Poema Sobre Escuridão
<Misofonia>
Até os teus mínimos ruídos me irritam...
Mastigas de um jeito tão irritante estas tuas palavras inconclusas
e respiras tão arrogantemente o ar que te faz palpitar as veias do pescoço,
que até o farfalhar das folhas secas caindo do pé de osso de morcego
- (fruta roxa roída a exaustão),
me traz mais sossego do que esta tua sinfonia de retalhos sonoros.
O som da bandinha de rua nos teus olhos;
o som do teu sorriso doce, encabulado e quieto;
o som do teu silêncio... Ah, o som do teu silêncio!
Sendo quebrado pela língua áspera lambendo o sal dos lábios
e da inquietude da tua alma em desalinho,
até o som da minha própria saliva seca tentando lubrificar a boca,
tentando não explodir em ódio, me inquietam.
Apavoro-me, apavora-me a orquestra que o cerca.
Estou enlouquecendo com tamanho barulho!
E agora esse maldito pássaro metido a Pavarotti...
Por que não te calas maldito? Por que não te calas, pássaro idiota.
Já faz tempo que eu não sonho,
Acho que estou gastando muito meus pensamentos enquanto estou acordado.
Quando a noite chega os pensamentos mudam, a escuridão dá noite toma conta dá mente, não consigo ver mais nada, a não ser uma pequena luz,
Uma única luz em meio a escuridão,
E a luz está cada vez mais distante, levando o único sentido que sobrou.
"Carta À Luz"
Cara Luz Que Me Ouve
Senhora Luz Que Me Ilumina
Torturante Luz De Minha Escuridão
Perdido Pelos Teus Caminhos...
Eu Sofro
Ainda, Não,
Estou Morto
Peço Que Venha
Me Iluminar...
Leon Nunes Goulart
Noites serenas,
poesia cantada à capela.
Desejo entoado em mantras
que ecoam no ventre das trevas.
Sorriso apagado.
Um momento de autoflagelo.
É o espelho da alma exaltando
as escaras de um mundo ébrio.
Alvorada. Desvairado disco.
Mais um equilibrista caminhando
na luz e na escuridão.
As lágrimas do poeta escrevem o seu ser.
Elas fazem do menino o homem ancião.
Criam momentos que se imortalizarão.
E vestem de azul os negros olhos de minha escuridão.
Veio a noite, o vento,
a lua que se esconde,
uma estrela cadente,
que brilha de repente
e tão longe...
veio a noite, a mesma de sempre,
na escuridão de ausências
Chovem gotas esparsas, a esmo,
água, ternura da natureza,
onde tudo tem sentido,
um conforto e um carinho
Não tenhamos medo portanto
do tempo, nem do amanhã incerto,
nele haverá um alento
a suprir necessidades
Em meu canto, prometo,
em horas de escuridão,
sonhar com um algo melhor,
sempre, para todos e a mim,
Enquanto isso, percebo os pirilampos,
que voam piscando felizes,
durmo e sonho com a paz,
esquecendo o mundo e seus deslizes
Nada me prende,
a não ser duas fortes
coxas femininas.
Nada me prende,
a não ser as cordas
do ringue.
Nada me prende,
a não ser o sofá
e a escuridão da minha sala.
Nada me prende,
a não ser uma
garrafa de Whisky.
Nada me prende,
a não ser um bom
livro de romance.
Nada me prende,
a não ser Bukowski e
Mozart.
Nada me prende,
a não ser o amor
de uma mulher.
Nada me prende,
a não ser a escrita
de um poema.
Nada me prende,
sou livre.
Sinto-me no vazio breu da noite
Minh'alma grita por socorro, mas ninguém pode me ouvir
As paredes se encolhem contra meu pequenino corpo que tenta escapar em vão.
Onde está a luz? No fim do túnel, talvez?!
Mas, onde está o fim deste infinito túnel?!
Minhas lágrimas frias viram estrelas neste obscuro caminho e me serve de guia para me mostrar por onde já andei.
O grito da garganta está preso, tem medo de sair, de se mostrar, de tornar tudo pior.
Sento ao chão, solitária, desprotegida e sem direção.
Fico aqui, aguardando a mão que virá arrancar toda escuridão, que na verdade, habita em mim.
Confia em mim.
Fique em silêncio por alguns segundos,feche os olhos e ousa minha voz,irei de guiar nesta escuridão,então confia em mim.
Ainda de olhos fechados,sinta e imagine o que há de curioso a explorar nessa escuridão.
Transforme esse breu em em um lugar especial.
Observe cada detalhe,ousa cada som,principalmente do seu coração,una sua família,todas as pessoas que vc ama,memorize esse momento de felicidade,e o transforme em fatos memoráveis e inesquecíveis.
Então abra seus olhos lindos,mostre seu sorriso resplandente e singular,e guarde essas lembranças em teu coração.
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Pesares e abstrações
nos sorrisos que se fecham
como flores que emurchecem
e que brota escuridão...
às horas
de carrascais, solidão
que medram qual mata anã
e espinham o ser tão sertão...
