Poema de Pablo Neruda Crepusculario
"A Torre que tocava o céu"
Construiu-se um dia, em pedra dourada,
uma torre tão alta, tão bem desenhada,
que o próprio céu, em sombra e fulgor,
curvou-se ao seu ápice, tomado de dor.
O rei que a erguia dizia sorrindo:
— Tocaremos os deuses, estamos subindo!
Ninguém mais morrerá, ninguém mais cairá!
Seremos eternos, além do que há.
Mas quanto mais alto se erguiam os muros,
mais fraco tornavam-se os elos futuros.
A torre, tão firme, perdeu sua base,
e o rei, cego em glória, ignorou a fase.
Até que um dia, sem som ou aviso,
uma pedra caiu do paraíso.
Depois outra, e outra, e então o trovão
desfez a torre com a mesma mão.
O rei foi soterrado no brilho que quis,
num império que nunca o fez feliz.
E dizem que ainda, por entre os escombros,
ecoam seus gritos: desejos sem donos.
Pois a queda é o fim de quem se recusa
a aceitar que a alma também tem sua lusa.
A ruína não nasce da noite ou da sorte —
ela é o preço de zombar da própria morte."
Hoje,numa aula de programação
fico muito abismada com toda a situação
acho que estou em crise
ou estou em confusão
flores queimam suas folhas
e borboletas voam lindamente numa sincronização.
Pensar é muito estranho
como é estranho pensar
num dia me ponho a sorrir
no outro me ponho a chorar.
Hoje estou como Brenda
Mas amanhã quero ser Noélia Perfect
Por favor
Só lhe peço que me mate.
Me estrangule como uma borboleta
jogue uma pedra em cima de mim para que eu possa escorrer de sangue
Na minha cabeça quebre uma ampulheta
ou me sequestre em uma gangue.
Se eu puder morrer em paz
eu agradeço a morte incerta
pois eu nunca seria capaz
de escrever de mente aberta.
Por isso,por favor
Só lhe peço que me mate.
Quero morrer de dor
e de muita crueldade.
Se fosse possível
Se fosse possível, mudaria nada outra vez ,
repetiria tudo que não aconteceu,
Me banharia da chuva seca de escassez,
Admitiria o fracasso dos sonhos teus
Mergulharia profundo na sensibilidade raza de sua existência
Como quem crê na sabedoria retrógrada de aparente excelência
Militaria voraz a constância singular de suas imprevisíveis ideias
Eu seria o que jamais fui,
mas o que sempre sonhei,
não para mim,
mas para a geração que hoje não pode voltar
Me oferecem um futuro breve .
Devo aceitar?
Sinalizam um afeto sincero,
Devo me acomodar?
De todas as coisas bonitas que falou, acredito no vagueio do seu olhar
Que assim como um rio calmo e despretensioso operando a normalidade ,
Não se perde de vista sua real necessidade
De caminhar firme sobre estratégias sinuosas
Cumprindo o rito de sua missão imperiosa
Abrindo passagem em meio a concretos de desilusão.
Como um grande castelo de areia moldado sem mãos
Posso abster quando outra vez me indagar
Meu nome mudou agora me chamo mar
Chegou abril, então vamos lá,
nos abrir, falar.
Abrir os olhos,
brilhar o olhar.
Os ouvidos,
escutar.
Abrir espaço,
Respeitar.
Abrir os braços,
lacear.
Abrir um vinho,
conversar.
Abrir as mãos
Acarinhar.
Abrir a boca,
Beijar
E a cabeça
Pra pensar
E todos ninhos, luzes, passarinhos
Abrindo todos os caminhos!
Dor que retorna
Ferir sem querer é lançar mão
de uma lâmina sem ver o fio,
e, no ato de se proteger,
cravamos cortes que escorrem silêncio.
Há uma tristeza que é faca cega,
um espinho oculto sob a pele.
E é só depois, ao sentir o eco
do que fizemos, que a dor se revela.
Nosso coração sabe o que é errado,
mas às vezes se debate, erra os olhos,
e atinge quem mais amamos,
num reflexo triste de autoproteção.
E então, o peso nos volta —
o corte que causamos abre-se em nós.
É a dor que revira, rasga por dentro,
e ninguém vê, mas em nós lateja.
Quis apenas me defender,
mas na pressa fui flecha cega.
E, agora, o arrependimento sussurra,
ferindo-me na ferida que deixei.
Seja leve
mas nem tudo releve
seja leve
mas nem tudo leve
porque a vida é breve
como segurar diante o sol
uma bola de neve
seja leve
pra deixar a vida leve
e leve dela apenas o que for leve
pras tristezas
dê greve
pros sorrisos
se entregue
sinta a tocar
feito flocos de neve
leve
tão leve
e se eleve.
ALAGOAS
Alagoas minha querida.
Fica nas margens do Nordeste
Terra recheada de Cultura;
Na zona da mata, no sertão e no agreste.
Suas belas praias,
Do mundo tem atenção.
Alagoas de águas,
Que causam emoção.
O que não sofreu esse povo
Pra chegarem até aqui.
200 anos não é pouco
Tem guerreiros a servir.
