Poema dentro e Fora
A Madrugada
Na madrugada pessoas morrem por dentro
Se lembrando do passado
Ou até se perdendo
Na madrugada segredos são contados
Paira uma verdade na fria brisa
E tudo oque queriam era serem libertados
Na madrugada amores morrem
Podem nascer
Mas sozinhos se destroem
Na madrugada a paz está no silêncio
Lá fora e não aqui dentro
Na madrugada as coisas se unificam
Ainda sim
As almas se purificam
Na madrugada se perde a vontade de viver
E aumenta a vontade de morrer
A madruga é um prelúdio para um novo dia
Para mim uma perdição
Para vocês uma alegria
Barco a vela
Dentro do meu barco, começo a remar
Numa direção reta
A ignorar a vela que estava presente no mesmo
Manusear um barco é mais difícil do que eu pensava
Perco o meu equilíbrio e o meu barco vira
Caio na água, que surpreendentemente não estava gelada
Puxo o meu barco e retorno a uma superfície
Subo nele de novo e volto a remar
Mas não tem progresso, a correnteza está puxando o meu remo
Luto contra ela, mas depois de tanto tempo, minhas mãos enfraquecem e soltam o meu remo
Entro em desespero, agora não tenho como controlar o meu barco
Então o vento vem e movimenta aquela vela do barco que antes não me tinha utilidade
Começa a ir em uma direção que eu desconhecia
Mas não deixa de ser linda
Ilhas que eu nunca vi
E provavelmente nunca veria
Se eu não tivesse largado
Aquilo que me prendia.
Atenda a minha oração
Senhor eu só te peço
Faça tua vontade
Quero viver dentro dos seus sonhos
Mas eu sou levado pelos os meus desejos
Isso me impede de viver os seus planos
Senhor atenda agora a minha oração
Ouça o meu clamor
Quero ser segundo o seu coração
Faça em mim o que tu queres
Mate os meus sonhos
Mate os meus desejos
Mate os meus planos
Mate as minhas vontades
Mate quem eu sou pra viver por ti Senhor
Só assim serei livre
Pra viver os seus sonhos
Pra viver os seus desejos
Pra viver os seus planos
E está dentro da sua vontade
Então atenda a minha oração Senhor
Trevas Data: 28/01/2021 Hora: 18:18
As vezes ando na luz
Mais há trevas dentro de mim
Trevas aonde me leva ao sombrio
Trevas aonde perco minha liberdade que existe em mim
Trevas aonde eu me ponho a chorar
E um rio a transborda
Trevas aonde eu vejo o luar
E o recair do sol
Trevas aonde eu sinto só
E vejo mar me traga
Trevas aonde eu carrego a culpa
Aonde há sangue que não pertenceu
Trevas aonde eu vejo
A paz me tirar
Trevas aonde enterrei um punho em minha alma
E me feri
Trevas aonde esqueci da luz
E deixei escuridão fazer morada
Se eu contar a luz esta aqui
Mais não posso deixar ela parti
Além do que vi ou senti
O segredo mantenho
Em juramento calada permaneci ...
São duas as formas de amar.
A primeira é amor que nasce de dentro,
que brota como sentimento
e se expande para fora.
Já a segunda, é o amor que veio de fora
e ficou estampado do lado de dentro,
é o que reprime os sentimentos, mas que
apesar da diferença,
ainda continua sendo amor.
O primeiro, é considerado o amor verdadeiro,
o amor correspondido, duplicado,
já o segundo, é o amor do sofrimento,
ficou reprimido, o amor solitário, mas que apesar do contratempo,
ainda continua sendo amor.
Se não quiser sofrer,
que seja o amor compartilhado,
o amor interagido,
que é compreendido e que a morte não tocou.
Agora, se não der tempo,
que seja o amor estampado, padecido,
considerado o mais sofrido, cheio de lágrimas e dor,
mas que apesar do toque da morte,
ainda continua sendo amor
Encriptei minhas sensações,
das leves às mais pesadas,
dentro de caixões
e salas fechadas.
vazio me estive apresentando.
Da minha janela,
já é um mar de folhas.
de papel e árvore.
fuligem e ave.
Como uma moça de ferro, sou escravo do poder.
poder alcance e poder opção.
no entanto, eu podia
ou melhor, eu pude...
embora pudera ter vivido como bem quisesse,
escolhi a farmácia
ao invés da vacina.
acentuando um resumo, eu não sabia,
e não soube lidar com minhas escolhas.
logo, não diga mais que este amor é como um sonho.
pois sonhos acabam de manhã, e eu não quero mais dormir.
impossível a mesura da inveja que tenho do castor.
eu sou o pino da Granada.
a falta de fluidez do meu pensamento, me confusa
por isso, quero trazer à memória aquilo que me traz esperança.
O poeta odeia o verbo
mas observa, assiste e propõe...
trate de fazer verso melhor!
Anda pra onde poeta? faz o quê?
se conserta, seja sincero.
