Poema Filosofia e Arte

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⁠O florescer das Canafístulas
se aproxima para enfeitar
com cortesia e beleza o olhar,
que nós podemos cultivar;
acompanhando as estações
onde quer que cada um esteja.

Quem porta delicadeza
pode banquetear a todo
momento e em qualquer mesa.

Porque é algo que nenhum
tesouro pode comprar,
por ser um paraíso interno
que somente cada um
pode aprender a aprimorar
para o primaveral esbanjar.

É só o olhar que faz enxergar
a perspectiva que o outro
traz o essencial para alinhar.

Não importa para onde for
e quem quer que você seja,
saber o tempo de chegar,
sempre faz toda a diferença;
se ocupando da direção
com amabilidade e paciência.

Inserida por anna_flavia_schmitt

⁠Ninguém te explicou
a diferença entre
o Samba e o Pagode,
O Pagode é a festa,
o grupo ou encontro,
O Samba é para sempre
o gênero musical,
nascido raiz,
no terreiro, no meio do Jongo,
e na batucada em roda,
O Samba fez
e tem a sua escola,
Depois o Pagode
acabou virando moda,
e nasceu como um
outro gênero diferente,
Antes e depois
inventaram muitos
outros jeitos do Samba
tocar a nossa gente.

Dizem que quando uma coisa
pode dar certo feito a gente,
vai dar Samba certamente.

Porque quando se ouve um
Samba não há quem
não fique parado ou contente,
mesmo o mais resistente,
que não consegue dar o braço a torcer,
Só sei que o Samba
já passou por tudo na vida
e ninguém conseguiu até hoje o vencer.

Inserida por anna_flavia_schmitt

⁠Sempre que a Guyra Nhandú
bate as suas asas o frio
e a renovação se espalham
pela nossa América do Sul,
enquanto flores desabrocham
com discrição por todo o lugar.

É deste jeito que os corações
e a terra juntos se preparam
para a estação mais poética
mesmo que a tal cinegética
insista em vir a nos assombrar.

Assim haverá de ser sempre
em cada um a Primavera
contra tudo o quê nos austera,
até mesmo quando por aqui
não houver nenhuma atmosfera,
para nada quebre a fé no coração.

Inserida por anna_flavia_schmitt

⁠Relembro sob o Uxizeiro
que não é época de Uxi,
Embalo um doce segredo
que me apaixonei desde
o primeiro dia que te vi,
E que não há um só dia
que não pense numa
maneira chegar até a ti,
Obediente aos apelos
próprios do nosso tempo
aguardo o melhor momento.

Inserida por anna_flavia_schmitt

⁠As roupas e as ideias no varal
deixo por conta do Sol, da Lua,
das estrelas e das tempestades,
Esta alma fresca é mantida
por conta absoluta da poesia.

Tudo é cultivado no fino afã
de nada deixar dever a alegria
autêntica de dar graças a vida
até quando a danada desafia
no festival da virada dos instantes.

O pleno caminho de ida e volta
o quê prende somente tem a ver
com a liberdade sem receio,
Acostume-se com este jeito
de quem nasceu selvagem mesmo.

Inserida por anna_flavia_schmitt

⁠A Umbu-cajá bailando
nos braços tão amorosos
da envolvente ventania
até parece que convida
para com ela também dançar;
Vou buscar por frutas doces
como quem busca por beijos,
Pensando mais de mil jeitos
de cativar o seu paladar
para com sedução te alcançar.

Colho o quê tenho que
colher com o maior carinho,
deixo algumas com todo
o amor para os passarinhos,
e a fé no coração eu ponho.

Caem as gotas de chuva
e pelo mesmo caminho
volto com o anseio de ocupar
totalmente o seu fascínio
e como a Umbu-cajá vou
deixar que venha me embalar.

Carinhosamente não vou deixar
facilmente de ser o destino,
porque sei que é recíproco,
a hora certa irá acontecer
quando menos a gente esperar,
como haverá de ser e assim será.

Inserida por anna_flavia_schmitt

⁠Tirar a cada dia mais
o eu na escrita para dar
vazão a tudo quê se imagina,
Captar o quê cativa,
tornar-se de fato o quê
fascina e entreter com
o balanço dos buritizais da vida,
Dar nas tuas mãos a chave
oculta da mais profunda fantasia.

Inserida por anna_flavia_schmitt

⁠A Flor-de-Outubro
floresceu nas mãos,
Quando existe a ânsia
é o sinal de alguma
entrega mesmo que.
digam que não existe
para nós uma regra;
Retirei o eu e você
da poesia que nasceu,
para tornar em nós
em nome do que ainda
nem mesmo aconteceu:
Na minha cabeça
a gente já se envolveu.

