Poema o Mundo Gira
Parece que foi ontem a reunião
dos poetas da Geração Beat,
a Humanidade não mudou
praticamente em nada,
e continuo pactuada com
a paz e o amor numa cruzada
contra o fim do mundo.
Ainda cultuando a possibilidade
de existir outro alguém
que também acredita que
é possível viver um romance
sem ego, sem grito e sem conflito,
e sendo um para o outro
um único blindado abrigo.
É no fundo do meu oceano
etéreo que coloquei o meu
coração num Acropora seriata
com entendimento que cultuar
a utopia é cuidar da joia rara
que é o condão que guia
para que eu não me permita
ser engolida por nenhum abismo.
(Porque só me encontro viva
para quem é suficientemente vivo
para lidar intimamente comigo).
Todos nós somos suscetíveis a radicalização e para evitar este tipo de conduta é preciso silenciar a mente e distrair-se com assuntos diferentes e que dão prazer.
A paz é responsabilidade individual e coletiva.
A poesia pode ajudar a exorcizar fantasmas e trazer satisfação num mundo que oferece muitas coisas e ao mesmo tempo nos oferece quase nada.
A tua existência nos
une ao fio do destino,
a vida e a morte,
inscrito está o romance
e o desejo flamejante
que não têm a ver
com o senso comum
ou com o quê dizem
ser fator de sorte.
Gigante, inabalável
e imensurável,
é assim que te vejo
mesmo no oculto.
Você me pertence
no ritmo eterno
da seda do céu noturno
descida solene
sobre a Terra dando
passagem a procissão
de estrelas que
se funde ao oceano.
Na tuas mãos vestida
de Acropora speciosa
me vejo comprometida
e sem pensar em regresso.
Coloquei o meu colar
com flores de Inajá
para estar pronta
caso venha passar,
E leve uma lembrança
que comigo faça
o seu coração cantar,
porque todo o dia
procuro o caminho
que te leve a se encantar
e o seu amor me entregar.
O tempo está mudando,
balança o Taquaruçu
e vou me distrair com
umas contas de Morototó,
Quem cultiva o mundo
interior nunca está só.
Cada conta vou enfiando
para montar um colar
quando pronto ele ficar
farei brincos e pulseiras,
Quero viver como quem
na vida escreve poemas.
Mantenho a espirituosidade
e a alma romântica vivas,
porque tenho profundo apego
as minhas heranças nativas,
Nada me distrai da Pátria
de todas os meus poéticos dias.
(Não me esqueço jamais
daquilo que me faz brasileira).
Sob as luzes da Via Láctea
e o balanço do vento,
Trago a esperança, o transe
e o elevado sentimento.
Raiz de Orquídea Fantasma,
unida as danças em procissão
do bosque e anunciação,
Ostentando o milagre amor
do amor em mística cavalgação.
Ser para ti e tê-lo em mim
com entrega e sedução,
Por convicção florescer
com amor cúmplice na tua mão.
Maria-mole
Quando você aparece
me adoça facilmente,
Você sabe que lhe tenho paixão
e assim com êxito converte
este coração de pedra
em um coração de Maria-mole
porque ao seu charme se rende
e com ele você sempre tudo pode.
Poesia Dramática
Nas águas inspiradoras
cristalinas ou turvas
da Poesia Dramática
me banho etérea
no objetivo e no subjetivo
para falar que não se trata
apenas de tristeza,
e sim trata-se do épico
que dialoga sobre o heroísmo.
Na Poesia Dramática
repouso ou agito o eu lírico
que é sobre todos
os nossos sentimentos,
nem mais nem menos.
Reunidos ou não sem nós
poderemos sentir muito
ou nos encontrar para reviver
tudo aquilo até que não vivemos:
encenando ou lendo,
porque nela contém ensinamentos.
Poesia Sátira
Não existe melhor
Poesia Sátira
do que a se escreve
sem palavras
para quem se acha
a joia rara e no fundo
não vale nada.
Poesia Concreta
Para pôr em prática
a Poesia Concreta
o verbo é essencial
para o quê o desejo segreda.
