelas ruas, teu anseio,
teu medo que se perca o sentimento
ou que ele se transforme num lamento
por um qualquer, insano teu, falseio.
O lapso de tempo que isso omite
só faz com que, o temor, teu peito habite
e tira-te a visão do mundo a volta…
Que o pensamento vague, então, permites,
e sem dar, à razão, reais limites
nem vês que o amor, contigo ali, te escolta!
" TÁ FRIO? "
Eu sou do sol, do céu azul, calor,
da pele exposta ao bronze de verão
e ter, no corpo inteiro, a sensação
da liberdade entregue ao seu sabor!....
Sou eu por lenha seca na paixão
e combustível pronto para o ardor
que se fizer, por chama de um amor,
presente no teor da relação.
Aqueço a carne, o peito, em fiel carinho
chegando como a aurora, de mansinho,
num dia ensolarado sobre a areia…
Tá frio? Chegue mais perto e corra o risco
de se abrasar comigo em meu aprisco
e se embromar de amor na minha teia!
" VIDA PLENA "
Libertação: da morte para a vida!
É Páscoa a ser, pra sempre, festejada
e, assim, se ter a história recordada
na graça eterna aqui nos concedida!
Ao anjo, a morte a todos, ordenada
traria, por juízo sem medida,
condenação cruel ali estendida
onde a corrupção fôra instalada.
Mas um cordeiro a ser, pois, abatido
teria sangue, às portas, aspergido
trazendo o livramento e a salvação…
Se sai, assim, da morte obrigatória
pra vida plena, dada por vitória
ao se acolher o Cristo ao coração!
" Fiz "
De tudo eu fiz pra que valesse a pena
e, para tal, de muito eu abri mão
movido por amor e por paixão
na entrega verdadeiramente plena!...
Fiz como pude e como o coração,
sangrando tanto afeto nessa arena
imposta no querer que me condena,
mandou-me amar com tanta devoção.
Se hoje se difere a nossa estrada
e nem sequer te sintas mais amada
eu sei que, do que pesa, a culpa é minha...
Por condenado, fiz o meu destino
sabendo que serei qual peregrino
na solidão em que a alma em mim caminha!
" MATREIRO "
Ah! Esse olhar secreto, malicioso,
jogado em entrelinhas de suspense,
trocado só pra ver quem é que vence
o jogo do querer, tão delicioso…
Me dado em reticências, não convence
mas faz-se aberto ao que lhe é prazeroso
de um jeito esfomeado, assim, guloso,
de forma que não há quem lhe dispense.
Me atrevo a mergulhar na insinuação
de que me acolherás, e com paixão,
apenas pra provar qual o meu gosto…
Secreto, o teu olhar me diz matreiro,
do jeito teu, assim, tão costumeiro,
que me darás de ti no amor proposto!
" TRANSPARÊNCIA "
Me vens como te gosto: na evidência
de que darás do amor que te acompanha
e, sem pudor qualquer, chama, me assanha
me vindo na mais clara transparência!
Não há maldade alguma na barganha
pois que, desta paixão, temos vivência
e a mais completa e extensa experiência
de forma que a clareza, assim, nos ganha.
É transparente a alma, o olhar, a fome
que, de desejo intenso, nos consome,
a sede, a força intensa da atração…
Na transparência vens, sem véu, sem medo,
sem restrições em ser o meu brinquedo
pois que já tens nas mãos meu coração!
" GUERRA "
Por vezes é o amor quem pede guerra
e invade o território, mina o chão,
se põe como em tocaia, em prontidão,
e, de querer, a minha paz desterra!
Se impõe à mente, ardente de paixão
e, qualquer sensatez, lança por terra,
reluta, avança, espera a hora, enterra,
e nesse embate vai até a exaustão.
Me arrasta inconsequente nessa luta
buscando que eu desfrute da disputa
e traga, por espólio, o outro cativo…
E entre suspiros fartos e gemidos,
sem que os desejos fiquem reprimidos
o amor se faz cruel, forte, lascivo!...
" DISCUSSÃO "
Nem sempre tem confronto, discussão,
conversa franca e aberta sobre a mesa,
e o amor se vai aos poucos, sem defesa,
sem ter quem, de argumentos, lance mão!
Uma união já não se faz coesa,
firmada em ser eterna, a relação,
mas deixa a porta aberta a uma ilusão
de que é bobagem lucidez, franqueza…
Conversa não foi feita pra mostrar
quem pode mais! Sequer pra revelar
quem tem razão, mas como está o amor…
A discussão, por vez, é necessária
contudo não constroi, quando diária,
nem leva a nada o grito a bem do autor!
" EM COMPANHIA "
E vamos nós aqui bebendo a vida
em goles de tristeza e de alegria
sem ter qualquer noção de qual é o dia
da hora derradeira da partida!
Alguns dão tragos loucos de euforia
e alguns amargam dores sem medida,
mas todos têm a chance, já estendida,
de aqui viver conforme se queria.
Prefiro essa cachaça que é o amor
e o afogar das mágoas nesse andor
provido de amizades, de carinho…
Se eu vou beber a vida que é me dada
que seja em companhia me ofertada
que é bem melhor do que morrer sozinho!
" IN MY MIND "
Ainda és tu, presente ao pensamento,
a me agitar o amor a todo instante
qual se o viver não fosse-me o bastante
pra tão intenso e forte sentimento!
Aqui comigo, ainda presente, amante
e cúmplice de todo o meu tormento
já que, a paixão, tornou-se sofrimento
se te manténs ausente e tão distante.
Errei, eu sei… E não tive o perdão
que me traria a paz ao coração!
E tudo não me sai, enfim, da mente…
Presente em pensamento, aqui comigo,
concedes, para o amor, o teu abrigo
pra sermos um agora e eternamente?
" COBRA "
O que será que viu? O que é que pensa
pra ter essa postura expressa (ou não)
de quem traçou sua própria conclusão
enquanto que, a verdade em si, dispensa?
Só dá valor à própria conclusão
dizendo que a dos outros não compensa
e nem percebe ser, isso, uma ofensa
a quem diverge da sua opinião.
Traz crítica no olhar, assim, de graça
enquanto que em seu julgamento traça
o que seu ego exige por sentença…
Sei lá o que é que viu! É cobra atenta
que, com veneno à vista, se apresenta
sem ter fato ou verdade que a convença!
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