(Permito-me assim decretar).

Inserida por anna_flavia_schmitt

⁠Não educaram o suficiente
os olhares para discernir
o quê realmente pertence
à nossa amada Pátria Natal.

A Era da Inteligência Artificial
anda sussurrando que talvez
seja ou não por premeditação,
corremos os risco iminente
de virem nos "tirar até o chão".

Sei como é uma Lanterneira
e não perdi a minha memória,
se sou de fato poeta ou não,
não deixo perder a História.

Se não reconhecermos
a imagem do que é nosso,
não julgue como coisa de loucos:
não vai demorar muito
para esquecer quem somos.

Inserida por anna_flavia_schmitt

⁠Floresce outubrina
o amável Cajá-Mirim,
Os frutos que posso
colher este mês
são os teus beijos
reservados para mim,
E tudo aquilo que não
haverá entre nós fim.

Inserida por anna_flavia_schmitt

⁠Outubro de Jarandéua
em floração,
De amor sublime
no coração,
Nada mais desvia
a atenção,
A sedução embalada
está ganhando
estrada e tornando
a cada dia mais real
a nossa aproximação.

Inserida por anna_flavia_schmitt

O céu azul me convidou,

O vento me contou:

Que o teu amor me guardou.



O mar sussurrou,

Ele reverenciou,

As nossas pegadas,

Duas almas enamoradas,

Passeando à beira mar,

- alinhadas

Ah, como é bom namorar!...



O mar nos encantou,

A duna se deslocou,

E o pé do meu do meu amor tocou.



É muito lindo relembrar,

Nós dois à beira mar,

De mãos entrelaçadas,

E sorrindo sem parar,

Brincando de roda

- sem parar -

Os dois se deixando levar

Por essa loucura que dizem que é amar.

Inserida por anna_flavia_schmitt

Uma cena que ninguém imagina,

Ela se passa amena, tranquila,

Poeticamente amanhecida,

No meio considerado como nada,

Mas todos querem estar lá,

Esbanjando celebração e vida,

Repletamente praiana,

Sobre a charmosa duna,

Que ninguém questiona ou duvida,

Tão tranquila cena,

O ninho das corujas, bem ali,

Um símbolo de glória e de sabedoria,

Morando muito bem na Praia de Salinas.



Em Balneário Barra do Sul,

Tudo se celebra:

o tempo, o mar e a vida,

Aqui tem mar azul,

E o céu de todo dia é motivo

Para escrever a nossa poesia.



Ali, logo ali, após as dunas,

Elegantemente esculpidas,

Por areias monazíticas,

Vejo o barquinho deslizando,

As gaivotas bailando,

Fazendo a festa da pescaria,

Logo, logo, chegará a Festa da Tainha,

- soberana

Ela que é a nossa rainha,

Festa do povo barrasulensse,

Que esbanja sorriso,

Poesia,

E intensa alegria.

Inserida por anna_flavia_schmitt

A maré mansa no canal,

É como um verso sem igual,

Dá para sentir tudo...,

E uma vontade de desbravar

O oceano profundo do teu olhar.



O olhar castanho,

Repleto de canto,

Sorriso bonito,

Coração infinito,

E repleto de amor.



Temos a nossa embarcação,

Você é o pescador,

Eu sou a tua ditosa sereia,

E você é o meu amor,

Dois tripulantes da paixão.


Você

Que carrega no seu coração,

O caminho,

A rota,

Que te levam para mim,

Para Balneário Barra do Sul,

- o endereço do sossego

E do nosso amor sem fim.

Inserida por anna_flavia_schmitt

Não tenha receio

- do destino

E nem de escrevê-lo,

Observe o caminho,

Este é o meu pedido!



Celebram e revoam,

Sob o céu colorido,

E sobre o mar de chumbo,

Assim são os pássaros,

Livres como o teu amor,

Que é o maior do mundo.



Os teus dedos tocam

A Lua e a estrela;

Paciência de esteta,

Que ama com beleza,

E refinada cadência.



As areias seguem o curso,

Somos como elas,

Temos leveza, e pertença

O receio não nos pertence;

Só exclusivamente o perene.



Os teus lábios macios,

Intensos e atrevidos,

Doces e quentes,

Não meteóricos,

Etéreos e atraentes.



Esbanjando essa fascinação,

Airosa sideração,

Não menos dispersa,

Encantamento de quem guarda

Para dois amantes:

o cálice da paixão.

