Poema Ordem e Progresso
Poço poético
No pocinho da inspiração
Ali se pesca e fisga poesia
As traz pro perau do coração
As põe nas águas da ortografia
Cada fisgo da rima, um tesouro
Puxado das profundezas à revelia
Onde vem compor o poema calouro
Para querer ser ao autor estrela guia
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
Março de 2016, 4'34" - Cerrado goiano
Amanhece o cerrado goiano
Ah! Aurora no cerrado em sonata
Põe-se a sonorizar o amanhecer
Em doce tilintar em ouro e prata
Num delíquio de ventura e prazer
Bendito és este despertar de cores
Vai-se os devaneios nesta explosão
Mil "bravos “ressoam nos arredores
Em trínula volata pela pasma visão
Amanhece o cerrado goiano. Esplêndida canção!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
Março de 2016, 05'42" - Cerrado goiano
vida
como toda história tem parágrafos
e todo capítulo tem conteúdo e narrativas
as vírgulas, reticências e ponto final não sejam apógrafos
e sim, teor para afável leitura, essência de vida e tentativas!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
Março de 2016 - Cerrado goiano
Amor!
Alçar um voo,
E perder-se na plenitude...
Asas que podem quebrar,
E tudo vai descendo
Os céus desabam;
As nuvens descem pelas colinas,
Meu coração canta a aurora,
Cadê você minha menina?
Os montes que construí
Tentei traçar nós dois
Tracei a vida de uma vida
Tracei um amor de um amor...
Ah! tudo desaba!!!
Seu sorriso, me torna heroi
Seu amor me da harmonia
infame fui de te ignorar
perdão.
-Te desculpo
o que? ?
-Sim, te desculpo.
não não, esta brincando
-cala a boca e me beija.
_*Little Poet🌸🍃*_
Minha vida
O breve é quem dita a minha vida
A vida da minha vida tem vida peculiar
Elege chegada, permanência e partida
Pulsa na minha vida sem se importar
Vive a sorte, independente, sua linha
Sem que eu quisesse ou não quisesse, vive
A minha vida, sem vida, eu não teria vida minha
Não teria arte, dor, suspiros, cor, amor inclusive
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
Abril de 2016 – Cerrado goiano
Eu
Este mundo imenso, imenso mundo
De pessoas que nem sempre se acham
Grandiosas, este mundo de pessoas
Que acreditam em valores e perdem valores.
Mundo de vapores
E construções, pessoas em estilhaços
Amordaçado – coração.
Mundo imenso, imenso mundo de seres viventes,
Mundo movente, comove por dentro
Pega fogo e se consome – exausto.
Tudo vai perdendo o sentido,
Como esse mundo vasto e imenso,
Querendo ser explorado, explorado
Mundo incompreensível.
E assim vai seguindo o mundo,
Este mundo imenso, de máquinas
Movidas a vapor, combustível
Ou sangue – mundo imenso,
De pessoas que fingem amar,
De pessoas que se acham donas da outra,
Que firmam a posse, e se acham
Únicas, e perde a que se mostrar
Inferior.
Este mundo imenso, imenso mundo.
A morte é uma viagem
Saudades eternas sentimos
de todos os nossos entes queridos
que partiram antes de nós,
mas o que é a morte,
senão uma viagem...
Nesta viagem talvez tenha volta,
talvez a reencarnação exista mesmo;
talvez sejamos unicamente espíritos
e este invólucro de alma
precise de outro corpo...
e de outro...
quantas vezes for necessário...
para que mesmo?
Ah...para aprender a viver,
ser unicamente bom.
Ser perfeito;
Ser sábio;
Ser virtuoso...
Saber respeitar uns aos outros;
Saber amar todas as coisas;
Saber ser feliz;
Saber sorrir;
Saber compreender
e talvez ainda falte mais virtudes...
Bem ... então vida de morte necessária,
porque cada um de nós
temos muito que aprender!
Outono no cerrado
Cerrado. Ao horizonte escancarado. Escancaro o olhar
Sob o céu acinzentado, admirado chão de cascalho calçado
O vento rodopiando, a poeira empoeirando a anuviar
O minguado frio sequioso outono dos planos do cerrado
As folhas bailam, rodam, caiem em seu leito ressequido
A chuva se esconde, onde o céu não pode chegar
Os sulcados arranham e ondulam o ar emurchecido
Do desconforto calado entre os cipós e galhos a uivar
Olho o céu purpúreo desenhar o frio chegando ao porto
Os arbustos rodeados de cascalhos num único flanco
Rangendo o outono no amarelado e árido cerrado torto
Num verdadeiro espetáculo de pluralidade saltimbanco
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
28/04/2016, 14'25" – cerrado goiano
Hoje é o dia mais importante de sua vida
Hoje é o dia mais importante da sua vida
porque talvez não exista o amanhã.
