Poema do Bebado
O sertão é Conselheiro,
É Vilanova e Pedrão,
Macambira e Vicentão,
Manuel, o Curandeiro.
O sertão é Fogueteiro,
Marciano e Beatinho,
Taramela e “Jaguncinho”,
Tia Benta e Caridade.
O sertão é João Abade,
Pajeú e Timotinho.
Homero tratou da guerra,
Karl Marx, do capital;
Dante tratou da alma,
Goethe tratou do mal;
do homem trataram todos
de maneira magistral.
Ontem chorei por meu gato,
Hoje chorei por meu cão,
Amanhã por quem hei de chorar?
E depois?...
E depois?...
E depois?...
Escrevi uma carta para o meu eu do futuro,
Não foi respondida.
Apesar de desejar muito,
Ele não existia.
Se não for para amar o meu próximo, não vale a pena estar aqui.
Está escrito na bíblia.
«Amarás ao teu próximo como a ti mesmo» (Mateus 22:39)
CANTO LIBERDADE
Letra: João Batista do Lago
Do quilombo dos Palmares
a voz de Zumbi ecoou
lutando por liberdade
a todos nós encantou
Não é fácil, não,
calar nossa voz,
somos uma só nação
temos um só coração
peito pulsando emoção
um só grito de libertação.
Saibam todos vocês,
senhores donos do mundo,
temos orgulho de nossa grês.
Somos madeira nobre (e)
reluzimos como ébano
nascidos do barro e do cobre.
Somos filhos da paz (e)
de liberdade contumaz,
nossa tez é nosso ouro.
Nenhuma insensatez
há de calar nossa voz
somos liberdade, não o algoz.
Do quilombo dos Palmares
a voz de Zumbi ecoou
lutando por liberdade
a todos nós encantou
Saudade do tempo que eram apenas "300 picaretas com anel de doutor."
Hoje são 513.
Nunca fez tanto sentido a frase: "Num assalto, jamais reaja."
Pois é, eles assaltam todos os dias e o povo inerte não reage nunca.
"Até quando esperar? a plebe ajoelhar? Esperando a ajuda de Deus."
Aproxima-se a luz
Que o mundo inteiro alumia,
Que cada pranto alivia,
Que cada passo conduz.
Eis o Natal de Jesus,
Mestre bom e companheiro,
Deus fiel e mensageiro,
Sem pecado, sem defeito,
O exemplo mais perfeito
Do amor mais verdadeiro.
E esses pensamentos que ecoa tão longe?
Rompe fronteirae perturba a mente?…
Que quando se pensar é necessário esquecer?…
O esquecer é real e perturbador.
NA QUARTA PELE
De João Batista do Lago
A serpente que me habita desejosa está,
A pele que nela há precisa reabilitar-se ― troca!
É preciso comê-la. Degustá-la até o fim ― profundamente!
Minha nova pele fugazmente anseia…
No pasto do mundo comi com toda manada.
E bebi do vinho sacrossanto ― satânico e santo!
E de entre todas as peles vomitara deuses e diabos!
― Poderia embriagar-me com a minha pele? ― Como!?
Eu não consigo mais olhar para a lua e não pensar em você
Você é como a lua para mim
Você tem a melodia da lua
Sei lá, deve ser doideira
Mas
eu não consigo olhar para a lua e não pensar em você.
Minha meta é marcar a sua lua na minha pele.
Jogo dos 03 SIM 's para aqueles que gostam de compartilhar oque não edifica.
1-O que pretende me falar é verdade?
2-Tem provas ?
3-Será útil, positivo ou edificante pra mim?
>Se suas respostas não foram sim para as três perguntas, por favor não me conte ,oque não me edifica não me faz falta.
Grata!
Eu sou a flor que o vento jogou no chão
Mas ficou um galho
Pra outra flor brotar
Ver meus amigos "doutô" basta pra me sentir bem
Mas todos eles, quando ouvem um baiãozinho que eu fiz,
Ficam tudo satisfeito, batem palmas e pedem bis
Um dia desse
Eu fui dançar lá em Pedreiras,
Na rua da Golada,
Eu gostei da brincadeira
Zé Cachangá era o tocador
Mas só tocava Pisa na fulô
A onda quebrou na praia
E voltou a correr no mar
Meu amor foi como a onda
E não voltou pra me beijar
Eu sou um pobre caboclo
Ganho a vida na enxada
O que eu colho é dividido
Com quem não prantô nada