Poema Filosofia e Arte
Uma visão que do coração
toma conta na Baía do Babitonga,
divina Ilha do Pernambuco,
por um instante fugi do mundo.
Furo que o mar faz na memória
no idioma do povo que a História
pertence permanecendo indelével
e mais vivo do que nunca mente.
Sei muito bem qual a rota eleger
aconteça o quê acontecer
e navegar: levo a filiação do mar.
A dança do tempo sempre mostra
sob o Sol ou tempestade,
e premia quem espera de verdade.
A luz da Lua Crescente envolvente
no Médio Vale do Itajaí com as luzes
da romântica Cidade de Rodeio
trazem à tona memórias do peito.
A alma, a mente e o coração
pertencem a América do Sul
e a nostalgia da guerra das Malvinas
escrevem juntas poesias engolidas.
O quê carrego não vai passar
porque toda esta Pátria Austral
também é o meu sagrado lar.
Abrir mão da liberdade é algo
que jamais vou abdicar,
porque assim sou e não vou mudar.
Fazer-te minha propriedade
privada como a Ilha Queimadas
na Baía do Babitonga é uma
ambição que não abro mão.
Algo de muito de Carijó ainda
permanece em nós e brinda,
e sei que não nada que impeça
de todo o coração e os pés na terra.
Tu haverá de ir e sempre
irá para mim regressar porque
de dentro de ti não tirará.
.
Porque não há mais como negar
a absoluta dama das tuas auroras
e a glória do amor do tamanho mar.
Quando a constelação
Cruzeiro do Sul
encontra a posição
no nosso Hemisfério,
Coloco a confiança
sob a Chakana
pelos teus olhos
que tanto enalteço,
e venero acordada
porque não te esqueço.
O Médio Vale do Itajaí iluminado
pela Lua Crescente traz solene
a inspiração e o encanto necessário
na nossa Cidade de Rodeio silente.
Trago diante das vistas a rota
para que não entremos nesta onda que mais parece um filme de volta
a passados sem nos dar conta.
Tudo está em alta rotação,
para saber lidar com tudo isso
é preciso serenidade e atenção.
O quê realmente importa é aquilo
que te traz paz e libertação,
aprenda a cultivar a concentração.
No silêncio noturno
ilhéu da Ilha do Quiriri
Um olhar profundo
como um banho de estelar
Dos pés a cabeça
a amorosa emergência
A fortuna poética
que não dá para disfarçar
Navegando neste estuário
tenho consagrado
a rota do atemporal rimário
Daquilo que ninguém conta
sobre a Baía do Babitonga
reafirmo o pacto com o tempo.
Permito-me serenar
pelo Luar Crescente alumiando
a nossa querida Rodeio,
adorada musa citadina
do Médio Vale do Itajaí,
lapidando a utopia poética por aqui.
Sem temer nenhum tipo censura,
vivo para admitir a minha loucura
que é o meu romantismo exacerbado
numa época que falar livremente
de paz e amor tem sido desprezado.
O quê é extremo ou de gracejo
pertence só a quem não foi avisado,
consciente do que e como mereço,
e, daquilo que sei que pertenço,
jamais será na vida arrancado...!!!
(Vivo para ao autoconhecimento
render culto e dele fazer endereço,
nem todos podem fazer o mesmo).
Ouvir as badaladas do sino
da Igreja Matriz São Francisco
de mãos dadas com as flores
do Ipê Rosa do tempo no céu
ao redor da Lua Crescente.
Ter como lembrete a paz
e a unidade sob medida
para atravessar este século,
assim a aurora vespertina
desce com a sua mensagem
sobre o Médio Vale do Itajaí.
O céu do Hemisfério Austral
brinda a visão e o coração
de quem olha o festival
sobre o Pico do Montanhão
com o seu traje de fascinação.
Dou-te a emoção, o encanto
e o sacramental silêncio
da tranquila Cidade de Rodeio
da onde há o encontro e a surpresa de quando menos esperar tu
haverá de escrever o seu poema.
Saber ir e voltar das situações
que não se pode navegar
no mar das humanas emoções
e até daquilo que se não pediu.
