Poema Ordem e Progresso
Introdução ao réquiem
Venham todos e prestem atenção
Vou falar sobre uma maldição
Alguns a chamam de vida
E outros de causa perdida
Sim é sobre os amores
E tudo o que ele traz
Nobre capataz
Que floresce todas as cores
Sentido do viver
Em fim sem sentido
Devora tudo que é detido
Pelo sentimento sem querer
Constante errante
Constantemente irritante
Irreversível atroz
Comumente a nós
Primeiro Réquiem
Só a loucura faz sentido
Só ela serve de abrigo
Deixe a sanidade em seu jazigo
E o bom senso perdido
Olhe meu amigo
Um mundo distorcido
Seja bem vindo
E venha comigo
De valores invertido
Há de ficar enrubescido
Com o que digo
Palavras em castigo
Fique de orgulho ferido
E ache o próximo artigo
Réquiem 2
Para falar da morte
Tem que se falar da vida
E o que nela é contida
Tendo o amor de estandarte
Alegrias e dores também fazem parte
Em suma vontades sem sentido
Faz da razão um bandido
Tornando a vida uma arte
Sem certo ou errado
Onde nada é proibido
Para um coração inspirado
Na pratica um pecado
Por conta da libido
Então o amor é desferido
Sobre o Réquiem
Vou apenas esclarecer
Que o amor dramático pode fazer
Parte das minhas poesias
Mas não dos meus dias
Não que não tenha amores ou rancores
Apenas vivo sem pensar
você já deve ter ouvido falar
Dentre todos esses rumores
Que a vida está a passar
E nós somente a olhar
Se dou um tempo de tudo
E ao final fico mudo
Não é por desafeto
E sim porque o futuro é incerto
Como tudo nessa redoma de concreto
Que um dia se desfaz
E no outro se refaz
Estes são os meus sentimentos
Que nuca são sãos mas sempre verdadeiros
Apenas acredite na fantasia
E siga a melodia
Assim como a que dizia
Neste ciclo infinito de perguntas
E respostas prescritas
Mas que nunca são ditas
Se não entendeu
Ou apenas se perdeu
Fique tranquilo
E veja aquilo
Que falei inúmeras vezes
Para todos os deuses
Nada é tão complicado
E nada é tão simples
Já que é assim que é a vida
Porque não ter uma bela despedida?
Réquiem 9
Só por hoje, morro satisfeito
Pois fiz tudo o que queria
E vivi o maximo que podia
Mesmo que tenha sido imperfeito
Sou grato pelo que teve feito
Colocando barreiras que impedia
Futuras desventuras em meu dia
Grato pelo sorriso sem jeito
E as palavras que tenha dito
Sempre em tom amigo
Inclusive as sem sentido
Meu atroz mais antigo
Sem nunca ter entendido
O porque te sigo
O VERDADEIRO AMOR
Quem sempre vive em dúvidas entre dois ou mais amores, não ama nenhum deles (se amasse não viveria em dúvidas).
O verdadeiro amor te abduz de todos os outros ditos possíveis amores; ele te torna visionário para a felicidade e, sendo assim, te cega e te mortifica para os encantos de qualquer outra pessoa; ele despreza tudo o que não seja o objeto do seu desejo.
O verdadeiro amor é fiel não por uma mera questão de caráter, ética ou moral, mas porque é da sua própria natureza sê-lo.
Dizem que a gente só ama de verdade uma ou duas vezes na vida. Dizem que o verdadeiro amor é eterno.
Penso diferente:
O verdadeiro amor acontece sempre, e em vários momentos durante a nossa vida: é quando você, ainda que por pouco tempo, quando está com alguém sensacional, muito além de especial, simplesmente não lembra ou não quer mais saber de ninguém.
