Poema Nao Ame sem Amar
TMJ
De quatro, de zinco,
De teto, de teta,
De trêta, de grêta,
De méta, de mêta,
De meia, sem meia
Com nove, com nova,
Com muita vontade...
Ouros
.
Lá vem tentação a galope
E fujo pra mais perto dela
Que nem usa sela e, eis, que monta
Sem brida, receio, sem nada!
Os mega milhões nessas horas
Estouram, debandam de mim
Inundam de luz e de plasma
Viagem mais louca não tem
A mina tem tanto a me dar
E cavo sem pressa, hei-me tal
E qual azoado mineiro
Enquanto eu escuto os uais!
Maria Luísa, sonho de amor,
Divina em beleza és tu,
Felicidade e loucuras, com amarguras que quero curar.
Teu nome principia no meu coração,
De cabelos cacheados, olhos escuros, tua beleza me deixa cego, tendo olhos só para ti.
És motivo de minha felicidade e inspiração para escrever.
Este poema de amor traduz teu nome e é todo teu.
Ah, Maria Luísa... Por vê-la tão de longe fico cego de amor, não sei se tamanha perfeição meu coração aguentaria ao te ver diante de mim.
Ah, Maria Luísa... Eu penso em felicidade, e minha mente desenha você, desenha um futuro contigo, onde a noite é nossa e temos o nosso cantinho.
Tinta trovadoresca
Vem e vão numa passagem
hora ligeira, hora travada.
Nuvem branca e nuvem negra,
Porventura não será ela a mesma?
Talvez sim, talvez não,
cabe o poeta distinguir.
Saberá a alegria de amanhã?
Saberá a angústia de ontem?
Não! Ou sim...
Afinal, o que interfere no poeta?
ASSIM SERIA
Em secretos encontros semanais,
os dois nos demos ardorosamente
àqueles verdadeiros festivais
do que, em luxúria, a vida nos consente.
Foram sublimes relações carnais
de que a mão do prazer, a ferro quente,
fez questão de gravar vivos sinais
que não se apagarão de nossa mente.
E, se acaso tivesses a coragem
de retomar a nossa fantasia,
eu – da maneira como os loucos agem –
pronto estaria a ir aos meus extremos
e até à Química eu recorreria
para viver de novo o que vivemos.
MEU PAI
A despeito da física fraqueza,
Era meu pai um sábio, de alma mansa,
Sempre pronto a levar luz e esperança
A quem visse entre as sombras da incerteza.
Nunca foi homem de juntar riqueza.
Mas, onde agora está, em paz descansa
Por haver nos deixado, como herança,
Seus exemplos de honra e de pureza.
Se ele viveu num mundo corrompido
Por vícios, desamor e falsidade,
Seus atos de virtude foram tantos,
Que Deus o recebeu, já decidido
A deixá-lo passar a eternidade
Ensinando bondade e amor aos santos.
Na luz do nascer do sol, um novo dia surge,
Oportunidades sussurram, como melodias que se insurgem.
Aproveite-as com fervor, com paixão e intensidade,
Pois o tempo, uma vez passado, não permite clemência.
Através dos vales da tristeza ou picos do prazer,
O tempo tece sua história, no dia e na noite a percorrer.
Ele esculpe memórias, gravando-as profundamente,
Na tapeçaria dos momentos, que tua alma mantém presente.
Portanto, aprecie cada amanhecer, o abraço de cada pôr do sol,
Abrace a jornada, encontre teu próprio ritmo de corrida.
Pois o tempo não é apenas uma medida, é a essência da vida,
Viva plenamente cada instante, na eternidade compartida.
Crise de Poesia
Tinha um tanto de poesia, gritaria e pranto aqui dentro
que nem se deu escrever, fui me encolher.
E deitado, deixo a alma assustada exalar,
o externo me ler,
e o interno doer.
Uma boa metade da arte de viver é a resiliência!
Surgem coisas novas e tudo muda.
Eu sou insaciável e intenso e tenho grande apetite por coisas novas.
Dos giros ferozes
deHiʻiakaeNamaka
o meu pensamento
está em vigília
neste nó cego que
ninguém tão cedo desata.
Nos nossos destinos
quero acreditar que
serão bem-sucedidos.
Hei de ver você chegar
com o brilho do teu
carro haumea
em noite de Lua nívea.
Nos nossos caminhos
quero acreditar que
não haverão mais espinhos.
Hei de atravessar
a trilha decorada
pelas helicônias
para te abraçar
bem forte quando você chegar.
A tempestade vai passar...
Ouvindo os cantos
dos pássaros
nesta manhã gris,
pelo menos tenho
algo que me diz
que apesar de tudo
ainda serei feliz.
Não faço idéia
onde você está;
no teu coração
um mundo todo
para nós dois
irei construir,
e nada irá destruir.
Algo me diz que não
posso por parar
de ir em tua busca
mesmo em dias
dias de sol ou chuva,
eu sou a eterna
tal noiva em fuga.
Amor, até a Lua
e o Universo todo
sabem do meu
plano convicto
até te encontrar
e o destino vir
a nos enveredar.