Hoje
se abriu uma nova sazão
e fustigou madrugadas
a dor fez-se em refração...
ao despertar nova aurora
trouxe alma e um novo albor
e à luz, ser que novo aflora
com faíscas de manhãs...
afora
o nevoeiro insepulto
veio cores pelo ar
flores e azuis quintais
e o vento sem mais tropeços
levou o singulto embora...
Onde você está?
Os teus olhos nesse breu eu estou a procurar.
Diga alguma coisa para que tua voz eu possa escutar.
Ouça o silêncio e as batidas do teu coração, porque nessa escuridão eu sei que vou te achar.
Vamos, prossiga não deixe que o medo a faça delirar.
Não consigo mais suportar saber que comigo você não está
Só imagino quando te encontrar, vou te abraçar e nunca mais soltar.
Ao teu lado vou ficar até que o mundo venha a acabar.
Nós iremos sonhar, e nossos objetivos conquistar.
Obstáculos não irão nos derrubar pois teremos um ao outro para que possamos levantar.
Nada e nem tudo irá mudar o sentido da minha vida que é Te Amar.
"Eu venho e lhe escrevo.
Nessas linhas te vejo.
Em minhas palavras me perco.
Fito seus lábios, fantasio um beijo.
Peço-lhe uma chance, minha felicidade eu vejo.
Tua negação me veio.
A tristeza me pegou de um jeito.
A solidão é me um berço.
Me deito.
E na escuridão, perdido, só teu brilho eu vejo.
Sua alegria é meu desejo.
Por ti, grita meu peito.
E para tentar amenizar minha dor.
Eu venho e lhe escrevo..."
Que eu tenha coragem para seguir viagem.
Que não me falte emoção para alegrar o coração.
Que eu tenha fé para me manter de pé.
Que eu tenha alegria para contagiar meus dias.
Que eu me mantenha forte e nunca tema a morte.
Que eu tenha forças para enfrentar as lutas.
Que eu não tenha fantasias
mas, tenha sonhos para realizar.
Que eu seja luz e não tema a escuridão.
Que eu seja abrigo para meus amigos.
Que eu tenha o amor para curar a dor.
Que eu continue amando a vida,
por mais que os dias sejam cinzentos.
Que nada roube a paz que habita em mim
Que eu mantenha meus passos firmes em
direção à felicidade que mora em meu ser.
Eu já passei por momentos terríveis... que você nem conseguiria imaginar... e francamente já procurei motivos para seguir em frente de todos os modos...
Francamente não tenho motivo para seguir em frente... só que vivo um dia após o outro segundo a segundo.... torcendo para encontrar algo q vale a pena viver e morrer...
Acho q o odio e a persistencia me mantem de pé...
Se não eu estaria totalmente vazio...
Que olhos são esses, morena?
Negros sem distinção.
Tão negros que, nem o meu reflexo posso enxergar.
Tão negros que, nem sei admitir se realmente existe um fim.
Nossa morena, é tanta escuridão que você carrega nesse olhar, que resolvi te chamar pra dançar.
E daí, se não tem música, ou som, ou ritmo ?
Eu quero dançar.
Nós vamos dançar.
E o que dançaremos? Dançaremos a noite sem luar, escura e profunda, como seu olhar.
Que beleza sublime é essa que me atrai?
Tão oculta, misteriosa e sombria.
Morena, não feche esses teus olhos, por favor!
Porque hoje, eu te farei bailar.
Eu te amarei até que o mundo acabe
Eu te amarei até que o sol se apague
Eu te amarei até a escuridão chegar
Eu te amarei até meu coração parar
E ainda que chegue a escuridão sem fim, eu seguirei te amando...
A noite, ahh a noite...
Tempo que decorre entre o por e nascer do sol...
para uns brilho,
para outros solidão,
para uns outros só escuridão,
e outros mais, apenas alucinação provocada.
Para uns descanso, sono, sonho,
para outros produtividade, criatividade, insônia.
Fim do dia que é noite.
E começo de mais um dia que terá fim...
Indefinido, até não estarmos mais aqui.
Sou a música que eu ouço;
Sou os livros que já li;
Sou o que eu já perdi;
Sou o que eu tenho;
Sou o amor que eu sinto;
Sou a saudade que castiga;
Sou a brisa que me toca;
Sou o fogo que me arde;
Sou as palavras descabidas;
Sou a dor que me condena;
Sou o difícil muito fácil;
Sou a onda que me arrasta;
Sou a escuridão em um dia de sol;
Sou eu, mas tão tua.
São 4h09min.
Child in time flauteia os meus ouvidos.
27 no dial.
Nem abóboras maduras,
nem princípios de incandescência.
Apenas outra madrugada tíbia.
Outra noite no vazio dos seus olhos.
Bagos flutuantes se alternam no veludo vagaroso dos dedos.
Nada sinto.
Senão um fado roçando as minhas vontades.
Meu olhar pesa tanto, tanto é o sono
que encobre o meu querer.
E só antevejo sonhos.
Apenas paz.
Não sei respirar desejos,
não sei te deixar.
Adiante sua face mudará de cor.
Seu hálito será o meu alento.
Nessas águas de outono.
Nessas noites de trégua.
Nesses dias de escuridão.