Poema por que o Macaco Nao Olha seu Rabo

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Talvez que o mal no universo não passe de uma censura que Deus faz a si próprio.

Quem tenta convencer uma multidão de que ela não está a ser tão bem governada como deveria ser, nunca deixará de ter ouvintes atentos e favoráveis.

Nós não ficamos a querer menos a quem conhece os nossos defeitos do que a nós próprios por sofremos deles.

Quando moços, contamos tantos amigos quantos conhecidos; porém maduros pela experiência, não achamos um homem de cuja probidade fiemos a execução do nosso testamento.

Vivemos com os nossos defeitos como com os odores do nosso corpo; não os percebemos, e só incomodam aqueles que vivem connosco.

A filosofia não é assim tão ruim. Infelizmente, é como a Rússia: cheia de pântanos e frequentemente invadida pelos alemães.

Não é colocando o dever em primeiro lugar e o êxito em segundo, que se eleva o padrão da virtude?

Economia: aquisição do barril de uísque de que não precisamos pelo preço da carne de vaca que não nos podemos dar ao luxo de comprar.

O mal é necessário. Da mesma forma que o bem, tem a sua nascente profunda na natureza, e um não poderia exaurir-se sem o outro.

Os funcionários públicos são os melhores maridos: Não apenas voltam cedo e descansados para casa como já leram o jornal.

Definem-nos o milagre: uma derrogação das leis da natureza. Não as conhecemos; como saberíamos que um fato as derroga?

Amas ou não uma mulher, mas não sabes porquê. Como hás-de poder saber a razão do bem e do mal?

Vergílio Ferreira
FERREIRA, V., Escrever, Bertrand, 2001

Um dos grandes segredos da sabedoria económica é saber aquilo que se não sabe.

O homem está cheio de intenções; não as conhece, mas elas constituem os impulsos secretos da sua ação.

Não é a ação que torna impuro o delinquente; é só o delinquente que torna impura a ação.

Muita gente há que não se arrepende verdadeiramente senão das suas boas acções.

A pior das corrupções não é aquela que desafia as leis; mas a que se corrompe a ela própria.

Viver é fazer; para quem não faz nada da sua existência, a existência é nada.

Em arte não nos sujeitamos às leis do mundo, mas àquelas da arte, que está vinculada às leis da consciência.

Se nós invejamos os outros, eles por sua vez nos invejarão: o mal da inveja não conhece limites.