Lugar do meu coração.
Terra dos marechais,
Dos índios e do algodão,
Do fumo e canaviais.
Maceió é a capital,
Intitulada de sereia.
Na bandeira tem branco e azul
E também a cor vermelha.
Um estado arretado
Mistura de muita gente.
Para a terra “brasis”
Deu logo dois presidentes.
Suas terras são fabris.
Um artesanato impecável,
Um dos melhores do país
De matéria prima inigualável.
Terra fértil
Terra amada
De encantos mil,
És tu, Alagoas do meu Brasil
Se o sorriso sumir
E a esperança esmorecer
Se o sol bater 40°
E o suor me descer
Se a labuta de hoje
Amanhã eu não puder colher
Se a chuva não vier
E a colheita definhar
Se os pássaros não voarem
Se a flor não desabrochar
Se o meu sangue precisar cair
Se a comida na mesa faltar
Se meu nome não puder dizer
Se minha voz eu tenha que calar
Em meio a tudo isso
A Asa Branca cantará
Quero que o mundo saiba
Que o Nordeste é o meu lugar
Inalcançável
As estrelas adorei.
Pela Lua me encantei.
De Vênus a nomeei,
E, sem perceber me apaixonei,
Seu azul, tão puro.
És meu meu porto seguro.
Seu brilho tão belo,
Contra meus demônios trava um duelo,
Com tantas coisas eu sonharia.
Te tocar eu amaria.
Mas isso não poderia,
Pois você me afastaria,
Só de pensar em te perder
Já me sinto morrer
Mas se isso ocorrer
Ainda irei te proteger
O Véu de Lete
Antes do alvorecer, fui tudo.
Rei e réptil, mãe e mártir,
ferro e flor.
Fui punhal e promessa,
fui incêndio e oração.
Mas ao nascer, bebi do rio.
E esqueci.
O nome da lâmina que me cortou.
O rosto da alma que me amou.
Os juramentos murmurados entre dentes
na última noite de outra vida.
Tudo se perdeu.
Como areia entre os dedos do tempo.
E no silêncio do não saber,
floresceu o saber maior.
Não o saber das lembranças,
mas o saber do instinto,
da escolha que pulsa sem porquê,
do medo que avisa, da paixão que chama,
do erro que retorna como mestre.
Esquecer foi meu pacto.
Minha chance de ser novo
sem me ferir do antigo.
Pois se eu lembrasse…
ah, se eu lembrasse!
Perdoar seria impossível.
E amar, um risco repetido.
Cada gesto se tornaria prisão.
Cada encontro, um julgamento.
Mas neste esquecimento sagrado,
a alma dança.
Livre de correntes de glória ou culpa,
ela ousa errar de novo.
E ao errar, aprende —
não com a mente, mas com a essência.
No final, quando o corpo dormir
e o véu se erguer,
voltarei à margem do rio.
E saberei.
Mas por ora, bendito seja o esquecimento.
Ele é o ventre onde renasço.
É o chão fértil do esquecimento
que guarda a semente da eterna sabedoria.
Simplesmente Você
Escrever é minha arte,
Ela fala mais que o meu falar
Te admirar tanto, é o que faz parte,
Quando penso em você, só me falta enlouquecer
De tanto te imaginar.
Te imagino sorrindo,
Através de poemas num papel
Você me faz acreditar,
Que anjos não existem apenas no céu.
Você fascina o meu viver,
E a vida se encanta com seu existir
Mas, me pergunto, pra que tantos poemas de amor,
Se nenhum deles traz você pra mim?
Simplesmente você ilumina,
Cada pensamento do meu dia
Você é a arte que enlouquece,
Todas as rimas de uma poesia!!!
'nao me olhe desse jeito'
mas de que jeito?
estou apenas apreciando o castanho dos seus olhos
Apreciando esses seu sorriso apertado
Apreciando esses teus longos cílios
As curvas do seu cabelo enrolado
Tua risada sem graça
E sentindo minha tristeza escassa.
Talvez eu realmente te olhe diferente
Talvez um brilho apareça de repente
Nesse meu olhar reluzente
Toda vez q eu bato o olho em ti
E talvez ou sempre
Dentro da minha mente
Essas fotografias sem lente
Que eu tiro com o olhar
Possibilitam q quase sempre
De vc eu vá me lembrar.
A chuva cai
Como as lágrimas dos meus olhos
Frente a tamanha dúvida.
Leva-me, no subconsciente,
A buscar respostas
Que resolvam tamanha loucura.
Queria escrever para ti
Até o momento que você notasse o amor que por ti sinto
E, se me permitir,
Escreverei até o dia que a visão me escurecer
E, como a chuva, minha vida se esvaísse.
Se não quiser, escreverei da mesma forma;
Meu amor é inexorável, não se transforma.
Mesmo que você nem saiba da existência desses versos,
Eles terão o mesmo sentimento
Que um dia lhe pareceu complexo
Sem razão nem contexto.
Mas gostaria de saber, por razão ou loucura:
O sentimento que nutro é recíproco?
Talvez nem lhe tenha ocorrido
Que, de forma inimaginável,
Meus sentimentos por você
São tão reais como o ar, o ser, o palpável.
