Poema de Mario Quintana Indivisiveis
"Coincidência"
tua paz é o que eu preciso todo o dia
bah, meu coração já diz que você é parte da minha vida
talvez em uma melodia ou algumas rimas eu nem consiga dizer tudo o que realmente queria
pois de fato o nosso afeto foi ligado por mais que um sentimento e agora já nos prende a todo momento dizendo que talvez o amor não tenha tanto sofrimento e que a paixão vai se tornar um passatempo.
Se eu falo o que penso
cada palavra ressoa poesia
ou se eu lembro do que desejo
a insaciável vontade do seu beijo me aquece o corpo inteiro
a mulher que com um sorriso me destrói por completo
com uma palavra me deixa vermelho
e com um segundo me faz viajar pelo mundo que eu crio sonhando com um futuro
Com a vontade de ser preso pela mão, anexado com razão em seu coração e passar toda noite no êxtase de emoção
ameno revelo que Deus não apostou em curvas magníficas para deixá-la com roupas a minha vista
e que seu lábio distante do meu simplesmente me deixa sem palavras
pois com os olhos resguardo esperanças
de tê-la em minha cama
e dividir a maior de todas as tramas
a paixão de percepção
sem regras
somente, emoção
sem necessariamente uma conclusão
talvez,
tudo o que pensamos não tenha razão
além de vantagens
sentir o vazio imenso do meu mundo
vai ser a melhor viagem que terás
ao lado do ser mais incapaz
de falar sem vontade de sussurrar
que é impossível não apreciar
a beleza e com certeza
a gentileza e a paz
que você me trás em cada coincidência
e mesmo tentando ser sagaz
me perdi em sua insistência
de ser a pessoa que me faz ter certeza
que eu quero perder a cabeça
"horizonte"
talvez se o horizonte fosse tudo
as coisas teriam mais sentido
e se caso o universo falasse
repetiria metáforas pela metade
por sua capacidade de entender que foi quase é possível que ela não te destrua por saber falhaste
mas também perdura a dúvida de não perceber que nunca foi um quase
"como é bom viver"
se viver fosse apenas bom eu não teria o que dizer
pois o que é bom da vida é poder escolher
e o que é bom na vida é simplesmente fazer
escolher traumatiza a sua memória por deixar coisas para trás
em decisões de vida sua alma fica perdida
sua vontade se confunde com a esperança e te engana sempre que você a clama
sua identidade se prende a opções que nunca são o bastante e o mais importante
é você que as escolhe
fazer anula seu poder de escolher
pois: não há nada a temer e sua decisão já não é mais um problema a se ter...
é tudo mentira, pois o seu dedo consome seus planos
agir na opção que não é mais reclusão gera a incerteza de ter acertado ou não
compreensão impossível que a angústia terrível te faz sofrer até por o amor que é sensível
mas a vida é linda
só não me digas que ela é só minha
e assim com as palavras termina sua esperança única que tinha sobre a esperança que tu não vivia.
"insano"
deveras sóbrio
nada quase louco
tenho certeza que fui preso pela carência
tal evidência me levou a ser cego
na cadência de realidade
o amor que não trás dor
o sufoco de não sentir calor
eu reconheço que tudo teve um começo
e que não me pareço com quem fui a pouco tempo
não teve um caminho
nem fui seguido pelo meu pensamento mesquinho
até então achei que tinha tentado
nem sempre foi o bastante e pelo contrário
julgar as palavras de tanto sábio
sem conhecimento pra gerar um contentamento
me recuso a tentar entender
somente deixo tudo acontecer
ciclo insano que me faz sofrer
e o sorriso que em mim se sobressai
ao dizer que não sonho
mas depois de aprender a caminhar imperfeito
a felicidade é a última que vai
sua arcada dentária se torna seu maior tesouro
e o valor de pedir permissão
a sua êxtase de emoção
um controle
mesmo não guiando
nem controlando
seu sorriso é esse
sua mente é unicamente essa
e seu coração floresce uma intensa emoção
que só tu sabe
e observadores reparam
mas sua infinita bondade de ser
sua mente linda em explosão
são todos parte
de você
sem alguma condição
só sempre vão estar ali
você querendo ou não.
