Poema de Pobre
Entre o Ser e Ler
Entre folhas de papel, a alma se perdia,
Uma adolescente sonhadora, entre linhas se escondia,
Nas páginas de um livro, um refúgio encontrava,
Realidades paralelas onde a vida desenhava.
Cada frase lida, um mundo repleto de cor,
Um portal para sonhos, para um outro fervor,
Histórias que a levavam para além do horizonte,
Onde as dores reais jamais eram fronte.
Mas ao fechar o livro, a verdade a cercava,
A vida cinzenta, dura, nela se entranhava,
Cada retorno ao real era um golpe profundo,
Como se a luz das histórias se apagasse no mundo.
Ela queria ser aquelas heroínas, viver aquelas paixões,
Mas em seu cotidiano, só haviam desilusões,
Os livros eram abrigo, mas também uma prisão,
Onde o desejo de ser mais trazia frustração.
Decidiu então fechar as páginas, deixar de fugir,
Encarar a realidade, tentar resistir,
Mas a família, alheia ao peso que ela carregava,
Não compreendia o porquê de sua paixão que se apagava.
Julgada por não mais mergulhar nas histórias,
Sem saberem das lágrimas, das noites sem glórias,
Ela calava a dor, em silêncio e solidão,
Buscando forças em sua própria razão.
Mas dentro dela, as palavras ainda viviam,
Os sonhos e esperanças, silenciosos, resistiam,
Talvez um dia, o equilíbrio encontraria,
Entre o real e a ficção, onde a felicidade emergiria.
E então, voltaria a ler, não para escapar,
Mas para se inspirar, para o mundo abraçar,
As histórias não seriam mais um refúgio distante,
Mas um complemento à vida, um toque constante.
Assim, a jovem sonhadora seguiria seu caminho,
Carregando em si a força, e um destino alinho,
Entre livros e vida, encontraria sua verdade,
Num abraço profundo, de eterna dualidade.
O silêncio não é ausência ou negação
como ensinam os antigos
é privação
Eu não sei o que quero,
Mas quero muito alguma coisa que ainda não sei.
E apesar de não saber
Já sei que quero!
Será que eu quero???
Talvez eu não saiba que isso me move a querer esse algo que quero mas que não tenho ideia do que seja...
Deve ser algo muito bom,
Muito gostoso de sentir ou tocar,
Não sei se é de comer ou chorar, não sei se tem sabor ou cor
Mas sei que pode ser algo além disso
Só não sei o que é...
Fotografia digital
Acordei
Já pensando em você
E já faz tempo que não lhe vejo
Não restou nenhuma foto
Mais ainda guardo
Em minha memória
Cada pedacinho de te
Como fotografia em um álbum digital
Que não perde
A cor!
O brilho!
O papel!
Muito menos o amor.
Mensagens
Se o dia já amanheceu
E as horas estão a passar
E nenhuma mensagem
Ou ligação minha
Não lhe chegar
Lembre-se que neste silencio
Esta contida muita saudade em mim
A ponto de transborda.
Orgulho de ti
Não posso sentir pena de ti
Nem por um segundo
Por tudo que passou
Por tudo que viveu
Nem um ser poder sentir pena de si
Quando o que se tem de si
É uma imensa força e gana de vencer
O que tenho por você
É um imenso orgulho de lhe conhecer.
Força
Eu sei que é tarde
Sei que você está cansada
Sei também o quanto é forte
E mesmo os fortes
Em algum momento
Não quer está sozinho
É preciso aceita
Que isso não é sinal de fraqueza
E sim juntar forças
Porque já não estará
Lutando sozinha.
A vida e um desafio,
E tem que vive lá a todo custo,
Ela te sabota, te desafia, te instrui a não viver mais,
Mas afinal que custo temos se no fim de nossa jornada e a morte?
Viver e para os fracos,
Eu sou fraca,
Eu quero viver para contar história,
Legado,
Quero ser o bem e o mal,
Quero fazer o bem,
Quero amar e me amar a cada dia,
Quero desejar um bom dia a desconhecido,
Quero saber que fiz o possível a cada respirar,
Quero dizer eu te amo para todos sem medo,
Quero abraçar quem eu amo,
Quero sonhar com o futuro mesmo sabendo que ele e curto.
Quero viver a todo custo.