Aposto que nunca uma folha cai sem que haja porquê.
e que irei fazer na floresta, se penso noutra coisa estranha à floresta?
meu nariz escureceu como a noite, disse o velho sambista.
ora esse meu pulmão de ferro...
acontece os dedos de se curvar e pronunciar em sussurro.
apneia de frase que desejo.
azar de sempre fase combusta.
amar a frase robusta, que deva
arar ou cultivar a parte putrefa.
tudo isso agrega, pois,
tardias jamais foram as graças divinas.
é verdade, sem mentira
certo, muito verdadeiro.
Vivo comigo redondado de vírgula,
vírgula muita, frase tanta...
isso me gasta, me frustra.
e por isso, meu pecado virá a ser meu epitáfio.
e meu século virá como armagedom
e minha ferrugem dará testemunho da minha ruína
e os clamores daqueles que eram poucos
entrarão nos ouvidos do Grande Eu Sou.
pois imensas são as graças celestes...
à todo aquele que o estima.
Solidão, por que fizeste isso?
Que mal fiz a ti, para me torturares dentro de minh'alma,
Torturas-me com teu estrondo silencioso;
Roubaste a luz dos meus olhos;
Sem abrigo para me esconder de ti;
Pois estás a cada passo meu,
O silêncio em mim é devastador,
Corvos rodeiam-me;
Eles sentem minha alma apodrecendo;
Não resta mais nada além de aceitar a morte..
Separados
Com a saudade gritando dentro do peito
Mesmo depois de tudo
Ainda nos amamos do mesmo jeito
Se é certo ou errado, eu não sei dizer
Só que o meu coração só sabe te querer
Mas então volto a realidade
Me pego recordando a pessoa que você era de verdade
E eu me pergunto
Será que vale a pena a saudade?
Poucas memórias boas
Mas apenas delas eu me recordo
Forço minha mente a lembrar
Que sempre quando a saudade apertar
Você nunca foi capaz de me amar
Toda vez que eu penso no que poderiamos fazer
Me lembro do quanto você me fez sofrer
E isso só me fez perceber
Que você não vale a saudade que eu sinto de você.
“Mostre-me sua língua monsieur
E deixe-a dentro de minha boca
Desate os nós de meu cabelo
Enquanto eu desabotoo os botões
Do colete de seu terno.”
Como podes olhar dentro de ti,
E não sentir que estou em tuas veias.
Todo dia vivo neste presságio,
Onde lá no futuro,
Ainda assim,
Tudo em mim,
Há tudo de ti.
E tua alma esperta,
Me devora feito poeta,
Tão mesmo quando brando meus pensamentos.
À noite vejo o relento,
Entre o soneto que me desperta,
Lembrando uma imagem que me completa.
Não existe solidão se quer,
Que duas almas não compreendem,
Pois estar sozinho é,
Mesmo assim,
Estar presente.
Ela parece triste.
Os olhos fundos,
Os ombros caídos,
não parece ter muita vida ali dentro,
parece desanimada,
parece comigo .
Todas as coisas que segurei
Dentro de mim, segurei tantas coisas…Abstratas, pequenas, grandes, confortantes.
Desenvolvi barreiras para guardar todas essas coisas que segurei, constantemente, estava ali comigo, independente do que houvesse, elas haviam se tornado atemporais, o tempo não transcorria, nada poderia apagá-las na nitidez em que se mantinham firme dentro de mim.
Um desejo incansável de controlar o incontrolável e por ego, não reconhecer a beleza da liberdade. Havia tanto em mim, que pesou. Pesou nas profundezas do interior que já nem era mais meu, entretanto, estava se tornando propriedade daquilo que eu guardava em mim e estava me moldando aos poucos.
No nascer do dia e no fim dele, percebo repetidamente que a vida são fases, ciclos, estações. E tudo de intenso que há no meu peito jamais transformaria-se em concreto eternamente. Não posso guardar, tocar, manter sempre dentro de mim. É preciso soltar, libertar, encontrar o equilíbrio, pois tudo o que realmente nos pertence, jamais vai embora, apenas ressurge em sensações melhores.
" LENTAMENTE "
Não quero mais ouvir meu pensamento
e as vozes dentro em mim em agonia
pedindo que eu me entregue à essa folia
de ter uma paixão por sentimento!
Amei intensamente, noite e dia,
e se tornou, o amor, o meu tormento!
Não vou tornar ao erro, enfim! Lamento!
Sofrer, minh'alma, assim, não merecia.
Preciso que se cale a consciência
que pede-me outro amor, com insistência
e as vozes que atormentam minha mente…
Meu ser está doente, machucado,
e se a paixão insiste estar-me ao lado
eu morro pouco a pouco, lentamente!
Trago em mim o infinito,
O invisível talvez;
Porque me guardas em ti,
E bem dentro do teu peito.
Deixo em ti o divino,
- A liberdade certa -
Porque em mim guardo
O quê há de mais bonito.
Beijo espiritual em versos
O amável e vero;
Porque em segredo intenso
Eu sempre te [espero.