"Manhã"
acordo e sinto o mesmo
sem uma palavra levanto e me olho
sem reflexo no espelho
água no rosto e não enchergo nada
água no fogo e tão rápido acaba
ascendo o cigarro e penso no tempo
fervo como as bolhas que estouram
em pensamentos
passo meu café e não consigo ficar em pé
falta-me fé pois como seu Zé eu trabalho e ilario rio do meu salário
sento na calçada e espero ela ficar acordada
aguardo o abraço quente, seu cheiro que me prende
com os cabelos de laços em fatos me agrado com seus traços
o bom dia com olhar que não aceita amar
respiro e vivo contigo
mais uma xícara e o cigarro apagado
se transforma no vazio
a falta de marcas por dentro não condizem
com as mordidas na minha pele que comigo vivem
porque a saudade resguarda na lembrança
que vem ao ver o que marcou
no momento em que seu corpo soou
e seu olhar brilhou
não se encantou, travou
com a voz desafinada
que mesmo falhada disse cada palavra que faltava
como um dicionário de vida incapacitada
folhas com linhas quebradas
usou os próprios sinônimos
para ter menos falhas.
"Pedaços"
talvez o meu futuro seja realmente conviver com a solidão
permitir o vazio que aperta meu coração guiar cada ação
"não custa tentar"
não custa o tempo e os pensamentos cheios de sofrimentos que te desgastam
não vale cada falso avanço que você sente que de repente tudo foi em vão
nós criamos os buracos que fazem haver falta na alma
a existência de calma
era só você suportando
nada mais que ver os dias passando
e você passeando nos falsos encantos
caminhando numa felicidade falsa
sem pisar em falso
pois descalço não sentiu o chão molhado
das lágrimas que te escorrem ao lado
o ambiente em mormaço
do calor da raiva em seus traços
tu rapaz insolente, que atraí o escuro em que cai
nada mais fulmina de vontade
do que eu era
a parte da saudade
do que eu tive
nada mais que a felicidade
que buscas
a vaidade
que crias
é só uma ilusão
vai agarrar o vazio em pistas
e abraçar a solidão
pois em pedaços está, o seu coração.
"Aquele sagaz"
te incentivo e intenciono
a ser do seu estilo
um perigo
para momentos tão intensos
pouco propensos
charmosos até pomposos
notórios
deveras sólidos
as vezes notórios
só o desgosto
de um sentimento fosco
com um coração de ouro
envolvido com o desgosto
no pranto de ser manhoso
a medo de ser grosso e ter mal gosto
porém sei que sente
a mente desprende da corrente
que o prendia a ser ciente
agora tende a ser envolvente
em linha entre acordar
e relaxar
só os segundos
a passar
a voar
pensar e lembrar
deixar para trás
és capaz?
sagaz com um cartaz
na promoção sagaz
atrás
do que nunca serás
a esconder
o que nunca irás tentar
nem pelo medo de errar
nem pelo fato de chegar
algo entre perder e recorrer
vencer sem se vender
não envolver
pois nunca vai o ter
muito menos entender
"Felicidade Triste"
Eu sou um homem não contente
Pois a felicidade é inconveniente
E não faz sentido para muitos
Mas ajuda a manter o lado negro escondido
De sua própria mente
De seu próprio pensamento
E em seu próprio momento
O isolamento do teu conhecimento
Com a testa franzida vai questionar
O trabalho que é enlouquecer
Para não perder
Nenhum tempo
Pode-se dizer que não é capaz
De evoluir um sentimento
A um preconceito
Em si mesmo
Fazendo você ficar confuso
Mas não se preocupe
A tristeza não vai chegar
Ela não quer você
Pois você mesmo é capaz de produzir
Seus próprios demônios
E não se desculpe
Até o momento que se encontrar
Lá no fundo do caminho
Que é somente seu
E de mais ninguém
Na solidão do saber
Em um brilho sonhador
O fim da estrada
Buraco escuro e lindo
A maior piada da sua vida
Unificando seu olhar
No primeiro dia sem pensar
Parabéns, você chegou ao melhor lugar
Um deserto cheio de pesos
Que você não carrega
E não se preocupe
Por quê você tem
O melhor de si
Seu amor próprio
Que não vale nada
Só te recupera da realidade
Que te intriga
Mas vai destruir
Fica tranquilo
"Vai passar"
"Flores"
Eu e as linhas não entramos em um acordo
Reponho algum pensamento
e sempre expondo sentimento e sofrimento.
Não e o talvez estão sempre comigo
nunca e o somente vão aos poucos me destruindo.
O que são flores se as dores as tiram sua forma
se parecem com qualquer memória
e pertencem a cada instante de calma
que sua pessoa resolvia entender como cor
mas a sua alma ressoa dor
e amor.
Em conjunto ao seu temor
vida e cortesia se espera de uma mente vazia.
Folhas e versos líricos no sentido vivo
expressam a capacidade de entender de um sonhador.
