Poema Ordem e Progresso
Uma estranha ofuscação dos sentidos. O arrepio instantâneo e abrupto. Na minha cabeça ecoam determinadas vozes. Conversas entoadas. Conversas em tom de segredo. Sorrisos naturais. Vidas cruzadas. Olhares penetrantes. Uma dança envolvente. Júbilos contagiantes. Vidas partilhadas. Escárnios de bem dizer. Beijos. Aqueles beijos. E um rosto com traços de menino a ser mimado pelas minhas mãos.
Novamente vozes. Não sei ao certo o que elas me dizem. Sei que me murmuram palavras múltiplas, e me sabem aqui a escuta-las. Sim, porque não é pelo facto de ter optado fechar os olhos a este sentir, que deixei de querer ouvir o que tem para me dizer. Ouço em silêncio.
O mesmo silêncio da ausência e das diferenças sombrias. Ausências forçadas ou não. Diferenças relevantes ou não.
Fico aqui, dada ao silêncio comum dos pensamentos confusos.
Quero estar sozinha. Agora e sempre que assim o desejar. Talvez uma certa solidão possa dar-me respostas.
O que eu não quero é ficar à espera. Tu sabes Inês, que eu nem sequer sei esperar.
Deixa-me dizer-te também, que não espero algo concreto deste meu sentir, porque se assim fosse, o mesmo já teria avançado para um estado chamado desespero emocional. E isso, muito obrigada, mas eu não quero. Prefiro a vibração, o calafrio, a excitação, do que voltar a ter medo dos meus sentimentos.
Talvez o tempo me mostre na devida altura o seu significado. Talvez o tempo me ajude a encontrar a definição para este meu sentir.
Por enquanto mantém-se assim… misterioso e indecifrável.
É assim que eu o quero e por hoje é assim que vai ficar…
de olhos fechados e em silêncio. Misterioso e indecifrável.
Tudo tem o seu tempo...
A vida, as pessoas, os sentimentos, e até as palavras. Tudo, sem excepção tem o seu tempo. Um prazo irrepreensível. Por vezes desconforme, misterioso, bárbaro, forasteiro e desconhecido.
Tudo tem o seu tempo e cabimento. Enervante, enigmático e oculto... mas indefinidamente decisivo e aperfeiçoado.
Porque tudo tem um tempo, excedemos e transpomos os padrões da nossa flexibilidade sentimental. São as emoções que ficam recessas, e nós que ficamos indefesos. Cansamo-nos do frágil e indolente demorar dos dias. Temos urgência, uma urgência intolerável, por vezes impertinente. Vivemos agitados e ansiosos por motivos que dizemos não conhecer. Até connosco somos desleais. Dizemos não conhecer causadores, porque optamos fingir que ignorámos.
Mas depois, nos refúgios, nos abrigos assustadores e nublados começam a sentir-se defesas e protecções.
Escapámos aos destroços e deixamos de nos prender a restos e ruínas de sentimentos.
Dueto Dia das Mães
O porquê das Mães?
Por que Deus permite que as mães vão embora?
Mãe não tem limite, mãe não tem hora.
Por que minha mãe não tem coroa?
Rainha verdadeira não precisa disso.
Por que Deus se lembra de levá-la um dia?
Porque sabe que seus filhos estão em boa companhia.
Se um dia o sol parar de brilhar,
E o sol nunca mais aparecer é sinal que consegui te esquecer
Mas se isso não acontecer é sinal que ainda amo você.
Gosto de todas as flores, mas violetas são minhas favoritas.
"Joaquim Manuel de Macedo "
"_Mas então como se explica esse ardor com que há pouco pedias o teu botão de
rosa?..."
"_ É que eu amo os botões de rosa; tenho predileção por eles, como você tem pelas violetas e D. Felícia pelos cravos brancos."(pág:78,J.M.MACEDO, Os Dois Amores, Grandes Romances Universais 12).
Como eu amo as cores das violetas, as folhas e gosto de plantar cada folha para novas mudinhas. Sou apaixonada por violetas, gosto de outras plantas, só que as violetas são minhas favoritas.
Coração gelado, frio na alma.
Mente vazia, espírito quebrantando.
Saudades do nada, vontade de fazer alguma coisa, forças para não fazer nada.
Coração ansioso, mente pensantiva.
Noite sóbria em plena lua nova.
Desejo insaciável de alguma coisa, desejo ardente, vontade pertinente.
Emoções confusas, você não sabe se rir ou chora.
Rodeado por muitos, mais sentido a ausência de todos e de alguém que não existe.
Sentimentos de angustia, dor que não passa.
Mente vazia, sentimentos de incompetência.
Impaciência me aperta, a angustia so aumenta. Me diz o que eu faço, para ganhar de volta a mulher que amo?
1+1 resulta em 2. MAS, O QUE è 2 se nem contigo consigo ficar a sois?
