Poema Ordem e Progresso
Ler-te
Se um dia,
chegar a revelar-te tal poema,
lerás:
que a lua é laranja
e a praia é pra dois,
que o queixo tem furo
e os olhos externos redondos,
que os lábios são alças
e as mãos soberbas,
que as pernas são longas
e os dedos famintos,
que os cabelos são náilons
e o cheiro é de rosa,
que o mundo começa com Jota,
de Júlia e juntos.
Nada de novidade!
Mas lerás o que meus olhos já lhe ensinam:
admirar o profundo tal poema
em pessoa.
De repente, amor e poema
Preocupa-me o fato de não vir um poema.
Daqueles poema concretos - vindo da mente pro papel.
Ouso-me fazer o inverso:
papel para poema ser escrito na mente.
Coço a barba, faço força, olho a hora,
bato caneta no queixo.
Esperançosamente, fico quieto
e me vem uns dizeres ao fundo...
E este é o poema que me veio de repente.
Feito você, meu doce poema,
que me faz sentir o leve peso destes versos
e me veio
de presente.
Eu te transformei nesse poema e nas lembranças dentro de mim, uns silêncios profundos me julgaram pelo que não fiz;
Não deu para perceber que desonraram meu nome mesmo não sabendo pelo palpite na sua mão;
Eu sei que me invejam pelas verdades que declaro e que não dá para saber de onde tiro tanta sinceridade para desmontar negatividade alheia;
Um poema pra dois na proporção pequena.
A justa medida cabível como uma xicara de arroz.
Neutra perda de momentos e sonhos mergulhados:
- gratidão dos alcançados pela graça recebida à seu tempo.
É até inconcebível! de tão invisível ser...
E por ser tão pequeno feito grão de arroz sensível
a medida é bem cabível pra quem escreveu ou ler.
Poema à musa
A literatura ela nos faz perceber, o quão grande podemos ser, a literatura nos leva além, a literatura vai além, e desta, eu me tornei um mero refém, a literatura nos mostra que a vida é beleza, a vida é pureza, e com literatura se faz um bela aventura. E se amanhã não houver literatura, eu invento uma outra loucura que torne-me capaz de novamente sonhar, que me permita fascinar e que assim eu prossiga a "literar". E se no meu outro universo, nada disso existir, vocês me ouvirão dizer que sobrevivi, que sobrevivi e sobrevivo, e assim prossigo, porque tenho em mim o espírito poeta, que me encarna, que me domina, me alucina, fazendo assim a minha sina, a minha rima
Quando leio um poema meu alterado,
Grosseiramente, deixando ele assim tão vulgar.
Sinto pena de quem vai ler,
E tenho pena de ti, de ser ladra de sentimentos.
Tão oca pobre tão vazia.
Pena, mas vou te processar...
O que é YOGAMA?
Cada YOGAMA é como um poema/exercício de absorção poética cujo tema abrangente pode ser objeto dos mais variados fenômenos e sensações afetivas elevadas.
O que é YOGALA?
É uma outra asa de vôo poético.
Eu Tu Ele poema
Eu te leio poema com o meu coração
Tu é meu mais doce poema do meu amor
Ele o meu amor é meu poema mais lindo
Nos infinitos dos infinitos dos mundos não cabe
Vòs excelentíssimo coração sabe que
Eles estes mundos são bem menores que meu gostar de ti
FAÇO-TE UM POEMA
Sá de Freitas
Sandra Mello eis aí o meu poema,
É um soneto à mais linda flor dourada,
Que me torna essa página encantada,
Com perfumes de rosa e de alfazema.
És a jóia Sandrinha, rara e pura,
Que brilha entre as estrelas, na poesia,
Pois teu sorriso é uma fonte de alegria,
Que enche a nossa alma de ternura.
És bela, és simpática e atraente,
És amiga leal que docemente,
Fazes do coração o nosso abrigo.
Rogo a Deus que o tempo não consiga,
Fazer deixar-te de ser minha amiga,
Pois quero ser o teu eterno amigo.
amor de uma flor
amarela
Num poema de amor
Uma linda frase rimar
Em cada verso de amor
Este sentimento,de flor
Quando este poema terminar
A um verdadeiro amor entregar.
bj flor
Agora o sonho é encantado
Deste poema para adormcer
Agarrando os meus sonhos
eu vou dormir com teu amor
pois tu me deu estes sonho
Por uma bela flor
O dia que inspira um poema que suspira o canto que traz alegria, a lua que toca meu coração.