Diferente do que impuseram
na Ilha da Rita nós sempre
podemos reagir para o curso
da história nunca mais se repetir.
No campo do diálogo e da ação
para não cair nas armadilhas
da nossa própria destruição.
Para que ninguém tenha mais
poder sobre nós e que venhamos
se lembrados da melhor maneira.
Madrugada de Cruviana
a falta que a sua existência faz
é a única que não engana,
A gama e o de buscar
que não há mais como simular.
...
Na balada da Corrubiana,
o véu frio da madrugada
de névoa e de garoa,
A dança das estrelas
e eu coberta de poemas.
...
Nesta roda de Corriola
ao som da viola
do Mestre encantador,
Vou encontrar o meu
amor que irá me dar
o coração e o andor.
...
Corta-Jaca bem dançada
para fazer a sua atenção
toda para mim voltada,
Eu sei que você me deseja
e não estou equivocada.
...
Depois de me dar o melhor
do seu coração com amor,
Tu haverá de se divertir
com a Corrida do Chapéu,
Porque és meu céu
e sabemos por onde ir.
...
Há cruzes traçadas
no chão de Correr Caguira,
Lembrança de infância
e de muita poesia desta vida.
...
A tua memória tem agido
como buscando o ninho
na Ilha do Xavier haverá
de ser por mim e assim será.
Leio isso na dimensão
do meu Atlântico Sul,
pleno desta Pátria Austral,
num rito jamais visto igual.
Em ti a minha existência
habitante tem escrito
o seu secreto romance.
Espiando-me no buraco
da fechadura os teus olhos
meninos de amor têm inundado.
No Extremo Sul
de Santa Catarina,
um rio que muda de cor
é digno de poesia.
Ora verde ou azul,
sua resiliência extremada
ainda no Rio Araranguá
se pesca com tarrafa.
O rio é como a gente
que precisa de tudo um pouco,
sem ele ficaremos no sufoco.
Nas cores dele deixo
o meu coração e o carinho
em nome de um melhor destino.
Não dá para fingir
que o nosso presente
ainda parece repetir
os vícios do passado,
Se renova o voto diário
de camélia do jardim
espiritual da Abolição
ainda que pague o preço
ordinário da incompreensão.
(Resquícios de outrora pedem
renovação de tipos de rebelião).
O Rio Urussanga
precisa voltar a viver,
como aquela alegria
genuína que a gente
sentia sem mais
e nenhum o porquê.
Nas águas do rio
a gente também
encontra águas
de banhar e de benzer,
se a água está boa dá
para plantar e colher;
por isso deixe a mata
na beirada crescer.
Todo mundo gosta
de comer peixe e ter
água para beber,
não posso fazer nada
a não ser escrever,
porque sei da dor
do pescador de querer
continuar a sobreviver.
A algazarra das araras
na memória do nome do rio
nem mesmo o tempo
apagou como foi escrito.
Os tempos mudaram
e ainda insisto na recusa
pela última dança
nas correntezas do destino:
O quê falaram ou faltaram
está ali tudo o quê pode ser visto.
A ginga que levou continua
a mesma de barco de pesca
que dança no rio ou no mar,
Por isso vou por onde desemboca,
encontra e naquilo que toca
e a esperança ninguém sufoca
e tem a grandeza do Atlântico Sul:
(Carrego o quê há ora verde e ora azul
do Rio Araranguá do Extremo Sul).
No teu coração
apesar de inseguro
tens me abrigado
porque tens a mim
como o teu preclaro,
e algo me diz que
comigo tens futuro,...
Amor doce amor
mesmo sem nunca
sequer ter percebido,
quando eu te chamar
tu verás que tudo
no final fará sentido
feito de amor puro;
Ainda para você
no momento não
passo de mitologia,
e aquela que inspira
cartas de amor
que você haverá
de me escrever,...
Sei que sou a Lua
que te mantém
sempre distraído,
e tu és o centro
do meu sistema solar,
só quero que
venha comigo
quando for te chamar
na hora que o divino amor
em nós se derramar.