Poesia Mélica
Poesia Mélica feita
para cantar a sua existência enquanto toca a corda da lira
do coração és Treno, Epinício
és entrega em anunciação
e hipnótica atração.
A noite escura
contada por
Heba Abu Nada
que da vida
foi arrancada,
Faz a poesia
na escalada,
A voz da guerra
não tem poder
sob a voz do poeta
mesmo que
seja mortalmente
encerrada,
A poesia segue
ainda mais ecoada
e se torna incapaz
de ser capturada.
O antigo colar
de coral palestino
como recordação
caiu na minha mão,
o teu precioso
coração ainda não.
Quando chegar
o tempo tomaremos
a mediterrânea direção
tocaremos os astros
com a nossa convicção.
Ser como a canela
sobre o doce ou sobre
a sua fruta predileta,
Ser o doce ou a sua
fruta predileta
enquanto escolhe
com ou sem creme.
Dominar os teus
meridianos e ser
a parte mais selvagem
dos teus oceanos,
Te colocar em ponto
de fogo e rebelião,
e sem luta te ganhar
com o poder de sedução.
Ser poesia e persuasão
por corais negros
coroada para tomar
posse dos teus segredos
e me divertir com eles
quando as luzes da cidade
as estrelas forem acesas
pelos meus poemas. Assim seja.
O meu lado é indomável
sob o Céu vermelho,
Para ti sou irreversível
sob a Lua e a estrela guia.
O meu balanço vai
no ritmo do Mar Negro,
O teu amor por mim
de longe eu percebo.
Das minhas mãos
brotam corais vermelhos,
Segredos e desejos
fazem festas em nós.
Os olhos e as entonações
sem esforços se declaram
do jeito que o amor doce
e a paixão se fundem no infinito.
Amor sublime amor,
você tem feito planos comigo,
Amor bonito amor,
você me quer o tempo todo contigo.
Na cesta encantada
feita de Arumã onde
guardo a memória
de um tempo de glória
Busquei o meu colar
de escamas de Pirarucu
trançado com Tucum
para me enfeitar
e contigo fazer História,
Seremos um do outro
porque com a tinta
do destino o amor
está escrito e consagrado
com festa e a poesia inevitável
sob o desígnio do Universo
com romantismo imparável
que abriram caminhos
para o encontro o interminável.
Trancei o meu cabelo,
enfeitei amavelmente
com flores de Babaçu,
para ir em busca de Murumuru,
Não existe ninguém
no coração maior do que tu.
Além da cesta de Tucumã
carrego o orgulho que
tenho de amar esta terra,
Ainda não perdi a mania
de continuar sendo poeta.
Seja sob o Sol ou sob a Lua,
sob dias com ou sem chuva
continuo sendo a mesma
a artesã das palavras que
me levarão a ser somente tua.
Resolvi separar a Piaçava
para trançar um colar
com pingente de Jatobá,
Vou fazer também
um bracelete e um
brinco para me enfeitar,
Porque quem quer um
amor tem que se preparar.
Se a Piaçava sobrar vou
fazer um enfeite de cabelo
porque ainda tenho uma
Mutamba para pendurar,
Porque com poesia artesã
gosto sempre de inventar.
Ainda hoje hoje num
Pau-pereira este poema
vou pendurar para ver
se você passa a me notar.
Quando o Sol
raiar vou até o Murici
frutos colher,
As sementes vou
guardar e preparar
porque quero um
colar de muitas voltas
para me presentear.
Tenho colocado no dossel
etéreo o tempo todo
a crueldade e a bondade,
Danço no Céu e no Inferno
com toda a intimidade,
A minha pluma de poeta
na verdade é corta sabre.
O cataclisma e a harmonia
ondulam com os seus véus,
Os punhais de salamandras
nas mãos fazem acrobacias,
O domínio que tenho sobre
você é algo que nem mesmo
o destino tem o controle,
O kajal está intocável no olhar,
no ritmo do oceano a embalar
e as estrelas estão a acompanhar.
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