Por nós e tudo o quê
creio fiz um grande
e fino juramento
para não quebrar,
demore o tempo
que for e custe
o preço que custar.
Os sótãos e calabouços
rugem a devastação feita
pelo isolamento e pela tortura,
demoliram os sinais de fé
na vida e andam tentando
incinerar toda a poética:
(E ainda há quem insista
desfilar o seu ego inflado,
violar a lógica da hora
e espargir a vaidade política
neste momento de pandemia).
Cada versejar tem sido de minha
responsabilidade real,
versejo também a América Latina,
o tempo, o vento e os sonhos
de reconstruir os rumos da História:
(Não é segredo para ninguém
que não conheço a tropa
em situação muito brutal
e o General que continua preso
injustamente e incomunicado
há mais de sete meses).
Que me custe a simpatia de todos,
pois falo o quê a minha
consciência manda falar,
não dou aquilo que não se pode
ao autoritarismo de ninguém dar:
o silêncio como púlpito
para a voz da História se silenciar.
Buscando ler o futuro
nosso nas estrelas,
descobrir nada novo
sob a luz da Lua Nova,
sei que ainda há muito
nesta vida por fazer,
não deixando esquecer
quem pela consciência
correu o risco de deixar
nesta terra se prender.
O quê tem me levado
todo dia para você
talvez nem o Zodíaco
saiba explicar,
o antigo disco de vinil
coloquei baixinho
aqui na sala para tocar.
Correndo na estrada
rumo ao desconhecido,
mergulho no espelho
e o teu coração não
conhece mais perigo;
o ritmo do teu peito
Messier 77 que me tira
a distância para dançar,
doce oceano de amor,
és meu inequívoco lugar.
O ponto nômade
que nos une
está escrito
pelos céus muito
acima da
nossa vontade
de nos encontrar,
ele tem nome
e responde por destino.
No mundo onde povos
usam as dores
de outros e as próprias
para forjar poder
as custas de outros povos,
Opto em ser o vento
que anuncia a tempestade
que arrasta as areias
do deserto da consciência,
Porque sou a persistência
de passos nômades
que não temem escuridão.
Não declino da rebeldia
diária às àlgidas horas,
as noites de agonia
e aos dias agridoces;
Te ter em poesia
salva a verve em linhas,
Não abrirei a mão
da jura da espera infinita.
Na vida onde muitos
passam sob os limites
dos outros para mimar
o ego em noite de Lua Nova,
O Universo em viração
tem dado constante prova,
E só não tem visto quem
quer viver de pura ilusão.
Eu como aquela que provoca
porque da intocável rosa
eis-me espinho de titânio,
do violino a corda
e da música a melodia
que nem mesmo o tempo
será capaz da memória apagar.
Poética de última
consequência,
carrego o mundo
na ponta da minha
pluma flertando
com o perigo,
e na corda bamba
me equilibrando.
Paira tremenda
a Lua Minguante,
desta tragédia
o ar cortante
pesa nos pulmões,
o peso da notícia
furta a atmosfera
e ambos me
põem em vigília.
Há uma guerra
que se avizinha,
e outra de alta
intensidade prevista,
não vou fingir
que não é comigo:
este poema é
o prévio castigo.
Os tiranos se
esqueceram
que nós ainda
não superamos
a pandemia,
só de pensar
tem dado agonia.
Para cada ato
de guerra assinado
ou não, deveria
haver uma lei
que levasse o seu
tirano de estimação
a cumprir uma
preventiva prisão.
Com a mesma fé
de uma caravana
nômade em meio
a uma tempestade
de areia no deserto:
Antecipo que o meu
amor não é daqui,
e é por ele que espero.
Por se tratar de uma
situação inexplicável
pelo destino acenado,
ele tem tudo de meu
paraíso preservado
e a sete chaves é
o segredo guardado:
Lirídeas nos cabelos,
a espera da Superlua
e do astro dos anseios.
Por isso o meu tempo
eu passo vestindo
a alma de encanto,
e com poético zelo
para que corações
não sejam quebrados.
Lirídeas nos olhos,
a espera da Superlua
e do astro dos sonhos.
E assim sigo a vida
onde homens perdem
o tempo precioso,
trazendo o recado
óbvio, reto e claro
para uns que ignoram
a mulher que está ao lado:
A mulher virtual nunca
terá a grandeza
da tua realeza que te põe
a mesa, te aconchega,
e jamais vai te largar na tristeza;
viva como poeta e um jardineiro
para que não se finde a primavera
do teu imenso amor verdadeiro.
Como a correnteza
abraçando forte
a tua península,
tens tudo de norte,
nada de ondulante
e nenhum mistério.
Que eu te espero,
esconder não quero,
cada suspiro meu
tem sido para você,
até de longe tenho
dado para perceber
o amor que há de ser.
Como as galáxias
em aproximação,
nos fundiremos
em consagração,
longe do comum
e da compreensão.
Que além das noites
a Lua e a estrela
alinhadas e surgidas
do sonho do Sultão
beijando as marés
irão brindar teu rosto
e iluminar meus pés.
A Lua e a estrela
têm sido os faróis
do descobrimento
daquilo que intuía:
que nestas veias
Varosha está viva,
e iremos sobreviver.