Inserida por anna_flavia_schmitt

Eu tenho muito

a te oferecer,

É verdade,

eu sou um oceano

Do amanhecer

até ao entardecer.



Um fenômeno anônimo,

Um impulso discreto,

Um amor doce e secreto.


Inteiramente

deslumbrante,

As minhas tonalidades

ousadas,

E as entonações abusadas...



Para te endoidecer,

Para te embalar,

E fazer a tua pele ferver.



Eu tenho virtudes,

É verdade, eu sou

o desencontro,

O encontro com a cabeça

recostada

Sobre a tua vontade,

o teu ombro.



Suplicante, pedinte,

- insistente

Assumida,

e sempre carente.



Sou a encarnação

da rebeldia,

O amor cheio

de revolução,

A canção repleta

de emoção,

A luz dos teus olhos,

A habitante

do teu coração,

A verdade cantada

em canção,

A tua loucura

cheia de paixão.

Inserida por anna_flavia_schmitt

A noite chegou sorrateira,

E sem fazer barulho,

A brisa e seus meneios,

Tomam conta de tudo;

É noite, olhe para cima!

A Lua sereníssima,

As estrelas te imitam,

Todas bordadeiras...,

Vejo aves noturnas,

Gentis e faceiras,

Deus é o segredo!



A noite chegou agradável,

- serena -

Pelos fios bem entrelaçados,

Através das mãos da bordadeira,

E da grandeza da sua alma,

De menina e de estrela,

Que à todos ilumina!



Ao fundo ouvindo um violão,

Uma canção de Renato Russo

Vozes bendizendo:

"Quem um dia irá dizer

Que não existe razão

Para as coisas

Feitas pelo coração".



E assim segue a bordadeira

Cantando o refrão,

Com paz e fé no coração;

A bordadeira existe,

É crença feminina

No amor e na vida,

Alma forte e decidida.



Não menos delicada,

Não menos ternura,

Tão radiosa,

Bordadeira de Salinas,

Borda tão lindamente,

Encantando simplesmente,

Bordando o seu destino infinitamente...

Inserida por anna_flavia_schmitt

Você que saiu em busca da poesia,

Ela surpreendeu te dando uma

rasteira,

E agora? Como encontrá-la?

Ela entrou e passou pelos teus poros,

Sobrevoando as

(dunas),

E agora, está escondida atrás dos cactus,

E bem agasalhada no ninho das

(corujas).



Você que não sabia nada sobre poesia,

Ela descoberta por meus pequenos versos,

Te seduziu com todas as plumas...,

Com o voo

(silencioso),

Macio e

(carinhoso),

A poesia entrou e passou,

Deixando a saudade inteira em você.



Sendo notada ou não,

Voa poesia voa,

Escreve até sobre a garoa,

Mas voa porque a vida é boa,

Não desista de mim não,

Não saia desse meu coração.

Inserida por anna_flavia_schmitt

A paciência supera o tempo,

- contempla -

Se contenta até com o vento,

- se experimenta -

Se alimenta com a serenidade,

Não abre a mão da bondade.



Caminho de reerguimento

Busca a luz, a corrigenda,

Procura o devotamento,

E a dedicação ao dever,

Busca além dos sonhos

E daquilo que se pode ler.



Ter valor moral é real resistência

Ante a dolência provocada pela violência,

Devemos pedir a Deus:

clemência.

Não ter vergonha de sermos bondosos,

- e generosos -

Sempre a favor de todos.



É fundamental, buscar o amor

E a harmonia no silêncio completo,

- reflexão -

Para adoçar o coração,

Que seja o teu combustível a oração,

Elevada ao Bom Deus e Nosso Senhor,

Não tenha vergonha de espalhar

E de plantar harmonia e amor.



Reflexões,

Inspirações,

Intuições,

Boas ações,

Premonições

Com Meimei.



Ao mar,

Ao vento,

Ao solo,

Ao firmamento

Estão firmados:

O firme pensamento

E o bom sentimento.

Inserida por anna_flavia_schmitt

A neve como um véu,

Recobrindo a cidade,

Parece até um veludo,

Dá uma grande vontade

De se refugiar do mundo.



Desceu sobre a neve

A estrela matutina,

Parecendo os teus olhos

Que a todos ilumina,

Linda como nos meus sonhos.



O que sinto não se traduz,

Brilha igual à ele,

Além de seduzir - reluz;

Sinal da minha sede,

Nada apaga essa luz.



A neve veludo sobre a cidade,

Que cativa de verdade,

Quero conhecer Moscow,

Ver de perto as origens,

Que me ensinaram a paz e o bem;

E o meu compromisso com a verdade.

Inserida por anna_flavia_schmitt