Poema Nao Chora mais ele vai Voltar
Cerrado goiano
Canta o vento na folha seca
Dos galhos ásperos e tortuosos
A flora chora por uma trégua
Craquelado em uivos dolorosos
É o arqueado doce seco cerrado
De campos densos e preciosos
Chão goiano irregular e sulcado
Povo alado, de serena alma a trovar
Este cerrado abarroado, elevado
Que o desencanto encanta o poetar
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
09/03/2016, 18'50" – Cerrado goiano
AVINDO (soneto)
Pálido, o luzir do raiar, cerrado sombrio
Chave lá fora, cá dentro o peito chora
Embalsamado no tempo que implora
Por afago, neste dia de um céu bravio
Sobre o leito do meu olhar a aurora
Em lágrimas escoadas do verso vazio
Melancólicas, com suspirar e arrepio
Que consola com a lua, branca senhora
E nos olhos rasos d’água, palpitando
A saudade, que dá aflição se abrindo
Em lembranças, que ali vai resvalando
Não te rias de mim, ó agrado findo
Por ti, no rancor eu velei chorando
Mas, no amor, paz e renovo avindo...
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
04/03/2020, 04’37” - Cerrado goiano
Dias solitários dia :
O sol se enfraqueceu, pós escurece.
A nuvem adormece, pós adoece.
O mar chora a solidão do vazio.
Noite de escura solidão profunda.
A lua estremece, pós trevas.
As estrelas desenflora, pós vento que retrocede.
Tarde sombria que chora a angústia.
Escurece o dia, pós manhã empobrece a ventania quente fria da primavera.
Ventos nas árvores, frutos maduros no chão são enterrados sem honrarias.
O meu coração nesse dia sente fata da sua companhia.
Saudades que chora a aflição sem despedida
do olhar eternamente adormecido seu.
Mãe é paz, é força e harmonia
Mãe é luz que irradia
Mãe abraça, mãe bate e mãe chora
Mas nem hoje e nem outrora
Pensou em querer deixar de ser mãe!
Amor sublime, que doa, exprime...
Mãe é tudo, mãe é vida e jamais se exime!
(Vanessa Becher de Toledo, 30/04/2020)
São rosas para mim.
Moça que chora!
Me dizes que sonho;
Os chamo desejos,
Desejo de muitas quimeras.
Dizes que amo;
São das rosas este amor,
Todas são as rosas,
Todas são elas.
D'uma lua sou atenção;
D'um sol sou calor.
D'onde só estiver uma rosa,
Ali está o amor!
Meu coração é dela um jardim;
Cuido com carinho
E rego com amor.
Toda ela tem seu nome,
Nome que não as dei;
Não é delas meu coração,
Só o amor que meu não é;
São das rosas,
Todas elas.
Dos jardins que sucumbiram,
Retiro já sem vida suas pétalas;
E na ventania do meu peito,
Guardo-as na poesia do meu viver
E a cada sorriso, nova pétala.
São das rosas, todas elas são:
Meu silêncio escrito,
Meu sorriso e minhas lágrimas,
A companhia da solidão;
O jardim meu coração.
Só não é o amor, ah o amor!
Este! Não é meu.
São delas. Moças que choram;
As rosas:
Todas elas são.
José Henrique.
quem é solteiro dorme bem
E o coração vivo mantém
Quem namora, extrapola,chora
Fala tudo do coração pra fora
A cada processo
de autoconhecimento
você chora, você ri.
O crescimento, a evolução,
é o caminho... Nunca o fim...
Mas o meio!
Minha alma chora,
no acalento da tristeza,
na dor de um passado sombrio,
de um presente passado,
e de um futuro incerto.
Meu coração quebrantado,
na dor que machuca,
na escuridão que me perde,
de uma vida vazia,
de sorrisos sem risos.
Minha Face aparenta,
a felicidade triste,
os olhos fundos,
de alguém que vive sem vida,
que sente saudades do que nunca teve.
No vale da morte,
colho rosas vermelhas,
em terras sem adubo,
com cheiros de véu,
ela se aproxima aos poucos.
Por dentro vidros quebram,
os pedaços se espalham,
as forças se perdem,
ela me chama,
com voz seduzente, fria e calma.
Ergo minha cabeça,
peço forças para continuar,
me arrasto, levanto,
caio, se machuco, entro em coma,
a sepultura se aproxima.
não sei o que faço agora,
uns que se tornam mais fortes,
e alguns que nascem sem sorte,
leve-me em sua memória,
pois o que me resta é a morte.
Chora comigo saudade,
chora comigo sem pena,
machuca sem piedade,
a falta dessa morena,
levando minha felicidade,
em uma noite serena.
