Poema de Outono
Outono deixa-as cair
Pela noite enlouqueço
Pelo manhã falho
Pelo dia declaro
Pela tarde esqueço
Em todo momento luto
Busco vencer a mim mesma
Por ora descanso
Noutra floresço
Às vezes sou céu aberto
Às vezes sou puro medo
Na tempestade desabo
No silêncio me reconheço
Lá fora folhas ao chão
Aqui dentro uma imensidão de jardim
E eu me entrego, porque viver
É um ardente atrevimento
Poema autoria #Andrea_Domingues ©️
Todos os direitos autorais reservados 01/04/2021 às 11:35 hrs
Manter créditos de autoria original _Andrea Domingues
"Crepúsculo de Outono
é uma carta que diz:
desfaça-se das folhas secas
e descame sua epiderme,
ainda que à revelia."
Carmen Eugenio
Cante a primavera, o verão,
Cante o outono e o inverno,
Cante o amor do Eterno
Seja qual for a estação!
Cante a mais bela canção,
Mesmo sem ser um cantor,
Cante um poema de amor,
Cante pra Deus um louvor,
Cante com seu coração!
Outonando
Pássaros cantam em pleno outono
canções quase silenciosas
respeitando a época da dormência
da natureza, do jardim e suas rosas
Cantar como eles é o que precisamos
sem alardes, apenas canto d'alma,
aconchegando no coração o que amamos
germinando sempre em muita calma
SONETO ESTRELAS, EU E VOCÊ
Em noites de outono
Estrelas parecem falar
Estou próxima não consegue tocar
Mas aqui estou pode apreciar.
Tenho outras companheiras
Juntas conseguiram brilhar
Para aumentar o brilho do seu olhar
Na majestosa noite de luar.
Com caricias podemos começar
E de sonhos podemos sonhar
Como as estrelas suspensas no ar.
No brilho prateado nas águas do mar
Dos sonhos vamos nos proporcionar
Uma vida a dois para os sonhos realizar.
Flor do deserto
As flores na primavera
florescias tenras é belas.
Se no outono estava,
as folhas caiam
coloridas ao chão!
Eu ali na terra deserta
nem florecia.
Diante de ti,
apenas uma semente nascida!
Embora crescida;
Sem uma flor germinada;
Sem primavera à florir,
nenhum colorido pra sorrir!
O sereno do outono
Já o inverno a anunciar
Sob a amargura do seu olhar
e nenhuma flor pra te dar!
Logo chegou o verão
Minha linda estação
Sou flor regada com os raios do sol
Sou flor do deserto
e vivo do seu calor!
Sou sim flor do deserto,
mas a solidão não mereço.
Junto de ti meu amor me aqueço...
Seu calor é minha estação,
então ...floreço!
(outono)
tire suas expectativas das minhas palavras pois já sou quase outono
brincávamos de emaranhar sufixos atrás das árvores
minhas raízes se fixaram nas suas redundâncias
foi quando comecei a sussurrar fotossínteses
meus verbos explodiram em sentidos múltiplos
nunca exagerei tanto uma floração
mas acordei sozinha entre calafrios e premonições em amarelos
meu corpo cheira à molhado
um vento gelado incendeia minhas folhas de dentro para fora
arrancando meus pecados com seus gritos
você não se lembra porque tinha os olhos abertos
o chão está coberto de pecados coloridos
úmidos
eles se decompõem em expectativas
se pudesse ser saudade . .
O passado pausado,
o dia iluminado,
a tarde no mês de outono,
nossas mãos e nosso caminhar . .
Há um tempo de outono que bate na porta
Há um quadro profundo em frente a memória
E tudo que a vida um dia ensinou
Desfaz com às falas que falam de amor
Um rumo incerto na cicatriz da vida
Teu é rumo é perto da minha saída
Os mares e às águas deságuam lá fora
Deságua a vida, o peito, e a hora
De tanto sonhar nós perdemos a vida
De tanto falar de um medo que abriga
O porto seguro não anda pra trás
Ele é tão inerte que faz tua paz
O teu olhar é feito outono
como folhas secas se
espalhando pelo chão.
