Poema na minha Rua Mario Quintana

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Se não puder aceitar nada pela fé, então será condenada a levar uma vida dominada pela dúvida.

Eu só queria te dizer que, independentemente de onde você for parar nesse mundo, eu estarei procurando por você.

Guarde a experiência como um tesouro. Os sonhos desaparecem depois que você acorda.

Por vezes, quando acordo de manhã, estou chorando. O sonho que devo ter tido, eu nunca consigo lembrar. Mas... a sensação de que perdi alguma coisa, permanece por algum tempo depois de eu acordar. Há sempre algo ou alguém que eu estou buscando.

Tenho medo de um dia esquecer tudo... E isso é porque agora tenho muitas coisas importantes para mim.

Uma vida mansa e isolada no interior, com a possibilidade de ser útil a quem é fácil ser bom, pessoas que não estão acostumadas a ser servidas. E trabalhar com algo que pode ser útil. Além de descansar, natureza, livros, música, amar seu próximo. Essa é a minha ideia de felicidade. E, então, acima de tudo, você como parceira e, quem sabe, filhos. O que mais o coração de um homem pode desejar?

Naquele dia, quando as estrelas caíram. É como se fosse uma cena de um sonho. Nada mais, nada menos que uma bela vista.

É inegável que viver sem lenço nem documento sempre nos alegrou. Isso está associado em nossas mentes com fugir do passado, da opressão, da lei e de obrigações maçantes. A liberdade absoluta. E a estrada sempre conduziu ao oeste.

Os únicos presentes do mar são golpes duros, e as vezes a chance de sentir-se forte.
Eu não compreendo muito o mar, mas sei que as coisas são assim por aqui. E também sei como é importante na vida não necessariamente ser forte, mas sentir-se forte. Confrontar-se ao menos uma vez. Achar-se na maior condição humana. Enfrentar a pedra surda e cega a sós, sem outra ajuda além das mãos e da cabeça.

Chega a manhã em que sinto que nada mais precisa ser ocultado, ir embora parece surreal, mas meu coração nunca ficará longe daqui. Tão claro quanto respirar, quanto estar triste. Trago na carne o que aprendi, vou embora acreditando mais do que antes. E existe um motivo, um motivo para voltar. Enquanto cruzo o hemisfério tenho vontade de ir e desaparecer. Eu me machuquei, eu me curei, agora me preparo para pousar, já estou pronto para pousar. Este amor não tem limites.

É nas experiências, nas lembranças, na grande e triunfante alegria de viver na mais ampla plenitude que o verdadeiro sentido é encontrado.

Há dois anos ele caminha pelo mundo sem telefone, piscina, carros, nem cigarros. A liberdade máxima. Um extremista. Um viajante esteta cujo lar é a estrada. E agora, depois de dois anos errando, vem a última e maior aventura. A batalha culminante para matar o falso ser interior e concluir com vitória, a revolução espiritual. Sem continuar a ser envenenado pela civilização, ele foge e caminha solitário pelo mundo para se perder em meio à natureza.

Venho pensando cada vez mais que deverei ser sempre um caminhante solitário da natureza. Meu Deus, como a trilha me atrai. Você não pode compreender esse incansável fascínio. Ao cabo de tudo, a trilha solitária é o melhor. [...] Jamais deixarei de vaguear. E quando chegar o momento de morrer, encontrarei o lugar mais selvagem, mais solitário, mais desolado que exista.

É-me impossível.

Vi-te hoje radioso, com um sorriso na cara,

E com simpatia contagiante.

Por escassos segundos senti que não havia amanhã,

Apenas aquele momento maravilhoso...

Senti felicidade aconchegando-me a alma...

Senti-me poderosa e rainha do meu trono...

As palavras ditas antes...? Quantas delas interessam?

Não certamente aquelas em que fiz promessas de te esquecer,

Ou de te tentar afastar de mim.

É-me impossível.

Cada dia é novo, especial.

Como tu, percebes?

É algo a que é impossível escapar, é um fenómeno inevitável.

Sim, aqueles preciosos momentos fascinam-me e ardem-me por dentro...

É-me impossível fugir de ti,

Da tua essência incandescente e frágil...