AS VITÓRIAS NOS MOSTRAM QUEM SÃO NOSSOS VERDEIROS AMIGOS
Todas vez que você quiser se superar e/ou fazer algo diferente, aprox. 90% das pessoas que lhe circundam dirão:
1- que você é ou está ficando louco;
2- que não vai dar em nada;
3- que você não passa de um sonhador;
4- que todas as que tentaram não conseguiram êxito;
5- que é perda de tempo, etc.
Poucas pessoas estarão com você nessa hora; poucas dirão "você pode contar comigo"; poucas acreditarão na sua vitória; e, o pior e/ou melhor de tudo: poucas serão capazes de suportar a sua felicidade quando souberem que você se saiu vencedor.
Dizem que as vitórias trazem solidão e falsos amigos. Penso diferente: as vitórias, mais do que as derrotas, nos mostram quem de fato são nossos amigos; mostram quem são os capazes de celebrarem conosco sem mágoas e/ou traços de inveja.
MULHERES TRAÍDAS E SOLITÁRIAS
Vai-se a primeira mulher traída e solitária...
Vai-se outra... mais outra... Enfim centenas
De mulheres vão-se das tristezas dos lares...
– Apenas calam-se sigilosas as suas moradas...
E à noite, quando voltam das ritualísticas noitadas,
Os machistas encontram-nas serenas, plenas,
Belas adormecidas, felizes açucenas violadas...
Por outros, voluptuosamente bem regadas....
Também dos desejos onde abotoam...
Os afetos e corpos das mulheres sedentas voam...
Como pombas que, saciadas, voltam aos pombais...
Os homens que as traem mentem que as amam...
Elas, porém, quando se entregam a outros, sonham...
Porque aos tais já não amam mais...
Ausência.
Sinto-te de mim tão distante.
Mesmo sentindo-te tão perto de mim.
O que aconteceu com nosso amor?
Será esse o fim?
Não permitas que morra.
Em tão singela solidão.
Esse sentimento tão puro.
Que faz feliz o coração.
Quero-te junto a mim.
Neste tempo tão voraz.
Para matar essa saudade assassina.
Que há muito tempo se faz.
Sua ausência é um tormento.
Que ao meu coração desatina.
Perto ou distante.
Seu cheiro me domina.
...Parei-me diante do mar;
Já era noite, admirei as ondas,
também as estrelas e a lua,
saboreie uma brisa mansa e serena.
Ainda me faltava algo:
... - Você !!!
Jmal
Foi preciso adentrar o túnel negro pelo qual acessava-se o poço
para eu cair na real e compreender que o poço não tem fundo - é apenas
o vazio abismal e sombrio em sua negritude tenebrosa e mortal. Foi então
que eu me voltei para meus dons naturais - dádivas de Deus -, e percebi
que neles residia meu resgate e minha salvação. Neles estavam a luz da
vida, e não podiam mais ser ignorados. Ou eu recorria a eles em busca
de abrigo e socorro naquele momento crucial, ou indubitável, inequívoca
e iminentemente sucumbiria ao caos absoluto numa sarjeta qualquer da vida.
Era enfim o tudo ou o nada. A sorte estava lançada para mim. Não tinha mais
como ignorar a covardia e o medo mórbidos que sempre haviam comandado
meus passos numa negativa constante e cega, resumidos num prazer doentio
e compassivo com a indolência que conduz à pobreza, ao desprezo dos
homens e à condenação dos deuses.
É eu sei
Tudo o que eu disse foi mentira
Sei que não tens motivos pra acreditar em mim
Não novamente
Eu jamais pensei
Que chegaria a esse ponto
Mas, eu apenas disse
O que você deveria e precisa ouvir
Mesmo que fossem mentiras
Agora...
Tenho que estar longe
De você e de todos
Encaixe
No teu abraço me enlaço
Sem deixar que nossos corações virem nó
De confusão
Em mente sã
Enrolados como lã.
É perceptível
Aquele encaixe perfeito de corpos
Aquela ligação perfeita de espíritos
Nossos.
Almas quebradas
Refazem-se nesse abraço
Para quê?
Almas não precisam ser faladas.