TRISTE MENINA
Chora cá a tua morte pra eternidade
os soluços que assim a memoraram
as lágrimas arrancadas não secaram
nos carecentes campos da saudade
Aflitiva entre as aflitas a tua verdade
molesta por todos faltos que faltaram
as tuas consumições nunca cessaram
na tua meiga e agitada sensibilidade
Então, sonha aí, posta na conciliação
no teu moimento da campa santa
agora pode aquietar o teu coração
Dorme, na graça e na união Divina
dói n’alma o silêncio que agiganta
ide em paz, saudosa, triste menina!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
28/11/2020, 11’23” – Triângulo Mineiro
Sétimo dia da Páscoa da prima Flávia Magalhães Nogueira
A poesia dá voltas, aquieta, agita, chora, ri, liça, reconcilia. Na alegria sempre latente, e na alma presente...
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
2012, Rio de Janeiro
"Aquele que comigo,
quando eu choro, chora
Aquele que comigo dança,
A este jamais direi:
Ora, não me amoles
Porque se como o ferro com ferro se afia
Afia o homem a seu amigo
Isto hoje te digo: Podes me amolar!
Ó Deus, dá que quando entre eu e meu amigo
Houver atrito a ponto de sair faísca de fogo
Que eu não me desaponte porque esse tal
É enviado teu pra que eu não fique cego
Porque cego não vê que sem o esmeril
Se perde o fio, o gume
Quem pode perceber, não perde a comunhão, assume
Estende a mão, aceita
A pedra de amolar"
Na estação da chamada Vida, tem gente que chega sorrindo e amando.
Gente que chora sem jamais amar e vai sem conhecer o riso.
Gente que chega e escreve sua história.
Gente que vai sem deixar sinais.
Na estação chamada Vida...
As paradas não retornam,
só segue em paz a viagem quem transformou as
lágrimas em sorrisos.
"Ela estava aqui perto de você
Mas você conseguiu afastar-la de ti
E hoje você chora pelo mesmo motivo que um dia o fez sorrir..!"
Raparigas é para serem valorizadas, bem tratadas, amadas.
Rapariga que chora porcausa de um rapaz é lastimável, não merece.
Homem de verdade é quem cuida, quem protege, quem ama quem sente mesmo!
Não que a controlar, não que a maltrata, que a faz chorar, e ainda fica metendo nos pensamentos da que ela é a culpada.
Homem mesmo de verdade é quem sabe dar o espaço que ela precisa, dar tudo de si para lhe ver feliz, cuidar dela, proteger ela, amar ela!
Então para de ser estúpido em fazer meninas chorar pois elas não merecem!
______________________
By: AlexandreForlinhas9
te pedir e chorei
Chorei como chora um filho com fome
Chorei como chora uma viúva em velório
Chorei como chora um cavaquinho em noite de samba
Chorei, chorei, chorei...
No passado chorei
Hoje não choros mais .
Sou forte, sou forte
Como uma serpente no peito
Uma serpente raivosa
Que de dor dança
Grita e chora.
Tenho nas mãos
Pedaços de sangue
Réstias de paixão
Na alma fatias de sonhos
No rosto risos partidos
Migalhas de amor próprio
Na garganta a voz surda
Nos olhos constelam estrelas líquidas
Nos lábios soluços e prantos
E na beleza do delírio
O sol morre afogado nas lágrimas
Assim de repente
Levanto como um facho
Esculpida pela renúncia
Agarro "balaio" de história
De beijos e equívocos
Exponho para o céu.
Ponho o meu vestido
Vestido dourado dos meus filhos
Com mão na cintura
Carrego a fraqueza
De alegria que rasgou-me
E sangrou-me nas palavras.
Sou forte, sou forte
Tão forte sou que
Desconheço a minha força
Glória Sofia 2-7-2020 11:27
SINO DOLOROSO (soneto)
Plangei, sino! O cerrado chora essa dor vasta
Ecoado no infeliz peito e no soneto solitário
Dessa realidade vil de uma tirania tão casta
Do afeto que um dia foi por nós necessário
Cantai, sino! A sofrência no cortejo arrasta
Verdugos sentimentos solução no itinerário
Escorrem lágrimas que ao pranto não basta
Arde a emoção e a alma neste árduo relicário
Em repiques de pesar, em desilusão a finados
Tilintando rancores, ó carrilhões, que aí tala
Em campas de sanhas, e de renhidos brados
Toe, sino doloroso, que no silêncio devasta
Badala, bimbalha, e num soar o aperto exala
Brandindo o amor com uma emoção nefasta
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
08/07/2020, 12’10” – Triângulo Mineiro
Olavobilaquiando
Lacrimejos
Tenho um olho que chora,
Sensível demais no lacrimejar
Desde pequena, minha mãe disse
Que esse olho se põe a chorar.
Tenho um oceano dentro dele
Barulho, uma onda, o sopro do mar
Tem mais do que eu poderia descrever
Tem mais do que eu poderia declamar
Tem devaneio e tem lapso
Tem um brilho apaixonado
Tem esperança ao pôr-se o sol
Trago lembranças e outras,
Quem mais poderia entender
O olho que chora mais do que vê.
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