Quem quiser me ler verá que há mais dela em mim do que eu em milhões de páginas em branco, pois é ela quem me preenche quando estou vazio...
E é ela, somente ela, quem me derrama, quando estou cheio de saudade..
Soneto do Amor.
Embriaga-me esta sensação estranha
em pequenas doses de amor e euforia...
Brinda-se ao desassossego e agonia
derramados sobre a soberba da qual
me fez desnudo em covardia.
E amando assim não sou mais eu, mas
desolado como estou, sem nada dizer
tendenciosamente fico mais desconsolado.
O que o tempo fez, faz perecer, e o que fez
de mim, faz parecer que logo estou perdida-
mente apaixonado...
De: editoria@oregional.com.br
Para: rizzo.3004@terra.com.br
Olá Rizzo!
Como sempre, impecável no dom de lidar com as palavras.
Adorei o poema "Deus Triste"; tão realista; triste ver a que ponto chegamos, não? Já sem tempo para as coisas mais simples que outrora nos deixavam tão felizes, como uma simples conversa de poucos minutos.
É o preço que pagamos, meu amigo, em nome dessa tal modernidade, que confunde necessidade e busca desenfreada pelo dinheiro.
Bem, deixe-me parar de filosofar...
Espero receber sempre seus poemas, que com certeza enriquecem muito mais o nosso jornal.
Abraço de sua amiga
Vânia Afonso
Editora-Chefe
Do Jornal “O Regional”
Catanduva – SP.
Esta noite, 28 de setembro, tive um sonho. Nesse sonho tudo começaria novamente. Algo estranho, porque eu sentia que a partir daquele momento seria tudo novo, diferente. Senti uma sensação de prazer com alívio. Uma sensação boa. Algo me dizia que as coisas iriam mudar para melhor.
Pela manhã, minha esposa recebeu um telefonema de uma proposta de emprego. Estamos os dois desempregados, ou melhor; com a graça de Deus, somente um, e por pouco tempo, está desempregado. OBRIGADO DEUS. O TEU FILHO JESUS OROU E INTERCEDEU.
Obrigado. Obrigado. Obrigado.
Só basta a gente sonhar...
Eu tive um sonho e foi com você...
Foi tão maravilhoso, que eu nem consigo esquecer...
Você estava sorrindo e olhando para mim...
E num encontro de olhares eu te disse sim....
Te confesso que até hoje eu não consigo esquecer...
E toda vez que fecho os olhos só penso em você...
LáLáLáLáLáLáLáLáLáLáLáLáLáLáLáLáLáLáLáLáLáLáLáLá
LáLáLáLáLáLáLáLáLáLáLáLáLáLáLáLáLáLáLáLáLáLáLáLá
E a partir desse sonho eu passei acreditar que a ilusão é tudo ou nada...
Só basta a gente sonhar...
LáLáLáLáLáLáLáLáLáLáLáLáLáLáLáLáLáLáLáLáLáLáLáLá
LáLáLáLáLáLáLáLáLáLáLáLáLáLáLáLáLáLáLáLáLáLáLáLá
Mariana Guedes Costa e Silva e Tamy Henrique Reis Gomes.
A salvação não virá numa nave, esse é o falso messias e o anti-cristo.
Existe ao todo doze tribos, doze raças e doze dinastias, sendo três não mais que uma.
O corpo não é feito todo de pé, logo as pessoas não são iguais, também não existindo o conceito de unidade.
Não precisamos de um mundo sem fronteiras entre nações, precisamos na verdade de pessoas com livre passe e que se ajudem em ações de graça.
É preciso valorizar o esforço, há pessoas que ganham um denário por folha que assina e há pessoas que pagam o denário com o dizímo.
Nunca se satisfaça com o lugar que alcançou, vá com a cara ao pó enquanto há tempo porque os menores são os maiores.
A parábola para o que têm entendimento é conselho de sabedoria, mas para o tolo não há entendimento.
O Senhor concede sabedoria e prudência aos que pedem, mas a vitória se dá pelas obras.
A ciência também afirma que os antigos viviam mais tendo menos, mas na visão da verdade os antigos tinham mais e nós menos. Lembrando que pisamos a mesma terra.
Desligue-se
De tudo que você se importa, porque na verdade não sabes a origem dos significados, só o que sabes são as teorias que outros te contaram, espelhos mágicos são aquelas coisas todas que você faz para ver em si mesmo o que queria ser, nunca entendeste que és o que não vês, porque o que não vês é só o que é e o que há.
Há de chegar o dia em que tudo o que é deixará de ser, e o que não é (mas sempre foi), voltará a ser. O tal dia que os antigos falavam e que alguns até hoje vigiam, porque o tempo dos Céus nunca foi o tempo do Homem. Ainda que nesta falsa esperança presa à rede que conecta todos os peixes abatidos. O sagrado ofício que nos prestamos a servir com nossas próprias vidas é a luz que não se vê, como o astro maior que no seu reino cega quem o olhar e queima quem se aproxima demasiado.