Amor é masoquista:
Força que dói, mas é bom.
Abraço é luta
Que liberta
Ou não.
Silêncio, batidas
Toque, cheiro
Eu e você
Em nossos leitos.
Ela inspira
Veem calada
Veem séria
Veem jogada
Conhecem com miséria.
Acham que sabem
Que sabem do que veem.
Eles veem com os olhos
Do que o coração está cheio.
Moça de poucos fins e muitos meios
Vivendo, sorrindo
Com esperança de recomeços.
Mesmo amada
Fecha-se a cara
O dia cinza
Sem pensar em nada.
Alma escondida, evita ferida.
Sabe o que sente
Sabe o que quer
Contra a mente
A dele
A própria.
Terá vida
De sutil glória.
Pele bronze
Sorriso branco,
Tenho certeza que nunca a verei em prantos.
Pois é forte.
Só veem o que há nela
Quem vê além.
Não além da morte
Além da sombra que a disfarça.
Vejo além:
No fundo dos olhos
No sincero do sorriso,
A verdade divina
Que lá resguarda.
[Eduarda
Amada.
O último que verás
Chora agora! Mulher sem raça!
Que viveu sem jamais ter merecido
Neste mundo teu nome não deixou traça
Coração, meu, desaparecido.
Canto eu com amargura
Sobre tua pele rude e impura
Sobre teu leito inconsequente
Canto eu dolorosamente.
Não posso negar que és bela
Tampouco posso me conformar
Mas posso dizer que levas uma vida de cadela
Mesmo tendo isto,
Tua morte não irei clamar.
Coração teu, que dizes ter
Por quem ele continua a bater?
Será ele onipresente?
Estando em todos os lugares
Batendo por dezenas de rapazes?!
Quem tenho eu, além de ti,
Que amor é esse que nunca senti?
Concerta-te imundo mulher
E me tenha como quiser.
... Vida vivida
Porém, mal repartida.
Meu Guardião!
Imensurável a tristeza que oprime o peito... é uma dor que não sei de onde vem e quando vai.
Sou um pássaro preso na gaiola dessa vida... que canta, porque Deus deu o dom...
Ou...
Canto, para Deus não me esquecer aqui.
O véu do pranto embaça o olhar, que antes brilhava pelo sorriso franco... branco...
É um pesar que curva os ombros e num lamento tombo, cansada das lutas inglórias...
Me arrasto em trapos... vestes, alma e coração... pedindo perdão pelo que...?
Não sei!
Nenhuma vontade me domina, só lamento essa sina, que em fardos carrego sem saber o porque.
Mas...
Se tua mão me erguesse e de minhas feridas cuidasses...
Se teu olhar me iluminasse, meu mundo seria o teu.
E na fusão dessas almas feridas, abraçadas... perdidas...
Seriam enfim pelo amor afagadas, cerzidas... cicatrizadas.
Sei que sofro, mas quem não sofre? Por isso viro mutante pra tentar a sorte.
Digo à dor: tu és minha professora, me guio por ti, me faço, me converto, tu és minha criadora.
Minhas lágrimas regam o chão dando vida onde passo, molhando a terra estéril me levando ao compasso.
Sou o seu aluno enquanto estiver aqui, me formo, quem sabe um dia, o céu está logo ali.
Ó, dor, sei que sofro ao tropeçar no chão, mesmo que eu reclame, pra frente vou ao me dar um empurrão.
Cada dia
eu me revolto mais
Embrulhado
na tua fantasia
de querer
não me querer
Inventando
aos quatro cantos
e cantando em versos
pelo avesso
que não me ama
mais
Todo dia
eu enlouqueço
e pago o preço
por não acreditar
Nessa tua loucura
Para o vento
Sopre vento, sopre suave e cantando,
em melodia extraordinária que cativa nosso prazer.
Teu sopro é tão agradável,
em tua persistência ainda há de me levar.
Desistir para que? Se tentar é tão bom!