Poema de Pablo Neruda Crepusculario
Um dos maiores pecados de um homem não é despertar o amor em uma mulher sem a intenção de amá-la, mas incediar um corpo que não terás condições de apagar o fogo.
No que você menos esperar , eu mostro o jogo , no que você tentar , eu ja mudei o jogo , no que você perceber ,verás que o jogo sempre foi meu .
Eu agora posso respirar, estou livre pra sentir,sem maldades sigo o caminho da paz, pois Jah salvou-me da escuridão, quando até minha sombra ja havia me deixado.
Eu falo sem medo de me expor,o unico que me cala está no céu,o unico que pode me julgar está no céu.
Anseios
Triste menina,
Teu olhar é como a obscuridade da noite
Um olhar tão calado,
Um olhar que oculta,
Parecem aprisionados... Levante-os!
Olhe em direção a mim!
Pois,
Quando admiras,
Passa a existir uma luz que rasga as trevas,
Dissipando tudo o que te aniquila.
Mas,
O que contém além da tua visão?
Se eu soubesse dos teus sentimentos,
Navegaria nesse oceano de águas tenebrosas,
Somente para compartilhar dos mesmos anseios.
Liberdade
O que é ser livre?
Consistir em...
Estabelecemos nossos desígnios?
Nossas decisões?
Nossos estilos?
Nossos pensamentos?
Nossos sentimentos?
Comandamos a nossa própria história?
Quem nos extraiu o livre-arbítrio?
Será que foi Aquele que nos ofereceu?
Ou fomos nós próprios?
“A libertinagem nos roubou as virtudes da liberdade”.
Medíocre instante
Do botão, explosão!
Propagação da incerteza
Duvida e escuridão.
Dedos que condenam
Sem saber, sem ter um porque,
Justo sofrimento
Por escolha da sorte?
Ou da falta de saber!
Em um piscar de olhos
Uma caricatura bem apresentada,
Do mal, em forma de fada.
Auto, convencimento
De que o melhor para você
Talvez seja também para a nação!
Leve instante de esperança
Que se acabe a apreensão,
Mesmo que seja nas mãos
Manchadas de um duvidoso ser.
O voto é a guilhotina do povo
Que lentamente mata milhares
Pelas desculpas esfarrapadas
De homens que se dizem exemplares.
Ao amanhecer restam apenas vestígios
De mais uma fantasia, que esfarelou vidas,
Em troca de um barato assistencialismo.
Que começa no alento de uma urna
E termina com a esperança em um caixão.
Outros tempos,
Tempos difíceis,
Tempos controversos?
Tempos que não são
Como outros tantos!
Nem ao menos tão bonitos
Ou lentamente feios,
Quanto se espera deles o tempo todo.
A sala vazia
Ecoa a agonia,
Reflexo do silêncio
Que falou alto demais.
Para tantas palavras
Não ditas, não escritas,
Faltaram pedaços de vida
Momentos de ironia.
Faltou preencher
Com suor, lágrimas e alegrias,
O quebra-cabeça chamado vida.
Sobras
São sobras e apenas isto
De tempo, esperança, descrença
De comida, de sonhos, de maldição.
De humanidade, dignidade, bondade,
Oferecida aos porcos, ratos tão desprezados.
Peles em decomposição, olhares tortos
Prédios em ruínas, sociedade corrompida.
Mal dizeres, que trazem as velhas novas!
Uma idolatria arcaica que poda o que é assombro.
E toda sombra sente a dor de uma alma colorida
Mesmo que seja envolto de sacos pretos
Pra se proteger dos azedos dedos do destino.
São restos de histórias, mistura clássica popular
Ignorância, indiferença, distração, corrupção,
Ingredientes de uma fraca socialização.
E a criança sorriu
E a criança sorriu,
Na beleza do seu sim,
Na sua brincadeira de ser inocente,
E na pureza de seu olhar.