A água da vida.
Todos nós sabemos atacar, agredir ou descompor alguém.
Ao contrário do que se possa dizer, não acho que isso se faça por divertimento ou malvadez, mas antes por necessidade ou defesa. São diversas e variadas as etapas da vida em que somos coagidos e quase forçados a atacar como forma de defesa. Combatemos com sentimentos, assaltamos olhares, investimos numa capa de protecção para que não sejamos destruídos com os múltiplos ataques, e é precisamente nesse estado de defesa que nos sentimos totalmente aptos a atacar e a descompor pessoas.
Como é que se descompõe uma pessoa? Depende. Mas há muitas formas de o fazer. Algumas são descompostas com frieza. Depois há aquelas que vamos descompondo lentamente, sem que as mesmas se apercebam, vamos ceifando os gestos, e atacamos com o vírus mais eficaz, o desprezo.
Quando falei em necessidade de o fazer, é porque admito que muitas vezes tenhamos que derrubar antes que nos derrubem a nós, desmoronar antes que o nosso mundo seja desmoronado.
As pessoas têm muito que se lhe diga. E se muitas atacam olhos nos olhos, outras apenas o sabem fazer pelas costas, quase sorrateiramente, utilizando um vírus chamado falsidade. Para mim essas pessoas não passam disso mesmo, uma fraude. Daí preferir o vírus da indiferença e do desprezo.
As pessoas têm muito que se lhe diga. Algumas são autênticas cobras humanas, que quando se sentem ameaçadas ou intimidadas têm o deplorável costume de lançar jactos de veneno nos olhos de quem ambicionam atingir.
O que as ditas se esquecem é que o seu veneno de tão utilizado contra os outros, nós os outros acabamos por nos vacinar contra ele e torna-se completamente impossível sermos atingidos.
E também se esquecem, que não é preciso ser-se uma cobra humana para saber como se ataca, agride ou descompõe alguém.
Você me quer só por um momento
Você me tem a hora que quiser
Não consigo um jeito de deixar você
Por que te amo demais, mulher
Quando está com fome de amor
Você me chama, correndo eu vou
Depois que está satisfeita
Do seu lado não mais me aceita
Sou um boneco preso em sua vida
Que você usa, abusa e brinca
Sou humilhado pelos amigos
Trocaram meu nome pra mexer comigo
Minha família, todos protestam
Diz que eu não presto, que sou um lixo
Eu já não sei o que devo fazer
Se eu te deixar, sei que vou sofrer
Hoje estou num beco sem saída
mas tenho fé que um dia desta vida
Eu consigo dominar você
Se Ela se amar da mesma forma que jurou amar a mim, o Amor próprio se revelará nos olhos um do outro; e sem dizer uma palavra, eu saberei e ela saberá, também, o quanto é raro ser suficiente.
Cientes, porém, que o destino de todas as coisas é espera para grande partida que há no fim, o amor, por certo, nos faltaria algum dia. Então, por legítima defesa ou estado de necessidade, uma escolha se faria: matar a saudade para que o amor, em nome dela, não nos mate pouco a pouco (da falta que possamos sentir um do outro).
Se eu soubesse fazer contas ........Na medida do amor.
No tamanho da saudade........Diria que a distância não existe.
Que não há espaço,,,,,,,,,,ou tempo no mundo.
A ponto de separar,,,,,,,,,,,os nossos corações,
e as nossas lembranças........Haverá sempre um grato colorido,
do infinito carinho das horas alegres,,,,,,,,,da força gostosa do sorriso, constantes com a doçura dos beijos,,,,,,,,,o calor dos abraços,
a ternura inefável do contato de peles,,,,,,,,,tudo um lindo sonho de gente feliz!.
©Ivan Dionizio da Cruz
Saudade Assim
A saudade é
Um barco à deriva
Que nos sufoca a vida
Que nos arrefece
E com o tempo nos envelhece
A saudade é
A lembrança de quem não está ao pé
A esperança e a solidão
Que nos aperta o coração
Saudade assim
Não a quero para mim.
Meu epitáfio será o vento, o silêncio, a maré vazante.
A morte vai ficar chateada
Porque não haverá carpideiras
Nem lágrimas no meu velório.
Ninguém precisará ficar triste,
Porque tudo que existe
Será como o vento, o silêncio e a maré vazante.
Quando eu morrer, quero música.
Pedir pra namorar
Eu fui na casa dela
Pra me apresentar
Pro pai e a mãe dela
Pedir pra namorar
Mas que filha mais linda
Que aqueles dois tem
Só com ela eu
Eu não preciso de ninguém
Só com ela
Eu não preciso de ninguém
A flor mais linda do jardim
A estrela mais bela do céu
O meu anjo querubim
Deixa eu provar desse mel