Os horrores de saber que as flores expressão
das atitudes de saudade até a liberdade
de uma forma ou outra.
Se doam com o mesmo movimento
e carregam um sentido diferente do começo.
Bagagens que somente você e seu sofrimento
podem escolher se dizer ou perceber algum conceito.
E se eu a dou como expressão de amor
digo que minha paixão não dura mais que o tempo que eu uso a beira da morte.
Se lembro de quem já foi
em cima do leito não durarão por sorte
pois em vão se algo importasse nem um segundo lá atrás seria o bastante.
E se a planto por vaidade
as verei florir, sorrir
morrer e renascer
como sua felicidade de ser sem entender.
Se a colho, a mato antes mesmo dela ser um fato
e se a vejo desfalecer
percebo que se o motivo dela morrer não for a minha esperança em crer
ela morrerá por restos de momentos que nem o tempo seguraram com o seu sofrimento
só ficaram na sua cabeça
remoendo
mas cada segundo passou e de novo
antes mesmo de você decidir
ela morreu
com você a colhendo.
MINHA CIDADE: SANTA BÁRBARA
Existe uma cidade
No interior da Bahia,
Onde o sol nasce sobre uma Igreja Matriz.
E se põe sobre a belíssima praça Fonte Luminosa;
É tão poético; é como se um poeta estivesse escrevendo uma poesia...
Seu jardim compõe o belo Cartão Postal.
Onde os passarinhos no topo das belas árvores cantam canções de alegrias.
Onde as moças recebem flores colhidas do seu jardim.
Onde os velhos contam histórias sentados nos bancos antigos de madeira.
Onde as crianças no anoitecer jogam capoeira.
Terra linda no sertão;
És minha cidade do requeijão.
Linda, linda: és minha cidade.
Glorifico-a! Descrevo-a!
Se fosse de pintá-la numa tela, tinha que ter vários Picasso.
Pois, sua beleza não caberia em um só quandro.
Suas escadas nos levam a esse encanto que é!
Nossa Santa Bárbara.
Nossa Pacatu.
Que cavalga sobre muito amor e fé.
Despudorado!
Quero que minha carne
Penetre em tua carne
Num louco frenesi
Quero que delires,
Que suspires...
Enquanto investigo
Tuas entranhas
Procurando o ponto
Que te faça
De prazer sucumbir...
E quando terminar
Quero logo te enxugar
Para podermos começar
Tudo de novo sem dormir.
EU-JORGAL
Ó trovador que abre seu lábio antigo,
Diga a musa que ouve doce as cantigas de amigo:
Assim como tu sabes que mente para si,
És tola e eu tolo, mesmo sem a tua harpa,
Minha harpa é tua harpa, pois é para ti.
Chego até querer ir a tua corte com lira de maldizer,
Porem tua íris céu, cabelo ouro e branca rosada,
Expulsa de mim a sátira grosseira a cavalgada
Feito Segrel e seu cavalo perdido em toada .
Desde as melodias da antiguidade
Os trovadores sopravam realidades.
E tu dama a mim desfere lira de escarnio
Enquanto minha harpa compõe amor em grande ensaio.
ODE AOS PEIXES DE VERA CRUZ
Aos peixes em solo firme eu digo:
Saltou para a terra em criatividade
Rastejou em lama em sua vitalidade
Sempre esteve comendo fora d'água comigo.
Esperançosos ao rio do futuro
Elegem anzóis ao topo da cadeia
Lembram-se e esquecem-se que já foi de aldeia
Adaptam-se milhões de anos ao muro.
Permanecem na esperança desde os antepassados
Antigos que um dia nas águas rasas nadaram
Ancestrais que todos os dias aos poucos andaram
Nas azedas poças estavam sempre adoçados.
O samba na nadadeira antes do pé!
A novidade das mãos sempre em toque
Afluentes culturais do Chuí ao Oiapoque,
Folclore, danças polonesas e arrasta-pé.
Tantas cores no manto verde e o cantar alto,
Falam como araras, e que saudade da ararinha azul
Reco-reco forte como vós do norte ao sul
Amo odiar e odeio amar este mar alto.
Vontade tenho de puxar-lhes as escamas
Comem iscas na água, comem incas no solo
Pirajuçara do bem, fisgada no no colo
Namorado nas ideologias em chamas.
Em redes antes dos coronéis
Pescas nas caravelas de Portugal
Escravidão em embarcação surreal
Repetem golpes nos futuros papéis.
Ó peixe que usa calças e é anfitrião
Simpático este cardume que agrada
Criatura gloriosa que por troca degrada
Luta lá de longe sem ver que é em vão.
