Poema na minha Rua Mario Quintana
Ariano Suassuna
Os homens de barro
Singela improvisação
Com o arco desolado
O sagrado e o profano
Cantam as harpas de Sião.
O pasto incendiado
E lá se vai um homem vestido de Sol!
De cerne Armorial!
Ao Auto da Compadecida
A pena e a lei.
O nosso rebento nordestino
No caminho da caatinga
Sem caneta, sem papel
Nas torturas de um coração
Um adeus ao deserto do sertão!
Stella
Radiante nell' oscurità
Brilla, brilla, brilla
In questa notte lugubre
Regna in me
Indomabile sentimento.
Si avvicina
Sorriso della vita
Gentilezza del domani
Tessendo i miei occhi
Rompe il mio oceano.
In un istante
La completezza del mio essere
Mi travolge
Desideri, sogni
La stella in me.
Doçura de viver
Entregai os sabores das cores
nas brincadeiras das poesias
aos vossos desejos reprimidos
das loucuras interditas
pelos laços dos vossos lábios.
Vigiai os olhares dos mares
nas valentias das vossas ausências
aos vossos pecados cometidos
das ternuras alvuras
pelos dias e noites das vossas mãos.
Almejai os odores dos amores
nas aquarelas das vidas
aos vossos corpos entremeados
das capelas adoradas
pelos apelos dos vossos pensamentos!
Aquário da vida
O dia amanheceu branco
mais gelado que meu próprio coração
sem nenhuma canção
sem nenhum pranto
o dia permaneceu branco
sem o teu encanto!
E se eu fosse a moça tecelã
deixaria o corpo que padece
me envolveria com sol e a neve
entre as linhas da minha face
teceria o calor e o frio
nos caprichos do dia e da noite
para ter contigo o amanhã!
Artaud
Da manifestação da insanidade
Uma articulação orgânica e estupenda da voz
Dentro do espaço da vocalidade
Alavanca o personagem marginal.
Da consciência da corporeidade
O abuso da verdade interdita feroz
Nas cadências melódicas da ritualidade
Subjaz a sociedade fatal.
Numa loucura da racionalidade
A reconstrução da palavra atroz
Na experiência-limite e literária da fecalidade
A sublime linguagem subversiva retal.
Estática
Corta-se o inútil
De pensamentos vazios
De superficialidade e imbecilidade humana.
Retiram-se as pedras
Em um momento oportuno
Tão logo traz a fertilidade da terra.
Arrebatam-se os ventos
Nas pegadas das borboletas
Outrora que se foi.
Corteja-se a beleza
Da sabedoria da alma
Somente o que se amálgama permanece.
O adeus!
Um dia a amizade aparece.
Diálogos, conselhos
Partilha de choros e sorrisos
Envolto aos ombros
E abraços de um amigo.
Um dia a amizade solidifica.
Momentos, decisões
Surgem os comprometimentos
De erros e acertos
Na vida de um amigo.
Um dia a amizade some.
Achismos, egocentrismos
Rompem sentimentos
De tudo o nada
Simplesmente jaz um amigo.
Diagnóstico
No andar profético
Um momento cardiopoético
Estetocopia meus batimentos
Amplificando meus sentimentos.
Abra-me com um bisturi
Retira a máquina
Recebo um coração
Desfilibra meus pensamentos
Respirando meus movimentos.
Nada bioquímico
Neste corpo atérmico
Devolva-me com verdades
Curando minhas enfermidades.
Toma a ti meu colo, me rendo..
Deleite o teu ser!
Faça-me descanso, tão manso...
Um regalo ao teu prazer!.
Venha eu te espero, é sincero..
Repousa-te em mim!
Traga-me teu canto e os prantos..;,
Te aceito mesmo assim!
No "teu eu" tão frágil e ágil ,que invade o meu ser*..
Neste amor que acalanta e encanta...
.... me faça o teu querer!
Paraliso-te com os meus beijos..
A mim conte os desejos de arriscar
Se confunda em meus braços...
Eu desfaço o teu cansaço!..
Poe tua cabeça em meu colo a repousar..
Pode vir em mim se esconda...
Mesmo que não esteja pronta, te ajudo a construir..
Moldo em ti novo sorriso, dele eu também preciso...
Para o "meu eu" redescobrir!
Construiremos só nossa ponte..
Em Fortaleza nos mais altos montes..,
Para cercar nosso pudor.
Então vamos juntos amalgamados..
Sucumbidos e acorrentados...
Lambuzar-nos no Amor!
Quantas cicatrizes as lágrimas que salgam os lábios precisam contornar...,
Até chegar ao doce descanso de almas e sorrir de coração?
devaneios......
Quebre as regras do não capaz,salte de dentro de si..
Voe em pensamentos,atinja a alma sem medo
Grite dentro da sublime voz do silêncio
Que no ardor do inatingível se amadureça e desate os nós do riso...