O espectro de cores
do crepúsculo místico
do meu país está
a cada dia mais próximo,
e admito que venho
sofrendo por antecipação;
pois a minha voz pertence
aos desimportantes,
e ciente disso me distraio
com a Lua e o Universo.
Peço as escalas e instantes
que ninguém perca
a grandeza original
que nos fez chegar até aqui
em dias de chuva ou sol,
e por tudo aquilo que vivi
e o quê ando a perseguir:
Uma fórmula que faça
florescer a bondade
e a nossa generosidade,
que na vida jamais
podemos delas desistir,
pois devemos ter algo
para nos segurar
quando essa hora chegar
ou se porventura houver
outra circunstância ou acaso
que faça tudo ao redor cair,
Para que estejamos
fortalecidos quando
chegar a esperada
mais longa tempestade
talvez invisível,
que sei que muitos
ainda não estão preparados,...
Como silenciosa prece a espera
e canto sereno em preparação
para encontrar ou abrir
um caminho de fina resistência
para que no tempo ainda
exista um assentamento
que me faça entender
tudo isso e os ciclos
amorosos partidos,
fazendo que eu desista de desistir
todas as vezes que eu cansar
de por você esperar
até tudo isso passar,
não importando quanto tempo isso durar.
Sinto que virá até a mim,
e deixarei-me por ti levar
pelos doces jogos
que farão os nossos
corpos grudados
e em malícia mergulhados,
no interstício do descanso
acordei em sobressalto
contigo na minha mente,...
Tua presença espiritual
surgiu dando o sinal
que sou presença
que ainda brilha mais
do que nunca como Lua
interminável, redentora,
mística e permanente
no teu íntimo céu que
fez de mim insubstituível;
Numa prevista delícia
sideral por nós infinita
que estaremos
dispostos a nos entreter
sem se importar
com os compromissos
agendas e relógios:
no absoluto dos nossos
íntimos caleidoscópios,...
Nos reconhecemos
em tudo e tudo há
de acontecer de verdade
quando vier a te encontrar
desligados da rotina,
protocolos e exigências,
apenas fixados
no compromisso
romântico de amar com
a devida competência:
Neste isolamento
o peito vibra e a vontade
nos sustenta olhando
no fundo dos olhos
e na alma que vamos
nos aproximar um
do outro e quem estiver
ao nosso redor quando
este momento acontecer,
de todo mundo
nós dois esqueceremos.
Por total pretensão
ando premeditando
com intrepidez
a tão esperada cena
do nosso encontro:
Você virá gravitando
em minha direção,
trazendo o teu
eu para mergulhar
como um peixe
no meu olhar
de oceano profundo
para esquecer junto
comigo deste mundo.
Por fim e devoção
mútua nos faremos
a salvo de tudo isso,
e como náufragos
nos salvaremos:
Teus dedos suaves
enlaçando afáveis
a minha mão,
a tua respiração
atravessará devagar
o meu ombro como
quem abre o frasco
de um perfume novo,
sente o aroma
e com ele se encanta.
Direi o tempo todo
para que não pare
para que toquemos
nós a Lua, as estrelas
e todo o Universo
em plena liberdade.
Direi tudo até sem dizer,
porque não será preciso
para você que também
premedita tudo o quê
juntos nós iremos viver.
VIII
Comece escrevendo
sobre coisas simples
sobre o teu cotidiano,
poucas linhas
e o quê você está
sentindo que a sua
poesia, prosa ou poema:
você vai escrever.
IX
A tua poesia, poema
ou prosa devem
ser feitas com
as palavras
que você domina,
E busque dicionários
quando você sentir
que não conhece,
ou caso uma
dúvida te surja,
porque tenho
certeza absoluta:
você vai escrever.
X
Saiba que rimar
ninguém é obrigado,
E depois de certo
tempo e domínio
se verá obrigado
a criar novas palavras
e será imparável
nesta vida seja por
gente chata, qualquer
ironia ou pelo poder
que o momento domina,
e tenho total certeza
que aconteça
o quê venha acontecer:
você vai escrever.
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