A beleza que desata todos os nós entre nosso amor, Pois canto a trova para a delicada mulher da paixão.
A alvorada se fez suave com a mais singela nuvem de carinho com um significado o amor.
As brisas dos amantes trazem em uns instantes o seu perfume meigo que me faz ter a certeza de que quero você.
no meu chão de estrela caiada
eu danço bailo na vida poema
pelas nuvens entre as luas
no entrelaçar da vida
MULHER_POEMA
Hoje
quero deitá-la suavemente
despi-la de frases feitas
que tanto lês em teus livros...
quero arrancar-te essas
estruturas vocabulares
esses surtos metafóricos
polimórficos
sintáticos
dicionarizados
cifrados
metódicos...
:
Hoje
quero torná-la uma poesia
de rima fácil
e final feliz
nada de palavras rebuscadas
febrilmente emaranhadas
seletamente misturadas
sabiamente intelectualizadas
:
(Quem sabe
disfarçá-la num mini-conto
de dois parágrafos
desses de aprendiz...
o que me diz?)
:
Quero
copiar versos da minha mente
e tatuá-los na intimidade
da tua pele
docemente entremeados
com azuis intensos
brilhantemente pautados
com amarelos radiantes
elegantemente decorados
com verdes translúcidos
indecentemente pontuados
com vermelhos febris...
:
Ao final, minha musa
vou fazer a minha leitura
vou reconhecer-me
em teus vãos
pelos
meios
seios
vou reler
cada frase
transformada
em verso
sem traumas
sem frescuras
sem rodeios
e dedicar
essa poesia_mulher
à personagem_tema...
à mulher_ poema
ATO
um poema me deixou um sismo na carne
me arqueou o corpo
e traçou em minhas costas itinerários de espuma.
com um gosto de cor
na boca
deixei cair pulsante
um
longo beijo
morno
Poema Sobre: Karl Marx
Vencido o comunismo
Depois de tanta guerra
Por mar e por terra
Quente e fria Quem diria
Correu atrás do que previa
Visou o bem do trabalhador
Com garra e amor
Um grande lutador
Sem medo da verdade
Poupando a coletividade
Morreu amado
E reverenciado pelos revolucionários
Por mostrar o que queria
Sem medo da ousadia
Elvis Xavier Pinho - 12 de abril de 2009
O Poema Original
Original é o poeta
que se origina a si mesmo
que numa sílaba é seta
noutro pasmo ou cataclismo
o que se atira ao poema
como se fosse um abismo
e faz um filho ás palavras
na cama do romantismo.
Original é o poeta
capaz de escrever um sismo.
Original é o poeta
de origem clara e comum
que sendo de toda a parte
não é de lugar algum.
O que gera a própria arte
na força de ser só um
por todos a quem a sorte faz
devorar um jejum.
Original é o poeta
que de todos for só um.
Original é o poeta
expulso do paraíso
por saber compreender
o que é o choro e o riso;
aquele que desce á rua
bebe copos quebra nozes
e ferra em quem tem juízo
versos brancos e ferozes.
Original é o poeta
que é gato de sete vozes.
Original é o poeta
que chegar ao despudor
de escrever todos os dias
como se fizesse amor.
Esse que despe a poesia
como se fosse uma mulher
e nela emprenha a alegria
de ser um homem qualquer.
O poema real não tem poesia,
sentimento esvazia em nossos tanques;
haverá sempre um novo amor eterno...
Eu queria desenhar para ti um poema
Um poema q fosse um estuario oriental onde pudessemos estar sozinhos como a ideia vegetal de uma vela
Um POEMA q fosse como o tronco de uma arvore onde pousassem as avez azuis da tua voz
Um Poema q me dissese em quantos rios se escoa a hipotese do nosso encontro
Não posso fazer pra você, uma poesia,
por que de cada palavra iria brotar
um poema que fala da pele macia,
do sorriso bonito e do brilho no olhar,
do perfume que lembro a noite a sonhar
e da saudade que enche minha cama vazia,
os versos que faço, sem você não faria
pois tudo que me inspira é poder te amar.
não faço uma poesia por que isso é pouco
e de cada atributo iria jorrar,
um verso que fala do teu jeito louco,
esse jeito louco que tem de me amar.
Teu sorriso, teus olhos, tua boca teu jeito,
cada um, uma fonte pra me inspirar,
assim cada noite quando eu me deito
tenho um poema novo, que posso te dar.