Livre-se de si ,torne-se mutável..
Estremeça a morada da felicidade...,
Permita-se a uma metamorfose de amor..
Iniciando pelo que está em ti.....o próprio!
Permita-se...
Que o passado perdido ,não limite o nosso tempo.
Que os segundos fluam tranquilos
Em cada segundo dos nossos momentos.
Que os minutos se distraíam em nosso caminhar..
E se eu for perder as horas em cada respirar...
Que seja com você, neste nosso Tempo de amar!
Nas brisas tão cinzas e preciosas..
Soprando em mim devolve-me a cor..
E pelos sons que ainda permite e emite..
Nascendo em enfim um simples trovador..
Nas cicatrizes carrego dores não nego..
E faz de mim bem mais do que sou..
Ah!.. e sufoco do grito rouco..
Plantou sementes também de amor..
Mas foi nos lábios,um doce encanto..
Dançando juntos , em parceria.....
Balbuciando em um mesmo tom..
E os olhos sorrindo na melódia..
Mero aprendiz sei bem que sou..
Ei de aprender também nos passos..
Mas necessários desta nossa vida...
De entrelaçar de dedos e apertar de braços!
(De:Rafael Vocalista)
Não sou daqui, morri e renasci...
Sou mais que bens matérias...
Deixarei saudade, viverei pra eternidade...
Espírito inquieto, alma frustrada...
Cansada...
Do amor não viverei,
De saudade morrerei,
Um dia só serei...
Alma verve, coração esfria...
Morrerei.
Desenho o céu, rabisco o mar.
Ao seu redor,eu vou cantar.
Eu vou sorrir,eu vou chorar.
Estou aqui, para te amar.
A CAATINGA AMANHECEU EM FLOR
Você falou que iria voltar, para mim.
Você saiu e levou o sol.
Você guardou as estrelas, para se lembrar.
Quando eu fui tua mulher
Aqui nunca mais há luz
Aqui nunca mais foi dia
Ninguém veio terminar
O que na noite enfureceu
Você sumiu
E, a lua foi visitar o sol.
E deste amor veio o arrepio
Você me amou na cama
no nosso altar
E levou a menina, que vivia em mim.
Você brincou com meu coração
Me aprisionou na sua história
Cansada de esperar:
Morri para mim.
E de tanto chorar dissolvi em lágrimas o meu sofrer
Umedeci rio, alimentei a dor.
Transformei a caatinga em flor
Matei a sede
Da minha alma
E, a caatinga amanheceu em flor.
Meu mar invadiu o sertão
Deu cheia no rio
Meu mar invadiu o sertão
Umedeci rio, extravasei a dor.
Transformei a caatinga em flor
PROCURA-SE UM AMOR
A princesa e o plebeu
E, eu que sempre quis encontrar o amor verdadeiro, pois, nunca pensei que em toda parte o encontraria.
Nas águas dos mares, nos oceanos que se estendem pelo mundo, no pico mais alto, nos lugares mais distantes. nas profundezas do aprofundar-se, na existencial essência do existir, para amar e, então, existir.
No simples desejo do existir de cada pessoa, e em cada olhar.
Na maneira de cada um sorrir, ou falar.
No singelo ouvir, sem ver e não se aproximar.
Na incessante busca do descobrir-se, e então concluir: que se pode amar a todos e se entregar, sem se entregar, ou, somente se deixar levar.
Além de mim: o ego, o outro e todos os seres, que além de alma, vísceras também têm num coração um espaço infinito e apto ao exercício de que amar se aprende amando.
Valente, medroso, imperioso este pode ser um amor, que se sente, e ora, se procura; se pressente que com a idéia deste amar, já se pode estar amando.
Por amor há um corresponder infinito, mesmo que tímido na idéia do amar.
Ora, ausente na entrega, e nessa procura cega: um amor que se ame, e te ame. Ou, só queira amar.
Para sempre, sempre simplesmente amar por amar.
É este eterno querer amar é que nos faz encontrar o amor.
O amar da entrega lenta, sem querer, por querer, sem desmentir, e omitir o querer.
Se a cada dia se ama um pouco mais, para também se amar sem esperar na eternidade:
a aliança da união, a lua de mel em Pasárgada, o vestido de cambraia pêssego,
os violinos nas canções dos Beatles, um beijo fugaz nos romances de Jane Austin.
o entardecer violeta de Amarcord de Fellini, o olhar arregalado de Audrey Hepburn em Bonequinha de luxo, que segue lânguido na película de William Wyler -A princesa e o plebeu.
O existir somente, num olhar de instante.
Num se entregar sem saber, que naquele único e, profundo instante olhar existiu um amor.
Sei também,
Que uma flor mostra a beleza
Na incerteza
De sua efêmera vida.
No entanto,
Todo encanto,
Por alguns não é percebido.
Pois sensibilidade,
Na verdade,
É algo que nem todos têm.
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