Sua tela
Faz - me sua tela
E com pincel fino
Desenhe-me nela
Pincele as curvas
Os montes e as cavidades
Percorra o caminho sem volta
Que humidece escorre
Uma tela que emite sons
Que vibra e pulsa
Meu artista
Meu mago
Com pincel mágico
Faz brotar sentimentos
E libera a tinta de amor.
Edifício de Kitchenettes
Somos coisas de horas áridas e do plano involuntário,
Acinzentadas e cinzentas. O “sonho” produz um som volúvel, não tão forte
Como “aluguel”, “sustentar uma esposa”, “satisfazer um homem”.
Mas poderia um sonho fazer subir através de fumaças de cebola
O seu branco e violeta, lutar contra as batatas fritas
E o lixo de ontem que amadurece no corredor,
Vibrar, ou cantar uma ária nestes quartos
Mesmo se estivéssemos querendo deixá-lo entrar,
Tivéssemos tempo para aquecê-lo, deixá-lo bem limpo,
Antecipar um recado, deixá-lo começar?
Gostaríamos de saber. Mas agora não interessa!
Pois o Número Cinco já saiu do banheiro,
Estamos pensando na água morna, esperamos entrar nela.
pensador.. pensa na dor,
quem foi o causador?
foi o amor?
não não...
foi o meu próprio rancor
que anda me provocando dor,
um incômodo imenso
que se parece infinito,
uma ansiedade de vencer
contra
um medo imenso de perder..,
é sobre ser o vencedor
carregando a dor...
e sobre ser o poeta sem fazer poesia..
como se fosse um filme sem bilheteria,
um espectador, um ator, uma imagem, e uma dor.
Mãe você é meu exemplo na vida
É, e sempre será minha mãezinha querida.
Quero seguir seu exemplo,
E lutar por tudo o que quero.
Quero ser como você,
Feroz e mansa.
Quero ter a sua força
Defender a minha cria quando for preciso
Quero ter a sua beleza,
Rara e esplêndida.
Quero ter a sua luz
E saber sempre escolher o caminho.
Quero ser como você
Uma perfeita mulher.
Esperança Unida
Uns acreditam no destino, outros em por acaso. Mais ele acredita em Propósitos. Um jovem cheio de sonhos e de repente um belo tempo em sua vida se apaixonou por uma jovem linda e amorosa. Ela mora tão distante dele, mais o incrível é determinação que os dois tem para que esse amor venha ser mais próximo, o jovem vem pensando.
Oh! Como eu anseio viver a essência do amor que já senti...
É um amor que, mesmo longe, se faz presente;
É um amor belo, verdadeiramente belo, mesmo sem toque;
É um amor forte, que nos torna puros, simples e alegres como crianças;
É um amor vasto, que nos ensina a humildade e a beleza do ser e valorizar cada momento;
É um amor de flores, que brilha em cada estação da vida;
É um amor ousado, que respeita o coração querido;
É um amor que se entristece com a distância e a incerteza, mesmo sem nunca ter estado junto;
É um amor que traz serenidade em meio à dor da separação;
É um amor que encurta distâncias e une almas em um só sentir;
É um amor que traz a promessa de encontros memoráveis;
É um amor que nos faz saber que somos um do outro, mesmo diante das limitações;
É um amor que renova a vida;
É assim! Este é o nosso amor.
E oramos todos os dias para que esse lindo amor venha ser presencial e que tenham uma linda história para contar.
Asas de fada têm purpurina
Roupas de elfo também
Brilho e magia é comigo mesma
Espera só, também eu quero cintilar
Nunca falta em meu dia
Um tanto de alegria e encantamento
Que nunca fizeram mal a ninguém...
Venham os seres da floresta
Todos, todas, enfim
Bailemos juntos na vida
Sentindo a brisa,a lua, a flor, o capim
Brilhos, brilhantes, purpurina em quantidade
Brincaremos de manhã, a noite ou a tarde
Eu, as fadas e elfos não temos juízo nem idade.
O Paradoxo da Mudança
Mudanças... que coisa mais complicada.
Algo inevitável em nossa vida.
Mesmo não desejando,
nada pode mudar a mudança.
Às vezes gradual;
às vezes repentina.
Ela vem como as ondas do mar;
derrubam nosso castelinho
sem nenhum aviso prévio.