Então viva hoje, ame..insista!
Insista ser feliz hoje.
Garanta o seu momento todo agora
porque o amanhã...
pode não vir a ser outrora.
Contemple o hoje como se fosse o último,
amanhã talvez não exista oportunidade,
nem haja tempo para fazer nada mais.
Hoje é o dia de se viver contente!
Hoje é o dia de sorrir!
Hoje é o dia de abraçar quem você ama!
Hoje é o dia de dizer: - Eu te amo!
porque amanhã pode não existir.
Amanhã pode ser tarde demais para recomeçar,
recomece hoje!
Hoje é o dia mais importante...
Hoje é o agora, neste momento, neste instante,
é a sua vida como um presente!
Viva hoje!
Agradeça hoje!
Abrace hoje!
Ame hoje!
Diga eu te amo hoje!
Perdoe hoje.
Reconcilie - te contigo hoje.
Reconcilie- te com todos hoje.
Reconcilie- te com tudo hoje!
Hoje é o dia mais importante de sua vida!
De uma gargalhada gostosa,
se divirta fazendo o que gosta:
- Vá passear;
- Vá ao cinema;
- Vá à um bom restaurante;
- Vá ao shopping;
- Vá à praia;
- Vá correr pelos campos...
- Vá fazer o que quiser, conquanto que viva!
Aproveite no máximo o seu dia,
porque o amanhã, pode não existir.
Então é hora de dormir hoje
e se por sorte amanhã você acordar...
já é o hoje, então aproveitem o hoje,
porque o amanhã pode não existir!
Os estudantes
Estudantes mendigando carona ao motorista de ônibus,
Que fechou a porta na sua cara, e na face do futuro da nação,
Este sequer recebe direito o salário de quem o subordina,
Diz muitos que dar carona a estudantes não é obrigação…
Nas mãos de alguns estudantes, caderno, livros,
Em seus bolsos (parecia vazio)
Quem sabe faltava lápis, caneta, borracha…
Eles tinham uma grande arma, o estudo
Os livros, a ideia, e quem sabe lá na frente
Façam a revolução.
Desvario
O amor vermelho
Tem muitos segredos
E o pássaro preto a voar
Nuvens brancas e azuis
Casas pintadas de luz
Eis a vida não há quem diga
Que beleza flutua meu bem
Algodão voando
Quero aprender a ler
Os segredos do destino
O cão vadio
E não há regras
Pra quem ama
E coração preso
Quer ser solto
Como um pavio
Não pega fogo
Quando assobia
O tempo marcha
Em outras direções.
No baile
Na regra
Um mundo na régua
Conserva
A lei
Quem manda
É feroz
E perde-se a palavra
Quem dizer a verdade
Será expulso do paraíso
E viverá na terra
Pra toda vida.
Minha essência
Minha essência
Minha etnia
A minha vivencia
Vem do dia-a-dia
Se minha cor não te julgas
Por que tu julgas a minha?
Sou negra, mulata, preta!
Sou tudo isso sim
Tudo isso é minha essência
E tenho orgulho de mim
E quanto ao padrão de beleza
Pra que rotular?
Tem gente bonita em todo lugar
Esse papo da sociedade
De defender e defender
vem viver nosso perrengue
pra saber se vai doer
Cansamos de ser rebaixados
Todos nós temos direitos
E pra que preconceito?
É hora de mudar
Esse tempo já passou
Ser ignorante não vai rolar
Já dizia a princesa
"Se mil tronos eu tivesse, mil tronos eu perderia para por fim a escravidão"
Então pra que protestar irmão?
E por fim vou deixando minha mensagem de paz
Pra te conscientizar
Que ser negro não é defeito
Afinal somos todos iguais.
Amarras
Um dia, te terei em meus braços
Sentirei teus afagos, teus mimos
Quem sabe, poderemos mudar nosso destino
Um dia, conhecerei o teu coração
Longe dessas amarras, longe dessa prisão
Enfim, poderei transformar tuas razões
Numa verdadeira paixão, sem hora de acabar
Sem ninguém para nos amordaçar
“Veras Prima”
Calenda ancestral,
De dia igual nos aparece,
Dia de antigo ritual,
E, no entanto, para nós sem igual!