Vou lutar. E talvez cair (uma vez mais),

Pois sei que o amor é algo construído pouco a pouco.

Mas que a todos calha, com um pouco de sorte!

Penso que ainda será possível abraçar-me a ti,

Beijar-te sem medo,

Fazer-te feliz com todas as minhas forças,

Pronunciar ao teu ouvido a linda palavra de amor,

Que todos sabem dizer, mas poucos sabem sentir.

Sem ti, sou inércia.

Contigo, radiosidade e felicidade constante.

É-me impossível esconder o meu amor por ti!

Certa vez lhe perguntei se você voava.
Você me garantiu que não tinha asas.
Por que mentiu pra mim?
Senão,como poderia atravessar o mar,
e vir até a minha torre escura,
trazendo-me pão e luz.
Aprendi a conhecer o som do ar agitado,
do tremular da vida,e da oração sussurrada.
Você é capaz de dizer que realmente não
estava lá,do outro lado do mar?
Agora,a distância entre nós é
de apenas um passo.
Vejo seu rosto em plena luz.
Agora me diga:
Onde esconde suas asas?''

Aprendi uma vez a olhar o mundo de cabeça para baixo.Já pensaste como é que pode funcionar em determinados momentos?O que é ruim fica bom,o que é infeliz fica feliz,o que é triste fica alegre e, quando a gente olha para o chão,vê o céu.

Bilhete

Ora, como dizia o festejado
arqui-sofista Valerius:
“O Universo é uma nódoa
na perfeição do Não-ser”...
Relembro isto ao tentar mandar-te
– ante a pureza intocada
desta página –
uma mensagem
de Natal. “Mas”,
- diz-me a página, “essa mensagem
foi mandada há muito (pergunta
aos três Reis Magos
se não foi...)”
Ah! Sim, eles tinham a Estrela!
Mas onde é que ela está?
A gente por aqui só encontrou depois
estrelas pirotécnicas
estrelas-do-mar
estrelas de generais.
Melhor não falar e
– em vez de escrever
qualquer palavra que macularia
uma pobre página, ainda nuinha
como a verdade –
será bom apenas desenhar
coisas
sem nenhum conceito
para atrapalhar...
Hoje,
dia de Natal,
eu desenharia pois
– toscamente –
nesta página
a Virgem, o Menino, o burrico...
– imagina
o bem que isso nos faria aos dois...
Porque então,
eu não estaria
te mandando umaideia
apenas...
Eu te mandaria umaVisão!

Inserida por pensador

Tudo tão vago...

Nossa Senhora
Na beira do rio
Lavando os paninhos
Do bento filhinho

São João estendia
São José enxugava
E o menino chorava
Do frio que fazia

Dorme criança
Dorme meu amor
Que a faca que corta
Dá talho sem dor
(de uma cantiga de ninar)

Tudo tão vago... Sei que havia um rio...
Um choro aflito... Alguém cantou, no entanto...
E ao monótono embalo do acalanto
O choro pouco a pouco se extinguiu...

O Menino dormira... Mas o canto
Natural como as águas prosseguiu...
E ia purificando como um rio
Meu coração que enegrecera tanto...

E era a voz que eu ouvi em pequenino...
E era Maria, junto à correnteza,
Lavando as roupas de Jesus Menino...

Eras tu... que ao me ver neste abandono,
Daí do Céu cantavas com certeza
Para embalar inda uma vez meu sono!...

Inserida por pensador

Alegria

Não essa alegria fácil dos cabritos monteses
Nem a dos piões regirando
Mas
Uma alegria sem guizos e sem panderetas...
Essa a que eu queria:
A imortal, a serena alegria que fulge no olhar dos santos
Ante a presença luminosa da morte!

Mario Quintana
Apontamentos de história sobrenatural. Rio de Janeiro: Objetiva, 2012.
Inserida por pensador

Interrogações

Nenhuma pergunta demanda resposta.
Cada verso é uma pergunta do poeta.
E as estrelas...
as flores...
o mundo...
são perguntas de Deus.

Mario Quintana
Apontamentos de história sobrenatural. Rio de Janeiro: Objetiva, 2012.
Inserida por pensador

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