No encanto tão aparente,
Talvez no descobrir da vida, latente,
Assim quem sabe ganhe um beijinho de presente.
Um belo abraço e um obrigado,
Por estar sendo ouvido,
Cuidado e amado.
Filhos, sobrinhos e amigos,
Pequenos soldados,
Treinados para vencer a dor,
Espalhar o amor e pintar o mundo
Com uma linda cor.
Sem teu olhar
Não me importa o quão profundo seja,
Não me importa o quão bonito seja,
Se não tocar seu coração,
Para mim de nada vale.
As rimas puras, jogadas na escuridão,
Sem teu olhar, nunca brilharão.
È só começar
O que é perfeito?
Será que você ama, a ponto de perdoar defeitos?
Talvez nem consiga enxergar em si, os próprios erros!
Consegue multiplicar, ou somente dividir?
Talvez em alguma hipótese consiga somar!
Mas amar vai além mar,
Desde cuecas jogadas, á dormir de pijamas no sofá!
Quatro letras que juntas encantam ou destroem um jantar,
Mas se der certo, pode pensar em casar!
Se não, para que chorar, o negocio é logo separar!
E se mesmo assim quiser tentar,
Um ótimo passatempo logo abaixo vou lhe falar,
È apenas um conselho, não precisa á serio levar,
Você sai comprar e ele um futebol jogar.
Assim felizes todos vão estar.
Será que nasci na família errada?
Aos 8 anos parece que nada se encaixa
Com 10 a minha dúvida se propaga
A minha casa não é o meu lar
Ou será normal as brigas todo dia?
Ninguém nunca quer a verdadeira resposta
Nessas horas a gente só queria ter alguma certeza
14 anos, percebo que é melhor guardar as dúvidas
Porque o mundo é movido por respostas
A única coisa certa é fazer agora
Porque ninguém te espera
E o que se faz quando até a família está separada?
Só não está longe por obrigação
E sua vida se torna sérvia a repressão
Devo escutar meu coração?
Largar tudo e morar perto do Japão?
Ou minto me dizendo que amanhã é diferente?
Parar para pensar nos deixa carente
Então, vou ganhar o mundo quando andar pelas ruas ainda sorridente.
É mais fácil chamar alguém de louco do que compreender o seu raciocínio.
Todos os vivos são loucos.
Todos os loucos são motivados por algo, por mais vivos que possam parecer.
(Cantata das histórias da Aquarela)
Brasil das Aquarelas, diversas.
A emoção passada por Elis no henfil da vida dos bêbados, que dançam na corda bamba.
Os arrepios trazido por Bethânia rodeada por tupis e erês, no seios de Dona Canô.
O medo de abrir qualquer dia os olhos na música de Lins.
Na terra de todos os santos, a noite de magia de uma sexta-feira de candomblé,
E aos sons das atabaques desce um rebanho de seres de luz.
Já vemos a aquarela de milhares de cores...
No arenoso solo vermelho da seca, tem quem dance de sombrinha numa terra que não chove.
Tem também por perto dança de boi, terra que tem como conterrânea a Marrom.
Tem lugar que se chama marquês, onde passa batuques e pessoas arretadas com pé no samba.
Estado cinzento, onde pobre não tem vez.
Lugar frio que quase neva, mas gelo cai.
Tem bahiana mineira e gaucha do sudeste.
Tem isolamento de gente que fala estranho, e anda nu, que dança envolta da fogueira.
Também vencemos os canhões com flores de lótus. Orgulho e tristeza disso tudo, e vergonha dos corpos escondidos nos DOPS.
E mais uma vez destros golpeia canhotos. Quem vai gritar fora?
Há quem idolatram guerreiros e guerrilhas do mal, homenagem à quem golpeou as costas dos mestiços.
Choram crianças, e alimentam-se os devassos do dinheiro público.
Oh Brasil, meu Brasil!
Eu vivo o hoje.
O passado é museu,
e o futuro,
eu planto sementes boas para colher frutos bons amanhã.