Mas não pode ser possível!
Tantas mensagens inteligíveis,
Tantos versos escritos,
Tantas conversas incríveis, em que quase confesso,
Nada torna uma paixão
Mais real, possível?
Amor, se eu pudesse ser mais direto,
Fazê-lo-ia nesse instante.
Mas, como no encontro de uma constante,
Preciso de seu sinal para seguir adiante.
Portanto, sem ser mais hesitante:
Posso?
VIDA
vida
o que pode se dizer
sempre tentando não morrer
sempre tentando não saber
o que é a morte
sorte
de quem não vive isso todos os dias
medo de uma bala perdia
acertar bem no meio do seu peito
e você ver o desespero
de todos a sua volta
e procurar
um motivo para não chorar
para não pensar
que todos os seus sonhos estão indo embora
para nunca voltar
"Garoto tolo"
Desculpe, garoto tolo,
Eu me perdi
Em meu desconsolo,
De nada sei,
Sou só um tolo.
Eu saúdo tua perda
Que num nobre canto
Chora em meio a alameda,
Desencantada, somente.
Ó tolo de alma desesperada.
Ouça, pequeno bobo,
Não perca a flor que desejas
Ouça, amante tolo,
Não deixe que a flor te fujas.
Fale-a, menino tolo!
Amada de belo rosto
Que passas em sonhos doces,
Vejo que és meu gosto,
Mostra-me teus amores!
E perdoe-o… é só o garoto tolo.
“Mas não o perdôo.
És muito, muito tolo,
Tolo de não saber falar,
Tolo pelo seu amar,
Tolo demais por não saber se dar.”
Ah… singelo tolo,
Por que não te muda?
Olha o que faz, onde me enrolo.
Não conseguiu a atenção da flor.
Só pare de ser tão tolo.
Ó! Olhe tua paixão.
Não há nada como tal.
Mas você já não consegue,
Não fala, não chama, nem nada.
Ai de mim, o garoto tolo sem amada.
“Dissimulado”
A frustração é a morte em consciência
De um pequeno poeta em opulência.
Ele que escreve com covardia,
E faz sonetos na noite tardia.
Se chama de triste, o poeta que ri.
Sente tudo que pensa, o garoto em si.
Encontra desonra em tua ilusão,
Assim não sabe que é mera paixão.
Se culpa em ritmo ardente,
Aponta o choro solene,
Que só existe na mente.
É isso que me diz em alene;
Sou um poeta demente.
Hei de ter um poema bem lene.
A poesia me encontrou
A poesia se tornou o espelho
imponderável da minha verdade!
Serei eu tolo de versar a incoerência
Ou derramar lágrimas enganosas na tinta
que escorre entre os dedos
a poesia não julga,
tampouco acolhe quem quer que seja
A poesia desnuda
e te deixa a mercê de si mesmo
Ela está para o coração dos sensíveis
Ou lógica dos mais críticos!
A poesia é abundante
ao mesmo tempo pode imprimir falta
Subtraindo a certeza do sábio diante de
uma bela paisagem de infância!
Sigo firme na angústia em declamar a
palavra que ainda desconheço
E fazer dela meu espaço seguro!
Cujos gritos se juntam aos sussurros
de meus pensamentos!
Uma poesia
Nada seria na escuridão se
Sensível não tocasse um coração
Nem arrepiasse a pele da humanidade.
"Brasa"
Sinto? Talvez sim.
Mas não como antes.
Havia um fogo em mim,
onde cada emoção era álcool.
Bastava um toque —
e eu explodia em chamas.
Belo, mas perigoso.
Foi assim que me afoguei em fantasias,
jogando horas do meu vasto dia
em cenários que não existiam.
Romance era refúgio
(e cárcere também).
Depois, veio o silêncio.
A dor me acordou.
E o fogo… virou brasa.
Hoje, é morno.
Quase não aquece,
mas também não queima.
Estranho.
Talvez necessário.
Talvez... uma saída, proteção.
Mas sinto falta, confesso
da melancolia que me fazia poesia,
da música suave ao apreciar a vista na janela,
do cheiro da chuva,
da beleza quieta do mundo.
Agora, meus olhos molham,
mas não choram.
A lágrima não escorrega
ela apenas sussurra.
E algo, dentro de mim,
a seca.
No começo, temi.
Temi virar pedra.
Temi nunca mais sentir.
Mas talvez...
seja uma lição.
Nem sempre a vida é sentimento.
Às vezes é fé.
Às vezes é razão.
Às vezes é só... viver.
Viciada em fugas
mundos paralelos de doçura.
Mas um dia doeu tanto,
que eu fui embora dali pra sempre.
Desde então,
sinto tudo mais leve.
Até demais.
Deveria doer.
mas só pesa.
E o medo volta:
e se eu não sentir nunca mais?
Mas talvez...
só talvez...
sentir de forma calma
também seja amar, também seja sentir.
E há esperanças
uma brasa, ainda queima de maneira escaldante
quem sabe torne-se eu novamente uma amante?
dessa vez, sem impulsos
sem extremos.
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