Com cuidado, elevados peixes, sobreviveremos!
Brigamos, amamos, será que também sou assim?
Como os ratos de Noronha, a dor terá um fim
Cuide das águas, Linguados terrestres, pois evoluímos!
A tristeza é como estar desabrigado no inverno
e não poder contemplar cor nenhuma,
nem um brilho de estrelas.
Como a amo meu Deus…
Como amo sua delicadeza.
Como amo seus negros olhos, são Tão brilhantes!.
Como, mais como, amo seu enorme cabelo, é Tão grande.
Como amo seu andar. As vezes é engraçado por conta do seu enorme cabelo.
Como, eu não sei, mas amo tanto minha querida Rosa. O coração bate muito mais rápido ao vê-la perto de mim.
Perdoe-me pela felicidade não contínua
Percebi que cada dia mais te amava
Pelos carinhos, ligações e palavras
Sem esquecer de como pessoalmente eu te olhava
Na incerteza, fui ou não um bobo
E inocentemente não acreditava
Em todas suas atitudes cordiais
E nas doces e lindas palavras que falaras
Demonstrava em palavras e choros
Pois era a melhor forma de demonstrar
O que eu sentia por você
Pena que isso, nunca vi no seu olhar
Eu partirei, deixarei e levarei os bons momentos
Lembrarei dos Eu Te Amo e das despedidas
Buscarei e entenderei que o amor é real
Mas a reciprocidade não deixa feridas
Se o amor tudo sofre
Não sei como era o seu sofrer
Pois em lagrimas eu me derramava
Todas as vezes que pensava em não te ter
Cheguei a uma conclusão
E prometo de ti para sempre cuidar
Mas agora em silêncio
Sem precisar em seu corpo tocar
Para A*****
No devaneio das ideias
muitas emoções emergem
Na esperança incontida
os anseios se perdem
Nos crescentes pensamentos
o passado regressa
No atormento da intuição
daquilo que é promessa
Na fala insípida
o olhar sedento
o futuro é argumento
No olhar trivial da vida
o presente é a ação
do afeio do coração.
Naquela tarde, experimentávamos o amor
Não deixamos para amanhã
Não flertávamos com a insegurança
E o que prevalecia era o seu sorriso lindo.
Belos são os cachos dos teus cabelos
Observo um cuidado se revelando
Pressinto o amor existente se aproximando
Há gratidão por ser quem tu és.
Vou ao quintal
ergo minhas mãos sereno e elétrico
Emano o que sou ao céu azul
e desejo:
Que reverbere a minha história ao universo
e além dele!
A minha história...
O meu canto;
o meu caminhar
e o meu sonho!
E mesmo que não tenha dado nada certo
eu segui em frente e pra cima
eu fiz o melhor de meu caminhar
e de meu cuidado ao mundo!
-Se dependesse de mim
este mundo estaria coberto de jardins!-
Eu levei a bandeira
d´Aquele que veio antes de mim
e que batizava com fogo
eu segui adiante
não envergonhei
a Confraria do Fogo
da qual pertenço!
Da roça...
Da roça, das mão suja de terra, que é de prantá,
Sô fia do mato, doce quinem água de mina,
Meus véi trabaiva na roça, pra famia sustentá,
O zói enche d’agua do tanto que admira.
Sô poeta lá da grota, dos versim de roça,
Carrego na voiz a sanfona e a viola,
Sô o disco de vinil da veia vitrola,
Minhas rima mantém viva aquelas moda.
Inda lembro do rádio vermeio do meu veio avô,
Da casa de assoaio alto, do chêro das marmita dos trabaiadô,
O café margoso pra curá as pinga de onte enquanto escutava,
Se eu tô aqui é purquê meu povo da roça abriu os camim na inxada.
Só cunverso nos verso cas palavra de antigamente,
Pra honrrá quem veio antes de eu e me firmô nesse chão,
Foi na roça que pai e mãe prantô pros fí coiê mais na frente,
Passano dificudade e guentano humilhação.
Meu povo era brabo demais da conta, pensa num povo bão,
Parece que iscuto a voiz dos meu véi quando iscuto os modão,
Meu peito dói de tanta farta que faiz, oi ai,
Vovô resmungava nos canto e parecia poesia, até dava paiz.
Da roça sim sinhô. Essa poeta aqui é fia do sertão,
Não herdô terra nem fazenda, mais nunca se invergonhô,
E eu vô falá procêis, tentano num chorá, guenta coração!
Eu tenho um orgulho danado doncovim e da muié que eu sô.
✨ Às vezes, tudo que precisamos é de uma frase certa, no momento certo.
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