Não quero mudanças.
Quero continuar assim.
Vivendo uma vida da qual é
muito diferente do pretérito
em que eu vivia,
preso no meu mundinho.
Mas também, não quero continuar assim.
Pois é no tempo ruim,
que a mudança derruba um castelo
já destruído.
Tenho medo do que pode vir.
Tenho medo do que pode não vir.
Perder algo especial para mim
ou perder a oportunidade de ouro.
De novo, me vejo preso nesse paradoxo.
O mesmo que me faz dormir e levantar,
na esperança de um dia melhor,
na esperança de que um dia não seja pior.
Lembranças, há de resistirem.
Não importa o quanto o tempo passe
ou o quanto a situação mude.
Diante do Paradoxo da Mudança,
apenas a lembrança é imune.
A Melodia Interna
Tentei me encontrar e falhei.
Falhei em me encontrar, mas sei que tentei.
Ou será que não?
Talvez a ideia de que devemos nos encontrar
Seja só uma ilusão
E o que pensamos querer ou gostar
Seja fruto da nossa imaginação.
Tentamos encontrar uma lógica em tudo,
Entretanto até mesmo o mundo
Pode não ter nem precisar dela.
Gosto, não gosto.
Quero, não quero.
Às vezes percebo que o que provém do meu interesse
É apenas um consolo do meu subconsciente para me falar
Que é necessário que em algo eu seja bom.
A incerteza permanece até agora;
Escrevendo na frente da televisão,
Me preparando para ir à escola,
Crendo que essa é a decisão correta.
Tive medo de acabar arriscando meu precioso tempo,
Vendo ele partir ao vento que move meus cabelos.
Porém acho que não tem problema
Porque vejo atualmente como uma benção
O aproveitamento da vida enquanto posso.
Admito que grande parte dos poucos dilemas
Criados pela inspiração que provavelmente passará logo
Foi uma mentira, pelo menos quanto a minha pessoa
Mas não em relação às outras
E se assim foi, fico feliz pois
Saberei que finalmente fiz uma coisa boa.
É com isso que afirmo com toda certeza
Que cada palavra e cada verso
Não foi apenas da minha cabeça
Mas também do coração.
Em Busca de uma Morada
Acharei uma morada?
Quem sabe.
Só espero não ter um infarte
de tanto andar e não encontrar nada.
Ou, minha residência já pode estar a vista
mas ainda sem o morador que
reside em nossas vidas,
e que nos diz aonde ir.
Foi assim que me tornei um nômade
tentando desvendar o que esconde
por trás da incompetência deste falso monge
em não aceitar a conhecer-se.
Não vai demorar muito.
pelo menos eu espero
caso contrário,
verei que estou no cúmulo da ignorância.
Como disse um sábio desconhecido
"Só aprende quando apanha",
apesar de que a maioria estranha
quando o aprendizado te torna um esquisito.
Um esquisito que muitas vezes
tem mais juízo do que as pessoas sãs,
das quais não conseguem ver o amanhã.
E pior, pensam que o destino não apronta.
Continuo a minha jornada.
Tento manter o otimismo.
Infelizmente sei: não importa o que eu faça,apenas eu posso seguir
neste solitário caminho.
A Ponte (Refeito)
Havia um guaxinim bobo
Que morava lá na mata
Era muito e bem amado
Tinha uma vida pacata.
Resolveu sair dali
Pois sempre onde passava
Não se via pertencente
Nem diversão enxergava.
Viajou pela cidade
Logo se foi a procurar
A peça que lhe faltava
Um dia terá de encontrar.
Questionou a sua escolha
Já estava a duvidar
De ter decidido errado
Ir embora do seu lar.
Chegou numa velha ponte
Tudo parecia cair
Mas teria um horizonte
Não podia desistir.
Escutou dela uma voz
Que dizia com fervor:
“Venha achar tua alegria”
Ele aceitou com louvor.
Com pressa foi pela ponte
Viu a hora de sorrir
Mas o tal não esperava
Que a ponte iria partir.
Pobre guaxinim ingênuo
Creu em palavras astutas
Assim tarde percebeu
Mentiras de pernas curtas.
De seu fim pode aprender
Algo que vivo pensando
Mais vale ter um só pássaro
Do que dois deles voando.