Corpo natural em chamas,
- Beijo frágil feito louça -
Corpo feito para morar
Sem nenhuma roupa.
Artesanato feito à beira mar,
Poesia de moça,
Declamada em voz rouca,
Para você 'amar'.
Recolhe o tempo dentro de ti,
Brinca com o tempo adentro,
Recoste sobre o meu ombro
E deixe o corpo falar de tudo.
Retire entre nós as espumas,
Deixe que nasça todas as luas,
Entregue-se aos sons das ondas
Para tomares ciência e as contas.
'Inverne-se' para o verão chegar,
Recrie-se para a paixão balançar,
Liberte-se de tudo o que te prende
E deixe livre só aquilo que sente.
Desce a aura rosa do céu,
Dando sorriso ao mar,
O Sol doce como mel,
- Assim resolveu se entregar
Durante as baixas temperaturas,
Ele resolveu rimar-se com o mar,
Aberto as boas loucuras de amor
Remando no oceano de tanto amar.
Escrevo porque sinto,
Ouço você vivendo,
Bem aqui (dentro).
Assim ainda te vejo,
Indo rumo (adentro),
Com todo o sentimento.
Escrevo porque sei,
Que não estou só,
Tenho você que me (tem),
Eu sou o teu maior bem.
Porque tudo requer:
carinho e (manha)
Um dia tudo se ajeita,
E virás com amável sanha...
Escrevo pétala por (pétala),
Em sílabas com bons tons,
Melodias próprias das cítaras,
Harmonias das mil canções,
Do solstício do inverno,
Revelando para as emoções.
Ainda nos desejo,
Assim nos (creio),
Nada em mim é passageiro:
tudo é repleto, concreto e inteiro.
Assim procuro escrever
Curvo-me ao teu mistério,
Jamais desistirei de nós
Eu te encontrarei no alto hemisfério.
A canção e o brilho que vem de dentro
Ultrapassam o tempo,
Atitudes, comoções e contentamentos,
- sucessões
Das celebrações e de todas as devoções,
Doçura e contemplação,
Encontradas em cada perfume,
Transfiguração, luz, brilho e paixão,
Pela beleza de encontrar a vida,
E a beleza em cada pensamento.
Eu quero caminhar pelos séculos,
Surpreender-te a todo momento,
Conhecer o caminho do vento,
Que me leve até Moscow.
Aprenderei os teus passos,
- celebrarei as czardas -
Entoarei louvores,
Sobrevoarei os invernos,
Anoitecerei em cada um deles,
Para amanhecer ainda mais bela,
E tão brilhante quanto essa noite,
- registrada da tua janela.
Escuta o barulho do vento,
Brinde o que vem de dentro,
Tudo requer rito e celebração,
Viva intensamente a sua paixão.
A mística divina não se explica,
Ela dá sinais, e sempre convida
À olhar para frente e para cima,
Ela é fonte de toda a sabedoria.
Escuta o barulho de dentro:
É o coração que está batendo
Avisando que o amor chegou,
E dentro de você está vivendo.
Como as ondas do mar,
Para lá e para cá
Estou a embalar, e a pensar:
Que um dia eu hei de te 'amar'!
A celebração será ao pé do altar,
Nós vamos juntos jurar:
Que nos amaremos sempre mais...,
Em dias solares e em noites de luar
À espera de todas as mil auroras,
Austrais e boreais,
Todos os dias nunca nos bastarão,
Nos amaremos sempre e muito mais...
A distância não diminui
você aqui dentro,
Sinto o teu aroma
trazido pelo vento,
Tens as essências de todas
as mil flores,
Nunca vi maior grandiloquência
Dentre todos os amores:
Você que me possui com amor,
Malícia e com intensidades
multicores.
Fico o dia todo
procurando uma canção,
Que me faça te cantar,
E cantando te traga
Na emergência que o amor
compreende.
Trago-te para a primavera
amorosa
Que nos pertence,
E que nunca há
de nos faltar.
Adorando-nos
tremendamente,
Os nossos sabores
nos repletam,
Somos tão
cúmplices,
De provocar capricho
nos amores
Mais ciganos.
Carregamos a alma
De todas as revoluções,
E somos as asas
da liberdade
Batendo pelos campos
floridos,
Tudo isso porque
nos amamos,
Nos desejamos,
E juntos destruímos
os grilhões,
Rumo ao que dizem
que é impossível,
Nada chegou até
hoje mais perto,
E muito menos próximo
do que é incrível:
Carregamos conosco
a segura certeza
De que o amor é imperecível.
Quem ama nunca se deixa,
Ganha outros mares,
Conhece outros países,
Vive com o coração
sem queixa,
Quem ama sempre aparece,
Vive com o coração
em regresso,
Ganha o céu,
Traz consigo as estrelas,
Faz de tudo para que até
o pequeno gesto
Se eternize.
Cessa até a mais temerosa
Das guerras,
Faz gloriosamente
Com que a alma se torne humana,
E triunfalmente se pacifique.