Poema Lagrimas Derramadas
Estou a um passo
De me deixar levar
Pelas loucuras
Que os livros me trás.
Toda pessoa normal
Em sã consciência
Acaba por se perder
Dentro de um livro
Crio asas
Vôo por todo o céu.
Sou pirata
Enfrento as ondas
Debaixo de um belo chapéu
Viajo o mundo
Conheço pessoas
Me apaixono.
Esqueço
Que a realidade me define.
Sou o vento
Sou o tempo
O esquecimento
A virtude
Quem me conhece
Me ama pelo o que sou
E me quer sempre perto
Quem não me ama
Não me conhece
Nunca tentou realmente
Me ver como sou
Sou apenas um detalhe
Mas um detalhe
Que se mostra com Intenso
Brilho... 🌠
Haverá sempre um apelo
Para que se compreenda
Os motivos ao qual a vida
Nos leva a vivenciar.
Pessoas se fazem de santas
Bondade onde não existe.
Ouvem atrás das portas
E sorriem com a desgraça alheia.
O mundo sobrecarrega
As costas com o tempo, pesa
E a vida que poderia ser fácil
Se desespera.
Encontros são desfeitos
O rumo traçado toma uma via
De tropeços.
E o que era saudável
Adoece, por falta de consenso.
A vida não é uma competição onde se vive para ser melhor que o outro.
Todos temos defeitos, todos temos qualidades, ninguém é igual a ninguém. Ninguém é melhor que ninguém.
Todos cometemos erros, todos somos pecadores. A vida é uma montanha russa, cheia de altos e baixos e é você que decide se quer viver com emoção ou não, se quer ser bom ou não, se quer viver se espelhando no outro ou não.
O melhor seria cada um na sua caixinha sem desmerecer ninguém.
O relógio marca
O ponteiro descarta
E a vida passa
Sem a gente perceber
São muitos momentos
Desejos
E o tempo não ajuda
Corre em disparada
Como se estivesse atrasado.
Com os minutos contados
E assim passamos a viver
Um dia de cada vez
Dezoito horas por dia
É o que temos para sobreviver
Tolo, aquele que acredita nas 24 horas
Pois o tempo comeu as horas
E o que nos resta
É correr contra o tempo
E fazer por merecer.
O tempo é cruel
Castiga sem dó
Se houver oportunidade
Agarre... Pois se passar, passou.
Nem sempre temos a sorte
Dele voltar a nos perceber.
Sinto falta da época,
Que andar na rua, era sossego.
Que brincar, era com brinquedo.
E amar, era momento (eterno)
Sinto falta
Das conversas, as risadas sem medo.
Das piadas sem preconceitos.
Do caminhar de qualquer jeito
Sinto falta
De cantar sem entender
De pular sem perceber
De amar sem corresponder
Sinto falta
De um mundo imperfeito
Mas que no fundo, todos tinham respeito
E não viviam com medo de viver
Essa história é de um tempo
Em que a tecnologia não havia
Corrompido vida.
Pois hoje se corrompe até
mesmo o feto antes de nascer.
A VERDADE NUA E CRUA
Corri, me escondi
Sonhei, ainda estou aqui!
Andando em círculos
Em uma rua escura
Rostos estranhos
Sorrisos maliciosos.
Procuro uma saída,
Não encontro.
Portas que se abrem
Que não chegam a lugar algum
Escadas longas,
Pessoas que ferem sem tocar.
Desespero, loucura
Um lapso de verdade
E o tumulto se acumula.
Novos rostos
Pessoas desconhecidas
Ninguém me vê
Ninguém me sente.
A verdade é nua e crua
Um corpo aparece.
E uma vida é destruída.
Mesmo diante das transformações
A vida em si, não muda.
Pode-se dizer que com a idade
Os pensamentos mudam
Que a maturidade, nos tornam diferentes
Mentira, a maturidade só nos tornam
Silenciosos, em alguns casos, falantes.
Nada muda ao acaso... Dentro de nós seremos sempre
Os mesmo.
Já faz um bom tempo que a gente não se fala, eu me lembro bem, quando você se esgueirava entre as árvores, muros e sombras. Me olhava de longe sem que eu percebesse, ou assim você achava. Mas eu sempre soube, sempre o vi, era uma sombra permanente a me seguir. Com o tempo foi ficando mais tenso, mais intenso, em momentos ao fechar meus olhos podia te sentir tão próximo que sua imagem fixava em minhas pálpebras.
Não era normal, você... Não é normal.
Se dizia de outro tempo, um tempo distante. Tentava de todas as formas me fazer lembrar, mas meu descuido infundado não me deixava focar. Jamais conseguiu entrar em minha mente, jamais permiti. E quando me senti presa, fugi. Hoje não sei onde está, como está, com quem está. As vezes sinto sua presença, mas acabo me ocultando para você não me encontrar. Até o momento deu certo, eu deixo você passar, o cheiro mudou, a cor mudou, mas você continua o mesmo, e mesmo na falta não volto, não deixo ... Me escondo, para não me achar.
É um ardor.
Sinto-o em todo o corpo
Como algo que queima
Tão devagar que não faz chama.
É uma dor constante
Uma dor oculta
Envergonhada
Com medo de se manifestar.
Não tento pô-la em palavras
Para ouvidos mudos.
