Poema por que o Macaco Nao Olha seu Rabo

Não se pode imaginar uma cor, fora das cores do espectro solar. Não se pode ouvir um som, fora da nossa escala auditiva. Não se pode pensar, fora das possibilidades da língua em que se pensa.

Satisfação não é tanto conseguir o que você quer, como querer o que você tem.

O cérebro humano começa a trabalhar no momento em que o sujeito nasce e não para até o momento em que ele sobe num palanque para fazer um comício.

Quando um homem diz que o dinheiro não resolve nada, fica claro: ele é um duro.

Saber que se sabe o que se sabe e que não se sabe o que não se sabe: eis a sabedoria.

A Humanidade não está disposta a olhar com atenção para a conduta dos grandes vencedores, desde que estejam do lado correto.

De nós, velhos, desculpam-se os erros, pois não encontramos as estradas abertas; mas de quem chegou ao mundo depois de nós, pode-se exigir mais; este não pode mais errar nem tentar.

As mulheres não se dão ao trabalho de justificar e de analisar as suas afeições.

A devota crê nos devotos, a não-devota crê nos filósofos; mas ambas são igualmente crédulas.

Posso dizer o que quiser, nunca saberei o motivo pelo qual se escreve, nem como não se escreve.

Poucas são as dores, por mais agudas que sejam, às quais uma boa renda anual não traga um certo conforto.

Só nos interessamos pelos problemas dos outros quando os nossos não nos preocupam.

E tem certeza disso: é casta apenas aquela que nunca foi pedida por ninguém, ou que, se pediu, não foi ouvida.

A maior desgraça que pode acontecer a qualquer escrito que se publica não é muitas pessoas dizerem mal, é ninguém dizer nada.

Os maus não são exaltados para serem felizes, mas para que caiam de mais alto e sejam esmagados.

Nós não temos nem a força nem as oportunidades de executar todo o bem e todo o mal que congeminamos.

Não se sabe até que ponto as mulheres não formam uma aristocracia. Entre elas, não há povo.

Não se enforca um homem por ele ter roubado cavalos, mas para que os cavalos não sejam mais roubados.

A razão foi dada ao homem para que ele pudesse viver com juízo, e não tanto para que ele pudesse dar-se conta de viver irracionalmente.

A força do número é a mais brutal das forças, não carecendo, sequer, da audácia e do talento.