De nova tormenta esta data se passa,
De um dia em casa sem te poder abraçar,
Olho para ti na bela Praça,
Aquela que em minha janela te consigo alcançar!
Década nova e novo ano tu já o sentes,
Desta nova humanidade,
Do ímpeto confinado de boas gentes,
Num abraço coletivo das idades!
E tu, oh Primavera, tu que és a mais velha de teus irmãos,
Do teu ancestral reino nos trazes sempre a alegria,
Na conquista do Titã Cronos,
Peço-te assim um belo novo Dia!
Neste diário de infame cativo,
Espero que a minha voz te consiga alcançar!
Voz essa de velho amigo,
E que pede, por fim, um despertar!
Na esperança das velhas conquistas Lusas,
Das Tormentas à Boa Esperança!
Somos a voz das gentes tuas,
Que apela à tua Confiança!
Barreiro, 20 de março de 2020
Nesse tempo de crise
ignorância é uma arma
mas o medo em excesso se
torna
uma cela
onde só o bom senso geral
pode
ajudar
a menos estrago
vim a criar
Pandemia
O único proveito da pandemia
E o crescimento real.
Melhora a própria Vida,
E o todo. Porque; cada um,
é parte do todo.
Se não; é apenas uma penitencia
Coletiva, que o tempo se encarregará
De apagar. Porque, Vida e transformação,
só existe no agora.
Marcos fereS
(em tempo de corona)
Submersão
Negar-te como amor
Temporariamente é impossível.
Não há como domar o que sinto
Nesse consumar do instinto.
E uma agonia me consome
Quando ao homízio me encontro nivelado,
Pois a cama é nosso maior reflexo
Dos beijos, do toque, o mel provado.
E rente ao meu (eu) me defronto
Uma imparável e tenebrosa guerra fria;
De um lado o ego ferido - talhado,
De um outro a razão que me guia
Mas ambos num mesmo prisma distinto
Por querer enlaçar-te aqui e agora
E mesmo ao recente epílogo que se fez
Hei de por ti padecer à demora.
E assim a vida segue seu curso
Onde tudo que existe nasce e morre
Feito a chama que inda vive em mim
Que externamente implode e interna eclode
E por estar sendo sem sentido
A insistencia dum sentir sem estar
Nada mais comporta tamanha dor
De estar remando sem rio navegar.
Agora, doce minha, mentira- peregrina
Translúcido louca(mente) desvairado
Acorrentei-me às palavras furtivas
Que fortes eu teu amor, teu amado.
Negar- te hei, oh abioso tempo
Para que tuas feridas nao me sumam às presas,
Mas que bem sei, quando bem querer
Haveis de curar-me dessa dor que me resta!
Willas Gavronsk
EM TEMPOS DIFÍCEIS
Nunca o medo de morrer foi tão grande
Nunca foi tão intensa a vontade de viver
Em nem um milhão de anos poderíamos imaginar
Que todos estaríamos por um fio
E que o mundo todo teria um grande desafio
Que para sobreviver, a distância teríamos que manter
E nos isolar em nossas casas, nosso lar
E, em alguns momentos, com a solidão nos deparar
Mas não é o momento de fraquejar
Nem de pirar
Pois essa quarentena vamos enfrentar, e superar
Teremos nossa vida normal de volta, em breve
Se, no período que segue, cada um em sua casa ficar
E se cuidar
Para que todos os outros sejam cuidados
E essa doença erradicar
Então, aproveita esse tempo de quarentena forçada
Para abrir a cabeça e adentrar em sua alma
Rever seus conceitos
Ouvir, ao menos uma vez, o seu coração
E encontrar um jeito de mudar a si mesmo
Para que o mundo possa mudar
E melhorar
E quando essa pandemia passar
Todos possamos nos abraçar, e nos amar
E nossas vidas possam continuar
ULYSSES
O mytho é nada que é tudo.
É o mesmo sol que abre os céus.
É um mytho brilhante e mudo —
O corpo morto de Deus,
Vivo e desnudo.
Este, que aqui aportou,
Foi por não ser existindo.
Sem existir nos bastou.
Por não ter vindo foi vindo
E nos criou.
Assim a lenda se escorre
A entrar na realidade,
E a fecundá-la decorre.
Em baixo, a vida, metade
De nada, morre.
(Mensagem)
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