Guardo-a para mim
Até a solidão voltar
Até nada restar para além do silêncio
Aí, expresso-a pelos meus olhos abaixo.
Escorre com sabor a mar
Tão inocente...
O ardor deixa de o ser.
Torna-se incêndio.
Espalha-se pelo corpo,
Que passa a ser nada mais que combustível.
Talvez um dia lhe ponha um fim.
Talvez um dia acabe.
Talvez um dia apague.
Talvez.
Não sonho mais com você
Nem faz parte mais de meus pensamentos.
Não crio mais historias,
Nao escrevo mais poesias
Minha inspiração foi embora
Você não faz mais parte da minha vida.
Não foi uma escolha própria
Foi o acaso do ocorrido.
Deixei de sentir, deixei de amar
A partir do momento que resolvi escutar.
Pode parecer estranho, pode até pensar ser mentira.
Mas sei que se quebrou, tudo que eu sentia.
Não haverá remendo que conserte
Pois a porcelana é uma peça fina.
Todos os dias deveríamos ler um bom poema, ouvir uma linda canção, contemplar um belo quadro e dizer algumas palavras bonitas.
Sou presa.
Esse seu olhar de predadora;
Faz assim:
Avança em mim?
Não pensa...
dispensa todo seu pudor,
me avança,
seja lá como for,
mas que venha por inteira,
fique ao meu dispor...
te espero,
quero...
e nem precisa ter amor.
Quero só que se lambuze,
que me use,
com ardor.
Ame-me
Guie-me entre teus intrigantes relevos
Faça-me sentir teus pontos de impacto
Escravize-me; faça meu corpo teu desejo
Espete-me, cheire e chame de cravo
Leve-me aos maus caminhos
Deite-me e seja má
Castigue-me! Mas com carinhos
Ame-me e só farei te amar.
Algumas vezes as lágrimas, são a única linguagem que o coração consegue falar e que todos São capazes de entender.
Romance da Bela infanta
Chorava a infanta chorava na porta da camarinha
Perguntou-lhe o rei seu pai: Por que choras filha minha?
Eu não choro senhor pai, se chorasse razão tinha
Todas eu vejo casadas, só a mim vejo sozinha.
Procurei no meu reinado, filha, quem te merecia
Só achei o conde Olário e esse já mulher havia
Ai meu rei pai de minh’alma, esse mesmo é que eu queria
Mande aqui chamar o conde pela vossa escravaria
Palavras não eram ditas, já o conde chegaria
E que a vossa majestade quer com minha senhoria?
Mando que mate a condessa pra casar com minha filha
E traga a cabeça dela nesta dourada bacia
Sai o conde por ali com tristeza em demasia
Ter que matar a mulher, e a mulher não merecia
A condessa que o esperava para abraça-lo corria
Com o filhinho nos braços já de longe bem ouvia
Sentaram-se os dois a mesa, nem um nem outro comia
As lágrimas eram tantas que pela mesa corriam
Porque choras senhor conde, desafogue essa agonia
Me dê a sua tristeza que lhe dou a minha alegria
Ou te mandam pra batalha ou te mandam pra Turquia
Nem me mandam pra batalha nem me mandam pra Turquia
O rei manda que te mate, pra que case com sua filha
E quer a sua cabeça nessa dourada bacia
Não me mate senhor conde, um remédio haveria
Vou meter-me em um convento da ordem da freiraria
Lá guardarei castidade e a fé que te devia.
Como pode ser tal coisa condessa da minha vida
O rei manda que te mate pra casar com sua filha
E quer sua cabeça nessa dourada bacia
Deus que te perdoe meu senhor conde lá na hora da cotia
Me tragam aqui meu filho entranhas da minha vida
Deste sangue do meu peito, beberá por despedida
Bebe meu filhinho, bebe, este leite de agonia
Hoje aqui ainda tens mãe que tanto bem te queria
Amanhã terás madrasta de mais alta fidalguia
Já ouço tocar o sino, ai meu Deus quem morreria?
Morreu foi a bela infanta, pela culpa que trazia
Descasar os bem casados, coisa que Deus não queria.
JOANINHA
Essa é a história de Joana dos Santos
Mais conhecida como Joaninha
Linda menina com tantos encantos
Seu sonho maior era entrar pra marinha
Tinha dois irmãos, mãe e padrasto
Numa casa simples da periferia
Rosto de boneca e corpo casto
Os vizinhos diziam que artista seria
Aos 11 anos tudo mudou
Joaninha tornou-se mocinha
Chegou na escola com o braço roxo
Sorriso amarelo e olhar de desgosto
Cada dia uma história contava
Bati na maçaneta, caí da escada
Escorreguei no banheiro
Cortei-me com o espelho
Dona Rosa, sua professora
Percebeu haver algo errado
Ela confessou à protetora
Que era violada por seu padrasto
Chorou amargamente
Disse que pra casa não voltaria
Dona Rosa tinha algo em mente
No dia seguinte o denunciaria
Ao acordar ouviu a manchete
Menina jogada em terreno baldio
Não entrou pra Marinha nem tornou-se artista
A pobre criança virou estatística.
AMOR DE GIZ
Pra falar de nosso amor escrevi no muro com giz
Perguntaram o porquê eu fiz assim se logo iria apagar
Respondi que pra mim amar tem que ser desse jeito
Algo me diz que amor de giz é melhor
Ele pode ser reescrito a cada novo dia.
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