Ele é tão marrom e tão amarelo.
Que apaga o brilho azul do mar.
o verde se esquece, não há
nada igual ao teu olhar de outono.
Outono…
Outonemo-nos.
Porque vida é isso, renovação, transformações e adaptações. Viver é saber que mesmo após a queda de todas as suas folhas, e após passar por um inverno rigoroso, a vida volta a florir, o perfume do que é bom volta a circular. Que vivamos o outono com seu frescor transformador, que passemos pelos invernos da vida com fé e esperança em dias melhores, porque eles sempre chegam. E que Deus esteja presente em cada estação.
Josy Maria
DOR SUPREMA
Cai a noite, é outono, o cerrado chuvoso, prosa
o amplo e deserto céu, místico e tão sombrio
uma saudade rameira de angústia tenebrosa
geme, ladeia, se fazendo de um silente vazio
É noite. Chove. A sensação se vê preguiçosa
que só tortura... a recordação provoca arrepio
porque sofre na poética do bardo calamitosa
que só tem nas sombras de um nublado estio
E a noite adentra, e as saudades, uma a uma
pesam na solidão, e assim, a tristura exuma
acordando no sentimento o aperto que aflora
Ah! Eu quisera, planear a felicidade no poema
dum dito amor, um amor, não a dor suprema...
Chove lá fora! Cá dentro a minha alma chora!
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
20 março, 2022, 17’52” – Araguari, MG
"Seus beijos são como folhas
de outono.
Com um mudo de cor
Com dois balanço toda
Com três caio em teus braços"
Outono época do desprendimento e reflorestamento interior!
O refolear, o observar das possibilidades do novo florescer.
Somos outonos, somos renovação!
Somos Vida!
Somos Namastê
Esperamos o outono chegar,
ver as folhas saindo em disparada
voando loucas, pelo vento levadas
e querendo junto aos galhos ficar,
O vento chega ousado dando beijos,
para uma, a uma, logo conquistar...
e a nossa alma tem os lampejos
de outros outonos, lembrar !
Outonos de beijos amorosos,
abraços que pareciam sem fim,
em tempos que eram mais ditosos,
nas manhãs em toques de clarins
Outros outonos de frias brisas,
mas que aqueciam o coração ,
agora, tudo rapidamente desliza,
já sem a mesma emoção
Despedidas do tempo, que, ingrato,
vai passando com muita pressa,
e a tudo leva quase de arrasto,
e deixa a saudade, o ontem, a promessa...
FOLHAS SECAS DE OUTONO
.
Caiam folhas secas de outono
Sobre a terra avermelhada
E no mais repousante sono
Num mundo livre sem dono
Suspirava a moça apaixonada.
.
Ela viu chegar um lindo cavaleiro
Montado num cavalo branco
Ele a arrebatou por inteiro
E sobre o animal faceiro
Saíram a passear pelo campo.
.
Milhares de pássaros entoavam canções
Os jardins estavam floridos e perfumados
Não existiam as quatro estações
E ela sentiu muitas palpitações
Quando percebeu que o cavalo era alado.
.
Lá do alto ela via as serras
E as nuvens que as cobriam
Via também escorrendo pela terra
Alimentando as plantas e as feras
As águas que nos rios corriam.
.
Ao pousar sobre uma colina
Nos braços ele a tomou
E olhando para cima
Viu-se refletida na retina
Do homem que a conquistou.
.
Ela não resistiu aos encantos
E se deixou beijar pelo amante tão hábil
Mas acordou em prantos
Ao perceber que foi o vento brando
Que jogou folhas secas sobre os seus lábios.
O outono chegou!
E com ele, minha alegria...
Desculpe-me primavera,
mas é no outono:
Que meu jardim é poesia.
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